Buscar

ED 1 - Inflamação

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 19 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Alice Iris MED TXV 
 
 
 
Inflamação Aguda 
a. Definir processo inflamatório 
A inflamação é uma resposta dos tecidos 
vascularizados às infecções e aos danos teciduais 
que recruta células e moléculas do sistema de 
defesa do hospedeiro da circulação para os locais 
onde são necessários, a fim de eliminar os 
agentes agressores. 
É induzida por mediadores químicos que 
são produzidos por células hospedeiras em 
resposta aos estímulos nocivos. A sua função é 
livrar o hospedeiro tanto da causa inicial da lesão 
celular como das consequências dessa lesão. 
O processo inflamatório libera leucócitos 
e proteínas que são direcionados contra os 
agentes estranhos, como microrganismos e 
tecidos lesados ou necróticos, e ativam as células 
e moléculas recrutadas que, em seguida, 
exercem suas funções com a finalidade de 
eliminar as substâncias prejudiciais ou 
indesejadas. 
Em algumas situações, a reação inflamatória torna-se a causa da doença, e os danos 
produzidos constituem a sua característica predominante. Há doenças em que a 
inflamação é mal direcionada (doenças autoimunes) ou ocorre contra substâncias 
ambientais normalmente inofensivas que provocam uma resposta imune (alergias). 
Imagem: Sequência de eventos em uma reação inflamatória. Os macrófagos e outras 
células dos tecidos reconhecem os microrganismos e as células danificadas e liberam 
mediadores, que desencadeiam as reações vasculares e celulares da inflamação. O 
recrutamento de proteínas plasmáticas a partir do sangue não é mostrado. 
 
 
 
As etapas da resposta inflamatória podem ser lembradas na forma de cinco Rs: 
1) Reconhecimento do agente prejudicial 
2) Recrutamento de leucócitos 
INFLAMAÇÃO 
Acredita-se que a inflamação contribua para várias doenças, que primariamente seriam 
metabólicas, degenerativas ou doenças genéticas, como diabetes tipo 2, doença de Alzheimer 
e câncer. Assim, os fármacos anti-inflamatórios também podem apresentar uma função mais 
ampla do que aquelas para as quais atualmente são indicados. 
Alice Iris MED TXV 
 
3) Remoção do agente 
4) Regulação da resposta (controle) 
5) Resolução (reparo) 
A reação se resolve porque os mediadores são decompostos e dissipados, e os leucócitos 
apresentam meia-vida curta nos tecidos. Além disso, são ativados mecanismos anti-
inflamatórios, que servem para controlar a resposta e impedir que ela cause danos 
excessivos ao hospedeiro. 
b. Compreender os sinais clássicos da inflamação 
Muitas vezes chamados de sinais cardinais, as manifestações externas da inflamação são: 
calor, rubor, dor, edema e perda de função. 
c. Diferenciar processo inflamatório aguda e crônico 
Aguda: resposta inicial rápida às infecções e aos danos teciduais. Em geral, se desenvolve 
dentro de minutos ou horas e é de curta duração. As suas características principais são a 
exsudação de líquido e proteínas plasmáticas (edema) e emigração de leucócitos, em 
especial neutrófilos (leucócitos polimorfonucleares). 
A inflamação aguda apresenta três componentes principais: 
(1) dilatação de vasos pequenos, o que desencadeia aumento no fluxo sanguíneo; 
(2) aumento da permeabilidade da micro vasculatura, permitindo que proteínas 
plasmáticas e leucócitos deixem a circulação; 
(3) emigração dos leucócitos da microcirculação, que se acumulam no foco da lesão e 
são ativados a fim de eliminar o agente agressor. 
Exsudato: líquido extravascular que contém alta concentração de proteína e detritos 
celulares; sua presença indica que há aumento na permeabilidade de pequenos vasos 
sanguíneos. Formado durante a inflamação porque a permeabilidade vascular aumenta 
Transudato: líquido com baixo teor de proteínas, com pouco ou nenhum material celular. 
Formado quando há um extravasamento de fluido para o exterior por causa de maior 
pressão hidrostática ou diminuição da pressão osmótica. 
Edema: pode ser um exsudato ou um transudato. 
Pus: exsudato purulento, rico em leucócitos, detritos de células mortas, microrganismos. 
Quando a inflamação aguda atinge o objetivo de eliminar os agentes agressores, a reação 
diminui e a lesão residual é reparada. No entanto, se a resposta inicial não conseguir 
eliminar o estímulo desencadeador, a reação progride para um tipo de inflamação mais 
prolongada denominada inflamação crônica. 
Crônica: reação de maior duração e está associada à maior destruição tecidual, presença 
de linfócitos e macrófagos, bem como proliferação de vasos e fibrose. As reações 
inflamatórias são a base das doenças crônicas comuns, tais como artrite reumatoide, 
aterosclerose e fibrose pulmonar, assim como às reações de hipersensibilidade. 
Alice Iris MED TXV 
 
