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Bioetica e reprodução

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Bioética
Início de vida e reprodução 
 Bioética e a reprodução humana 
 A reprodução humana tem trazido inúmeros desafios à reflexão bioética, pois é uma área onde os esforços de desenvolvimento e aplicação de conhecimentos aparentemente se contradizem. 
A intervenção médica na reprodução humana assumiu um importante papel na segunda metade do século 20, com a introdução da pílula anticoncepcional e das técnicas de reprodução assistida. 
Técnicas e procedimentos são buscados e desenvolvidos para:
De um lado, impedir a reprodução, por meio da anticoncepção, para quem tem esta possibilidade;
Por outro lado, para viabilizar a reprodução de quem tem algum impedimento, por meio da reprodução assistida. 
Em ambas situações a caracterização do momento em que o novo ser humano passa a ser reconhecido como pessoa, como detentor de dignidade, é fundamental. Atualmente podem ser utilizados dezenove diferentes critérios para caracterizar esta situação.
Os aspectos éticos mais importantes que envolvem questões de reprodução humana são:
Relativos à utilização do consentimento informado; 
Aborto; 
Conceitos do início da vida humana; 
Seleção de sexo; 
Doação de espermatozoides, óvulos, pré-embriões e embriões; 
Seleção de embriões com base na evidencia de doenças ou problemas associados; 
Maternidade substitutiva; 
Redução embrionária; 
Clonagem; 
Pesquisa e criopreservação (congelamento) de embriões.
Explanações sobre alguns aspectos bioéticos
Aborto
O aborto é um dos pontos mais difíceis da ética médica. Ele envolve aspectos religiosos, legais, médicos, socioculturais e políticos. 
Há duas posições opostas bem delimitadas na discussão sobre o aborto:
Defende o direito moral da vida do feto;
Entende que a mulher tem um direito moral sobre o próprio corpo, o que lhe permite fazer o aborto.
É claro que existem opiniões intermediárias. Alguns acham errado o aborto, mas defendem sua prática em casos específicos (por exemplo, quando a mulher ou o filho correm risco de morte - ou quando a mãe foi vítima de estupro). Do mesmo modo, entre aqueles que defendem o aborto, há os que são contra a prática sob certas circunstâncias, por exemplo, quando a gestação se encontra num estado avançado. Além disso, existem também situações que fogem a essas duas abordagens. Por exemplo, quando a mulher grávida precisa remover o útero por conta de um câncer. Neste caso, o aborto seria um efeito colateral.
A discussão evolui em torno de estabelecer se o feto é uma pessoa e, como tal, possui direito à vida - e se, mesmo que tenha esse direito, ele se sobrepõe ao da mãe em determinar o que fazer com o próprio corpo. A escolha do aborto é sempre circunstancial, pois envolve vários outros aspectos.
Maternidade substitutiva
Ocorre quando uma mulher concorda em ser inseminada artificialmente, ou receber embriões transferidos, com a compreensão de que criança que irá gestar, ao nascer, será criada pelas pessoas que propuseram este procedimento. Algumas pessoas propõem que este procedimento é semelhante a uma adoção pré-natal.
Uma das primeiras maternidades substitutivas que se tem notícia ocorreu nos Estados Unidos, no Texas, em 1980. Uma senhora, Carol Pavek, que era casada, decidiu ter um filho para um casal da Califórnia. Este casal Andy e Nancy a procuraram quando souberam da sua disposição em ter um filho para outro casal. A fecundação foi in vivo, com sêmen de Andy, utilizando apenas uma seringa. O procedimento foi feito na própria casa de Carol. Após o nascimento do bebê, ela o entregou a Andy e Nancy. Posteriormente ela teve outra gestação para um outro casal.
Uma questão já discutida inclusive quanto aos seus aspectos legais em vários países é a que diz respeito a quem de fato é a mãe. A mãe genética, doadora do óvulo, a mãe substitutiva, que gesta o bebê, ou a mãe social, responsável pelo desencadeamento do processo e pela futura criação da criança?
Em algumas legislações a mãe substitutiva pode optar por criar ou não o bebê, no período imediatamente posterior ao parto. Na maioria, contudo, não existe esta possibilidade, os pais sociais são sempre os responsáveis pela criação do bebê gerado. Em algumas situações, muito peculiares, tem ocorrido problemas, tais como abandono dos bebês gerados, por problemas genéticos ou por separação do casal durante o período gestacional.
