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TCC- História


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ZAYN – INSTITUTO MINEIRO DE FORMAÇÃO CONTINUADA
 
 
ANDRESSA MARIA DE LIMA CARDOSO
Ensino de História: O cinema e a arte como recursos pedagógicos.
 
 
 
 
 
 
 
São José dos Campos – SP
2021
ANDRESSA MARIA DE LIMA CARDOSO
 
 
 
 
 
Ensino de História: O cinema e a arte como recursos pedagógicos.
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso 
apresentado ao Instituto ZAYN 
como requisito para obtenção 
do título de Licenciatura em História. 
 
 
 
 
São José dos Campos – SP
2021
RESUMO
O objetivo deste trabalho de conclusão de curso é analisar e trazer à reflexão o uso do cinema como ferramenta didática pedagógica focada no ensino de História e Arte. Buscando inovações e abordando recursos múltiplos, além de abordar os cuidados ao utilizar tais recursos em sala de aula, levando em consideração as diretrizes da base nacional comum curricular. Trazendo conhecimento, entretenimento e leveza durante as aulas. A história sendo abordada em filmes de época, de acordo com cada faixa etária, e a arte complementando o ensino e mostrando suas diversas formas de ser inserida em história através do cinema. A importância do ensino de história agregado com artes e o uso do cinema nesse aprendizado, buscando recursos para projetos e sequências didáticas, desde a educação infantil até o ensino médio, trazendo o direito de aprendizagem como centro.
Palavras-chave: História, cinema, arte, pedagógico, ensino, recurso, arte e educação.
 Introdução 
O tema tratado neste trabalho de conclusão de curso é a utilização do cinema como ferramenta pedagógica de ensino, dentro de uma temática onde é sim possível através de filmes, trazer conteúdos pedagógicos alinhados com a Base Nacional Comum Curricular, além de contemplar uma das competências da BNCC que é a cultura, proporcionando aos alunos, conhecimento, lazer e novos recursos para se adquirir conhecimentos dentro da sala de aula.
Unindo a História e a Arte, é possível fazer projetos, sequências didáticas e atividades ocasionais. Pensando em diferentes contextos da sociedade brasileira, inúmeras é a desigualdade, então o professor ao proporcionar às aulas com filmes, pode ser o primeiro contato desses alunos com o cinema. Utilizar o cinema como ferramenta didática além de trazer conhecimento teórico, traz inclusão social e amplo poder do conhecimento.
A arte é muito importante na educação, levando em consideração seu papel na escola a Arteterapia vem complementar de forma terapêutica o avanço de nossos educandos, para tanto devem ser estabelecidos critérios coerentes nesta área para assim alcançarmos os objetivos esperados.
Os recursos didáticos acima citados são muito utilizados para a melhoria do conhecimento dos alunos nas mais diversas matérias, e dessa forma essas ferramentas são de grande importância para os professores principalmente nos primeiros anos escolares. 
Elas permitem que todas as disciplinas se relacionem entre si através dos seus recursos, podendo juntar disciplinas como português, história, geografia, arte e matemática e assim serem um diferencial no currículo dos alunos.
O cinema, também nomeado de "Sétima Arte”, além de proporcionar entretenimento e ludicidade, é útil ao recurso de produção de conhecimentos no campo das Ciências Humanas. A História é uma área, na pesquisa e no ensino, que mantém esses relacionamentos e que usufrui de efetivas relações com o cinema.
A sociedade atual, muito marcada pela comunicação via imagens, possibilita o uso do cinema como recurso para o ensino de História
Não há uma regra única para o uso de um filme em sala de aula. Pode ser um trecho do mesmo ou seu uso na íntegra. O importante é que o mesmo seja objeto de debate, nunca apenas como uma ilustração e comprovação daquilo que está no livro didático.
A relação entre cinema e educação, seja no contexto da educação escolar ou da educação informal, é parte da própria história do cinema.Nesse contexto o cinema se torna uma ferramenta educativa cheia de oportunidades e potencialidades ao constituir-se em um meio de contribuir para a mudança social.
O cinema é um dos veículos da arte e da história na educação, pois relata muitas histórias do passado, transmite diferentes culturas, diferentes pontos de vista em todos os tópicos, desenvolvendo a reflexão, de modo que possa ser exposto de maneiras diferentes. É uma forma educativa.
No ano de 1911, o cineclubista Ricciotto Canudo escreveu o Manifesto das Sete Artes que dividia as artes levando em consideração sua relação com o espaço e com o tempo. Como o cinema é uma arte do espaço e do tempo, seria então a soma de todas as outras e portanto foi classificado como a “sétima arte”.
Na atualidade o cinema apresenta grande importância como ferramenta de entretenimento e de interação na sociedade. Além do mais, diversos filmes apresentam temáticas sociais, morais e atuais, que fazem com que as pessoas que os assistem se conscientizem e sejam informadas sobre diversos aspectos.
O cinema na escola sem dúvida é uma das estratégias para ampliar o conhecimento dos alunos. 
Diante da importância disso, o Ministério da Educação incluiu um item específico na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que determina a exibição de filmes produzidos no Brasil por, pelo menos, 2 horas por mês. 
Desse modo, desde junho de 2014, a aquisição de recursos audiovisuais passou a ser obrigatória nas instituições de ensino de educação básica de todo o país.
Longe de ser apenas uma regra, essa nova orientação recomenda ainda a inclusão de filmes como componente da grade curricular complementar, que deve estar adequadamente integrado à proposta pedagógica da escola. 
Pesquisas feitas para basear a mudança sinalizam que a atividade leva a desenvolver a percepção dos estudantes, acentuando suas funções sensoriais. Os recursos audiovisuais também despertam a interação dos alunos, gerando mais atratividade para eles diante dos temas propostos.
A arte é muito importante no ensino de história, levando em consideração seu papel na escola o cinema vem complementar de forma lúdica e dinamica o avanço de nossos educandos, para tanto devem ser estabelecidos critérios coerentes nesta área para assim alcançarmos os objetivos esperados. Um dos critérios utilizados é o conteúdo dos filmes transmitidos para os educandos, que na maioria das vezes é expressado por eles seus sentimentos e vivencias adquiridas, o professor pode utilizar do cinema como recurso de aprendizagem, desempenhando papel fundamental na interpretação do filme reproduzido, e através dos filmes que englobam história e arte é possível identificar a inclusão com a intervenção de diferentes recursos e estratégias, e assim obter o autoconhecimento, liberdade de expressão, desenvolvendo assim seu desempenho cognitivo e emocional. 