 
 
d. Compreender os mecanismos Moleculares e Celulares da Inflamação 
i. Conhecer os principais estímulos (sinais de dano) para a inflamação 
aguda e mecanismos de indução – Infecções, necrose, corpos estranhos e 
reações imunes 
Infecções: bacterianas, virais, fúngicas, parasitárias; estão entre as causas mais comuns e 
clinicamente importantes da inflamação. O padrão morfológico da resposta pode ser útil 
na identificação da sua etiologia. 
Necrose tecidual: provoca inflamação independentemente da causa da morte celular, que 
pode ser por isquemia, trauma e lesão física e química. Várias moléculas liberadas a partir 
das células necróticas são conhecidas por desencadear inflamação. 
Corpos estranhos: podem induzir a inflamação ou porque causam lesões traumáticas nos 
tecidos ou por carregarem microrganismos. Até mesmo algumas substâncias endógenas 
estimulam inflamações potencialmente prejudiciais se grandes quantidades forem 
depositadas nos tecidos; tais substâncias incluem os cristais de urato (na gota) e os cristais 
de colesterol (na aterosclerose). 
Reações imunes: (também chamadas hipersensibilidade) são reações nas quais o sistema 
imune, normalmente protetor, danifica os próprios tecidos do indivíduo. Como os 
estímulos para as repostas inflamatórias nas doenças autoimunes e alérgicas não podem 
ser eliminados, essas reações tendem a ser persistentes e difíceis de curar, estão 
Alice Iris MED TXV 
 
frequentemente associadas à inflamação crônica e são causas importantes de morbidade 
e mortalidade. 
ii. Compreender os mecanismos associados às reações vasculares que 
ocorrem durante a inflamação aguda 
1. Mudanças no fluxo e no Calibre Vascular 
Alterações no fluxo e no calibre vascular se iniciam logo após a lesão e consistem em: 
- Vasodilatação: induzida por mediadores, em especial histamina, no músculo liso dos 
vasos. Leva ao aumento do fluxo sanguíneo > calor e vermelhidão. 
- Permeabilidade: aumenta e leva ao extravasamento de exsudato nos tecidos 
- Lentidão no fluxo sanguíneo: ocorre devido à perda de líquido e o aumento do 
diâmetro do vaso. As hemácias ficam concentradas e se movem lentamente, levando à 
congestão vascular > vermelhidão 
- Migração para o tecido intersticial: as células se acumulam ao longo do endotélio, 
começam a se aderir nele e migram para o interstício por meio da parede vascular. 
 
2. Aumento da Permeabilidade Vascular 
O aumento da permeabilidade vascular é desencadeado por vários fatores: 
- Retração das células endoteliais: deixa 
lacunas por onde o líquido extravasa. 
Desencadeada por histamina, bradicinina, 
leucotrienos e outros mediadores químicos. 
É de curta duração e aumenta 
principalmente nas vênulas pós-capilares. 
- Lesão endotelial: Na maioria dos casos, o 
extravasamento inicia-se imediatamente 
após a lesão e é mantido por várias horas até 
que os vasos danificados sejam 
trombosados ou reparados. Dano direto 
(queimaduras), neutrófilos aderidos ao 
endotélio durante a inflamação e ação de 
microrganismos e toxinas microbianas 
amplificam a reação. 
- Transcitose: aumento do transporte de 
líquidos e proteínas, através da célula 
endotelial. Contribuição não esclarecida 
para a permeabilidade vascular na 
inflamação aguda em seres humanos.Pode 
envolver canais intracelulares que se abrem em resposta a certos fatores, como o fator de 
crescimento endotelial vascular (VEGF), que promovem extravasamento vascular. 
O aumento da permeabilidade vascular permite que as proteínas plasmáticas e os 
leucócitos, os mediadores da defesa do hospedeiro, entrem em locais de infecção ou 
danos nos tecidos. O extravasamento de líquidos dos vasos sanguíneos (exsudação) 
resulta em edema. 
Todos contribuem em graus variados na resposta à maioria dos estímulos: 
- Queimadura: extravasamento resulta da retração causada por mediadores inflamatórios 
e lesão endotelial direta dependente de leucócitos. 
 
