Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Profa. MSc. Andrea Ferian UNIDADE II Avaliação Funcional A Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) é um modelo para a organização e a documentação de informações sobre funcionalidade e incapacidade (Organização Mundial da Saúde – OMS, 2001). A CIF descreve a funcionalidade e a incapacidade relacionadas às condições de saúde, identificando o que uma pessoa “pode ou não pode fazer na sua vida diária” (http://conselho.saude.gov.br/). Faz parte das “Famílias de Classificação Internacionais” da OMS. Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) É um conjunto de produtos de classificação que podem ser usados de forma integrada para comparar nacional e internacionalmente informações de saúde. Classificações internacionais aprovadas facilitam a análise e a interpretação de dados e sua comparação no tempo, no espaço e entre diferentes tipos de população. CID (Classificação Internacional de Doenças). CIF (Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde). Classificação Internacional de Intervenções de Saúde. Outras classificações (oncologia, transtornos mentais, neurologia, odontologia etc.). Famílias de Classificação Internacional A deficiência e a incapacidade não são apenas uma consequência das condições de saúde/doença, mas são determinadas também pelo contexto do meio ambiente físico e social, pelas diferentes percepções culturais e atitudes em relação à deficiência, pela disponibilidade de serviços e de legislação. Dessa forma, a classificação não constitui apenas um instrumento para medir o estado funcional dos indivíduos. Além disso, ela permite avaliar as condições de vida e fornecer subsídios para políticas de inclusão social. CIF: modelo biopsicossocial Linguagem neutra, de forma que a classificação possa ser usada para registrar os aspectos positivos e negativos da funcionalidade. Coloca todas as condições de saúde em posição de igualdade, permitindo que elas sejam comparadas entre si por um modelo comum. Sua aplicação serve não somente no setor de saúde, mas também em setores como seguros, previdência social, trabalhista, educacional, econômico, desenvolvimento de políticas ou legislação e também no meio ambiente. Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) Proporcionar uma base científica para a compreensão e o estudo da saúde, dos estados relacionados à saúde, dos resultados e dos determinantes; Estabelecer uma linguagem comum para a descrição da saúde e dos estados relacionados à saúde, para melhorar a comunicação entre diferentes utilizadores; Permitir a comparação de dados entre países, entre disciplinas relacionadas aos cuidados de saúde, entre serviços e em diferentes momentos ao longo do tempo; Proporcionar um esquema de codificação sistemático com aplicação nos sistemas de informação de saúde. CIF – objetivos A CIF organiza as informações em 2 partes: Funcionalidade e incapacidade: Funções e estruturas do corpo. Atividades e participação. Fatores contextuais: Fatores ambientais. Fatores pessoais. CIF – organização Ferramenta estatística: coleta e registro de dados. Ferramenta de investigação: medir por exemplo: qualidade de vida. Ferramenta clínica: avaliar as necessidades, a reabilitação e os resultados. Ferramenta de política social: planejamento de políticas públicas. Ferramenta pedagógica: elaboração de programas educacionais. CIF – aplicação A CIF é relevante para muitas atividades na prática clínica como a consideração de saúde e funcionalidade, estabelecimento de metas, avaliação de resultados de tratamentos, comunicação com colegas ou a pessoa envolvida. Oferece uma linguagem comum entre disciplinas clínicas e com pacientes ou clientes. A CIF e a CID são complementares e, quando usadas em conjunto, fornecem uma imagem completa da condição de saúde de um indivíduo. CIF na prática clínica Cada componente é subdividido em domínios e categorias em níveis variados de sistemas (até quatro níveis), cada um deles representado por um código numérico. O prefixo de um código da CIF é uma letra única (b, s, d, ou e) que representa o componente na CIF onde o código aparece. Funções do corpo (b). Estruturas do corpo (s). Atividades e participação (d). Fatores ambientais (e). Exemplo: s730.3 indica uma deficiência grave da extremidade superior. Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) Reflita sobre as diferenças entre a Classificação Internacional de Doenças (CID) e a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). Qual o papel de cada uma delas na avaliação em saúde? Interatividade Tanto a CID quanto a CIF pertencem à “família” das classificações internacionais desenvolvida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para aplicação em vários aspectos da saúde. As condições de saúde (doenças, perturbações, lesões etc.) são classificadas principalmente na CID, que fornece uma estrutura de base etiológica. A funcionalidade e a incapacidade, associadas às condições de saúde, são classificadas na CIF. A CID-10 proporciona um “diagnóstico” de doenças ou outras condições de saúde, que é complementado pelas informações adicionais fornecidas pela CIF sobre funcionalidade. Por exemplo, duas pessoas com a mesma doença podem ter diferentes níveis de funcionalidade, e duas pessoas com o mesmo nível de funcionalidade não têm necessariamente a mesma condição de saúde. Resposta Porção condutora: Nariz (nariz externo e cavidade ou fossas nasais); Faringe; Laringe; Traqueia; Brônquios; Bronquíolos. Sistema respiratório Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/sistema-respiratorio.htm Porção respiratória: Pulmões; Ductos alveolares; Alvéolos; Pleura. Tosse – manobra expiratória forçada, a qual expele o muco e material estranho da via aérea. Pode ser eficaz (ou funcional), semieficaz (ou pouco funcional) ou ineficaz (não funcional). Dispneia – pacientes com dispneia são chamados de dispneicos e fazem esforço maior e visível para respirar. Eupneia – 12 a 20 respirações por minuto em adultos, corresponde ao padrão normal. Ortopneia – é a dispneia observada quando o paciente está deitado, que melhora quando ele senta ou levanta. Principais sinais e sintomas respiratórios Taquipneia – é uma frequência respiratória anormalmente rápida, em geral superior a 24 respirações por minuto. Bradipneia – é uma frequência respiratória anormalmente lenta, em geral 10 respirações por minuto ou menos. Apneia – é a ausência da respiração que geralmente é transitória. Se for sustentada por mais que alguns minutos, pode haver dano cerebral e óbito. Principais sinais e sintomas respiratórios Dor torácica – as camadas parietal e diafragmática da pleura são sensíveis à dor, enquanto o tecido pulmonar e a camada visceral da pleura não possuem terminações nervosas sensíveis à dor. Dor pleurítica – normalmente está localizada lateral ou posteriormente. Ela piora quando o paciente inspira profundamente. Não pleurítica – geralmente está localizada no centro da região torácica anterior e pode irradiar para o ombro ou para as costas. Principais sinais e sintomas respiratórios Sibilos – é um som de assobio normalmente ouvido na expiração, causado pelo fluxo de ar através das vias aéreas com luz estreitadas. Estridores – é um som vibrante estridente ouvido na inspiração, causado por obstrução da laringe, traqueia ou brônquios principais. Cianose – é o nome dado à cor azul (ou arroxeada) da pele e das membranas mucosas. Hemoptise – é a tosse ou escarro com sangue dos pulmões. Principais sinais e sintomas respiratórios Os exames de temperatura corporal, frequência cardíaca, frequênciarespiratória e pressão arterial fornecem ao fisioterapeuta dados importantes sobre o estado do sistema cardiovascular/pulmonar. Avaliação dos sinais vitais (FR, FC, PA, T) Idade Temperatura Frequência cardíaca Frequência respiratória