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Na Bíblia, os cristãos são chamados de “povo do caminho”. Isso pode significar uma série de coisas, mas indica também que é um povo que está sempre a caminho, não de forma cíclica como pensavam os gregos antigos, senão linearmente, indo do ponto A para o B. A partir dessa premissa, assinale a opção correta. Para os cristãos, a ciclicidade da vida pode indicar que o mundo sempre será o mesmo. Para os cristãos, é Cristo quem procura o ser humano, de tal sorte que cabe ao homem e a mulher a inércia. O cristão caminha e percebe que o mundo se encaminha para um fim. Para o cristão, a ideia de fim do mundo soa sectária e fundamentalista. Gregos e cristãos nutriam das mesmas noções sobre o mundo. Resposta correta! O cristão sabe, a partir de sua leitura bíblica, que Cristo irá retornar dentro de um contexto bastante conturbado, por exemplo. Só isso já basta para refinar a percepção de uma vida que é caminhante e que se encaminha para o fim. 1 / 1 ptsPergunta 2 Constantino, Imperador Romano, convocou o Concilio de Niceia em julho de 325 e que foi presidido pelo Bispo de Córdoba. A partir deste período, a Igreja cada vez mais se tornou poderosa e empenhada em permanecer no poder. Isso se manteve pelos mais de 1000 anos seguintes ao longo de toda a Idade Média. Diante do exposto, assinale a opção correta. Constantino foi um cristão desde o nascimento e apenas favoreceu a Igreja a partir de seus decretos. Igreja e Estado devem se unir naturalmente, pois os interesses são sempre os mesmos. No primeiro século da Era Cristã, a Igreja não foi perseguida dada a sua irrelevância. Roma converteu-se alegremente ao Cristianismo e passou a tolerá-lo, em 313 d.C, com o edito de Constantino, em 313. Pode ser perigoso quando a Igreja se desvencilha de seus propósitos e se torna cada vez mais política. Resposta correta! A Igreja tem a sua própria agenda e dinâmica. Contar com o apoio estatal pode, aqui e ali, ser positivo e servir para melhorar a capilaridade da Igreja na sociedade. Contudo, a Igreja deve se colocar em seu devido lugar e perceber que não deve se manter política haja vista que seus assuntos, muitas vezes, requerem a denúncia de certos atos políticos. 1 / 1 ptsPergunta 3 A Igreja Medieval, “filha” do Império Romano, foi basicamente a única instituição romana que não apenas resistiu às invasões bárbaras, mas que também cresceu ao longo de mais de mil anos. Sobre a Igreja Medieval, assinale a opção correta. A filosofia grega não alterou o modo de ver e de pensar da Igreja; No período medieval, a Igreja não possuía riquezas e vivia da caridade de seus membros. Manteve-se pura aos preceitos cristãos desde sua origem. Criticou e se opôs violentamente às políticas e negócios feudais. Tornou-se uma instituição poderosa, rica e, muitas vezes, perseguidora, inclusive de homens e mulheres de fé. Resposta correta! A Igreja Medieval perdeu em grande medida sua potência cristã ao se perverter aos valores mundanos. 1 / 1 ptsPergunta 4 Plotino foi um filósofo que deu origem ao que se conhece hoje como neoplatonismo, ou seja, uma releitura filosófica que uniu perspectivas gregas com premissas bíblicas. Sobre essa interação filosófica, assinale a opção correta. Foi negativa, visto que eclipsou a mensagem Bíblica. Foi negativa visto que perverteu e modificou conceitos bíblicos, como a questão da mortalidade da alma. Foi neutra, visto que a Igreja manteve-se sempre atrelada à Bíblia. Foi positiva porque clarificou perspectivas bíblicas a partir da racionalidade grega. É sempre positiva porque a diversidade filosófica favorece o diálogo. Resposta correta! A filosofia grega é totalmente incompatível com a mensagem bíblica. Qualquer tentativa de junção acarretará problemas. 1 / 1 ptsPergunta 5 Agostinho de Hipona foi um importante teólogo medieval. Segundo ele, dentre suas muitas obras, o ser humano: Seus atos têm consequências, haja vista que é mortal e desconectado de relação com o transcendente. Não possui qualquer tipo de gerência sobre o seu destino e o destino do mundo. É cerceado em seu livre-arbítrio, haja vista que não tem qualquer condição de pensar em corretamente em virtude de sua concepção pecaminosa. É dotado de livre-arbítrio e a culpa pelos males do mundo é dele. Seus atos não têm quaisquer consequências, haja vista que é mortal e desconectado de relação com o transcendente. Resposta correta! Segundo Agostinho, Deus não é a origem dos males, senão o próprio ser humano, que dotado de livre- arbítrio optou por pecar. 