Alice Iris MED TXV 
 
3. Resposta dos vasos linfáticos 
O sistema linfático e os linfonodos filtram e controlam os fluidos extravasculares. Na 
inflamação, o fluxo linfático torna-se aumentado para ajudar a drenar o líquido do edema 
que se acumula devido ao aumento da permeabilidade vascular. Os vasos linfáticos, assim 
como os vasos sanguíneos, proliferam durante reações inflamatórias para lidar com o 
aumento da carga. 
Linfadenite reativa, ou inflamatória: constelação de alterações patológicas (linfonodos 
inflamados devido ao aumento da celularidade). 
Estrias vermelhas perto de uma ferida na pele é um sinal revelador de infecção na ferida, 
pois elas acompanham o trajeto dos vasos linfáticos e indicam a presença de linfangite. 
iii. Compreender os mecanismos associados às reações dos leucócitos à 
inflamação, tais como moléculas envolvidas e dinâmica do processo: 
1. Recrutamento 
2. Reconhecimento 
3. Liberação de mediadores inflamatórios 
O recrutamento de 
leucócitos é um processo 
de múltiplas etapas, que 
consiste em: 
1. Aderência e 
rolamento no endotélio 
(mediado por selectinas) 
2. Aderência firme ao 
endotélio (mediado por 
integrinas) 
3. Migração por entre as 
lacunas interendoteliais 
 
Os leucócitos que são 
recrutados para locais de 
inflamação desempenham 
a função-chave de 
eliminar os agentes 
ofensivos. Os neutrófilos 
são produzidos na medula 
óssea e rapidamente 
recrutados para locais de 
inflamação; os 
macrófagos respondem de 
forma mais lenta. Esses leucócitos ingerem e destroem bactérias e outros microrganismos, 
bem como tecido necrótico e substâncias estranhas. Os macrófagos também produzem 
fatores de crescimento que ajudam no reparo. 
 
O produto dos leucócitos pode produzir “danos colaterais” aos tecidos normais do 
hospedeiro. A jornada dos leucócitos do lúmen do vaso para o tecido é um processo que 
ocorre em múltiplas etapas, sendo mediado e controlado por moléculas de adesão e 
citocinas. 
 
Alice Iris MED TXV 
 
Moléculas envolvidas: 
As duas principais famílias de moléculas envolvidas na adesão e migração dos 
leucócitos são as selectinas e as integrinas. Essas moléculas são expressas em leucócitos 
e células endoteliais, assim como nos seus ligantes. 
- Selectinas: medeiam as interações iniciais fracas entre os leucócitos e o endotélio. As 
selectinas são receptores expressos nos leucócitos e no endotélio que contêm um domínio 
extracelular que se liga aos açúcares. 
As selectinas endoteliais são tipicamente expressas em níveis baixos, ou estão 
completamente ausentes no endotélio não ativado, mas são suprarreguladas após 
estimulação por citocinas e outros mediadores. 
 
- Integrinas: media a adesão firme dos leucócitos. As integrinas são glicoproteínas 
transmembranares compostas por duas cadeias que intermedeiam a adesão dos leucócitos 
ao endotélio, bem como de várias células à matriz extracelular. 
As quimiocinas são citocinas quimiotáticas que são secretadas por muitas células nos 
locais de inflamação, se ligam a proteoglicanos de células endoteliais e são encontradas 
em alta concentração no endotélio. 
 
Quando os leucócitos em rolamento encontram as quimiocinas, as células são ativadas e 
suas integrinas sofrem alterações conformacionais e agrupam-se, convertendo-se assim 
para uma forma de alta afinidade. Ao mesmo tempo, outras citocinas, principalmente TNF 
e IL-1, ativam as células endoteliais para aumentar a expressão de ligantes de integrinas. 
Ligantes de integrinas expressos no endotélio e a maior afinidade das integrinas nos 
leucócitos resulta na firme ligação dos leucócitos ao endotélio no local da inflamação, 
mediada por integrina. 
 
 
Alice Iris MED TXV 
 
Problemas na adesão dos leucócitos associadas a essas moléculas podem levar a 
deficiências genéticas, resultando em infecções bacterianas recorrentes. 
 
Migração e Quimiotaxia 
O movimento adicional dos leucócitos é orientado por quimiocinas produzidas nos 
tecidos extravasculares, que estimulam a movimentação dos leucócitos em direção a um 
gradiente químico. 
 
