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SEMIOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO Fernando Vale T6 REVISÃO DE ANATOMIA DE ESTRUTURAS DA CABEÇA REGIÕES DA CABEÇA ANATOMIA DA ORELHA ❖ Pavilhão auditivo SEMIOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO Fernando Vale T6 A orelha dividi-se em orelha externa (capta o som), média (condução da energia mecânica) e interna (amplificação e a codificação da energia mecânica na cóclea). ❖ Orelha externa Formada por duas partes: o pavilhão auricular, fixado lateralmente na cabeça; e o meato acústico externo (MAE), que se estende do pavilhão auricular até a membrana timpânica. O pavilhão auricular, constituído por um esqueleto fibrocartilaginoso, permite identificar e localizar a fonte sonora. Em sua porção medial está localizada a concha, uma escavação profunda, ao redor da qual há quatro saliências: hélice, antélice, trago e antitrago. A orelha externa funciona como uma caixa de ressonância, sendo responsável por transferir e amplificar o som para a orelha média, principalmente em frequências de 2.000 a 5.000 Hz. Contribui, também, na percepção da origem da fonte sonora. A orelha externa fornece proteção para a orelha média e a interna, mantendo em equilíbrio a temperatura e a umidade, condições necessárias para preservação da integridade da membrana timpânica. ❖ Orelha média Sistema sensorial da audição com o trajeto percorrido pela onda sonora nas orelhas externa, média e interna. 1, orelha externa; 2, orelha média; 3, orelha interna. Localizada na parte petrosa do osso temporal, denominada cavidade timpânica. Comunica-se com a nasofaringe por meio de um canal osteocartilaginoso, a tuba auditiva. Cadeia ossicular, composta por três ossículos: martelo, bigorna e estribo, articulados entre si, e que se estendem da membrana timpânica à orelha interna. SEMIOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO Fernando Vale T6 A membrana timpânica protege a orelha média da entrada de corpos estranhos, sendo sua elasticidade responsável pela transmissão da energia mecânica do som para os ossículos da orelha média. ❖ Orelha interna A orelha interna é um conjunto complexo de estruturas no interior do osso temporal dividido em dois sistemas: o labirinto anterior ou cóclea, que contém os órgãos da audição, o labirinto posterior ou sistema vestibular, que contém os órgãos responsáveis pelo equilíbrio. O labirinto ósseo é composto pela cavidade óssea, denominada vestíbulo, três canais semicirculares e a cóclea. O sistema vestibular interage com o sistema visual e o proprioceptivo para organização de estímulos sensoriais e motores, contribuindo para as funções de orientação e equilíbrio. ❖ Cóclea A cóclea é responsável pela conversão da energia mecânica do som em impulsos elétricos, processo denominado transdução mecanoelétrica. Além disso, é responsável por separar os sons de acordo com seu espectro de frequência. A cóclea possui a forma de um ducto em espiral, dividido em três seções: escala timpânica, escala média e escala vestibular. Figura. Corte longitudinal da cóclea: 1, escala média; 2, escala vestibular; 3, escala timpânica; 4, gânglio espiral; 5, nervo coclear. Exame otoscópico. 1, cone de luz; 2, cabo do martelo; 3, umbigo da membrana timpânica; 4, ramo longo da bigorna; 5, ramo posterior do estribo. SEMIOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO Fernando Vale T6 ANATOMIA DE NARIZ, CAVIDADE NASAL E SEIOS PARANASAIS ❖ Nariz e Cavidade nasal A principal função do nariz é levar o ar, em condições adequadas, para os alvéolos pulmonares realizarem a hematose, responsável também pela modulação do fluxo aéreo. As cavidades nasais são responsáveis por filtração, aquecimento e umidificação do ar inspirado. • A filtração é realizada pelas vibrissas (pêlos localizados no vestíbulo da cavidade nasal), pelo reflexo do espirro, ação adesiva e bactericida do muco e pelos cílios do epitélio de revestimento da mucosa nasal. • O aquecimento é feito pela vascularização da mucosa nasal, sede de rico plexo sanguíneo capilar e sinusoidal venoso. • A umidificação é realizada por meio das secreções nasais, da transudação serosa dos vasos da mucosa nasal e da secreção lacrimal. ❖ Processo olfatório O epitélio olfatório localiza-se no teto da cavidade nasal (na lâmina cribriforme), na superfície medial da concha nasal superior e na porção superior do septo, ocupando aproximadamente 1 cm2 de área da cavidade nasal. Essa região é composta por neuroepitélio olfatório, em conjunto com o epitélio respiratório. O processo olfatório inicia-se com a inalação de moléculas de odor SEMIOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO Fernando Vale T6 presentes no ar inspirado. Apenas 10 a 20% do ar passa pelo epitélio olfatório. Existe também um fluxo de moléculas de odor provenientes da cavidade oral e faringe que atinge o epitélio olfatório a partir dos movimentos da língua e da faringe durante a mastigação e