As vantagens do cinema são inúmeras na escola para os estudantes. Entre elas, está a possibilidade de aguçar o gosto pela arte, despertar a criticidade e reter a atenção dos alunos para assuntos que, normalmente, são repassados pelas aulas expositivas.
Tornando o direito de aprendizagem o centro, proporcionando acesso a cultura e ao pleno desenvolvimento socioemocional.
Desenvolvimento
O início do cinema é dividido em duas fases por historiadores. O cinema de atrações (de 1895 a 1907) e o período de transição (de 1907 a 1915), ao deixar de mostrar fatos o cinema passa a ter a perspectiva de narração. Desde então, o mundo do cinema evolui para a arte. Fazendo com que os filmes fossem mais longos as histórias passam a ter construções narrativas com enredos, personagens e outros elementos que não existiam nas primeiras experiências.
Nesse mesmo período surgem também os efeitos da montagem,Griffith,foi um dos precursores mais geniais, produzindo em torno de 400 filmes, usando a montagem para fazer suspense, para mostrar a motivação e o perfil psicológico da personagem para criar emoção.
Naquela epóca o cinema era visto como prestador de serviço da propaganda nazista, comunistaou fascista. Fazendo a industrialização da arte pelos grandes estúdios, o americano Charles Chaplin, no cinema mudo, foi uma grande resistência encontrada por eles. O cinema é uma ferramenta de entretenimento popular influente que pode doutrinar ou educar, mas sem dúvida, é um método eficaz de influenciar os cidadãos e foi perigosamente utilizada por Hitler, com objetivo de propagar o nazismo.
Por isso é de suma importância analisarmos todo o conteúdo exposto nos filmes que iremos abordar em sala de aula como recurso pedagógico com responsabilidade e cuidado ético. 
Trazer o cinema para a sala de aula e englobá-lo na rotina pedagógica é de suma importância, da educação infantil ao ensino médio, podendo ser usado até no nível superior. Vale ressaltar que todo conteúdo transmitido para os alunos, deve ser estudado, analisado e revisado, para garantir uma excelente aprendizagem e aproveitamento da aula e tema abordado.
O ensino de história em si já é um enorme ganho pedagógico, ao juntar cinema e artes a esse ensino, a amplitude de conhecimento e desenvolvimento gerando aos alunos é grandioso, trazendo para o chão da escola o lúdico de forma didática e permanente. Auxiliando também o ensino integral de cada estudante, tornando esses alunos como protagonistas de seus conhecimentos, seus direitos de aprendizagem e colocando como prioridade o desenvolvimento de habilidades disponíveis na BNCC. Ao trazer o cinema para a sala de aula, proporcionamos além de cultura, equidade, qualidade e empatia, entre os pares, trabalhando o sócio emocional de forma ampla, com leveza e relevância.
Apresentar um histórico de busca e identificação das necessidades individuais e coletivas de aprendizagem, considerando as características de cada indivíduo, o meio em que vive e o seu território é uma das vantagens de se trabalhar com um olhar humano, visando o pleno desenvolvimento do indivíduo. 
Os conceitos presentes na história exercem um papel fundamental para explicar certas realidades do passado, no entanto, deve-se ter cuidado para que em sua utilização não ocorra o anacronismo, assim, o processo de sistematização precisa ser um momento privilegiado nas aulas de história, quando se pode retomar ao passado com o olhar atual e contemporâneo dos dias atuais, pois a história é uma construção humana e, por essa razão, avaliar os elementos que a constituem é fundamental para uma compreensão da ação do homem no tempo e espaço.
O cinema como apoio pedagógico pode ser usado desde a educação infantil até o ensino superior, trazendo o direito à aprendizagem, a cultura e ao pleno desenvolvimento cognitivo. Proporcionando a integralidade, trabalhando a empatia e a cooperação, um filme transmitido na sala de aula, nunca será apenas uma filme, existe toda uma intencionalidade, de acordo com a BNCC e os direitos de aprendizagem, sendo assim, permitir que os alunos desde a educação infantil tenha acesso a reprodução de filmes é um ganho para aleḿ dos muros da escola.
O ensino de História
O ensino de História na educação básica durante longo tempo esteve pautado na transmissão das narrativas históricas de modo linear e descritivo, factual, com ênfase em grandes ações e heróis, o que excluía uma série de sujeitos e processos envolvidos nos contextos abordados. Nesse sentido, a aprendizagem objetiva se relacionava à compreensão dos fatos e permanências relativas a um conhecimento sobre o passado já constituído. 
A proposta de agregar objetos de estudo acaba com essa imagem tradicional de ensino e aprendizagem, pois apresenta objetos que devem ser tomados para estudo a partir de conhecimentos históricos construídos, métodos e teorias produzidas no campo da historiografia. Nesse sentido, ao mesmo tempo em que o ensino se propõe, por exemplo, a apresentar e explicar as produções teóricas. Por outro lado, a aprendizagem que se objetiva está ligada à construção de uma consciência histórica em que se perceba a importância da história, da memória e de sua preservação, pois a história é uma construção humana, produzida pelas múltiplas significações e experiências dos sujeitos no tempo e espaço. 
O processo de ensino e aprendizagem, não são extremos opostos, ao contrário, estão intimamente ligados. Todavia, a relação existente entre ensino e aprendizagem de modo algum deve anular suas especificidades. Ambos os processos devem ser considerados em suas particularidades sem que se excluam os efeitos e relações que produzem. Nesse sentido, o próprio processo de ensino e aprendizagem deve ser objeto constante de reflexão e avaliação para que seja possível conhecer o objeto histórico proposto por meio de problematizações, desenvolvendo, aprendizagem que objetive a construção de uma consciência histórica capaz de analisar, criticar e utilizar o conhecimento histórico produzido para atribuir sentido e explicar as relações humanas que experiência e as que se propõem a conhecer. Os sujeitos se constituem a partir de suas relações sociais, nesse sentido, partir da problematização da produção dessas relações e observação das significações a ela atribuídas em períodos e locais diversos contribui para o rompimento de um processo de ensino e aprendizagem dividido e estagnado, passando a valorizar a construção de conhecimento como possibilidade para todos os alunos. Dessa forma, o próprio processo de ensino e aprendizagem torna-se espaço de construção de conhecimento e promove as condições para o surgimento de uma consciência histórica capaz de perceber que é também resultado de uma construção. 
