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@ARYANNALINHARES 1 QUESTÕES COM GABARITO E COMENTÁRIOS Questão 1 - Em sede de reclamação trabalhista proposta por Sávio, os pedidos liquidados somaram valor inferior a 40 salários mínimos nacionais. A ação foi movida em face do ex- empregador e da União, em razão de alegação de responsabilidade subsidiária. Sobre o caso apresentado, assinale a opção que indica o procedimento a ser seguido. (XXX EXAME) A) A ação correrá sob o rito sumaríssimo, pois cabível o rito especial para qualquer parte na Justiça do Trabalho, desde que o valor da causa seja compatível. B) A ação correrá sob o rito ordinário, porque, em que pese o valor da causa, figura ente de direito público no polo passivo. C) A ação correrá no rito ordinário, mas, caso a primeira ré não seja encontrada, não será possível realizar a citação por edital, em vista de a segunda ré ser a União. D) A ação correrá no rito sumaríssimo, e, em caso de prova testemunhal, cada parte terá direito a ouvir até três testemunhas. Gabarito: letra B Comentários: O procedimento sumaríssimo aplica-se aos dissídios individuais cujo valor não ultrapasse a 40 salários mínimos (art. 852-A, CLT). Entretanto, atenção, é muito importante observar quem são as partes envolvidas no dissídio, pois ele não se aplica à administração direta (União, Estados, Distrito Federal e @ARYANNALINHARES 2 Municípios), autárquica e fundacional (art. 852-A, parágrafo único, CLT). Note que uma das partes é a União, logo o procedimento não é procedimento sumaríssimo, mas sim o ordinário. Antes de definir o procedimento olhar sempre para as partes do processo. Questão 2 - No decorrer de uma reclamação trabalhista, que transitou em julgado e que se encontra na fase executória, o juiz intimou o autor a apresentar os cálculos de liquidação respectivos, o que foi feito. Então, o juiz determinou que o cálculo fosse levado ao setor de Contadoria da Vara para conferência, tendo o calculista confirmado que os cálculos estavam adequados e em consonância com a coisa julgada. Diante disso, o juiz homologou a conta e determinou que o executado depositasse voluntariamente a quantia, sob pena de execução forçada. Diante dessa narrativa e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. (XXX EXAME) A) Equivocou-se o juiz, porque ele não poderia homologar o cálculo sem antes conceder vista ao executado pelo prazo de 8 dias. B) Correta a atitude do magistrado, porque as contas foram conferidas e foi impressa celeridade ao processo do trabalho, observando a duração razoável do processo. C) A Lei não fixa a dinâmica específica para a liquidação, daí porque cada juiz tem liberdade para criar a forma que melhor atenda aos anseios da justiça. @ARYANNALINHARES 3 D) O juiz deveria conceder vista dos cálculos ao executado e ao INSS pelo prazo de 5 dias úteis, pelo que o procedimento adotado está errado. GABARITO: letra a COMENTÁRIOS: Essa é uma questão clássica na prova da OAB. O juiz intimou o reclamante para elaborar os cálculos de liquidação (o que foi feito) e DEVERIA ter intimado o reclamado para se manifestação no prazo comum de 8 dias (art. 879, § 2º, da CLT), e não o fez. Note que sem a intimação do reclamado para manifestação o juiz já homologa os cálculos. Logo, houve equívoco por parte do juiz, exatamente como consta na letra “a”. Na fase de liquidação, elaborada a conta o juiz DEVERÁ permitir a manifestação das partes no prazo comum de 8 dias. Questão 3 - Wilma foi dispensada sem justa causa e recebeu a indenização correspondente do ex-empregador. Ela, no entanto, alega ter direito a uma equiparação salarial com um colega que realizava as mesmas atividades. Em razão disso, Wilma procura você, como advogado(a), e, com sua assessoria, dá início a um acordo extrajudicial com o ex-empregador. O acordo é materializado em documento, especificando o valor e a identificação da parcela, sendo assinado pelas partes e seus respectivos advogados, e levado à Justiça do Trabalho para homologação. Contudo, a juíza do caso nega-se a homologar o acordo, argumentando que ele seria lesivo à trabalhadora, proferindo decisão nesse sentido. @ARYANNALINHARES 4 Diante disso, e de acordo com a norma legal, assinale a opção que indica a medida processual adequada para buscar a reforma da decisão proferida. (XXX EXAME) A) Não há medida cabível, por se tratar de decisão interlocutória. B) Recurso Ordinário. C) Mandado de Segurança. D) Novo pedido de homologação de acordo extrajudicial idêntico, mas agora dirigido para outra Vara. GABARITO: letra b COMENTÁRIOS: Empregado e empregador podem celebrar acordo fora da justiça do trabalho e submetê-lo ao juiz para homologação (art. 855-B, CLT, ss). Homologando ou não o acordo