Pressão arterial Recém- nascido 37 – 37,6 70-190 25-50 S: 50 - 52 D: 25 - 30 3 anos 36,9 – 37,5 80-125 20-30 S: 78 - 114 D: 46 - 78 10 anos 36,4 – 37 70-110 16-22 S: 90 - 120 D: 56 - 84 16 anos 36,4 – 37,1 55-100 15-20 S: 104 - 120 D: 60 - 84 Adulto 36 – 37,5 60-90 12-20 S: 95 - 119 D: 60 - 79 Idoso 35,9 – 36,3 60-90 15-22 S: 90 - 140 D: 60 - 90 Fonte: autoria própria. Frequência cardíaca Aferimos a frequência cardíaca pela frequência de pulso. Os pulsos radial, carotídeo e poplíteo são exemplos de pulsos periféricos, porém a artéria radial é o local mais comum de palpar o pulso. Deve-se sempre usar a segunda e a terceira polpa digital (não o polegar) para palpar o pulso digital. A frequência de pulso deve ser contada durante um minuto para podermos determinar se a frequência de pulso está normal, aumentada ou diminuída. Quando a pressão arterial estiver anormalmente baixa, muitas vezes não conseguiremos palpar o pulso radial. Devemos utilizar os pulsos carotídeo e femoral. Normocárdico, taquicárdico e bradicárdico. Avaliação dos sinais vitais Pressão arterial É medida em milímetros de mercúrio (mmHg) e registrada na forma de fração (110/80 por exemplo). O primeiro número indica a pressão sistólica (contração ventricular) e o último, a diastólica (relaxamento ventricular). Quando a pressão arterial se mantém frequentemente acima de 140/90 mmHg, denominamos hipertensão e geralmente é causada pela resistência vascular sistêmica aumentada. A hipotensão é definida como uma pressão arterial inferior a 95/60 mmHg. A aferição da pressão arterial é feita pelo esfigmomanômetro e pelo estetoscópio. Normotenso, hipertenso e hipotenso. Avaliação dos sinais vitais Fonte: https://fibracirurgica.vtexassets.com/ arquivos/ids/203343-800- auto?v=637661889929500000&width =800&height=auto&aspect=true Primeiramente, explicar o procedimento para o paciente. Envolver o braço do paciente e ajustar a braçadeira desinsulflada (em geral, no ventre do músculo bíceps braquial ou dois dedos acima da prega do cotovelo) de forma a ficar firme, porém não muito apertada. Palpar a artéria braquial e posicionar a cabeça do estetoscópio na artéria braquial. Devemos nos certificar que a válvula do esfigmomanômetro esteja fechada (girando no sentido horário) e através do manguito bombear para insuflar a braçadeira observando o manômetro até que ele registre (no máximo) um valor de 200 mmHg. Geralmente devemos bombear até 30 mmHg da pressão sistólica prevista. Avaliação dos sinais vitais Abrir a válvula (no sentido anti-horário) localizada perto do manguito lentamente (liberando o ar aprisionado na braçadeira) e ficar atento para os sons de Korotkoff (turbulência e vibrações). Observar atentamente o manômetro e observar o número em que se ouve o primeiro som: essa é a pressão sistólica e representa o ponto em que o sangue começa a fluir na artéria. Manter a válvula cuidadosamente aberta e observar o momento em que o som desaparece: pressão diastólica. Em seguida, abrir toda a válvula do manguito para que o ar da braçadeira seja liberado totalmente. Avaliação dos sinais vitais Quais são os valores normais de FC, FR e PA do adulto em repouso? Interatividade Os valores normais de FC, FR e PA do adulto em repouso são: 60 – 90 bpm de FC 12 – 20 rpm de FR 95 – 119 a 60 – 79 mmHg de PA Resposta A inspeção deve ser realizada com o paciente na posição de pé, com o tórax descoberto, alinhado e evitando as distorções de postura e em relaxamento. Começamos realizando uma visão de todo o tórax, comparando-se um lado com o outro para verificar possíveis assimetrias e anormalidades instaladas. Tórax em tonel, enfisematoso, inspiratório, em barril ou globoso: o aumento dos diâmetros anteroposterior e transverso está presente. As costelas se encontram horizontalizadas, diafragma horizontalizado e encontramos o apagamento das fossas supra e infraclaviculares, até abauladas, e a cifose torácica. Ex.: paciente enfisematoso. Exame físico do tórax Tórax expiratório, chato, paralítico ou tísico: há diminuição do diâmetro anteroposterior, com predominância do diâmetro longitudinal. O paciente apresenta pescoço longo, clavículas saltadas, costelas bem oblíquas, fossas supra e infraclaviculares bem marcadas, espaços intercostais bem visíveis e normalmente afundados, assim como a borda interna das clavículas e os processos espinhosos da coluna torácica salientes. Ex.: tuberculose pulmonar extensa. Tórax raquítico ou em peito de pombo ou cariniforme (pectus carinatum): caracteriza-se por alterações dos diâmetros torácicos com achatamento das faces laterais e anteriorização do esterno, conhecido como “peito de pombo”. Ex.: defeito congênito. Exame físico do tórax Tórax infundibuliforme ou pectus escavatum: caracteriza-se por uma depressão/afundamento da metade inferior do esterno, que se estende até o apêndice xifoide. Ex.: defeito congênito. Tórax cifótico, lordótico e escoliótico: resultam das curvaturas anormais da coluna vertebral. Ex.: osteomalácia e no Mal de Pott. Exame físico do tórax Fonte: adaptado de: http://www.famaz.edu.br/portal/wpcontent/uploads/2017/08/03T%C3%B3rax.pdf Tipos respiratórios Misto ou toracoabdominal (costoabdominal): encontramos a expansão abdominal (diafragmática) e costal simultaneamente. Torácico ou costal: os movimentos são mais visíveis na parte superior do tórax (pela maior atividade dos músculos intercostais). Abdominal ou diafragmático: encontramos distensão abdominal devido à ampla excursão diafragmática. Paradoxal: temos um assincronismo entre o movimento abdominal e o torácico com retração abdominal à inspiração (sinal de Hoover). Exame físico Frequência respiratória A frequência respiratória nada mais é do que o número de respirações por minuto e é contada pela quantidade de vezes que uma pessoa realiza os movimentos inspiratórios e expiratórios durante 1 minuto. Eupneia, bradipneia, taquipneia e apneia. Exame físico Ritmo respiratório Normalmente, a inspiração dura quase o mesmo tempo que a expiração. Alterações dessas características fazem surgir ritmos respiratórios anormais. Respiração de Cheyne-Stokes: inicia-se por movimentos respiratórios de amplitude pequena, que aumentam progressivamente até atingir um máximo para, a seguir, diminuir também de modo progressivo até cessar completamente, surgindo uma fase de apneia de duração variável. Exame físico Ritmo respiratório Respiração de Biot: apresenta-se com duas fases: a primeira de apneia, seguida de movimentos irregulares e sem nenhum tipo de periodicidade, podendo ocorrer ampla variação de frequência e profundidade. Respiração de Kussmaul: compõe-se de quatro fases: 1) inspirações ruidosas, gradativamente mais amplas, alternadas com inspirações rápidas e de pequena amplitude; 2) apneia em inspiração; 3) expirações e de pequena amplitude; 4) apneia em expiração. Respiração suspirosa: o paciente executa uma série de movimentos inspiratórios de amplitude crescente seguido de expiração breve rápida. Outras vezes, os movimentos respiratórios normais são interrompidos por suspiros isolados ou agrupados. Exame físico Descreva as características do tipo de tórax em tonel, enfisematoso, inspiratório, em barril ou globoso. Interatividade Apresenta aumento dos diâmetros anteroposterior e transverso. As costelas se encontram horizontalizadas, diafragma horizontalizado com apagamento das fossas supra e infraclaviculares, até abauladas, além de cifose torácica. Resposta Retração inspiratóriafisiológica Encontramos a retração inspiratória fisiológica dos espaços intercostais, que consiste numa discreta retração, sobretudo os inferiores, a qual ocorre apenas no início da inspiração. Quando a expansão pulmonar se atrasa ou não se efetua devido a um obstáculo que dificulta ou impede a penetração do ar, a retração dos espaços intercostais se torna mais aparente e é progressiva. Essa