a deglutição. ❖ Seios Paranasais Os seios paranasais são extensão da cavidade nasal, denominados de acordo com o osso onde se desenvolvem e crescem, sendo: seios frontais seios maxilares células etmoidais seios esfenoidais Quando as secreções dos seios paranasais alcançam a parede lateral do nariz, pode -se distinguir duas vias de drenagem. SEMIOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO Fernando Vale T6 APARELHO LACRIMAL O aparelho lacrimal é constituído pelas seguintes estruturas: • As glândulas lacrimais, que secretam o líquido lacrimal (lágrimas) • Os dúctulos excretores da glândula lacrimal, que transportam o líquido lacrimal das glândulas lacrimais para o saco da conjuntiva • O ducto lacrimonasal, que conduz o líquido lacrimal para a cavidade nasal. A concha nasal inferior é um osso individual, articulado à parede lateral da cavidade nasal, em um plano longitudinal, quase horizontal, com convergência posterior. A região da parede lateral da cavidade nasal, localizada sob a concha inferior, é denominada meato nasal inferior. Nesse meato, próximo ao ponto onde a concha se articula à parede nasal lateral, entre seus terços anterior e médio, encontra-se o óstio do ducto nasolacrimal SEMIOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO Fernando Vale T6 CAVIDADE ORAL A cavidade oral (boca) consiste em duas partes: o vestíbulo da boca e a cavidade própria da boca ❖ Músculos responsáveis pela abertura da tuba auditiva Tensor do véu palatino ** Principal Tensor do tímpano Elevador do véu palatino Salpingofarínge ❖ Istmo das Fauces Os arcos palatinos delimitam, entre si, de cada lado, uma fossa (fossa tonsilar), na qual se localiza a tonsila palatina. Acima da tonsila palatina há uma pequena depressão triangular (fossa supratonsilar). O arco palatoglosso (arco anterior do palato) se projeta para a margem lateral da língua. Sua margem medial livre pode recobrir facilmente a tonsila palatina. Ele é projetado pela presença do músculo palatoglosso. O arco palatofaríngeo (arco posterior do palato) se projeta, posteriormente, em direção à parede da faringe. Ele é projetado pela presença do músculo palatofaríngeo. Os arcos palatinos, juntamente com o palato mole e a raiz da língua, formam o istmo das fauces, que representa a transição da cavidade oral para a parte oral da faringe. SEMIOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO Fernando Vale T6 ❖ Glândulas Salivares ❖ Língua • Papilas filiformes: percepção de tato fino, tato profundo, temperatura e dor • Papilas fungiformes: percepção do paladar, termorrecepção e mecanorrecepção • Papilas foliadas: percepção do paladar • Papilas valadas: percepção do paladar SEMIOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO Fernando Vale T6 Inervação da Língua FARINGEA faringe é dividida em três regiões de acordo com as suas aberturas: • Região superior (parte nasal da faringe, nasofaringe ou epifaringe): está em conexão com a cavidade nasal através dos cóanos e com a orelha média através da tuba auditiva. • Região intermédia (parte oral, orofaringe ou mesofaringe): é a transição entre a região superior e inferior, e está conectada com a cavidade oral através do istmo das fauces. • Região inferior (parte laríngea da faringe, laringofaringe ou hipofaringe): está em conexão com a laringe através do ádito da laringe e segue inferiormente em direção ao esôfago. SEMIOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO Fernando Vale T6 LARINGE Laringoscopia direta: a Posição na respiração. b Posição na fonação. Prega interaritenoidea. SEMIOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO Fernando Vale T6 Anatomicamente, a laringe é dividida em: Vestíbulo da laringe; a partir da margem superior da epiglote até as pregas vocais Parte média da laringe (glote); inclui a área entre as pregas vocais Parte inferior da laringe (cavidade infraglótica); abaixo das pregas vocais até a margem inferior da cartilagem cricóidea Clinicamente, a laringe é dividida em: Supraglote (espaço supraglótico); a partir da margem superior superior da epiglote até as pregas vocais Espaço transglótico (espaço glótico); a partir das pregas, incluindo os ventrículos da laringe e as pregas vocais Subglote (espaço subglótico); a partir das pregas vocais até o nível da cartilagem cricóidea REGIÕES DO PESCOÇO E TRÍGONOS DO PESCOÇO O pescoço pode ser dividido em quatro grandes regiões (regiões cervicais): Região cervical anterior Região esternocleidomastóidea Região cervical lateral Região cervical posterior. SEMIOLOGIA CABEÇA E PESCOÇO Fernando Vale T6 TIREOIDE A tireoide (glândula tireoide) e as glândulas paratireoides (corpos epiteliais) estão localizadas anteriormente no pescoço, abaixo do nível da laringe. A tireoide (glândula tireoide) é uma glândula relativamente grande, com um “formato em H”, é composta por dois lobos laterais (lobo direito e lobo esquerdo) interconectados pelo istmo.
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