1 / 1 ptsPergunta 6 Parte integrante do Cristianismo é a crença nas doutrinas corretas, bíblicas e em coerência e consonância com um estilo de vida compatível com a mensagem da cruz. Os fundamentos do Cristianismo se mantiveram imutáveis e assim se manterão pelos séculos dos séculos. Contudo, algumas heresias, como o docetismo, tentaram ganhar corpo no seio da Igreja cristã. Sobre o docetismo, assinale a opção correta. Doutrina existente nos séculos II e III que afirmava a existência de um corpo material a Jesus Cristo, que seria apenas espírito. Doutrina existente nos séculos II e III que afirmava a existência de um corpo espiritual a Jesus Cristo, que seria apenas espírito. Doutrina existente nos séculos I e II que afirmava a existência de um corpo material a Jesus Cristo, que seria apenas corpo, sem espírito. Doutrina existente nos séculos II e III que negava a existência de um corpo material a Jesus Cristo, que seria apenas espírito. Doutrina existente nos séculos II e III que afirmava a existência de um corpo material a Jesus Cristo, que seria apenas corpo, sem espírito. Resposta correta! O docetismo, herético por definição, simplesmente negava sua humanidade. Assim sendo, não pode ser considerado um ensino bíblico. 1 / 1 ptsPergunta 7 Leia o excerto a seguir. “Os gregos não tiveram um sentido preciso da história: o seu pensamento é substancialmente a-histórico. A ideia de progresso não lhes foi familiar ou só o foi em escala reduzida. Aristóteles falou de catástrofes recorrentes, que levam continuamente a humanidade ao estágio primitivo, ao que se segue uma evolução, que leva novamente a humanidade a um estágio de civilização avançada, que atinge o ponto atingido pela anterior, ao que se segue nova catástrofe e assim por diante, ao infinito. (...) A concepção de história expressa na mensagem bíblica, ao contrário, não é cíclica, mas retilínea. No transcorrer do tempo, verificam-se eventos decisivos e irrepetíveis, que são como que etapas que destacam o seu sentido. O fim dos tempos é também o fim para o qual eles foram criados: é o Juízo universal e o advento do Reino de Deus em sua plenitude. E assim a história, que vai da criação à queda, da aliança ao tempo de espera do Messias, da vinda de Cristo ao juízo final, adquire um sentido, tanto em seu conjunto como nas mais diversas fases”. REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 1990. v. 2. p. 22. Sobre o sentido da História para os gregos e judeu-cristãos, responda assinalando a opção correta. Os eventos irrepetíveis, de acordo com a mensagem bíblica, são etapas que denotam sentido e significado. De acordo com a mensagem bíblica, a História é retilínea e, portanto, se repete. A perspectiva grega da História pressupõe, segundo o texto, ausência de contagem de tempo. O texto aponta que o fim do mundo, conforme o texto bíblico, é alegórico. Segundo Aristóteles, o estágio civilizacional posterior à catástrofe será sempre melhor. Resposta correta! O excerto é denso porque é extenso, contudo, simples e de fácil assimilação. É precisamente a História, conforme a concepção vivencial hebraica, que dá vida e sentido à existência a partir da presença e participação divina nela. 1 / 1 ptsPergunta 8 Leia o excerto a seguir. “Os cristãos, com efeito, não se diferenciam dos outros homens nem peloterritório nem pela língua ou costumes. Não habitam em cidades próprias nem falam uma linguagem inusitada; a vida que levam nada têm de estranho. Sua doutrina não é fruto de considerações e elucubrações de pessoas curiosas, nem se apresentam como promotores, como alguns, de alguma teoria humana. Habitando nas cidades gregas e bárbaras, como coube a cada um, e conformando-se com os costumes locais no que se refere ao vestuário, à alimentação e ao resto da vida cotidiana, demonstram o caráter admirável e extraordinário, no dizer de todos, de seu sistema de vida. Habitam na própria pátria, mas como estrangeiros, participam de tudo como cidadãos, e tudo