o juiz profere sentença. A sentença homologatória de acordo transita em julgado na data de sua homologação, não desafiando recurso ordinário. Entretanto, se o acordo não for homologado, como no caso da questão, a sentença extingue o processo sem resolução do mérito e desta decisão cabe recurso ordinário (art. 895, I, CLT). É de extrema importância saber também: ✓ O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta; ✓ É obrigatória a representação das partes por advogado, ou seja, não se aplica o “jus postulandi”. @ARYANNALINHARES 5 Questão 4 - Considere as quatro situações jurídicas a seguir. (i) A Instituição ABCD é uma entidade sem fins lucrativos. (ii) Rosemary é uma empregadora doméstica. (iii) O Instituto Sonhar é uma entidade filantrópica. (iv) Mariana é uma microempreendedora individual. Considere que todas essas pessoas são empregadoras e têm reclamações trabalhistas ajuizadas contra si e que nenhuma delas comprovou ter as condições para ser beneficiária de justiça gratuita. Assinale a opção que indica, nos termos da CLT, quem estará isento de efetuar o depósito recursal para recorrer de uma sentença desfavorável proferida por uma Vara da Justiça do Trabalho. (XXX EXAME) A) A Instituição ABCD e o Instituto Sonhar, somente. B) Todos estarão dispensados C) Instituto Sonhar, somente. D) Mariana e Rosemary, somente. GABARITO: letra c COMENTÁRIOS: As entidades filantrópicas são isentas de depósito recursal nos termos do art. 899, § 10º, da CLT. Atenção para não confundir: as entidades sem fins lucrativos fazem o depósito reduzido à metade. @ARYANNALINHARES 6 Lembre também: além de serem isentas de depósito recursal (899, § 10, CLT), as entidades filantrópicas também estão dispensadas da garantia do juízo para apresentar embargos à execução (art. 884, § 6º, CLT). Questão 5 - Após tentar executar judicialmente seu ex-empregador (a empresa Tecidos Suaves Ltda.) sem sucesso, o credor trabalhista Rodrigo instaurou o incidente de desconsideração de personalidade jurídica, objetivando direcionar a execução contra os sócios da empresa, o que foi aceito pelo magistrado. De acordo com a CLT, assinale a opção que indica o ato seguinte (XXXI EXAME) A) O sócio será citado por oficial de justiça para pagar a dívida em 48 horas. B) O sócio será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 dias. C) O juiz determinará de plano o bloqueio de bens e valores do sócio, posto que desnecessária a sua citação ou intimação. D) Será conferida vista prévia ao Ministério Público do Trabalho, para que o parquet diga se concorda com a desconsideração pretendida. GABARITO: letra b COMENTÁRIOS: A CLT determina que o incidente de desconsideraçãoda personalidade jurídica da empresa se aplica no processo do trabalho, tal como regulamentado pelo CPC, nos arts. 133 a 137 (art. 855-A, CLT). Por sua vez, o @ARYANNALINHARES 7 art. 134 do CPC estabelece que, instaurado o incidente, o sócio será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 dias. Atenção para as diferenças em relação ao processo civil: ✓ 1 – da decisão proferida na fase de cognição, não cabe recurso de imediato; ✓ 2 – da decisão proferida na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do juízo ✓ 3 – da decisão proferida pelo relator em incidente instaurado originariamente no tribunal, cabe agravo interno (art. 855-A, § 1º, CLT). Questão 6 - Victor é um artista mirim e precisa de autorização judicial para poder participar de uma peça cinematográfica como ator coadjuvante. A empresa FFX Ltda. foi multada por um auditor fiscal do trabalho e deseja anular judicialmente o auto de infração, alegando vícios e nulidades. O empregado Regis teve concedido pelo INSS auxílio- doença comum, mas entende que deveria receber auxílio-doença acidentário, daí porque pretende a conversão judicial do benefício. Jonilson, advogado, foi contratado por um cliente para o ajuizamento de uma ação de despejo, mas esse cliente não pagou os honorários contratuais que haviam sido acertados. (XXX EXAME) @ARYANNALINHARES 8 Diante da norma de regência acerca da competência, assinale a opção que indica quem deverá ajuizar ação na Justiça do Trabalho para ver seu pleito atendido. A) Victor e Jonilson B) Regis e a empresa FFX Ltda. C) Victor e Regis D) Apenas a empresa FFX Ltda. GABARITO: letra D COMENTÁRIOS: A questão envolve 4 temas distintos acerca da competência da Justiça do Trabalho: A Justiça do Trabalho é competente para julgar as penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho (art. 114, VII, CF). Logo, cabe a Justiça do trabalho processar e julgar a ação anulatória proposta pela empesa FFX que foi multada por um auditor fiscal do trabalho. Vamos estudar as 4 atitudes da empresa e suas consequências