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resenha crítica do livro "os animais pré-históricos"

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Universidade Estadual da Paraíba
Curso: Bacharelado em Ciências Biológicas
Disciplina: Paleontologia
Professor: Juvandi de Sousa Santos 
Aluna: Mariana Ramalho de Araujo Leite 
Resenha crítica
TERMIER, Geneviève e TERMIER, Henri. Animais pré-históricos. Coleção saber; 1977. 
O livro “Animais pré-históricos” foi escrito por um finado casal francês formado pela paleontóloga Geneviève Termier e pelo geólogo Henri Termier. Juntos foram autores de diversas obras ligadas à paleontologia e geologia, mais especificamente em “Animais pré-históricos”, publicado em 1977, o casal fornece um panorama da história dos animais vertebrados na terra, suas conquistas adaptativas, migrações pelas regiões do globo e também das mudanças geológicas/climáticas do planeta que impulsionaram as suas histórias evolutivas. O escrito divide-se em dois capítulos principais, que por sua vez são subdivididos em alguns tópico-chaves. O primeiro capítulo, intitulado “As opções animais”, apresenta uma síntese das adaptações que tiveram de gradualmente serem conquistadas pelos animais vertebrados ao longo de sua história de modo que fosse possível a conquista dos mais diversos habitats por eles. Essa sucessão de adaptações-chave apresentadas pelos autores se inicia com a cefalização, seguido por um outro conjunto de adaptações que teria permitido o domínio da vida no meio aéreo, um órgão respiratório funcional paralelo às brânquias, os pulmões. Segundo os Termier, tal transição entre ambientes tão distintos quanto do aquático para o terrestre não seria, contudo, um mero acaso, mas sim resultado do ambiente favorável que se estabelecera após a limpeza da atmosfera efetuada pelas primeiras plantas vasculares. Os anfíbios, nos conta os Termier, seriam o maior exemplo dessa amálgama entre os dois mundos. Estes animais, entretanto, ainda se mostravam bastantes dependentes da água para sua reprodução; nesse sentido, passo importante aparece com os répteis, cujos ovos passaram a possuir âmnio e o alantóide, tornando a reprodução menos dependente da água. Nesse ponto evolutivo uma subsequente conquista, ligada à regulação da temperatura corporal, aparece com as aves e os mamíferos, representando um passo relevante para a distribuição desses animais em novos nichos ecológicos. Finalmente, estes dispositivos conquistados também permitiram que estes animais se expandissem para todas as latitudes, ocupando espaços diversos à medida em que eram selecionados de acordo com as características mais desejáveis para o cenário onde viviam, afinal a Terra também enfrentava processos de mudança de natureza geológica e climática; continentes passavam por cisão e degelo, cordilheiras e mares eram moldados, fatores estes que suscitaram também em novíssimos padrões de distribuição da biota, assunto que é explorado no capítulo 2, intitulado “Animais migradores em continentes móveis”. Dessa forma, a proposta do livro dos Termier se mostra interessante, na medida em que busca sintetizar e conectar pontos importantes da história evolutiva dos vertebrados, e para isto a divisão em dois capítulos, cada um explorando um aspecto dessa história, foi uma escolha eficiente. Apesar de possuir uma repartição bem explicativa em seus capítulos e subtópicos, pode ser uma leitura um pouco truncada para não-biólogos ou não-paleontólogos, por exemplo, no que diz respeito aos variados nomes de animais e termos que podem a princípio causar estranheza; contudo, é uma leitura que pode ser compreendida por pessoas leigas no assunto, tudo vai depender do nível de curiosidade do leitor sobre a temática, sendo válido também a leitura aliada com consultas externas.  Algumas considerações, ainda, devem ser feitas, como o fato de o livro ter algumas décadas de defasagem quanto a novos conhecimentos científicos - ao menos 45 anos -, o que com certeza impacta alguns dados trazidos pelo livro. No entanto, permanece uma leitura válida por seu contexto geral. 
Mariana Ramalho de Araujo Leite Gomes – Bacharelanda em Ciências Biológicas pela UEPB.

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