Quimiotaxia o processo de migração dos leucócitos em direção ao local da lesão, após o 
extravasamento da circulação. 
Neutrófilos são mais numerosos em inflamações agudas, enquanto macrófagos são 
predominantes nas reações inflamatórias prolongadas. Há algumas situações, porém, que 
isso pode ser diferente: (Pseudomonas, infecções virais, reações de hipersensibilidade, 
reações alérgicas). 
 
Os agentes que bloqueiam o TNF, uma das principais citocinas de recrutamento de 
leucócitos, estão entre as terapias mais bem-sucedidas já desenvolvidas para 
doenças inflamatórias crônicas. 
 
Fagocitose e eliminação de agentes lesivos 
A fagocitose e a morte intracelular são as principais respostas funcionais para a destruição 
dos microrganismos. 
 
Etapas da fagocitose: 
1. Reconhecimento e fixação da partícula a ser ingerida pelo leucócito 
2. Engolfamento, formação de vacúolo fagocítico 
3. Morte ou degradação do material ingerido 
Alice Iris MED TXV 
 
Destruição intracelular: 
É realizada por espécies reativas de oxigênio (ROS – intermediários reativos de oxigênio), 
espécies reativas de nitrogênio e enzimas lisossômicas. 
ROS: produzidas pela rápida composição e ativação da oxidase NADPH que oxida a 
NADPH e reduz o oxigênio a um superóxido. Nos neutrófilos essa reação oxidativa é 
desencadeada pelos sinais de ativação e acompanha a fagocitose. 
- São produzidas dentro do lisossomo e do fagolisossomo, onde podem agir nas partículas 
ingeridas sem danificar a célula hospedeira. 
Soros, fluidos teciduais e células do hospedeiro possuem mecanismos antioxidantes que 
protegem contra esses radicais derivados do oxigênio potencialmente perigosos. A 
influência dos radicais livres derivados do oxigênio em qualquer reação inflamatória 
depende do balanço entre a produção e a inativação desses metabólicos 
Óxido nítrico: reage com o superóxido para gerar o radical livre altamente reativo – 
peroxinitrito- que atacam e danificam os lipídios, proteínas e ácidos nucleicos dos 
microrganismos e células hospedeiras. 
Armadilhas extracelulares de neutrófilos – NET 
São redes fibrilares extracelulares que concentram substâncias antimicrobianas 
nos locais de infecção e impedem a disseminação dos microrganismos prendendo-os nas 
fibrilas. São produzidas por neutrófilos em resposta aos agentes infecciosos e mediadores 
inflamatórios. 
São formadas por uma trama viscosa de cromatina nuclear que liga e concentra 
proteínas granulares, tal como peptídeos e enzimas antimicrobianas. No processo de 
formação das NETs, os núcleos dos neutrófilos são destruídos, o que desencadeia a morte 
das células, por vezes chamada NETose, representando uma forma distinta de morte 
celular que afeta os neutrófilos. As NETs também foram detectadas no sangue durante a 
sepse. 
A cromatina nuclear nas NET pode ser uma fonte de antígenos nucleares nas 
doenças autoimunes sistêmicas, particularmente no lúpus, nas quais os indivíduos reagem 
contra o seu próprio DNA e nucleoproteínas. 
Lesão Tecidual Mediada por Leucócitos 
- Parte da reação normal de defesa contra microrganismos infecciosos, quando tecidos 
circunjacentes ao local da infecção sofrem danos colaterais.Em algumas infecções 
difíceis de erradicar, como a tuberculose e certas doenças virais como a hepatite, a 
resposta prolongada do hospedeiro contribui mais para a patologia do que o próprio 
microrganismo. 
- Os danos são causados pelos leucócitos através da liberação de moléculas lesivas. 
Outras funções dos leucócitos: produzir citocinas, fatores de crescimento que 
estimulam a proliferação de células endoteliais e fibroblastos bem como a síntese 
de colágeno, e enzimas que remodelam o tecido conjuntivo. 
 