quando é multada por um auditor fiscal do trabalho: As 4 atitudes de empresa multada por auditor fiscal do trabalho Pagar a multa - - Recorrer à via judicial sem recolher a multa É inconstitucional a exigência do depósito @ARYANNALINHARES 9 prévio da multa administrativa para o recebimento da ação judicial (súmula vinculante 28, STF) Recorrer à via administrativa sem recolher a multa É ilegal a exigência de depósito prévio da multa como condição de admissibilidade de recurso administrativo (súmula vinculante 21, STF e súmula 424, TST). O art. 636, § 1º, da CLT não foi recepcionado pela Constituição. Ficar inerte A multa será inscrita em dívida ativa e será executada em ação proposta pela União em face do empregador. A competência é da Justiça do Trabalho (art. 114, VII, CF). 1 As ações movidas contra o INSS, em qualquer caso, estão fora da competência da Justiça do Trabalho. 2 Também estão fora da competência da Justiça do Trabalho as ações de cobrança de honorários de profissionais liberais (súmula 363, STJ), como é caso dos advogados. @ARYANNALINHARES 10 Questão 7 - Em setembro de 2019, durante a audiência de um caso que envolvia apenas pedido de adicional de insalubridade, o Juiz do Trabalho determinou a realização de perícia e que a reclamada antecipasse os honorários periciais. Inconformada com essa decisão, a sociedade empresária impetrou mandado de segurança contra esse ato judicial, mas o TRT, em decisão colegiada, não concedeu a segurança. Caso a sociedade empresária pretenda recorrer dessa decisão, assinale a opção que indica a medida recursal da qual deverá se valer. (XXXI EXAME) A) Agravo de Instrumento. B) Recurso Ordinário. C) Agravo de Petição. D) Recurso de Revista. GABARITO: letra B COMENTÁRIOS: Essa é uma questão que pode ser considerada difícil e, por isso, vamos desmistificá-la para você em 3 passos: 1º passo. É preciso saber: o juiz pode determinar o depósito prévio dos honorários do perito? @ARYANNALINHARES 11 Não pode. É ilegal a exigência de depósito prévio de honorários periciais (art. 790-B, § 3º, CLT). Logo, é inquestionável que o juiz violou direito líquido e certo da reclamada ao exigir que antecipasse os honorários. 2º passo É preciso saber: qual a medida processual adequada para impugnar o ato do juiz? É cabível mandado de segurança contra tal ato, visando a produção da prova pericial independentemente do depósito prévio dos honorários (OJ 98, SDI-2, TST). O mandado de segurança nesse caso (contra ato do juiz) é de competência do TRT. 3º passo: Resta definir: qual é o recurso cabível em face da decisão do TRT em mandado de segurança? O primeiro recurso em que devemos pensar é o recurso ordinário. Será que cabe recurso ordinário? Essa é a pergunta que você deve se fazer. São duas as hipóteses de recurso ordinário: a) em face da sentença e b) em face de decisão do TRT em ação de sua competência originária (ou seja, proposta diretamente no TRT por determinação da lei). Como dito, quando a autoridade coatora é o juiz, o mandado de segurança deve ser impetrado perante o TRT, logo, nesse caso, o mandado de segurança é uma ação de competência originária do TRT e da sua decisão cabe recurso ordinário para o TST (súmula 201, TST). Em síntese: @ARYANNALINHARES 12 Autoridade coatora TRT TST Mandado de segurança Juiz MS RO Questão 8 - Você foi contratado(a) para atuar nas seguintes ações trabalhistas: (i) uma ação de cumprimento, como advogado da parte autora; (ii) uma reclamação plúrima, também como advogado da parte autora; (iii) uma reclamação trabalhista movida por João, ex-empregado de uma empresa, autor da ação; (iv) uma reclamação trabalhista, por uma sociedade empresária, ré na ação. Sobre essas ações, de acordo com a legislação trabalhista em vigor, assinale a afirmativa correta. (XXXI EXAME) A) Tanto na ação de cumprimento como na ação plúrima, todos os empregados autores deverão obrigatoriamente estar presentes. O mesmo deve ocorrer com João. Já a sociedade empresária poderá se fazer representar por preposto não empregado da ré. B) O sindicato de classe da categoria poderá representar os empregados nas ações plúrima e de cumprimento. João deverá estar presente, em qualquer hipótese, de forma obrigatória. A sociedade empresária tem que se fazer representar por preposto, que não precisa ser empregado da ré. @ARYANNALINHARES 13 C) Nas ações plúrima e de cumprimento, a parte autora poderá se fazer representar pelo Sindicato da categoria. João deverá estar presente, mas, por doença ou motivo ponderoso comprovado, poderá se fazer representar por empregado da mesma profissão ou pelo seu sindicato. Na ação em face da sociedade empresária, o preposto não precisará ser empregado da ré. D) O sindicato da categoria poderá