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Profa. MSc. Andrea Ferian UNIDADE I Avaliação Funcional É a capacidade do indivíduo de reconhecer a si mesmo e aos estímulos do ambiente. Exame da consciência: Nível de consciência: engloba uma descrição do estado de alerta do paciente, em resposta a estímulos verbais e dolorosos. Conteúdo de consciência (funções corticais): é a soma de todas as funções cognitivas e afetivas dos seres humanos: memória, crítica, linguagem etc. Consciência O nível de consciência e o conteúdo de consciência são dependentes de estruturas anatômicas distintas: O conteúdo de consciência é dependente da função do córtex cerebral. O nível de consciência vai depender da interação entre uma estrutura situada no tronco encefálico e o córtex cerebral como um todo. Alerta ou consciente: o paciente está acordado e atento. Letárgico: é considerado um estado de diminuição do nível de consciência em que o paciente consegue ser acordado com estímulos brandos. Estupor (semicoma): é considerado um estado de sonolência mais profunda, no qual o indivíduo precisa receber estímulos vigorosos e repetidos para despertar. Volta ao estado inconsciente quando cessa a estimulação. Coma: (do grego kôma; sono profundo) não é possível alertar o paciente com nenhum tipo de estímulo. Respostas motoras reflexas podem ser observadas ou não. Morte encefálica: ocorre quando o dano encefálico é tão extenso que não há potencial para recuperação estrutural e funcional do encéfalo. Nível de consciência A escala de coma de Glasgow (ECG) é uma escala padronizada utilizada para avaliação do nível de consciência em pacientes vítimas de traumatismo cranioencefálico. Pontuações de 13 a 15 indicam trauma leve, entre 9 a 12, trauma moderado e 3 a 8, trauma grave. Apresenta 3 domínios: - Resposta ocular. - Resposta verbal. - Resposta motora. Avaliação do nível de consciência: Escala de coma de Glasgow 3 15 Resposta ocular: (4) Espontânea: abre os olhos sem a necessidade de estímulo externo. (3) Ao som: abre os olhos quando é chamado. (2) À pressão: paciente abre os olhos após pressão na extremidade dos dedos (aumentando progressivamente a intensidade por 10 segundos). (1) Ausente: não abre os olhos, apesar de ser fisicamente capaz de abri-los. Avaliação do nível de consciência: Escala de coma de Glasgow Resposta verbal: (5) Orientado: consegue responder adequadamente o nome, local e data. (4) Confuso: consegue conversar em frases, mas não responde corretamente às perguntas de nome, local e data. (3) Palavras: não consegue falar em frases, mas interage através de palavras isoladas. (2) Sons: somente produz gemidos. (1) Ausente: não produz sons, apesar de ser fisicamente capaz de realizá-los. Avaliação do nível de consciência: Escala de coma de Glasgow Resposta motora: (6) Obedece a comandos: cumpre ordens de atividade motora (duas ações), como apertar a mão do profissional e colocar a língua para fora. (5) Localiza estímulos dolorosos: eleva a mão acima do nível da clavícula em uma tentativa de interromper o estímulo (durante o pinçamento do trapézio ou incisura supraorbitária). (4) Flexão normal: reflexo de retirada a estímulos dolorosos (há uma flexão rápida do braço ao nível do cotovelo e na direção externa ao corpo). (3) Flexão anormal a estímulos dolorosos: há uma flexão lenta do braço na direção interna do corpo (decorticação). (2) Extensão a estímulos dolorosos: há uma extensão do braço ao nível do cotovelo (descerebração). (1) Ausente: não há resposta motora dos membros superiores e inferiores. Avaliação do nível de consciência: Escala de coma de Glasgow Avaliação do nível de consciência: Escala de coma de Glasgow DECORTICAÇÃO DESCEREBRAÇÃO Fonte: MENDES, P. D. et al. Disorders of human consciousness – Part 2 of 3: The approach to the infirm in coma. Revista Neurociência, v. 20, n. 4, 2012. p. 582. Incluída