O ensino e a aprendizagem estão relacionados entre si e pressupõem a compreensão do tempo didático, ou seja, a elaboração de qualquer estratégia requer o uso adequado do tempo, para proporcionar uma aprendizagem significativa. Assim, é importante propor uma situação-problema, em que o estudante necessite buscar elementos que colaborem para a construção de hipóteses, para que assim elaborem uma aprendizagem significativa. 
Com relação às proposições didáticas, cabe destacar o trabalho com o uso de fontes, com os diferentes tipos de documentos. Com isso proporcionar o processo de ensino-aprendizagem denominado “atitude historiadora”, ação que ocorre por meio de processos, tais como o estudo do objeto impõe, por sua vez, que se discuta, examine, investigue, compare e reflita sobre as experiências e sentidos gerados nos processos históricos. 
O ensino, nessa perspectiva, cumpre seu papel de indicar que as produções de conhecimento histórico possuem diferentes maneiras de abordar o objeto de conhecimento, assim, a consciência histórica que considera as diversas produções humanas ao longo do tempo. 
O ensino e aprendizagem de História no ensino fundamental deve considerá-la como produto da ação humana, da experiência e dos múltiplos significados construídos e atribuídos pelos sujeitos, eliminando as reduções das produções historiográficas, determinismos e exclusões. A História é uma construção humana e, por essa razão, deve propor-se também como objeto de estudo, no que se refere aos seus métodos, procedimentos e teoria, sem, contudo, relativizar as produções e conhecimentos construídos. 
Problematizar a história deve ser o centro de um processo de ensino e aprendizagem, trazendo dinamismo para as aulas, para aguçar a curiosidade e proporcionar aos alunos amplas oportunidades para desenvolver suas habilidades.
Propor situações em que os alunos possam identificar objetos, documentos e outras fontes de informações históricas nos diversos âmbitos do conhecimento, pessoal e coletivo situações em que os alunos consigam compreender permanências e rupturas, semelhanças e diferenças por meio da comparação de eventos, situações em que os alunos possam localizar momentos e lugares de um evento considerando as diversas variáveis envolvidas, situações em que se possa, a partir da extração de informações, estabelecer uma compreensão do fato abordado por meio de argumentações e fundamentações, situações em que se possa realizar um estudodetalhado a partir de problematizações para estabelecer relações e construir compreensões sobre o objeto de estudo.
Ao pensar o ensino de História, precisamos ter em mente a importância da realidade do aluno, com atuação pontual do professor na contextualização. Sabemos que apenas as narrativas não são suficientes para garantir a aquisição de conhecimento, e o papel do professor é fundamental em apresentar um ponto de partida, despertando o interesse e proporcionando vivências e conhecimentos que talvez os alunos nunca teriam acesso.Desse modo, é possível dizer que são as intervenções pontuais do professor que contribuem para uma aprendizagem significativa, propondo reflexões sobre contextos históricos e identificando processos evidentes no passado, que refletem na atualidade. 
E muito embora o modo como os objetos de conhecimentos são apresentados seja importante, o papel do professor é fundamental, pois contribuirá para a construção de conhecimentos significativos. O modo de abordagem do professor de forma autônoma em sala de aula garante ao processo de ensino o desenvolvimento de estratégias, no entanto, a habilidade constitui-se como um direito de aprendizagem do aluno. 
O papel do professor além dos conteúdos obrigatórios para cada faixa etária é sem dúvidas despertar nos alunos um senso crítico, capaz de pensar, argumentar e propor soluções com embasamento teórico, crítico e com coerência, nesse sentido o processo de ensino não possui um modelo ideal ou um conjunto determinado e restrito de estratégias, pois são as diversas variáveis que compõem uma comunidade escolar que possibilitam diferentes caminhos para a aquisição das habilidades propostas, e o professor é o articulador de todo esse processo. Logo todo o empenho do professor para fugir do óbvio e trazer o aprendizado na integralidade para seus alunos é algo desafiador, com o avanço das tecnologias o uso do cinema como recurso didático para o ensino de história, englobando a arte e outras matérias é algo inovador e cheio de possibilidades, podendo ser trabalhado habilidades e competências contempladas na BNCC.
O ensino de Artes
Os campos conceituais não possuem fronteiras rígidas, por isso ao trabalhar história, trabalhamos artes e outras disciplinas, cabendo a interação e integração entre saberes de um campo a outro, dentre os quais estão propostos os territórios de arte, história e cultura, assuntos interligados que ampliam o conhecimento e direito de aprendizagem integral de cada aluno, respeitando a sua individualidade, seu conhecimento prévio e suas vivências. Sendo importante ressaltar que um território não se fecha em si, um campo conceitual se completa por ampliações e crescimento de pensamentos inteligentes e sensíveis que proporcionam o encontro com outros "campos de saberes” na arte e mais saberes. Trabalhar a arte entrelaçada com o ensino de história e usar o cinema como recurso é criar raízes nos alunos, sabendo que levaram para a vida todo esse aprendizado. 
Para desenvolver o ensino e aprendizagem da arte dentro da proposição dos campos conceituais é importante esclarecer como se dá este processo, onde processos de construção de conhecimento podem se dar por formações em redes, em processo de ramificações abertas. Os saberes são pertinentes e potentes para planejar um percurso didático incluído em uma linguagem artística ou em integração com várias outras pela interdisciplinaridade. Por exemplo, o conceito de tridimensionalidade está presente: quando trazemos propostas de fruição e ação criadora em sala de aula nas linguagens visuais (escultura, instalação, objeto artístico, etc.); quando trabalhamos com a música (no estudo da acústica, como som se propaga no espaço tridimensional, entre outras possibilidades); quando trazemos a dança (já que o corpo é tridimensional e ocupa um espaço, movendo-se nele em várias possibilidades de movimentos dançados); no cinema ou teatro, que também pode explorar este conceito (cenário, corpo do ator, sonoplastia, iluminação, áudio, vídeo, arte se faz no espaço tridimensional); nas artes integradas, nas quais há mais potencialidades de estudos e relações com este saber (circo, instalações, intervenções urbanas, etc.). São muitas as possibilidades a partir de um conceito que pode estar em foco no campo conceitual dos elementos constitutivos das várias linguagens, possibilitando o trabalho de modo interdisciplinar. É possível também trabalhar o conceito que nasce em um dos campos em apenas uma linguagem por vez, embora as inter-relações sejam ricas oportunidades de ampliação de conhecimento tanto para o professor como para os estudantes. 