representar os empregados nas ações plúrima e de cumprimento. João deverá estar presente, mas, por doença ou motivo ponderoso comprovado, poderá se fazer representar por empregado da mesma profissão ou pelo seu sindicato. Na ação em face da sociedade empresária, o preposto deverá, obrigatoriamente, ser empregado da ré. GABARITO: letra B COMENTÁRIOS: Nas ações plúrima e de cumprimento, a parte autora poderá sefazer representar pelo Sindicato da categoria (art. 843, CLT). Ações plúrimas são aquelas com dois ou mais autores. Já as ações de cumprimentos são aquelas que objetivam fazer cumprir cláusulas de acordo coletivo, convenção coletiva e sentença normativa. O reclamante, neste caso João, deverá estar presente na audiência, mas, por doença ou motivo ponderoso comprovado, poderá se fazer representar por empregado da mesma profissão ou pelo seu sindicato (art. 843, § 2º, CLT). A sociedade reclamada poderá fazer-se representar sempre por um preposto, que não precisará ser empregado da ré (art. 843, §§ 1º e 3º, CLT). Devem comparecer em audiência @ARYANNALINHARES 14 Reclamante Por doença ou outro motivo ponderoso poderá se fazer representar pelo sindicato ou outro empregado da mesma profissão. Audiência será adiada. Evita-se o arquivamento do processo. O sindicato ou o empregado da mesma profissão não podem confessar, transigir, desistir, renunciar etc. Reclamado Poderá se fazer representar sempre por um preposto que não precisa ser empregado. Deve ter conhecimento dos fatos. A audiência ocorre. As declarações do preposto obrigam o reclamado. Questão 9 - José da Silva, que trabalhou em determinada sociedade empresária de 20/11/2018 a 30/04/2019, recebeu, apenas parcialmente, as verbas rescisórias, não tendo recebido algumas horas extras e reflexos. A sociedade empresária pretende pagar ao ex-empregado o que entende devido, mas também quer evitar uma possível ação trabalhista. (XXXI EXAME) Sobre a hipótese, na qualidade de advogado(a) da sociedade empresária, assinale a afirmativa correta. A) Deverá ser indicado e custeado um advogado para o empregado, a fim de que seja ajuizada uma ação para, então, comparecerem para um acordo, que já estará previamente entabulado no valor pretendido pela empresa. @ARYANNALINHARES 15 B) Deverá ser instaurado um processo de homologação de acordo extrajudicial, proposto em petição conjunta, mas com cada parte representada obrigatoriamente por advogado diferente. C) Deverá ser instaurado um processo de homologação de acordo extrajudicial, proposto em petição conjunta, mas cada parte poderá ser representada por advogado, ou não, já que, na Justiça do Trabalho, vigora o jus postulandi. D) Deverá ser instaurado um processo de homologação de acordo extrajudicial, proposto em petição conjunta, mas com advogado único representando ambas as partes, por se tratar de acordo extrajudicial. GABARITO: letra B COMENTÁRIOS: A solução neste caso é o pedido de homologação de acordo extrajudicial que deverá ser proposto pelo ex-empregado e pelo ex-empregador, em petição conjunta, em que cada parte deverá estar obrigatoriamente representada por um advogado diferente (art. 855-B, CLT). Na medida em que as partes devem ter advogado você deve afirmar na prova que não se aplica o jus postulandi (art. 791 da CLT), que estabelece que empregado e empregador podem demandar na Justiça do Trabalho sem advogado (no âmbito das varas do trabalho e dos TRTs – súmula 425, TST). Tudo que você precisa saber sobre o pedido de homologação de acordo extrajudicial: Pedido de homologação de acordo extrajudicial Petição conjunta Advogados distintos Não se aplica o jus postulandi @ARYANNALINHARES 16 Advogado do sindicato Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo sindicato de sua categoria Afasta o prazo para pagamento das verbas rescisórias e a multa em caso de atraso? Não. O prazo de 10 dias para pagamento das verbas rescisórias contados do término do contrato deve ser respeitado, sob pela de multa de 1 salário (art. 477, §§ 6º e 8º, CLT Qual o prazo para o juiz analisar o acordo, designar audiência (se necessário) e proferir sentença? 