reação pupilar: (2) Inexistente: nenhuma pupila reage ao estímulo de luz. (1) Parcial: apenas uma pupila reage ao estímulo de luz. (0) Completa: as duas pupilas reagem ao estímulo de luz. Cálculo ECG-P: Valor da ECG – (subtrair) Avaliação Pupilar PONTUAÇÃO MÍNIMA:1 PONTUAÇÃO MÁXIMA 15 Escala de coma de Glasgow – Atualização 2018 Paciente M.R.S., 58 anos; sofreu um TCE (traumatismo cranioencefálico) decorrente de queda. O mesmo foi levado ao hospital, no qual realizou uma cirurgia de descompressão craniana (cirurgia para controlar edema e sangramento cerebral) e encontra-se na UTI no momento da avaliação fisioterapêutica. Na avaliação, o exame pela escala de coma de Glasgow apresentou nota 8. Como podemos classificar o trauma deste paciente em termos de gravidade? Interatividade TCE grave (Glasgow com pontuação de 3 a 8 pontos). Resposta Afasias O termo “afasia” significa perda da memória da palavra. É um distúrbio da comunicação causado por lesão cerebral (doença ou trauma) comumente no hemisfério esquerdo e caracterizado por uma incapacidade do paciente em se expressar e/ou compreender a linguagem falada e/ou escrita. Diferente de Disartria. Afasia sensitiva ou Afasia de Wernicke. Afasia Motora ou de Broca. Afasia Mista ou global. Exame das funções corticais Fonte: Broca’s_and_Wernicke’s_areas.png. https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/8/8a/Broca%27s_and_Wernicke%27s_areas. png/466px-Broca%27s_and_Wernicke%27s_areas.png?20150202220347 Acesso em: 19 ago. 2022. Humano Área de WernickeÁrea de Broca Apraxias Condição neurológica em que a pessoa é incapaz de realizar voluntariamente movimentos mesmo que seus músculos estejam normais e ela tenha habilidade para fazer o movimento. Apraxia ideomotora – Ex.: ordena-se que o paciente faça o sinal da cruz; ele não o faz (mas realiza-o automaticamente ao entrar em uma igreja). Apraxia do vestir – Ex.: paciente tem dificuldade de abotoar os botões de uma camisa ou vesti-la corretamente. Apraxia construtiva – Ex.: paciente é incapaz de fazer um desenho com molde ou um desenho espontâneo. Exame das funções corticais Exame das funções corticais Teste de apraxia construtiva Fonte: CARVALHO, R. J. et al. Avaliação de apraxias em pacientes com lesão cerebrovascular no hemisfério esquerdo. Psicologia: teoria e prática, v. 13, 2008. p. 214. Quadrado Flor Cubo Relógio Não há modelo Caso 5Caso 1Caso 3Caso 4 Modelo 1 Modelo 2 Modelo 3 Agnosias Agnosia é a incapacidade de reconhecimento de objetos, seja por meio da visão, audição e/ou tato, quando na ausência de lesão dos órgãos executores. Prosopagnosia: incapacidade de reconhecimento de rostos familiares, embora possa identificar elementos isolados. Agnosia tátil (Asterognosia): comprometimento do reconhecimento de objetos por meio do estímulo tátil. Negligência unilateral ou Heminegligência: dificuldade em discriminar estímulos gerados do lado contralateral à lesão cortical. Exame das funções corticais Fonte: O’SULLIVAN, S. B.; SCHMITZ, T. J. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 2. ed. São Paulo: Manole, 1993. p. 123.Desenhos do examinador Desenhos do paciente Avaliação cognitiva: Miniexame do Estado Mental (MEEM) ou Minimental. Avaliação Cognitiva de Montreal (MoCA). Exame das funções corticais Miniexame do Estado Mental: é o teste mais utilizado para avaliar a função cognitiva dos pacientes neurológicos por se tratar de um teste rápido, de fácil aplicação, não requerendo material específico. Domínios: Orientação espacial, temporal. Memória imediata e de evocação. Cálculo. Linguagem-nomeação. Repetição, compreensão, escrita e cópia de desenho. Exame das funções corticais Devido à conhecida influência do nível de escolaridade sobre os escores totais do MEEM, foram adotadas notas de corte diferentes para pessoas com distintos graus de instrução: 20 pontos para analfabetos; 25 