Nesse sentido, o professor pode olhar para suas propostas pedagógicas como o proposto na BNCC, permanecendo autor do seu próprio trabalho, ponderando o que carrega em sua história pedagógica como: formação profissional e repertório cultural, evidenciando os conhecimentos pertinentes ao contexto da escola e dos estudantes e se abrir às possibilidades de caminhar por campos conceituais segu- ros, já conhecidos, mas com o sabor de uma boa aventura ao se arriscar, experienciar outros conhecimentos e vivências nos campos conceituais da Arte e suas muitas linguagens, abordando juntamente a história como base para um ensino amplo, utilizando o cinema como recurso didático, para tornar o ensino mais prazeroso e enriquecedor.
Adentrar na sala de aula para mostrar arte e história através do cinema é fazer seleções e escolhas, as quais são geridas no espaço e tempo, percebendo que há muitas formas de se criar um percurso didático. 
Sobre o tempo, podem acontecer três concepções, por exemplo: Cronos, Kairós e Aion, histórias que nascem na mitologia grega antiga a respeito dos tempos. 
O tempo pelo prisma de Cronos é um tempo que passa rápido, consumido na cadência cronológica das semanas, dias, meses, bimestres, semestres e anos. Tempo que tem pressa em chegar ao futuro, em que estudantes e educadores são mergulhados e consumidos por ele na ordem natural das coisas. Mas, há outras maneiras de sentir o tempo se lembrarmos da cadência da vida ao sabor de Kairós, tempo das oportunidades em viver no encontro com pessoas, coisas e situações significativas. Um tempo que nos dá a sensação de passar mais devagar, permitindo-nos tirar proveito das oportunidades e potencialidades do momento. Ao se aproximar da Aion, chegamos ao tempo da experiência estética e significativa que marcam a vivência em todos os tempos. Assim, ao olhar para o planejamento de uma sequência didática ou de um projeto, não devemos nos perder em medos do tempo Cronos, mas aceitar sua natureza, organizar o que é possível viver nesse tempo e seguir pensando no que é oportuno em Kairós e significativo em Aion, cuidando dos percursos didáticos escolhidos e gerenciados pelos educadores junto ao tempo dos estudantes em seus momentos criança ou jovem. Trazendo todo esse conhecimento e gerenciamento de tempo agregado à gestão de sala, para nutrir o conhecimento dos alunos, respeitando o seu direito de aprendizagem.
O cinema na sala de aula
A linguagem cinematográfica por ser complexa, mistura enredo, emoção, envolvimento, movimento, mistério, desafio, suspense, ação, música, luz, apresentando assim uma ampla capacidade de comunicação.
Parte do público jovem aceita e gosta dos filmes. Sendo assim os filmes apresentam um grande potencial de aproveitamento no processo educativo, até porque muitas vezes abrangem temas melhores compreendidos pelos alunos do que uma aula expositiva. O cinema na sala de aula é um atrativo a mais para os alunos, um meio de trazer novos métodos de ensino-aprendizagem e poder colocar os alunos como protagonistas da aprendizagem.
O cinema para ser usado em sala de aula necessita de metodologia específica. Faz-se necessário selecionar como apresentar aos alunos o filme: se completo ou fragmentado, levando em consideração se atendem às expectativas de aprendizagem contempladas no planejamento do professor.Ao planejar uma aula e incluir o cinema, deve-se levar em consideração a faixa etária, o nível de ensino, se o filme está diretamente relacionado com os conteúdos, além de considerar se o filme respeita os valores socioculturais do meio onde a escola está inserida.
Ao usar um filme não deve ser visto como apenas um filme, se faz necessário instruir os alunos a uma percepção crítica, onde o filme se torna significativo para o aluno. 
O cinema representa um fantástico potencial de aprendizado para qualquer tipo de público e não só puro entretenimento. Para apoiar professores existe esta obra, que revela caminhos para transformar a exibição de filmes na sala de aula em um recurso rico, lúdico e extremamente sedutor. Descrevendo os métodos básicos para explorar um filme e indica numerosas atividades práticas, com sugestões de títulos e de ações por disciplina ou por temas transversais. Contribui para que o cinema deixe de ser usado, quando muito, como mera ilustração de aulas e se torne um instrumento didático poderoso no trabalho dos professores, com instruções claras e precisas.
Para favorecer o uso do cinema em sala de aula é fundamental a familiaridade do aluno com a televisão. A compreensão de conceitos, hábitos, costumes e fatos históricos e culturalmente distantes no espaço e no tempo, rompendo com a dificuldade de abstração, nada mais é que maior materialidade do cinema possibilita ao aluno.
É possível definir o conceito de filme histórico, segundo Miriam Rossini:
 “Devido às várias indefinições do que seja um filme histórico, muitas vezes confundido com épicos ou aventuras mitológicas, decidi defini-lo como aquele
 que: a) é localizado propositalmente no passado, ou seja, numa época anterior
àquela em que o filme está sendo produzido; b) tenha por finalidade reconstituir
um fato histórico, ou uma situação histórica, ou a biografia de alguém que teve
existência real; c) seja apoiado em pesquisa histórica, a fim de se manter um
mínimo de coerência com o já documentado. (ROSSINI,1999).”
“Diferentemente de outras artes, em que o referente é descrito, reconstruído por um artista [...] no cinema o referente coincide com a representação. Com isso, tem-se a ilusão de que a construção do objeto do discurso não partiu da
imaginação de alguém. O que está representado é o próprio real; produz-se,
assim, uma ilusão referencial chamada efeito de real: a narrativa
cinematográfica parece não descrever o real, mas sim apreendê-lo para
apresentá-lo, intacto. (ROSSINI, 1999).”