15 dias O prazo do juiz é impróprio, ou seja, não gera consequências processual se não observado. O que ocorre com o prazo prescricional para a propositura da ação? Uma vez proposto o pedido de homologação de acordo extrajudicial o prazo de prescrição para ajuizamento de uma reclamação trabalhista fica suspenso, quanto aos direitos nela especificados, e voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que Da sentença que não homologar o acordo cabe recurso ordinário, no prazo de 8 dias. Se nenhuma das partes interpuser o recurso, a decisão transitará em julgado. A partir do primeiro dia útil seguinte voltará a fluir o prazo de prescrição para o ajuizamento da reclamação que estava @ARYANNALINHARES 17 negar a homologação do acordo. suspenso desde a propositura do pedido de homologação. Cabe recurso para as partes da sentença homologa o acordo? Não Cabe recurso para as partes da sentença que não homologa o acordo? Sim, o recurso ordinário para o TRT no prazo de 8 dias. Questão 10 - Heloísa era empregada doméstica e ajuizou, em julho de 2019, ação contra sua ex-empregadora, Selma Reis. Após regularmente instruída, foi prolatada sentença julgando o pedido procedente em parte. A sentença foi proferida de forma líquida, apurando o valor devido de R$ 9.000,00 (nove mil reais) e custas de R$ 180,00 (cento e oitenta reais). A ex- empregadora, não se conformando com a decisão, pretende dela recorrer. Indique a opção que corresponde ao preparo que a ex- empregadora deverá realizar para viabilizar o seu recurso, sabendo-se que ela não requereu gratuidade de justiça porque tem boas condições financeiras. (XXXI EXAME) A) Tratando-se de empregador doméstico, só haverá necessidade de recolher as custas. B) Deverá recolher integralmente as custas e o depósito recursal. @ARYANNALINHARES 18 C) Por ser empregador doméstico, basta efetuar o recolhimento do depósito recursal. D) Deverá recolher as custas integralmente e metade do depósito recursal. GABARITO: letra D COMENTÁRIOS: O preparo abrange o depósito e as custas processuais. O empregador doméstico realiza o depósito reduzido a metade, nos termos do art. 889, § 10º, da CLT, e as custas processuais no valor integral, uma vez que não há previsão legal isentando ou reduzindo o seu valor para o empregador doméstico. Para memorizar: Isentos de depósito Depósito reduzido à metade Beneficiários da justiça gratuita Empregadores domésticos Massa falida (súmula 86, TST) Microempresas Empresas em recuperação judicial Empresas de Pequeno Porte Entidades filantrópicas Microempreendedores individual Fazenda Pública Questão 11 - O réu, em sede de reclamação trabalhista, ajuizada em 20/04/2018, apresentou defesa no processo eletrônico, a qual não foi @ARYANNALINHARES 19 oferecida sob sigilo. Feito o pregão, logo após a abertura da audiência, a parte autora manifestou interesse em desistir da ação. Sobre a desistência da ação pela parte autora, assinale a afirmativa correta. (XXIX EXAME) A) O juiz deverá, imediatamente, homologar a desistência. B) Não é possível desistir da ação após a propositura desta. C) Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação. D) O oferecimento da defesa pelo réu em nada se relaciona à questão da desistência de pedidos ou da demanda. GABARITO: letra C COMENTÁRIOS: Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação (art. 841, § 3º, CLT). Questão 12 - Em março de 2019, durante uma audiência trabalhistaque envolvia a sociedade empresária ABC S/A, o juiz indagou à pessoa que se apresentou como preposto se ela era empregada da empresa, recebendo como resposta que não. O juiz, então, manifestou seu entendimento de que uma sociedade anônima deveria, obrigatoriamente, fazer-se representar por empregado, concluindo que a sociedade empresária não estava @ARYANNALINHARES 20 adequadamente representada. Decretou, então, a revelia, excluiu a defesa protocolizada e sentenciou o feito na própria audiência, julgando os pedidos inteiramente procedentes. (XXIX EXAME) Diante desse quadro e do que prevê a CLT, assinale a afirmativa correta. A) Nada há a ser feito, porque uma S/A, por exceção, precisa conduzir um empregado para representá-la. B) O advogado da ré deverá interpor recurso ordinário no prazo de 8 dias, buscando anular a sentença, pois o preposto não precisa ser empregado da reclamada. C) O advogado da ré deverá impetrar mandado de segurança, porque a exigência de que o preposto seja empregado, por não ser prevista em Lei, violou direito líquido e certo da empresa. D) Uma vez que a CLT faculta ao juiz aceitar ou não como preposto pessoa que não seja empregada, o advogado deverá formular um pedido de reconsideração judicial. GABARITO: letra B COMENTÁRIOS: Em face da sentença proferida pelo juiz, a reclamada deve interpor recurso ordinário (art. 895, I, CLT) e, em preliminar, requer a anulação das sentença, tendo em vista que a empresa estava regularmente representada por preposto não empregado, como autoriza o art. 843, § 3º, da CLT. Questão 13 - Em sede de impugnação à sentença de liquidação, o juiz julgou improcedente o pedido, ocorrendo o mesmo em relação aos @ARYANNALINHARES 21 embargos à execução ajuizados pela executada. A princípio, você, na qualidade de advogado(a) da executada, entendeu por bem não apresentar recurso. Contudo, foi apresentado o recurso cabível pelo exequente. (XXIX