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Resenha: A tratativa temática analisada no contexto do big data.
Alexandre Ferreira Bottino
No artigo “Tratamento temático da informação (TTI): influência dos paradigmas físico, cognitivo e social em artigos de revisão de literatura no período de 1966-19951” escrito pelos autores José Augusto Chaves Guimarães e Marisa Bräscher é retratado de forma abrangente e bem aprofundada os paradigmas que a TTI vem passando no decorrer período temporal, utilizando-se do método umbrella review, foi analisado os artigos publicados na Annual Review of Information Science (Arist), do período de 1966 até 1995.
Utilizando da definição de TTI utilizada por Barité (2001) foram feitas as diversas analises nos artigos publicados no período citado para poder compreender os paradigmas centrais das problemáticas da época e compara-las as dos tempos atuais (no caso, 1996 até 20017).
 É apresentado ao leitor dois paradigmas, o físico, cognitivo e social. O primeiro nos remete a uma questão empírica, tendo em vista que “os sistemas de recuperação da informação (SRI) são vistos como sistemas físicos, tanto em relação à sua natureza quanto em relação às técnicas experimentais apropriadas a seu estudo” (ELLIS, 1992, p. 52). Em entendimento, perceber que a TTI precisa ter um enlace nas questões físicas que são colocadas em prática para poder ser melhor ajustada a questões reais, utilizando-se da extração direta do texto para a criação dos assuntos. 
Temos também o paradigma cognitivo, que ao contrário do físico, estão apoiados nos modelos mentais da realidade. Nesse paradigma, o profissional da informação faz o papel de entender totalmente o modelo mental do usuário para poder adaptado aos sistemas informacionais, e assim, ser usufruído pelo usuário final. 
E como último paradigma, temos o social, que é uma visão também oposta ao cognitivo, que vê os modelos e o usuário de forma individualista. No paradigma social, o usuário e visto dento de um contexto na sociedade e o vincula a várias perspectivas da realidade, atribuindo a ideia de que um documento pode ser importante para mais de uma área ou usuário, criando uma interdisciplinaridade.
Tendo esses três paradigmas como base mais a metodologia umbrella review, foi apontado que os paradigma físico-cognitivo foi o mais utilizado no período informado e isso mostra como as problemáticas de antigamente estavam voltadas mais para uma ideia de normatização e testes ajustados, levando a risca os conceitos do TTI.
Com a grande base dos artigos analisados estavam categorizados nesse paradigma, percebemos que estamos tratando com uma área que é extremamente modeladora e prática, onde constantemente está se adaptando as mudanças na sociedade. 
Trazendo essa análise para o conceito de big data, percebemos que a TTI precisa estar constantemente resolvendo problemáticas para ajustar as tratativas da informação. Estamos vivendo momentos de mudanças bruscas e muito rápidas, que estão afetando o modo de interagirmos com o mundo, e isso está atrelado diretamente a forma de como armazenamos a informação. 
As problemáticas e paradigmas analisados precisam ser incorporados aos atuais cenários onde massivas fontes de dados estão sendo produzidas e guardadas, mas não sendo recuperadas, afetando assim significativamente formas conclusivas de observância sobre os mais diversos aspectos da sociedade e do mundo. 
Olhar para o lado da interdisciplinaridade juntamente com o paradigma social, irá direcionar os profissionais e pensadores da informação a como integrar e otimizar os tratamentos utilizados. Acompanhando a crescente evolução da área e não deixando de realizar suas atribuições primarias, que é recuperar a informação para uso do usuário. 
O big data talvez não fosse um evento esperado, mas é uma realidade que precisa cada vez mais de estudos para poder ser incorporada e utilizada a favor de todos, provendo dados de qualidade e ajudando a entender melhor os mais diversos setores sociais.

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