Alice Iris MED TXV 
 
iv. Regulação do processo inflamatório 
Os mediadores anti-inflamatórios terminam a reação inflamatória aguda quando ela não 
é mais necessária. 
Mecanismos ativos de término da reação incluem a troca do tipo de metabólito do ácido 
araquidônico produzido, de leucotrienos proinflamatórios para lipoxinas anti-
inflamatórias, e a liberação de citocinas anti-inflamatórias, fator transformados de 
crescimento Beta e IL-10 a partir de macrófagos e outras células. 
e. Compreender os mecanismos de indução, liberação e ação dos principais 
mediadores da inflamação. 
Os mediadores da inflamação são as substâncias que iniciam e regulam as reações 
inflamatórias. Também são produzidos por proteínas plasmáticas que reagem aos 
microrganismos ou produtos de células necróticas. Alguns desses mediadores promovem 
o efluxo de plasma e o recrutamento de leucócitos circulantes para o local onde o agente 
agressor está localizado. 
 Os mediadores ativam leucócitos recrutados, aumentando sua capacidade de 
destruir e remover o agente agressor. A maioria dos medicamentos anti-inflamatórios tem 
como alvo mediadores específicos. 
Os mediadores mais importantes da inflamação agudam são as aminas vasoativas, 
os produtos lipídicos (prostaglandinas e leucotrienos), as citocinas (quimiocinas) e os 
produtos da ativação do complemento. 
 
 
i. Aminas vasoativas (histamina e serotonina) 
São os primeiros mediadores a serem liberados durante a inflamação. As fontes 
mais ricas de histamina são os mastócitos, que normalmente estão no tecido conjuntivo 
adjacente aos vasos sanguíneos. Liberada por degranulação em resposta a vários tipos de 
estímulos, incluindo: 
Alice Iris MED TXV 
 
- Lesão física 
- Ligação de anticorpos aos mastócitos 
- Produtos do complemente chamados anafilatoxinas (C3a e C5a) 
A histamina provoca a dilatação das arteríolas e aumenta a permeabilidade 
das vênulas. Considerada o principal mediador da fase transitória imediata de 
aumento da permeabilidade vascular. Seus receptores, chamados H1, são os que 
mediam as respostas. 
Os fármacos anti-histamínicos que são comumente utilizados para tratar algumas 
reações inflamatórias, como alergias, são antagonistas do receptor H1 e se ligam e 
bloqueiam o receptor. A histamina também causa contração de alguns músculos lisos, 
mas os leucotrienos, descritos posteriormente, são muito mais potentes e relevantes como 
causa de espasmos dos músculos brônquicos, por exemplo, na asma. 
A principal função da setotonina é a de neurotransmissor no trato gastrointestinal. 
É é um vasoconstritor, mas a importância desta ação na inflamação ainda não está certa. 
ii. Produtos do ácido araquidônico (eicosanoides) 
Os mediadores lipídicos prostaglandinas e leucotrienos são produzidos a partir do 
ácido araquidônico presente em fosfolipídios da membrana e estimulam reações 
vasculares e celulares na inflamação aguda. 
O ácido araquidônico depois de liberado da membrana por fosfolipase celulares é 
convertido em eicosanoides, sintetizados por cicloxigenases (prostaglandinas) e 
lipoxigenases (leucotrienos e lipoxinas). 
 Os eicosanoides se ligam aos receptores da proteínas G e podem mediar 
praticamente todas as etapas da inflamação. 
 
Alice Iris MED TXV 
 
 
Prostaglandinas: geradas pelas COX-1 e COX-2 
COX-1: expressa na maioria dos tecidos, onde pode desempenhar uma função 
homeostática (equilíbrio de líquidos e eletrólitos nos rins, citoproteção no TGI). 
Produzida em resposta a estímulos inflamatórios. 
COX-2: induzida por estímulos inflamatórios, gera PGs que estão envolvidas nas reações 
inflamatórias, mas apresenta baixa concentração ou ausente na maioria dos tecidos 
normais. 
As plaquetas contêm tromboxano, principal eicosanoide das plaquetas e potente agente 
agregante e vasoconstritor (promove trombose) 
O endotélio possui prostaciclina (PGI2), a qual é um potente vasodilatador e inibidor da 
agregação plaquetária. 
A PGE2 torna a pele hipersensível a estímulos dolorosos e causa febre durante infecções. 
Leucotrienos: Produzidos por mastócitos e leucócitos por meio da lipoxigenases; 
envolvidos nas reações vasculares e dos músculos lisos e no recrutamento de leucócitos. 
Os AINEs não afetam a lipoxigenases e muitos novos inibidores desta via enzimática 
foram desenvolvidos. Os agentes farmacológicos que inibem a produção de leucotrienos 
são úteis no tratamento da asma. 
Lipoxinas: suprimem a inflamação ao inibir o recrutamento de leucócitos. Inibem a 
quimiotaxia dos neutrófilos e a sua adesão ao endotélio. 
Os corticosteroides são agentes anti-inflamatórios de amplo espectro que reduzem 
a transcrição de genes que codificam a COX-2, a fosfolipase A2, citocinas pró-
inflamatórias (p. ex., IL-1 e TNF) e iNOS 
iii. Espécies reativas e oxigênio e nitrogênio 
iv. Citocinas (com ênfase em TNF-alfa, IL-1, IL-17 e IL-6) 
Células que produzem a citocina IL-17 são as mais importantes na inflamação 
aguda. A IL-17 induz a secreção de quimiocinas que recrutam outros leucócitos. Na 
ausência de uma resposta TH17 efetiva, os indivíduos são suscetíveis a infecções fúngicas 
e bacterianas, e ao desenvolvimento de abscesso cutâneos denominados de “abscessos 
frios”, sem as características clássicas da inflamação aguda. 
Alice Iris MED TXV 
 