pontos para pessoas com 1 a 4 anos de escolaridade; 26,5 para5 a 8 anos de escolaridade; 28 para aqueles com 9 a 11 anos de escolaridade; 29 para mais de 11 anos de escolaridade. MEEM MEEM Fonte: 26142752-1330633714-mine-exame-do-estado- mental-meem.PDF. Disponível em: https:// saude.rs.gov.br/upload/arquivos/201701/26142752- 1330633714-mine-exame-do-estado-mentalmeem.pdf. Acesso em: 29 abr. 2020. (adaptado) ORIENTAÇÃO * Qual é o (ano) (estação) (dia/semana) (dia/mês) e (mês). * Onde estamos (país) (estado) (cidade) (rua ou locala) (andar). REGISTRO * Dizer três palavras: PENTE; RUA; AZUL. Pedir para prestar atenção pois terá de repetir mais tarde. Pergunte pelas três palavras após tê-las nomeado. Repetir até que evoque corretamente e anotar número de vezes: ____ ATENÇÃO E CÁLCULO * Subtrair: 100-7 (5 tentativas: 93 – 86 – 79 – 72 – 65). Alternativo1: série de 7 dígitos (5 8 2 6 9 4 1). EVOCAÇÃO * Perguntar pelas 3 palavras anteriores (pente-rua-azul). LINGUAGEM * Identificar lápis e relógio de pulso. * Repetir: “Nem aqui, nem ali, nem lá”. * Seguir o comando de três estágios: “Pegue o papel com a mão direita, dobre ao meio e ponha no chão”. * Ler ‘em voz baixa’ e executar: FECHE OS OLHOS. * Escrever uma frase (um pensamento, ideia completa). * Copiar o desenho: a Rua é usado para visitas domiciliares. Local para consultas no Hospital ou outra instituição! 1 Alternativo é usado quando o entrevistado erra JÁ na primeira tentativa, OU acerta na primeira e erra na segunda. SEMPRE que o alternativo for utilizado, o escore do item será aquele obtido com ele. Não importa se a pessoa refere ou não saber fazer cálculos – de qualquer forma se inicia o teste pedindo que faça a subtração inicial. A ordem de evocação tem de ser exatamente à da apresentação! TOTAL Avaliação Cognitiva Montreal (MoCA) É uma ferramenta neuropsicológica que requer aproximadamente 15 minutos para avaliar os seguintes domínios: Atenção. Funções executivas. Memória, linguagem. Habilidades visuoconstrutivas. Orientação. O teste MoCA foi criado como um teste de triagem para detectar comprometimento cognitivo com pontuação de corte de 26 pontos em uma pontuação total de 30 pontos. Exame das funções corticais MoCA Fonte: MoCA-test- portuguese_brazil.PDF. Disponível em: https://neurologiahu.ufsc. br/files/2012/09/MoCA- Test- Portuguese_Brazil.pdf Acesso em: 29 abr. 2020. Paciente L.A., 62 anos, sofreu um AVE. Durante a avaliação fisioterapêutica, você notou comprometimento na realização de movimentos intencionais, o qual não pode ser atribuído à fraqueza muscular, déficit da coordenação motora, perda sensorial e/ou falta de atenção aos comandos. A partir disso, qual o possível quadro que esse paciente apresenta? Interatividade Apraxia: condição neurológica em que a pessoa é incapaz de realizar voluntariamente movimentos, mesmo que seus músculos estejam normais e ela tenha habilidade para fazer o movimento. Resposta Os nervos cranianos são os nervos que são ligados ao encéfalo e trocam informações entre a periferia e o encéfalo. Recebem uma nomenclatura específica, sendo numerados em algarismos romanos, de acordo com a sua origem aparente, no sentido craniocaudal. Existem 12 pares de nervos cranianos, sendo o primeiro (olfatório) ligado ao telencéfalo; o segundo (óptico), ligado ao diencéfalo; ao passo que os outros dez ligam-se ao tronco encefálico. Exame dos pares cranianos Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikip edia/commons/d/de/Brain_human _normal_inferior_view_with_labels _pt.svg?uselang=pt-br Olfatório (I) Oculomotor (III) Troclear (IV) Abducente (VI) Vestibulococlear (VIII) Hipogloso (XII) Acessório (XI) Vago (X) Glossofaríngeo (IX) Facial (VII) Trigêmeo (V) Óptico (II) Avaliação: NC I (olfatório) – sensitivo: cheirar café ou alguma substância semelhante com os olhos fechados. NC II (óptico) – sensitivo: ler/identificar