Inicialmente é importante lembrar que o cinema é um recurso pedagógico. Ele não substitui as aulas formais, mas entra como um complemento pedagógico. Usar o filme como reforço de um conteúdo curricular não é a forma mais apropriada de trabalhá-lo em sala de aula. É imprescindível saber por quê e para quê um determinado filme será levado aos alunos, para tornar essa atividade uma experiência cognitiva significativa. Sem isso, corre-se o risco da atividade tornar uma “sessão pipoca” passando a ideia de que o professor está ganhando tempo e não tem conteúdo para aplicar. Existem algumas formas desafiadoras e inspiradoras para levar esse recurso aos alunos, tais como: Realizar debates a partir dos filmes, criar textos articulados a temas previamente selecionados pelo professor. Um exemplo de filmes inspiradores para trabalhar temas transversais são os que envolvem cidadania, diversidade cultural, meio ambiente, sexualidade, entre outros, usar o filme como um documento que abrange a linguagem cinematográfica e o cinema como produção industrial, possibilitando a discussão e debate em sala de aula. O professor deve conhecer as regras básicas da arte, que é o cinema, como roteirização, direção, iluminação, entre outros, pois para usar o filme como documento histórico analisando-o como produção cultural e estética de uma época, que veicula atitudes, valores, conceitos e representações da sociedade, da política e da ciência. Essas formas devem ser articuladas. A análise do filme propiciará ao aluno desenvolver uma leitura crítica e ampla do audiovisual, aguçando seu olhar para uma compreensão mais profunda da obra fílmica bem como a percepção de suas mensagens subliminares, seja qual for o filme trabalhado.
No século XX a imagem continuou a ser uma imagem técnica, porém, realizada por
outros meios, possibilitando uma maior facilidade nos processos de sua produção,
desdobrando-se em sua banalização e vulgarização com a popularização e fácil acesso das câmeras de captação de imagens.
Para ter um conteúdo de qualidade é preciso dominar o instrumento para produzir a imagem. Pensar na composição é pensar nos conceitos de construção da imagem. Isso causou uma separação na concepção da imagem no mundo contemporâneo. 
Domènech (2011), ao pesquisar sobre a fenomenologia da imagem, diz que, hoje, a
imagem é um fenômeno cujo o alcance mal percebemos e, apesar disso, pressupõe
uma mudança transcendente em nossa forma de ver o mundo. No caso do cinema,
Domènech (2011), mostra que o cinema mescla dois parâmetros, o tempo e o espaço. Ele amplia a forma como conhecemos o mundo além da imagem estática.
Ao Relacionar a história do cinema e seu uso em sala de aula , é possível entender o ponto de vista do público de forma ampla, pois permite uma aproximação com a vida e o cotidiano, através da imagem em movimento, podemos ver através do filme,
acontecimentos de outras partes do mundo, desastres naturais, fatos do cotidiano, 
entre outros. Isso tira o espectador de seu espaço temporal para outras realidades,
permite conhecer outros acontecimentos e lugares além de seu convívio e contexto, isso inclui reconstruí-las. O dispositivo utilizado, seja o celular, a câmera, a webcam, cria não só uma imagem, mas o observador cria uma narrativa.
O cinema no ensino de História
Ao ensinar História, é dada possibilidades para o educando ser colaborativo além de ser participativo no processo de construção do conhecimento histórico, sendo um dos principais atributos da aprendizagem histórica que é a busca pela formação
da consciência histórica, construindo uma orientação entre passado e presente, através da busca por bases na narrativa histórica.
De acordo com SCHMIDT (2009, p. 69) 
“Compreende que o passado, objeto de estudo da história, um dia já foi presente e o futuro de alguém; que vivemos em uma sociedade que é como é porque pessoas que viveram antes de nós tomam determinadas decisões que nos fazem ser o que somos e o que não somos.” 
 As noções de tempo são indispensáveis para a compreensão dos fatos históricos, levando o aluno a compreender as mudanças, sucessões e permanências ao longo do processo histórico.
Outras formas de representação de documentos como filmes, mapas, músicas, objetos passaram a ser vistos como formas de ter compreensão para as organizações sociais,econômicas e políticas de diversas sociedades ao longo do tempo. Atualmente o uso destes documentos são indispensáveis para o ensino de História dentro e fora da sala de aula, como forma de estimular as lembranças sobre o passado. Pois até meados do século XX o único documento aceito de fato era o escrito e visto como a representação fiel do fato acontecido.
Segundo SCHMIDT (2009,p.117)
“o uso da compreensão de documentos iconográficos, fontes orais, testemunhos da história local, além das linguagens contemporâneas, como cinema, fotografia e informática.”
Estas concepções em relação ao uso de diversos documentos históricos devem mediar a prática do professor em sala de aula, trazendo inovações e criando problematizações com vista a estabelecer relações com o passado e o presente sobre a óptica de um olhar crítico.
Os filmes são vistos como fontes visuais primárias, segundo SCHIMIDT (2009,p.118) 
”as fontes primarias são testemunhas do passado que se caracterizam por ser de primeira mão ou contemporâneas dos fatos históricos a que se referem”.
Ao falar sobre as produções historiográficas a respeito do tema História e cinema, muitos historiadores ao discutirem o uso do conteúdo como documentohistórico, entre eles podemos ressaltar Ferro historiador da terceira geração dos Annales que trouxe o filme como um novo objeto para o estudo do passado.
“Analisar no filme principalmente a narrativa, o cenário, o texto, as relações do filme com o que não é o filme: o autor, a produção, o público, a crítica, o regime. Pode-se assim esperar compreender não somente a obra como também a realidade que representa.”(FERRO,2010,p.33)
Os filmes revelam sobre épocas, apresentam um valor histórico e podem ser utilizados como um documento para um determinado tempo, pois grande parte dos acervos filmográficos estão relacionados com os conteúdos previstos para a disciplina de História. Precisa-se tomar cuidado para que a obra cinematográfica não seja utilizada como uma verdade absoluta e sim buscar na obra uma interpretação histórica através dos elementos do filme. 
Quando o filme é utilizado como documento histórico, ele passa a contribuir para a formação histórica desenvolvendo habilidades no telespectador como: criticar, analisar e realizar o reconhecimento de diferentes linguagens e papéis nos diferentes contextos sociais, políticos e econômicos. A História do cinema, através das narrativas históricas, permite ao professor fazer uso dessa modalidade de documento histórico a fim de propor debates, levando em consideração que o filme sempre será uma forma de representação do passado.