 
Os antagonistas dos receptores de IL-6 são utilizados no tratamento da artrite 
reumatoide e os antagonistas da IL-17 são muito eficazes na psoríase e outras doenças 
inflamatórias. O interferon tipo I, cuja função normal é inibir a replicação viral, contribui 
para algumas das manifestações sistêmicas da inflamação. 
TNF e IL-1: desempenham papeis críticos no recrutamento de leucócitos, na promoção 
da adesão ao endotélio e migração dos vasos. 
A produção de TNF é induzida por sinais através de TLRs e outros sensores microbianos, 
e a síntese de IL-1 é estimulada pelos mesmos sinais, mas a geração da forma 
biologicamente ativa é dependente do inflamassomo. Algumas funções destas citocinas: 
- Ativação endotelial 
- Ativação de leucócitos e outras células: aumenta a resposta dos neutrófilos a outros 
estímulos e estimula a atividade microbicida dos macrófagos. IL-1 ativa fibroblastos para 
sintetizar colágeno e estimula a proliferação de células sinoviais e outras mesenquimais. 
- Induzem respostas sistêmicas de fase agida (febre, por ex.) 
- TNF contribui para a caquexia ao promover o catabolismo lipídico e proteico e pela 
supressão do apetite. Perda de peso, atrofia muscular e anorexia (caquexia) 
v. Quimiocinas e seus receptores (com ênfase em IL-8 e MIP-1) 
 Quimiocinas atuam principalmente como quimiotáticos para tipos específicos de 
leucócitos. Elas são classificadas de acordo com o arranjo dos resíduos de cisteína (C) 
nas proteínas. Medeiam suas atividades por meio de ligação aos receptores acoplados à 
Alice Iris MED TXV 
 
proteínas G transmembrana sete. Estão envolvidas na ligação e entrada do vírus HIV nas 
células, ao ter correceptores de uma glicoproteínas do envelope viral do HIV. Elas 
possuem duas principais funções: 
- A maioria das quimiocinas estimula a adesão do leucócito ao endotélio atuando nos 
leucócitos para aumentar a afinidade das integrinas e servem como agentes 
quimiotáticos, guiando os leucócitos para locais de infecção ou lesão tecidual. 
- Organizam vários tipos celulares em diferentes regiões anatômicas dos tecidos, como 
os linfócitosT e B em áreas distintas do baço e linfonodos 
IL-8: quimiocinas típica do grupo C-X-C, secretada por macrófagos ativados, células 
endoteliais e outros tipos celulares. Causa ativação e quimiotaxia de neutrófilos, com 
atividade limitada em monócitos e eosinófilos. 
MIP-1: são a proteínas inflamatória de macrófagos, pertence ao grupo C-C e atuam 
principalmente como agentes quimiotáticos para monócitos, eosinófilos, basófilos e 
linfócitos. 
Quimiocinas CX3C: promove forte adesão nos monócitos e das células T. 
vi. Proteínas do complemento 
 Agem principalmente na defesa do hospedeiro contra microrganismos e reações 
inflamatórias patológicas. Existem mais de 20, numeradas de C1 a C9, e estão envolvidas 
nos processos de imunidade inata e adaptativa na defesa contra patógenos microbianos. 
Proteínas do complemento: a ativação do sistema complemento por 
microrganismos ou anticorpos leva à geração de diversos produtos de degradação, que 
são responsáveis pela quimiotaxia de leucócitos, opsonização e fagocitose de 
microrganismos e outras partículas e morte celular. 
As proteínas do complemento estão presentes sob formas inativas no plasma e 
muitas delas são ativadas e se tornam enzimas proteolíticas que degradam proteínas do 
complemento. A principal etapa na ativação do complemento é a proteólise do terceiro 
componente, C3. C3 é ainda fragmentado em C3a e C3b. C3 pode ser clivado de três 
formas: 
- Pela via clássica: desencadeada pela fixação de C1 ao anticorpo (IgM ou IgG) 
que se combinou ao antígeno. 
- Via alternativa: desencadeada por moléculas de superfície microbiana, 
polissacarídeos complexos e outras subst. na ausência do anticorpo. 
- Via da lectina: lectina ligante de manose plasmática se liga a carboidratos em 
microrganismos e ativa a C1 indiretamente. 
Funções do sistema complemento: 
- C5a, C4a e C3a estimulam a liberação de histamina a partir de mastócitos e aumento a 
permeabilidade vascular e causam vasodilatação. São chamados de anafilatoxinas por 
exercerem efeito parecido ao dos mediadores de mastócitos na anafilaxia. 
Alice Iris MED TXV 
 