depressão inspiratória se denomina “tiragem” (patológica). A tiragem pode ser difusa ou localizada, isto é, supraclavicular, infraclavicular, intercostal ou epigástrica. Exame físico Palpação A palpação é realizada com uma ou duas mãos, colocando-se a palma de uma delas sobre a parede torácica descoberta, mantendo-se o paciente na posição de pé ou sentado. Enfisema subcutâneo: essa alteração indica a infiltração de ar no tecido celular subcutâneo. A palpação representa a sensação de crepitação igual àquela que se obtém quando se aperta entre dois dedos uma esponja úmida. Contraturas e atrofias musculares: nas afecções pleuropulmonares dolorosas pode ocorrer contratura dos músculos espinhais (longo dorsal e íleo-costal) do lado afetado, por um reflexo visceromotor. Exame físico Palpação Sensibilidade torácica: pesquisar a existência de pontos dolorosos esparsos pela caixa torácica. Elasticidade torácica: devemos comprimir diferentes regiões do tórax com ambas as mãos, colocando-se uma na parede anterior e outra na parede posterior em uma zona diametralmente oposta. A elasticidade é maior nas porções inferiores e laterais. Atenção! O tórax da criança é bastante elástico, enquanto nas pessoas idosas se apresenta rígido pela ossificação das cartilagens costais. Exame físico Frêmitos Denomina-se frêmito torácico uma sensação vibratória que se percebe ao palpar a superfície do tórax de um indivíduo. Toda vez que processos patológicos tornam o meio ainda mais heterogêneo (derrames pleurais pneumotórax e enfisema), a transmissão do som será dificultada, o que ocasiona diminuição do frêmito. Frêmito toracovocal ocorre durante a fala. Frêmito pleural ocorre durante a respiração. Frêmito brônquico só aparece quando há afecções brônquicas ou pleurais. Exame físico Percussão A percussão consiste em executar pequenos baques sobre a superfície corporal, com o objetivo de, pelas variações de sonoridade obtidas, diagnosticar alterações do seu estado físico. A percussão é realizada pelo método dígito-digital, que consiste em se colocar o dedo indicador da mão esquerda nos espaços intercostais, enquanto os demais dedos não manterão contato com a superfície corporal. Exame físico Podemos encontrar tipos de sons obtidos na percussão do tórax: Som claro pulmonar: a percussão do tórax de um indivíduo normal dá origem a um ruído intenso grave, de longa duração, denominado “som claro pulmonar”. Os locais em que o som claro é mais evidente são habitualmente as regiões infraclaviculares, seguindo-se as regiões axilares e infraescapulares. Som submaciço e maciço: quando o som produzido pela percussão do tórax se torna menos intenso, mais agudo e de menor duração do que o som claro pulmonar. Exame físico Som timpânico: quando o som produzido pela percussão do tórax se assemelha ao de um tambor, sendo mais ressonante que o som claro pulmonar. A causa mais frequente desse som é o pneumotórax. Som hipersonoro: quando o som produzido pela percussão do tórax se torna mais intenso, mais grave e mais duradouro do que o som claro pulmonar. Encontrado geralmente no enfisema pulmonar. Exame físico Ausculta pulmonar É o método propedêutico mais útil para a exploração do aparelho respiratório. A ausculta do tórax pode ser imediata ou direta e mediata ou indireta. A ausculta direta é feita pela aplicação do pavilhão auricular sobre a parede torácica, e ausculta indireta é realizada com o auxílio do estetoscópio. Deve ser realizada com o paciente de pé ou sentado, com o tórax parcialmente ou totalmente descoberto. Não auscultar o paciente com roupa. Exame físico Fonte: https://edisciplinas.usp. br/pluginfile.php/486894 7/mod_resource/content /1/01_Ausculta%20Pul monar_2019.pdf Deve-se solicitar que o paciente respire com a boca entreaberta, sem fazer ruído. Os movimentos respiratórios devem ser regulares e de igual amplitude respiratória, evitando- se movimentos respiratórios muito amplos