EXAME) Diante disso, assinale a afirmativa correta. A) A parte exequente interpôs agravo de petição, e a executada poderá interpor agravo de petição na modalidade de recurso adesivo. B) Ambas as partes poderiam interpor agravo de petição na hipótese, porém não mais existe essa possibilidade para a executada, pois esta não apresentou o recurso no prazo próprio. C) A parte autora interpôs recurso de revista, e não resta recurso para a parte executada. D) A parte autora apresentou recurso ordinário, e a executada poderá apresentar agravo de petição. GABARITO: letra A COMENTÁRIOS: Em face da sentença que jugou improcedente a impugnação à sentença de liquidação e os embargos à execução cabe agravo de petição (art. 897, a, CLT). Lembre-se: da decisão do juiz recorrível na execução cabe agravo de petição. Jamais responda recurso ordinário. Uma vez que apenas o exequente interpôs o recurso no prazo legal, a executada poderá interpor o agravo de petição adesivo, no prazo para apresentar contraminuta ao agravo de petição. Ressalte-se que a CLT não regulamenta o recurso adesivo, sendo aplicável o art. 997, § 2º, do CPC. @ARYANNALINHARES 22 Podem ser interpostos na modalidade de recurso adesivo os seguintes recursos (súmula 283, TST): 1 recurso ordinário 2 recurso de revista 2 embargos ao TST 3 Agravo de petição 4 Recurso extraordinário. Questão 14 - Francisco trabalhou em favor de uma empresa em Goiânia/GO. Após ser dispensado, mudou-se para São Paulo e neste Estado ajuizou reclamação trabalhista contra o ex- empregador. Este, após citado em Goiânia/GO, apresentou petição de exceção de incompetência territorial logo no segundo dia. Em razão disso, o juiz suspendeu o processo e conferiu vista ao excepto. Em seguida, proferiu decisão acolhendo a exceção e determinando a remessa dos autos ao juízo distribuidor de Goiânia/GO, local onde os serviços de Francisco foram prestados e que, no entendimento do magistrado, seria o juízo competente para julgar a reclamação trabalhista. Diante da situação retratada e do entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. (EXAME XXVII) A) O reclamante nada poderá fazer por se tratar de decisão interlocutória. B) Francisco poderá interpor de imediato Recurso Ordinário no prazo de 8 dias. C) Sendo as decisões interlocutórias irrecorríveis, Pedro deverá impetrar Mandado de Segurança. D) O recurso cabível para tentar reverter a decisão é o Agravo de Petição. @ARYANNALINHARES 23 GABARITO: letra B COMENTÁRIOS: A exceção de incompetência é o meio apropriado para a arguição pelo reclamado da incompetência territorial (art. 800, CLT). Nela, o reclamado sustentará que o juízo onde foi proposta a reclamação não é o territorialmente competente, pois não é o do lugar da prestação dos serviços ou da contratação. No caso, o reclamado argumentou que São Paulo não era o juízo competente, uma vez que o empregado sempre trabalhou em Goiânia. O juiz recebeu a exceção, suspendeu o feito, abriu vista ao excepto (ao reclamante) para se manifestar no prazo de 5 dias e proferiu decisão interlocutória remetendo os autos para Goiânia. Dessa decisão interlocutória cabe recurso ordinário de imediato, uma vez que os autos foram remetidos para juízo subordinado a TRT diverso do juízo onde tramitava o processo. Note que os autos foram remetidos de SP para Goiânia. Assim, uma vez que os TRTs a que esses juízos estão subordinados são distintos cabe recurso ordinário de imediato, o qual será julgado pelo TRT do juízo que proferiu a decisão, ou seja, pelo TRT de São Paulo (súmula 214, c, TST). Em síntese: para saber se cabe recurso de imediato em face da decisão interlocutória que acolheu a exceção você deve verificar: a) se o juízo acolheu a exceção e b) se os autos foram remetidos para juízo subordinado a outro TRT. Caso os autos tenham sido remetidos para juízo subordinado ao mesmo TRT não cabe recurso de imediato. Somente será possível impugnar a decisão depois que for proferida a sentença, através do recurso ordinário. @ARYANNALINHARES 24 Questão 15 - Em uma greve ocorrida há dois dias dentro de uma indústria metalúrgica, o dirigente sindical, que é empregado da referida empresa, agrediu fisicamente o diretor com tapas e socos, sendo a agressão gravada pelo sistema de segurança existente no local. O dono da empresa, diante dessa prática, pretende dispensar o empregado por justa causa. Em razão disso, ele procura você, como advogado(a), no dia seguinte aos fatos narrados, para obter sua orientação. De acordo com o disposto na CLT, assinale a opção que apresenta sua recomendação jurídica e a respectiva justificativa. A) Dispensar imediatamente o empregado por justa causa e ajuizar ação de consignação em pagamento dos créditos porventura