Como considera Lopes:
“Entretanto, é necessário considerar também que muitos docentes da educação básica procuram utilizar novas formas de exposição didática, quer dizer, instrumentos que facilitem a aprendizagem de História, entre eles, exibições fílmicas, uma opção de grande interesse dos alunos, de maneira adequada, isto é, com base em um referencial teórico-metodológico. Nesse sentido, esses professores estarão de acordo com as diretrizes dos PCNs, que recomendam a análise de documentos e fontes de informações de diferentes naturezas, para criar atividades de pesquisa, destacando diversas abordagens, interpretações e autores, reportagens, jornais, enciclopédias, livros especializados e filmes. Ou seja, possibilitar aos alunos não somente ver, como meros espectadores, mas, principalmente, pensar e entender a atividade elaborando o pensamento crítico sobre as imagens na tela, os conceitos e os discursos da narrativa fílmica. De acordo com Duarte [...] “o acesso a essa diversidade [de estruturas narrativas] é fundamental para o desenvolvimento da chamada competência para ver (objetivo principal da difusão do cinema na escola), ou seja, é a experiência da diversidade que desenvolve no espectador o gosto pelo cinema e a ampliação de sua capacidade de julgar, avaliar e apreciar obras cinematográficas”. (DUARTE apud LOPES, 2004, p. 211).”
Ao perguntar para 20 professores de História sobre o que era “sensibilidade”, os professores por mim pesquisados em Agosto de 2021 responderam mais frequentemente que era “ emocionar”, “respeitar a história do outro” e “exercer a cidadania”. E todos os professores contaram que o que move a sua profissão é poder sensibilizar através das suas aulas de história e poder fazer a diferença na vida de seus alunos, fazendo-os perceber que a história do nosso país e do exterior é de suma importância para o nosso desenvolvimento e para elevar o nosso conhecimento, tornando-os um ser pensante, detentor de conhecimento, capaz de opinar, argumentar e elaborar pensamentos críticos.
O cinema no ensino da Arte
Por um certo tempo, a partir dos anos 1920, por influência do pensamento modernista, evitava-se que os alunos tivessem contato com imagens da história da arte. Acreditava-se que as crianças, em especial as mais jovens, deveriam manter a pureza de sua criatividade na auto expressão artística, e que essa mesma se perderia a partir da influência da arte adulta. Na década de 1980 Ana Mae Barbosa refutou essa concepção baseada no fato de que por mais que se evitasse o contato das crianças com imagens de arte para preservar a originalidade de suas expressões, era importante notar que segundo Mário de Andrade as crianças assim como os adultos são influenciados por todo o meio ao seu redor, inclusive as imagens em suas produções e formas de comunicação.
Ao desenvolver o método de ensino da Abordagem Triangular na intenção de trazer a imagem de volta para a aula ao enfatizar que compreender todos os aspectos inerentes a produção de uma imagem, seja qual for sua natureza ou finalidade proporciona ao aluno o desenvolvimento de suas capacidades criativa, crítica, reflexiva e perceptiva por meio da contextualização, estética e leitura de uma imagem.
Ao ressaltar que imagens do cotidiano como publicitárias, jornalísticas e imagens de
arte popular deveriam ser apreciadas e analisadas em sala de aula com a mesma importância das imagens de grandes obras da história da arte, a professora sustenta a relevância da arte e educação na formação de uma percepção crítica e significativa dos alunos e todas as disciplinas do ensino básico têm como ponto de referência alguns autores que guiam a prática pedagógica e a metodologia do professor. No Brasil, muitos professores têm como referência as pesquisas da arte-educadora e Ana Mae Barbosa, que define a Arte educação como: a mediação entre Arte e público e ensino da Arte é compromisso com continuidade ou com currículo que seja formal ou informal.
Pensar em arte educação é pensar no desenvolvimento cultural dos estudantes, por meio do conhecimento em Arte, porém, o fazer artístico na sala de aula não tem como objetivo formar profissionais artísticos.
Segundo Barbosa:
 “No alto modernismo, falava-se em Arte educação para o desenvolvimento da sensibilidade, mas poucos tentaram conceituar essa sensibilidade. A terrível lembrança que a Segunda Guerra Mundial deixou em nosso imaginário foi a de homens “sensíveis” à música que, nos intervalos, assassinaram a sangue frio judeus, comunistas, ciganos e opositores nos campos de concentração. Por isso hoje, quando escuto arte/educadores caírem no lugar-comum dizer que a função da Arte na educação é desenvolver a sensibilidade, vem-me à mente aqueles nazistas sensíveis à Arte, a música, nos campos de extermínio, sessenta anos atrás. [...]” 
Nas décadas de 1980 e 1990, a casca de banana foi e continua sendo o “desenvolvimento da sensibilidade”. Perguntadas sobre o que era “sensibilidade”, os professores por mim pesquisados em Agosto de 2021 responderam mais frequentemente que era “ser capaz de se “emocionar”, além de outra como “ser capaz de respeitar os outros”, “ser romântico”, exercer cidadania”, entre outras, dentre 20 professores de Artes, só um falou de sensibilidade como desenvolvimento dos sentidos, a única concepção de sensibilidade que interessa ao ensino da Arte.
Essa definição de sensibilidade como o conjunto de funções orgânicas que buscam a inteligibilidade, o prazer, a sensualidade é a que responde às condições da pós-modernidade. 
Esse equívoco sobre a Arte é comum não somente entre os professores de Arte, como também por professores de outras disciplinas e pela equipe pedagógica. As concepções pedagógicas do ensino de Arte mudaram muito ao longo dos alunos, e, apesar de dezessete anos terem se passado após a pesquisa de Ana Mae Barbosa, como apontado por Pimentel (2011), muitos arte-educadores tendem a “sensibilizar” o aluno. Isso consiste em um ensino voltado para a formação de consumidores de imagens e não de produtores, caracterizando o ensino de Arte em uma forma passiva e distante do objeto de arte. Porém, pode-se trabalhar com aspectos, tanto na metodologia de ensino e nos conteúdos que promovam, porém, a motivação em relação ao aluno é intrínseca.