“O Comitê de Ética da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva já em 1986 deliberou que a RA não é um substituto da intimidade sexual, mas uma extensão dela e que, se em alguns casos a criança é concebida sem o ato sexual, isto não significa falta de amor dos pais, pois é também uma extensão deste.
Neste ponto cabe uma reflexão: qual é o objetivo? Ter um filho, formar uma família. Então que problema há de lançar mão de um procedimento que dissocia a sexualidade da procriação, estando o casal decidido, de comum acordo. Deve ser considerado um ato ilícito?” (Ética em pesquisa: reflexões)
Criopreservação
O congelamento de embriões, ou criopreservação, em suas fases iniciais de desenvolvimento, foi proposto com o objetivo de permitir que os que não fossem utilizados em um procedimento pudessem ser armazenados e implantados posteriormente. A finalidade seria a de reduzir os desconfortos e riscos, especialmente para a mulher caso houvesse a necessidade de realizar novos procedimentos. Os problemas que surgiram foram os relativos ao tempo máximo de armazenamento, preservando-se a qualidade dos embriões, e o estabelecimento do destino a ser dado aos embriões não utilizados.
O prazo para armazenamento de embriões tem sido estipulado em cinco anos, a partir do Relatório Warnock. Este prazo foi estabelecido arbitrariamente, sem que tenham sido elaborados estudos sobre a viabilidade por períodos mais longos. 
Dois procedimentos realizados utilizaram embriões com 7 e 8 anos de congelamento, respectivamente, sem que tenham sido evidenciados problemas no desenvolvimento dos bebes que foram gerados e nasceram normalmente. Inúmeras legislações nacionais, Inglaterra e Espanha, por exemplo, fixaram este prazo como tempo máximo de armazenamento. Isto gerou inúmeros problemas sociais quando os primeiros prazos venceram, em agosto de 1996, na Inglaterra. Houve um debate mundial sobre a obrigatoriedade de que todos os embriões ingleses congelados fossem destruídos, o que efetivamente foi feito.
A destruição destes embriões é apenas uma das alternativas. Outras são:
A sua utilização em projetos de pesquisa;
 Utilização em procedimentos com casais estéreis (doação de embrião).
O importante é discutir o "status" destes embriões:
São considerados como sendo já uma pessoa, ou são apenas potencialmente uma pessoa, ou então apenas um agregado de células? Esta é a reflexão ética que deve ser realizada. 
Com base nesta definição, de quando começa a vida do indivíduo, é que devem ser estabelecidas as políticas institucionais de permitir ou não o congelamento de embriões. É de extrema importância, em função das altas taxas de abandono de embriões, que os critérios de destinação dos mesmos fique claramente estabelecido previamente a realização dos procedimentos
Caso do bebê anencefálico
O Serviço de Ginecologia solicita uma consultoria ao Comitê de Bioética do hospital. 
Uma paciente feminina, 23 anos de idade, no quarto mês de gravidez realiza exame ecográfico e é diagnosticada a presença de feto anencefálico. Ao ser informada do fato, a paciente e seu marido solicitam que seja interrompida a gravidez. Os membros do serviço de ginecologia tem pareceres diferentes com relação a melhor conduta a ser tomada e solicitam uma consultoria ao Comitê de Bioética com os seguintes questionamentos: 
É moralmente aceitável indicar o aborto nestas circunstâncias? 
É moralmente aceitável a alternativa de levar a gravidez a termo e eventualmente usar recém nascido após sua morte como doador de órgãos?
Quando o caso é discutido no Comitê de Bioética seus membros apresentam posições contraditórias com relação a questão. Alguns defendem o direitoda mãe em decidir com relação ao seu corpo ao mesmo tempo em que ela será protegida de algum acidente relacionado ao processo gravidez-parto, recomendando que aborto seja realizado enquanto que outros baseados no princípio moral de defesa incondicional da vida contraindicam a realização do mesmo. Existe uma unanimidade por parte dos membros do Comitê em reprovar a alternativa de usar o recém-nascido com doador de órgãos. O médico assistente da paciente, baseado no seu sentimento do que representava os melhores interesse da paciente, decide interromper a gravidez.
Referências Bibliográficas
https://www.ufrgs.br/bioetica/matersub.htm	
https://www.ufrgs.br/bioetica/anencef.htm
http://books.scielo.org/id/wnz6g/pdf/schramm-9788575415405-02.pdf 
https://www.ufrgs.br/bioetica/biorepr.htm
https://www.ufrgs.br/bioetica/congela.htm

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