C5a é quimiotático para neutrófilos, eosinófilos, basófilos e monócitos, além de ativar a 
via da lipoxigenases em neutrófilos e monócitos, causando a liberação de mais 
mediadores inflamatórios. 
- C3b promove fagocitose por neutrófilos e macrófagos 
- Promove morte osmótica (lise) das células dos microrganismos com parede celular 
delgada. Em pacientes com deficiências do complemento, esses microrganismos podem 
causar infeções disseminadas graves. 
A ativação do complemento por anticorpos ou complexos antígeno-anticorpo depositados 
nas células e tecidos hospedeiros é um importante mecanismo de lesão celular e tecidual 
 
 
Proteínas de fase aguda: sintetizadas principalmente no fígado e suas concentrações 
podem variar de acordo com a resposta aos estímulos inflamatórios. As três proteínas 
mais conhecidas são a proteínas C reativa (PCR), o fibrinogênio e a proteínas 
amiloide A sérica (AAS). 
O fibrinogênio se liga aos eritrócitos e induz a formação de pilhas (rolos) que 
sedimentam mais rapidamente sob força da gravidade do que os eritrócitos 
individualmente. Esta é a base para a medida da taxa de sedimentação eritrocitária como 
um teste simples para a resposta inflamatória sistêmica causada por qualquer estímulo. 
Níveis séricos elevados de PCR servem como marcador para risco 
aumentado de infarto do miocárdio em pacientes com doença arterial coronariana. 
As concentrações plasmáticas de hepcidina cronicamente elevadas reduzem a 
disponibilidade de ferro e são responsáveis pela anemia associada à inflamação crônica. 
Outras manifestações da resposta da fase aguda incluem aumento da frequência cardíaca 
e pressão arterial; diminuição da transpiração, principalmente por causa do 
redirecionamento do fluxo sanguíneo para o leito vascular cutâneo profundo, para 
minimizar a perda de calor através da pele; tremores (calafrios), arrepios (busca pelo 
Alice Iris MED TXV 
 
calor), anorexia, sonolência e mal-estar, provavelmente por causa da ação das citocinas 
nas células cerebrais 
Choque séptico: ocorre devido aos altos níveis sanguíneos de citocinas, levando a 
coagulação intravascular disseminada, choque hipotensivo e distúrbios metabólicos, 
incluindo resistência à insulina e hiperglicemia. Coletivamente, essas reações são 
chamadas síndrome de resposta inflamatória sistêmica (SIRS) 
Inflamação Crônica 
a. COMPREENDER as causas da inflamação crônica, tais como: 
A inflamação crônica é uma resposta de duração prolongada (semanas ou meses), na qual 
inflamação, lesão tecidual e tentativas de reparo coexistem em diferentes combinações. 
Ao contrário da inflamação aguda, que é caracterizada pelas alterações vasculares, edema 
e infiltrado predominantemente neutrofílico, a inflamação crônica caracteriza-se por um 
conjunto de alterações. 
- Infiltração de células mononucleares, incluindo macrófagos, linfócitos e plasmócitos. 
- Destruição tecidual, francamente induzida pelos produtos das células inflamatórias. 
- Reparo, envolvendo proliferação de novos vasos (angiogênese) e fibrose. 
i. Infecções persistentes 
Surge por microrganismos que são difíceis de erradicar, tais como micobactérias 
e certos vírus, fungos e parasitas. Em alguns casos, a inflamação aguda não resolvida 
evolui para a inflamação crônica, como quando uma infecção bacteriana aguda pulmonar 
avança para um abscesso pulmonar crônico. 
ii. Doenças inflamatórias imunomediadas. 
Doenças causadas por ativação excessiva e inadequada do sistema imune. Os 
autoantígenos evocam uma reação imune autoperpetuante que resulta em inflamação 
crônica e danos teciduais. Nas doenças alérgicas, a inflamação crônica é o resultado de 
respostas imunes excessivas contra substâncias ambientais comuns. 
iii. Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, exógenos ou 
endógenos 
Materiais inalados por períodos prolongados resultam em doenças pulmonares 
inflamatórias, como a silicose. A aterosclerose, processo inflamatório que afeta a parede 
arterial, deposita e produz colesterol endógeno em excesso. 
b. CONHECER as principais doenças inflamatórias crônicas 
1. Colesterol alto 
2. DPOC (Doenças Pulmonar Obstrutiva Crônica): Também chamada de enfisema ou 
bronquite crônica, a doença pulmonar obstrutiva crônica, é uma doença que causa 
Alice Iris MED TXV 
 