algo com um dos olhos fechados; testar a visão central e periférica. NC III, IV e VI (oculomotor, troclear e abducente) – motor: movimentos oculares/observar ptose palpebral. NC V (trigêmeo) – misto: contrair músculos da mastigação (masseter e temporal); testar a sensibilidade da face. Exame dos pares cranianos Avaliação: NC VII (facial) – misto: paladar dos 2/3 anteriores da língua; abrir a boca e mostrar os dentes, fechar firmemente os olhos, assobiar. NC VIII (vestibulococlear) – sensitivo: olhos fechados, falar ao paciente e pedir que o mesmo repita o que foi dito/esfregar dos dedos próximos a cada orelha do paciente. NC IX (glossofaríngeo) – misto: paladar do 1/3 posterior da língua/fazer o paciente deglutir. NC X (vago) – misto: fazer o paciente deglutir/reflexo do vômito. Exame dos pares cranianos Avaliação: NC XI (acessório) – mot.: fazer o paciente contrair o m. esternocleidomastoideo e/ou trapézio. NC XII (hipoglosso) – mot.: fazer o paciente mostrar a língua e movê-la para direita e esquerda. Exame dos pares cranianos De uma forma geral, a sensibilidade pode ser dividida em: Sensibilidade superficial (ou exteroceptiva): Tátil. Dolorosa. Térmica. Sensibilidade profunda (ou proprioceptiva): Sentido de Posição. Sentido de Movimento. Avaliação da sensibilidade 1) Paciente em posição confortável e relaxada. 2) Explicar o teste ao paciente. 3) Ocluir a visão. 4) Paciente deve discriminar e localizar o estímulo. 5) Mensurar o grau de envolvimento. Anestesia, hipoestesia, normoestesia, hiperestesia; Analgesia, hipoalgesia, normoalgesia, hiperalgesia; Sensibilidade profunda: alterada ou preservada. 6) Avaliação comparativa. Avaliação da sensibilidade Avaliação da sensibilidade dolorosa Utiliza-se um material pontiagudo para aplicação de estímulos de modo aleatório. Resposta: o paciente deve indicar o momento e o local do estímulo sentido. Avaliação do tato protopático (tato grosso) Utiliza-se um pincel com pelos, pedaço de algodão ou pedaço de pano. Resposta: o paciente deve indicar o momento e o local do estímulo sentido. Avaliação da sensibilidade Fonte: Livro-texto. Avaliação da propriocepção consciente A propriocepção envolve tanto o sentido de posição quanto o sentido de movimento (cinestesia). Para avaliar a cinestesia, o membro ou articulação avaliado é movimentado passivamente por meio da amplitude de movimento. Resposta: pedir ao paciente que indique verbalmente a direção do movimento enquanto o membro é movimentado. Para avaliar o sentido de posição, o membro ou articulação é movimentado e mantido em uma posição estática. Resposta: pedir para o paciente relatar verbalmente a posição; replicar a posição do membro ou articulação com o membro oposto. Avaliação da sensibilidade Avaliação: Análise por segmentos corporais em lesões encefálicas. Análise por dermátomos em lesões medulares e de nervos periféricos. Dermátomos (31 pares): áreas cutâneas correspondentes aos segmentos espinais que fornecem sua inervação. Avaliação da sensibilidade Fonte: COHEN, H. Neurociência para fisioterapeutas: incluindo correlações clínicas. São Paulo: Manole, 2001. p. 47. C2 C3 C4C4 C5 C5 T2 T2 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 T10 T11 T12 L1 L2 L3 S5 S3 S4 Cóccix S2 S2 L3 L4L4 L5 L 5 S1 S1 C6T1 T1 C7 C6 C 8 C C2 C3 C4C4 T2 T3 T4 T5 T6 T7 C5 C5 T2 T8 T9 T10 T11 T12 L1 T1 C6 C7 C8 S3 L2 S4 L2 L3 L3 L4L4L 5 S1 S1 L5 C7 C8 C6 T2 T1 Dentre as causas mais comuns de lesão do nervo acessório estão os procedimentos cirúrgicos da região cervical (como biópsias de linfonodos cervicais). Quais seriam os sintomas apresentados após uma lesão do nervo acessório? Interatividade O nervo acessório é o XI par de nervo craniano; é puramente motor e responsável pela inervação dos músculos esternocleidomastoideo e trapézio. Por isso, frente à sua lesão, o paciente apresentaria fraqueza para rodara cabeça