ou muito superficiais. A ausculta deve ser realizada de maneira ordenada, na face posterior, anterior e lateral; primeiramente num hemitórax e depois no outro e, em seguida, comparativamente. O murmúrio vesicular (MV) pode apresentar variações de sua intensidade na dependência da amplitude dos movimentos respiratórios da elasticidade da parede torácica. Em condições patológicas, o murmúrio vesicular pode-se alterar por meio de modificações de sua intensidade, timbre, tonalidade, continuidade e duração. Exame físico MV aumentado difusamente: hiperventilação. MV diminuído localmente – atelectasia, pneumotórax, derrame pleural. MV diminuído difusamente: enfisema, obesidade, asma grave. Exame físico Sopros Ruído caracterizado por uma fase expiratória mais aguda, mais intensa e mais duradoura do que a inspiratória. Sopro tubário ou tubárico: ocorre quando o ar passa por brônquio situado no seio da consolidação parenquimatosa – aparece nas grandes condensações. Sopro cavitário: é um sopro de tonalidade grave, tem timbre especial devido à presença da cavidade que funciona como um ressoador (ocorre pelo turbilhonamento do ar ao entrar dentro de uma cavitação no parênquima). Exame físico Sopros Sopro anfórico: constituído por um som fundamental grave sobre o qual se assestam sobretons agudos, o que lhe confere um timbre musical característico. Pode ser encontrado no pneumotórax e em grandes cavidades vazias. Sopro pleural: é devido à condensação decorrente do colapso pulmonar, causado pelo líquido pleural e pela compressão dos brônquios. Exame físico Os ruídos adventícios são assim denominados porque só aparecem em condições patológicas: Estertores roncantes e sibilantes – ambos possuem a mesma origem, traduzindo uma obstrução parcial dos brônquios. Quando houver secreções espessas nos grandes brônquios, teremos os roncos. Os roncos são ruídos intensos, de tonalidade grave, que ocupam as duas fases da respiração. Os sibilos são ruídos bastante agudos, muitas vezes também ouvidos a distância, que podem ser localizados ou generalizados. Exame físico Estertores crepitantes – são ruídos finos, homogêneos, de mesma altura, timbre e intensidade, sendo auscultados apenas na fase inspiratória. O estertor crepitante indica sempre um comprometimento alveolar, tal como ocorre na pneumonia, no infarto pulmonar e na fase inicial do edema agudo do pulmão. Estertores subcrepitantes – são ruídos mais grossos e de tonalidade mais grave do que os estertores crepitantes, assemelhando-se ao arrebentamento de pequenas bolhas. Atrito pleural – ocorre nas inflamações da pleura, na qual o seu deslizamento se torna doloroso, originando vibrações que podem ser percebidas pela palpação e pela ausculta (atrito pleural). Exame físico Ausculta da voz – deve ser realizada comparando-se regiões simétricas do tórax, de maneira ordenada e sistemática, enquanto o paciente pronuncia, em voz natural, a expressão trinta e três. A broncofonia aumentada é reconhecida pela percepção de um ruído mais intenso, mais agudo, ocorrendo condensações. A broncofonia poderá estar diminuída ou abolida sempre que houver dificuldade na produção e na transmissão da voz. É o que acontece nas seguintes eventualidades: afonia, rouquidão, obstrução das vias aéreas (atelectasias), aumento da heterogeneidade do parênquima pulmonar e aumento da espessura da parede torácica(obesidade, anasarca). Exame físico Paciente J. L. M., 67 anos, no 28º dia pós-operatório de revascularização do miocárdio, chega ao ambulatório para avaliação fisioterapêutica. Como de costume, após obtidas a identificação e a história da doença do paciente, você verificou os sinais vitais. Ao exame, observou: FC = 112 bpm; FR = 20 rpm; PA = 130/90 mmHg. Com base nesses valores, como se encontra esse paciente em relação à frequência cardíaca, frequência respiratória e pressão arterial? Orientação para atividade do chat ATÉ A PRÓXIMA!
Compartilhar