A Arte educação tem como meio aguçar sentidos que em outras disciplinas não é possível, pois desenvolvem outras capacidades e potencialidades, pois a Arte como expressão pessoal e como expressão cultural, é um importante instrumento para a identificação cultural e através da Arte, é possível desenvolver a percepção e a imaginação para aprender a realidade do meio ambiente,desenvolver a capacidade crítica, permitindo analisar a realidade percebida e desenvolver a capacidade criadora de maneira a mudar a realidade que foi analisada.
Através do fazer artístico, pode-se potencializar as percepções acerca do mundo, como o acesso a linguagem expressiva como forma de conhecimento.
Através do fazer artístico, estimula-se a capacidade de raciocínio, o emocional e o
afetivo, colaborando para outras áreas de conhecimento e para construção do indivíduo. A Arte consegue trabalhar a singularidade dentro do coletivo, trabalhando
com diversos códigos culturais, apresentando ao aluno, a pluralidade. A Arte ao caminhar entre o não racional, aquilo que só pode ser passado através do fazer artístico e da sensibilidade. Uma área de compreensão de uma zona de território indefinido em seus limites, portanto é produtivo.
A Arte é uma área de compreensão muitas vezes limitada ao ponto de vista pedagógico da livre expressão. O professor da área deve achar uma metodologia que construa uma prática pedagógica que possibilite ações na sala de aula, contemplando diversas facetas.
O cinema na educação infantil
Por compreender que a história na educação infantil é uma ponte que facilita o ensino aprendizagem, é se suma importância abordar de forma leve e lúdica, porém é necessário que o professor adeque o conteúdo e realize as intervenções necessárias e corretas de acordo com as necessidades da criança, por se tratar de uma área em que atua diretamente com o cognitivo da criança, podendo desde cedo despertar o interesse desses alunos e uma ótima opção para introduzir o ensino de história na educação infantil é o cinema, filmes que de forma leve e sútil desperte gatilhos logo nos primeiro anos na escola .
O desenvolvimento infantil é uma etapa complexa que a criança está vivenciando várias informações e limites a serem superados causando diferentes reações na criança, nele está envolvida diferenças individuais e culturas específicas, por isso trabalhar a história através de filmes apresenta-os vivencias.
O cinema para introduzir a historia junto a criança necessita ser realizado neste período apresentando a importância de um olhar atencioso por estar relacionado com a vida do ser humano, de onde vinhemos e para onde iremos, são questionamentos feitos pelos pequenos que podemos responder com pequenas reproduções.
O ser humano desempenha seu papel na sociedade como compreender o meio que ele está inserido, desenvolver atitudes cidadãs, ser ético, ter caráter, essas características podem ser transmitidas pelo saber e conhecimento adquirido ao longo da vida propondo sempre superar suas limitações, para auxiliar a criança no momento de dificuldade ao expressar seus sentimentos, entender o mundo que está inserida e seu papel na sociedade.
A cinema dá oportunidade a criança não somente de expressar, mas, tornar uma criança autônoma, criativa, ampliando seu conhecimento compreendendo o que está acontecendo em seu redor e proporcionando de maneira saudável seu desenvolvimento social e emocional, estimulando de maneira lúdica e divertida utilizando como recurso a história, a arte e o conhecimento prévio.
Na educação infantil a criança em tudo que faz explora os sentidos, sendo assim, ao utilizar o cinema como método de ensino desde a educação infantil é preparar os alunos para serem cidadãos críticos, pensantes e detentores de seus saberes..
Desenvolve capacidade de representar o simbólico, auto estima e sentimento através de atividades artísticas realizadas em sala de aula. Mostrando assim, que a história e arte vai além de uma atividade prática, devendo ser compreendida como processo de desenvolvimento onde envolve nesse processo emoções e sentimentos.
O cinema traz inúmeros benefícios para o desenvolvimento das crianças,como: Leitura do mundo e de si mesmo, desenvolvimento cognitivo e motor, sensibilidade criativa, elevação da autoestima e desenvolvimento da linguagem corporal. O simples brincar permite que a criança desenvolva momentos enriquecedor, podendo criar de forma livre e artística, dando vida ao mundo que as cercam através de imitações, dando asas a imaginação e introduzindo o simbólico e o imaginário ao real, podendo reproduzir de forma simples o que foi apresentado durante uma sessão de cinema, onde podemos propor de forma intencional reflexões históricas com pequenas animações, curta metragens e até mesmo longas, podendo praticar o ensino integral do indivíduo, onde os filmes assistidos em casa com seus familiares se torna parte da proposta pedagógica. 
O cinema no ensino fundamental
O cinema no ensino fundamental traz mais leveza para o conteúdo de história, trazendo clareza para o tema abordado, garantido por lei, o ganho para o desenvolvimento dos alunos são inúmeros. Ao proporcionar sessões de cinema para os alunos do ensino fundamental como complemento do conteúdo teórico de história é enriquecedor, podendo realizar debates, seminários, exibições de cenas ou o filme completo, despertando nos alunos senso crítico, atividades cívicas e maior absorção dos conteúdos e habilidades previstas na grade curricular e na base nacional comum curricular.
O professor necessita de cautela ao escolher o filme a ser trabalhado, deve analisar com cuidado e garantir que o mesmo esteja alinhado com os objetivos previstos para cada faixa etária, o ideal é antes de reproduzir o vídeo para os alunos assisti-lo, para certificar-se que o conteúdo é adequado e está de acordo com os conteúdos programados para aquele ano. 
O direito de aprendizagem, de cultura e de práticas inovadoras se mantém assegurado quando o professor oferece novas modalidades de ensino, fugindo do óbvio e trazendo mais dinamismo para as aulas, sendo trabalhando além do conteúdo de história, conteúdos de artes, entre outras matérias, além de ser trabalhado o cognitivo, o emocional, a empatia entre outras habilidades de caráter socioemocionais.
O cinema no ensino médio
O cinema no ensino médio dentro da sala de aula é um meio de ter a atenção dos adolescentes, por se tratar de um público que nem tudo agrada, trazer recursos digitais é uma grande sacada para esses alunos, além dos ganhos pedagógicos, ganham também em habilidades socioemocionais.
Assim como no ensino fundamental o cuidado do professor com o conteúdo a ser exibido é de grande responsabilidade, devendo ter cuidados redobrados, com a linguagem usada, o tema abordado, pois além de ser um filme relacionado ao ensino da história, deve ser uma filme com linguagem apropriada e sem manifestações negativas que possam servir de gatilho para os jovens. 