e elevar o ombro. Resposta Para a avaliação dos reflexos miotáticos, deve-se realizar uma percussão sobre o tendão muscular com o paciente em posição confortável e relaxado, sendo essencial a comparação dos resultados obtidos entre os dois hemicorpos. Respostas 0 = Ausente. + = Hiporreflexia. ++ = Normorreflexia. +++ = Hiperreflexia. ++++ = Hiperreflexia com aumento da área reflexógena. Avaliação dos reflexos Fonte: https://images.tcdn.com.br/img/img_prod/746795/martelo_para_reflexos_ta ylor_azul_bic_2890_1_20201124082035.jpg Reflexo Bicipital Teste: Percussão sobre o tendão distal do bíceps com o braço do paciente levemente fletido. Resposta: Flexão do cotovelo e leve supinação. Reflexo Tricipital Teste: Percussão sobre o tendão distal do tríceps com o braço do paciente em abdução de 90° de ombro e flexão de 90° de cotovelo. Resposta: Extensão do cotovelo. Avaliação dos reflexos Fonte: Livro-texto. Reflexo Estilorradial Teste: Percussão sobre o tendão do músculo braquiorradial com antebraço do paciente em posição neutra. Resposta: Leve pronação e flexão dos dedos. Reflexo Patelar Teste: Percussão sobre o tendão patelar com o joelho do paciente fletido a 90°. Resposta: Extensão do joelho. Avaliação dos reflexos Fonte: Livro-texto. Reflexo Calcâneo Teste: Percussão sobre o tendão do calcâneo com o tornozelo do paciente neutro. Resposta: Flexão plantar do tornozelo. Avaliação dos reflexos Fonte: Livro-texto. Hipertonia Espasticidade: Há um aumento na resistência ao movimento passivo brusco. A resposta produzida é velocidade dependente. O alongamento passivo contínuo de um músculo espástico pode produzir um súbito relaxamento, denominado sinal de canivete. O alongamento também pode acarretar clônus, caracterizado por alterações espasmódicas da contração e relaxamento muscular ocorrentes com frequências regulares. Avaliação do tônus Hipertonia Rigidez (hipertonia plástica) A resistência fica aumentada para todos os movimentos, fazendo com que as partes do corpo se tornem rígidas e imóveis. É relativamente constante e independente da velocidade de um estímulo de alongamento. Pacientes com parkinsonismo podem apresentar o sinal de roda denteada, uma resposta ao movimento passivo caracterizada por uma alternância de afrouxamentos e aumentos de resistência ao movimento. A rigidez constante do paciente com parkinsonismo é denominada rigidez de cano de chumbo. Avaliação do tônus Hipotonia Termo utilizado para caracterizar queda ou ausência de tônus muscular (postural). A resistência ao movimento passivo está diminuída, os reflexos de estiramento estão deprimidos e os membros são facilmente frouxos com frequente hiperextensibilidade das articulações. A hipotonia também pode ocorrer como um estado temporário, denominado choque medular ou choque cerebral, dependendo da localização da lesão no Sistema Nervoso Central. Avaliação do tônus O tônus pode ser caracterizado como hipertônico (tônus aumentado e acima dos padrões normais em repouso), normal ou hipotônico (tônus reduzido e abaixo dos níveis normais em repouso). Avaliação Observação inicial. Testes do movimento passivo. Classificação (Escala de Ashworth Modificada). Avaliação do tônus 0 Não há aumento de tônus 1 Discreto aumento do tônus, manifestado por uma resistência mínima ao final do movimento, quando a articulação afetada é fletida ou estendida. 1+ Discreto aumento do tônus, manifestado por contração associada a uma resistência mínima durante o restante do movimento (menos da metade da amplitude de movimento). 2 Aumento mais pronunciado do tônus durante a maior parte da ADM, mas a movimentação passiva é facilmente realizada. 3 Aumento considerável do tônus durante a maior parte da ADM, mas a movimentação passiva é realizada com dificuldade. 