suportam como forasteiros, qualquer terra estrangeira é sua pátria e qualquer pátria é terra estrangeira”. REALE, G.; ANTISERI, D. História da Filosofia. São Paulo: Paulus, 1990. v. 2. p. 49. O texto acima é uma Epístola de um cristão anônimo escrita por volta do ano 120. Sobre o Cristianismo primitivo e de acordo com o texto, é possível afirmar: O caráter desses primeiros cristãos era dúbio, haja vista que mal vistos e perseguidos. A filosofia cristã era bastante complexa e inacessível, mesmo para os gregos. Consideravam-se peregrinos e forasteiros, um vez que eram cidadãos do Reino de Deus. Não habitavam em cidades que não fossem fundadas por cristãos. Por aceitarem Cristo, eram diferentes dos outros homens. Resposta correta! O que diferenciava um cristão de um pagão, no primeiro século, era a sua postura ante o mundo. Quanto ao resto, mal podiam ser diferenciados. 1 / 1 ptsPergunta 9 Leia o excerto a seguir. “Estas perseguições, iniciadas sob o governo de Nero, aproximadamente ao tempo do martírio de Paulo, continuaram com maior ou menor fúria durante séculos. Os cristãos eram falsamente acusados dos mais hediondos crimes e tidos como a causa das grandes calamidades - fomes, pestes e terremotos. Tornando-se eles objeto do ódio e suspeita popular, prontificaram-se denunciantes, por amor ao ganho, a trair os inocentes. Eram condenados como rebeldes ao império, como inimigos da religião e peste da sociedade. Grande número deles eram lançados às feras ou queimados vivos nos anfiteatros. Alguns eram crucificados, outros cobertos com peles de animais bravios e lançados à arena para serem despedaçados pelos cães. De seu sofrimento muitas vezes se fazia a principal diversão nas festas públicas. Vastas multidões reuniam-se para gozar do espetáculo e saudavam os transes de sua agonia com riso e aplauso”. WHITE, E. O grande conflito. Tatuí: Casa Publicadora Brasileira, 2016. p. 40. Assinale a opção correta sobre a Igreja primitiva. As crucificações não mais existiam à época de Nero, nos anos 60 do primeiro século, em memória à execução de Cristo. Todos os males eram imputados aos cristãos, por isso eram perseguidos e martirizados. Todos os males eram imputados aos judeus, por isso eram perseguidos e martirizados. Os cristãos eram rebeldes ao Império e, por isso, eram presos e condenados conforme pressupunham as leis romanas. Os martírios eram reprovados pelos cidadãos de Roma, que não gostavam de frequentar os anfiteatros. Resposta correta! Os cristãos, ousadamente, pagaram o preço pela fé que professavam. Por isso, geralmente, eram mortos sem oferecimento de qualquer tipo de resistência. 1 / 1 ptsPergunta 10 Assim nos fala a sinopse do livro de Guido Zagheni, “A Idade Contemporânea” (1999): “A vida da Igreja na idade contemporânea é dominada pelo problema do seu relacionamento com o mundo: terminado o ancien regime e concluída a longa temporada de simbiose com os poderes políticos, a Igreja vê-se diante da necessidade de enfrentar o problema da sua presença no mundo, não só no plano "político", mas sobretudo no plano dos valores que o cristianismo traz em si. No curso do século XIX, o confronto se dá com os regimes liberais; no século XX, o desentendimento ocorre primeiramente com os regimes totalitários; depois, com o grande desenvolvimento tecnológico. O leitor, assim, é chamado a entender o processo de espiritualização que guiou constantemente a Igreja nestes dois últimos séculos da sua história”. Sobre o Cristianismo contemporâneo, é correto afirmar: O relacionamento da Igreja com o mundo é realmente a questão que a domina na contemporaneidade. O desenvolvimento tecnológico não é um problema que gere reflexão aos cristãos. No século XX, a Igreja cristã gozou de grande prestígio e admiração. A preocupação da Igreja é apenas de ordem espiritual. O processo de espiritualização pelo qual passou e passa a Igreja não se deu com sobressaltos. Resposta correta! As questões contemporâneas como imigração, sentido para a vida, igualdade entre homens e mulheres são apenas exemplos da capilaridade da Igreja para além de seus próprios muros. Por isso, o relacionamento da Igreja com o mundo é a questão que domina. Pontuação do teste: 10 de 10
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