No ensino médio além de exibir os filmes, o professor pode propor a produção de uma curta metragem, produzido, dirigido e protagonizado pelos alunos, depois de apreciarem algumas produções, o professor pode propor que encenem pequenos momentos da história trabalhada no bimestre, evidenciando as habilidades individuais de cada aluno, como: atuação, direção, roteiro, texto, filmagens entre outro.
Desta forma mesmo na adolescência o professor pode e deve proporcionar situações de empatia, cooperação e cultura, além do conteúdo previsto para o ensino médio, proporcionando experiências, descobertas e invenções, trazendo os alunos dessa faixa etária para um contato mais próximo com a escola, tornando o ensino mais prazeroso e didático, mostrando que com gestão de sala e ideias inovadoras, pode-se ensinar história e qualquer outra matéria com o auxílio de recursos digitais como o cinema.
Conclusão
Conclui-se que é de grande importância a introdução do cinema como material pedagógico, além de ser um grande aliado para a introdução de cultura na escola, onde muitas vezes é o primeiro contato que esses alunos têm com essa ferramenta.
Todo filme é uma produção humana e como tal, pode e deve ser compreendido enquanto tecnologia de apoio, fonte e representação histórica, instrumento para o ensino e agente histórico.
A história é uma construção humana e, sendo assim, é fundamental avaliar os elementos que a constituem parauma compreensão da ação do homem no tempo e espaço, onde o uso do cinema para tornar as aulas mais dinâmicas colabora para um aprendizado significativo e duradouro, respeitando a individualidade dos alunos, suas crenças, vivencias e seus conhecimentos prévios.
Levar em consideração todo o conhecimento prévio do aluno, considerá-lo como um indivíduo capaz de enriquecer as aulas através de discussões propostas com referência a um filme passado no conteúdo de história, podendo agregar outras disciplinas, como a arte. 
É de grande importância formar um ser pensante, capaz de dialogar dentro do contexto histórico.
Para tanto, é preciso voltarmos os olhos também para os programas universitários voltados à formação desses profissionais.
Nesse caso, a mediação do professor se mostra necessária para mostrar ao aluno que a web contém recursos que possibilitem aprendizagem. No campo da Arte, devemos pensar não somente na produção de arte contemporânea como nova forma de expressão artística, mas também no contexto dos nossos alunos e seus saberes fora da sala de aula para se apropriar desse conhecimento como meio. 
O aluno na disciplina de arte tem, mais do que qualquer outra área, a possibilidade de ser o protagonista, no caso, o professor não cria mudanças, cria novas perspectivas e olhares só no processo de ensino aprendizagem, pois a tecnologia já faz parte do cotidiano dos alunos.
Ao conquistar novas propostas para auxiliar nas questões do ensino-aprendizagem, junto às escolas e instituições de ensino formal, mostrou-se um dos maiores receios e preocupação dos educadores de história, que era o caminho a percorrer neste novo milênio. Esta é uma questão que deve ser abordada e discutida por históricos-educadores de todo o Brasil. 
O próprio professor, deve instigar e despertar o interesse na realidade em cada aluno, de forma que a história surja daquilo que tenha significado e grande interesse para cada pessoa. É necessário sair da sala de aula fechada e buscar outros espaços. Só envolvendo os alunos e a comunidade é que a história consegue preservar a originalidade.Sendo assim os alunos irão valorizar e gostar de fato das aulas de história, pois o uso do cinema nessas aulas torna o conteúdo prazeroso e dinâmico. Uma forma de apresentar aos alunos o que existe no mundo. Construir os projetos de forma coletiva a partir do envolvimento dos alunos é uma grande estratégia. 
Ao usar o cinema como princípio para elaborar um projeto com os alunos, além de reproduzir filmes durante a elaboração do projeto, podemos considerar como produto final uma produção feita pelos alunos. Abordando no projeto a história do cinema, o conhecimento prévio dos alunos, debates, levantamento dos itens necessários para se produzir um filme, definir se será um curta metragem ou um longa metragem, gênero, tema e qual será a participação de cada uma para que o projeto seja realizado. Trazendo vídeos de produções, matérias de revistas e jornais, para que aos poucos os alunos ganhem repertório e consiga colocar em prática a produção do filme. Antes do produto final, os alunos podem produzir cartazes e através do conteúdo estudado naquele momento em história e artes para buscarem embasamento teórico. Com esse projeto o aprendizado do conteúdo de história e artes será intenso, sem cansar os alunos, pois o interesse dos mesmos será constante. O projeto pode ser levado para toda a escola e também para a comunidade, com participações durante a produção do filme e com a apresentação do produto final. Ao transmitir o conhecimento através do cinema é necessário ter cuidado e muita transparência, pois o ensinar é construir caminhos novos dando uma direção para os alunos que jamais irá esquecer as experiências apresentadas neste momento dando a oportunidade da construção do seu caráter.
Em uma sequência didática podemos introduzir o cinema em diversas abordagens, com filmes completos ou apenas trechos que enriqueçam o conteúdo teórico, trazendo leveza para o ensino aprendizagem, onde o ler e copiar para os alunos se torna algo cansativo e pouco absorvido por eles, muitas vezes trazendo poucos resultados, com filmes podemos aflorar algumas habilidades dos alunos, resultando mais aprendizagem e interesse deles. Ao solicitar que os alunos leiam um texto e façam um resumo, teremos muitas vezes apenas a cópia de alguns parágrafos, mas ao pedir que assistam um filme e escrevam um resumo sobre o mesmo, os resultados serão significativos, será escrito apenas o entendimento do aluno, sem nenhuma interferência ou cópia. Existem várias formas de trazer o cinema para a sala de aula, contemplando a matéria e agregando cultura para o repertório dos alunos. Dependendo da intencionalidade do filme escolhido pode-se usá-lo em todos os níveis, do ensino infantil ao ensino médio.
Devemos lembrar que ao utilizar um filme como ferramenta pedagógica devemos assisti-lo e analisá-lo, para certificar-se que o conteúdo e a forma que o tema é abordado é propício para o ambiente escolar.
Não podemos limitar a produção de filmes apenas como forma de abordar algum conteúdo da matéria específica, ao proporcionar a reprodução de filmes com temas aleatórios, influenciamos o gosto dos alunos por diversas obras.
 
Referências Bibliograficas
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