4 Articulação afetada rígida em flexão ou extensão. Fonte: autoria própria. Coordenação é a capacidade de executar movimentos regulares acurados e controlados. Testes de coordenação que não envolvem o equilíbrio: Dedo ao nariz (índex-nariz). Dedo ao dedo do terapeuta (índex-índex). alteração: dismetria. Teste calcanhar-joelho. Teste do rebote – alteração: fenômeno do rebote. Diadococinesia – alteração: disdiadococinesia. Avaliação da coordenação motora grossa e fina Fonte: Livro-texto. De pé, com base estreita de sustentação. De pé, com um pé diretamente diante do outro (dedo de um dos pés toca o calcanhar do outro pé). De pé, sobre um dos pés. Andar colocando o calcanhar de um dos pés diretamente adiante do dedo do outro pé. Andar ao longo de uma linha reta desenhada ou marcada no assoalho. Andar para o lado e para trás. Avaliação do equilíbrio Timed Up and Go Test (TUG) – Utilizado na prática clínica como medida de desfecho para avaliar a mobilidade funcional, o risco de quedas ou o equilíbrio dinâmico em adultos. < 10 segundos = normal. > 10 segundos = começa a apontar algum problema de mobilidade e/ou equilíbrio. Escore ≥ 14 segundos indica um maior risco de quedas em idosos. Teste de equilíbrio e mobilidade Escala de equilíbrio de Berg (EEB) – tem tido ampla utilização para avaliar o equilíbrio nos indivíduos da terceira idade, acima dos 60 anos. O escore total varia de 0 a 56 pontos e quanto maior a pontuação, maior a independência do paciente. 0 a 20 pontos = prejuízo do equilíbrio. 21 a 40 pontos = equilíbrio aceitável. 41 a 56 pontos = bom equilíbrio. Teste de equilíbrio e mobilidade Estratégia de tornozelo – Terapeuta faz pequenas oscilações no paciente em superfície estável. Estratégia de quadril – Realizar uma oscilação maior e mais rápida no paciente. Estratégia do passo – Realizar uma oscilação rápida e intensa do paciente, fazendo com que haja o deslocamento do centro de massa. Estratégias motoras do equilíbrio Fonte: SHUMWAY-COOK, A.; WOOLLACOTT, M. H. Controle motor: teoria e aplicações práticas. 3. ed. São Paulo: Manole, 2010. p. 166. A) B) C) Marcha: É uma sequência de repetições de movimento dos membros para mover o corpo para frente enquanto mantém a estabilidade no apoio. Ciclo da marcha ou passada: Intervalo entre 2 toques com o mesmo pé no solo. O ciclo de marcha é dividido em duas fases: Apoio: pé encontra-se em contato com o solo (60% do ciclo): contato inicial, resposta à carga, apoio médio, apoio terminal e pré-balanço. Balanço: pé é elevado do solo para o avanço do membro (40% do ciclo): balanço inicial, médio e final. Marcha Para estabelecermos metas terapêuticas adequadas a fim de restaurar ou melhorar a marcha de um paciente, o profissional precisa ser capaz de avaliar corretamente a deambulação do indivíduo. A avaliação deve envolver: Descrição apurada do padrão de marcha e suas variáveis. Identificação e descrição de todos os desvios da marcha e possíveis causas para estas anormalidades. Determinação da necessidade do uso de dispositivos auxiliares para a marcha. Análise da marcha Análise observacional (exame visual). Análise por videoteipe. Eletromiografia dinâmica (atividade muscular durante a marcha). Exame da marcha Marcha atáxica cerebelar (marcha ebriosa); Marcha atáxica sensorial (talonante); Marcha ceifante (hemiplégica); Marcha do PC diparético (marcha em tesoura, crouch ou agachamento); Marcha parkinsoniana ou festinante; Marcha escarvante; Marcha em trendelemburg; Marcha miopática/anserina. Marcha patológica Um paciente sofreu acidente de moto e teve esmagamento do nervo fibular; por conta disso perdeu o movimento de dorsiflexão do tornozelo. Baseado nesse quadro clínico, responda: Em quais fases da marcha ele provavelmente apresenta mais dificuldade? Como seria a marcha realizada por esse pacientepara compensar seu déficit? Qual o nome que se dá a esse padrão de marcha? Atividade do chat ATÉ A PRÓXIMA!
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