devidos. B) Apresentar notícia-crime e solicitar da autoridade policial autorização para dispensar o empregado por justa causa. C) Suspender o empregado e, em até 30 dias, ajuizar inquérito para apuração de falta grave. D) Não fazer nada, porque a justa causa teria de ser aplicada no dia dos fatos, ocorrendo então perdão tácito. GABARITO: letra C COMENTÁRIOS: O dirigente sindical tem estabilidade provisória no emprego desde o registro da candidatura, e se eleitos, até um ano após o término do @ARYANNALINHARES 25 mandato (art. 8º, VIII, CF, art. 543, § 3º, CLT). Ele somente pode ser dispensado por justa causa, mediante inquérito judicial para apuração de falta grave (Súmula 197 do STF e súmula 379 do TST). No caso, o dirigente sindical empregado praticoufalta grave ao agredir fisicamente seu superior hierárquico (art. 482, k, CLT). O empregador tem a faculdade de suspender o contrato (o empregado fica sem trabalho e sem salário) e, neste caso, o empregador deve propor o inquérito no prazo decadencial de 30 dias a contar da suspensão (art. 853, CLT). Atenção para a pegadinha comum: o prazo decadencial de 30 dias para a propositura do inquérito é contado da suspensão do empregado e não da falta grave. Questão 16 - Proferida decisão em reclamação trabalhista, foi o réu X, empresa pública estadual, fornecedor de energia elétrica e serviços, condenado ao pagamento das parcelas postuladas, bem como ao pagamento das custas processuais no valor de R$ 200,00, calculadas sobre o valor da condenação arbitrado em R$ 10.000,00. Ao interpor recurso ordinário, invocando o disposto no art. 790-A, I, da CLT, assevera a recorrente que não procederá ao recolhimento das custas, já que isenta. Diante da hipótese, é correto afirmar que a) se considera deserto o recurso, e não será conhecido por falta de requisito extrínseco, já que os únicos entes isentos do pagamento das custas processuais são a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas, que não explorem atividade econômica, além do Ministério Público do Trabalho. @ARYANNALINHARES 26 b) se considera deserto o recurso interposto, porquanto a empresa pública estadual não goza de isenção de custas processuais, mas apenas as empresas públicas de âmbito federal. c) não se considera deserto o recurso interposto porque, tratando-se de ente público da administração indireta, sempre será isento do pagamento das custas processuais. d) não se considera deserto o recurso interposto, porque o reclamado, empresa pública, no caso específico, não está obrigado ao recolhimento das custas, uma vez que o valor arbitrado à condenação não ultrapassa o limite de 40 salários mínimos. GABARITO: letra A COMENTÁRIOS: A assertiva A está correta. As empresas públicas e sociedades de economia mista não estão isentas de custas, por estarem sujeitas ao regime jurídico próprio das empresas privadas (art. 173, § 1º, da CF/1988). Outrossim, segundo os incisos I e II, do art. 790-A, da CLT, somente são isentos do pagamento de custas, além dos beneficiários de justiça gratuita, a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais ou municipais que não explorem atividade econômica e o Ministério Público do Trabalho. Questão 17 - Josenildo da Silva ajuizou reclamação trabalhista em face da empresa Arca de Noé Ltda., postulando o pagamento de verbas resilitórias, @ARYANNALINHARES 27 em razão de dispensa imotivada; de horas extraordinárias com adicional de 50% (cinquenta por cento); das repercussões devidas em face da percepção das parcelas salariais não contabilizadas e de diferenças decorrentes de equiparação salarial com paradigma por ele apontado. Na defesa, a reclamada alega que, após discussão havida com colega de trabalho, o reclamante não mais retornou à empresa, tendo sido surpreendida com o ajuizamento da ação; que a empresa não submete seus empregados a jornada extraordinária; que jamais pagou qualquer valor ao reclamante que não tivesse sido contabilizado e que não havia identidade de funções entre o autor e o paradigma indicado. Considerando que a ré possui 20 (vinte) empregados e que não houve a juntada de controles de ponto, assinale a alternativa correta. (EXAME VII - adaptada) a) Cabe ao reclamante o ônus de provar a dispensa imotivada. b) Cabe à reclamada o ônus da prova quanto à diferença entre as funções do equiparando e do paradigma. c) Cabe ao reclamante o ônus de provar o trabalho extraordinário. d) Cabe à reclamada o ônus da prova no tocante à ausência de pagamento de salário não contabilizado. GABARITO: C Comentário: a assertiva C está correta. De acordo com o § 2º, do art. 74, da CLT, apenas para os estabelecimentos com mais de 20 trabalhadores será obrigatória a anotação da hora de entrada e de saída. A empresa Arca de Noé tem apenas 20 empregados, razão pela qual não tem a obrigação de juntar os cartões de ponto. Aplica-se a regra geral quanto à distribuição do ônus da prova, prevista no art. 818, I, CLT. Nesse caso, o ônus da prova é do empregado, pois a @ARYANNALINHARES 28 demonstração do trabalho extraordinário é fato constitutivo do direito às horas extras postuladas pelo reclamante. Questão 18 - Arlindo dos Santos ajuizou ação trabalhista em face do seu antigo empregador, pleiteando adicional de insalubridade e indenização por danos morais. Nas suas alegações contidas na causa de pedir, Arlindo argumentou que trabalhou permanentemente em contato com produtos químicos altamente tóxicos, o que lhe acarretou, inclusive, problemas de saúde. Em contestação, o réu negou veementemente a existência de condições insalubres e, por consequência, a violação do direito fundamental à saúde do empregado, não apenas porque o material utilizado por Arlindo não era tóxico, como também porque ele sempre utilizou equipamento de proteção individual (luvas e máscara). Iniciada a fase instrutória, foi feita prova pericial. Ao examinar o local de trabalho, o perito constatou que o material usado por Arlindo não era tóxico como mencionado por ele na petição inicial. Entretanto, verificou que o autor trabalhou submetido a níveis de ruído muito acima do tolerado e sem a proteção adequada. Assim, por força desse outro agente insalubre não referido na causa de pedir, concluiu que o autor fazia jus ao pagamento do adicional pleiteado com o percentual de 20%. Com base nessa situação concreta, é correto afirmar que o juiz deve julgar: (EXAME VII) a) improcedente o pedido de pagamento de adicional de insalubridade, uma vez que está vinculado aos fatos constantes da causa de pedir, tal como descritos pelo autor na petição inicial. b) procedente em parte o pedido de pagamento de adicional de insalubridade, concedendo apenas metade do percentual sugerido pelo perito, haja vista a existência de agente insalubre distinto daquele mencionado na causa de pedir. @ARYANNALINHARES 29 c) improcedente o pedido de pagamento de adicional de insalubridade, uma vez que a existência de ruído não é agente insalubre. d) procedente o pedido de pagamento de adicional de insalubridade, uma vez que a constatação de agente insalubre distinto do mencionado na causa de pedir não prejudica o pedido respectivo. GABARITO: D Comentário: A assertiva D está correta. A Súmula 293 do TST prevê que a verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica o pedido de adicional de insalubridade. Questão 19 - Se for instalado conflito de competência positivo entre dois juízes do Trabalho do Estado de Pernambuco, qual será o órgão competente para julgá-lo? (EXAME VIII) a) O TST. b) O STJ. c) O TRT de Pernambuco. d) O STF. GABARITO: C @ARYANNALINHARES 30 Comentário: A assertiva C é a correta, pois quando os dois juízes do trabalho em conflito são vinculados ao mesmo TRT (no caso de Pernambuco), cabe ao próprio TRT de Pernambuco o julgamento do incidente, nos termos do art. 808, alínea a, da CLT. Questão 20 - Em 30/7/2008 foi efetuada a penhora de um veículo BMW, modelo X1, por meio de carta precatória executória. Depois de devolvida a carta, o executado Eliezer Filho, proprietário do veículo, opôs embargos à execução em 4/8/2008, dirigindo essa ação incidental ao juízo deprecante. Em seus embargos, alegando a existência de um grosseiro vício, o embarganteapontou para a irregularidade na avaliação do bem, uma vez que constou do auto da constrição judicial sua avaliação em R$ 15.000,00, montante muito abaixo do valor de mercado. Logo, por força do princípio da execução menos onerosa ao devedor, requereu a reavaliação do bem, sob pena de nulidade da execução. Com base nesse caso concreto, é correto afirmar que o juiz deprecante a) deve remeter os autos ao juízo deprecado, uma vez que o ato de avaliação foi por ele praticado, sendo sua a competência para decidir. b) deve realizar o julgamento antecipado da lide e acolher os embargos, haja vista o notório erro de avaliação. c) deve determinar a realização de perícia, a fim de aferir o correto valor de mercado do bem. d) não deve conhecer dos embargos e extinguir o processo sem julgamento do mérito, haja vista a sua intempestividade. @ARYANNALINHARES 31 GABARITO: A Comentário: A assertiva A está correta. Segundo o art. 914, § 2º, do CPC, "na execução por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecante ou no juízo deprecado, mas a competência para julgá-los é do juízo deprecante, salvo se versarem unicamente sobre vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens efetuadas no juízo deprecado
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