dificuldades respiratórias pois provoca inflamação nos brônquios. Também pode 
provocar tosse e catarro. 
3. Hipertensão: contrai os vasos sanguíneos forçando o coração a trabalhar mais. 
4. Asma 
5. Diabetes 
c. COMPREENDER o papel dos mediadores celulares (macrófagos, células 
gigantes, linfócitos, granulócitos, fibroblastos e outros) e moleculares (citocinas 
e quimiocinas) na inflamação crônica. 
Macrófagos: células predominantes na inflamação crônica, secretam citocinas e fatores 
de crescimento que atuam sobre várias células, destruindo invasores e tecidos estranhos 
e ativando outras células, principalmente linfócitos T. Encontrados no fígado, baço e 
linfonodos, SNC e pulmões. Monócitos, de meia-vida de 1 dia, dão origem a macrófagos, 
de vida útil de vários meses ou anos. 
Macrófagos ativados pela via clássica são importantes na defesa contra microrganismos 
e em muitas reações inflamatórias. Já os macrófagos ativados pela via alternativa não 
são muito microbicidas e agem mais no reparo tecidual, promovendo angiogênese e 
síntese de colágeno. Macrófagos, apesar do alto poder na defesa do corpo, também 
deixam considerável destruição tecidual, característica da inflamação crônica. 
 
Linfócitos: quando ativados a inflamação costuma ser persistente e grave. Podem ser as 
células predominantes na inflamação crônica em doenças autoimunes e de 
hipersensibilidade. Os linfócitos TCD4+ influenciam a natureza da reação e secretam 
citocinas. 
Granulócitos: são os eosinófilos basófilos e neutrófilos.São responsáveis por combater 
e eliminar infecções. Pacientes submetidos a transplante de medula óssea, em tratamento 
quimioterápico ou com imunodeficiência grave podem ter queda acentuada do número 
ou disfunção de granulócitos. 
- Eosinófilos: Os eosinófilos possuem grânulos que contêm proteínas básicas principais, 
uma proteína altamente catiônica que é tóxica para parasitas, mas também provoca 
danos às células epiteliais do hospedeiro. Por isso, os eosinófilos são benéficos no 
Alice Iris MED TXV 
 
controle das infecções parasitárias, mas também contribuem para os danos teciduais nas 
reações imunes, como nas alergias. A produção excessiva de eosinófilos está associada à 
LOA 
- Neutrófilos: principal atividade realizada por essas células é a fagocitose, pela presença 
de pseudópodes, após a ação de enzimas digestivas presentes em seus grânulos, 
principalmente a elastase, a colagenase e a lisozima. Quando essas células estão 
segmentadas, significa que houve um desvio à direita em sua maturação, tornando essas 
células maduras e ainda mais potentes em sua atividade. Dessa forma, o excesso dessas 
células no sangue (neutrofilia com desvio à direita) sugerem infecções bacterianas ou 
fúngicas, na qual o sistema imune acaba trabalhando mais para gerar uma resposta mais 
fugaz. 
Os neutrófilos em bastonete referem-se ao neutrófilo imaturo em formato de bastão, 
derivado de um desvio à esquerda (na produção. O excesso dessas células no sangue 
(neutrofilia com desvio à esquerda), sugerem problema na produção de neutrófilos pela 
medula óssea, isto é, a medula óssea não está conseguindo enviar para o sangue uma 
quantidade suficiente de neutrófilos maduros, liberando os imaturos. Geralmente ocorre 
em processos infecciosos mais graves, no qual o organismo não obteve tempo de maturar 
suas células. 
Basófilos, mastócitos: Essas células possuem histamina em seus grânulos e são muito 
similares aos mastócitos em sua atuação, contudo existem diferenças que não podem ser 
confundidas. O basófilo sai da medula óssea no seu estado maduro e os mastócitos 
circulam na sua forma imatura, apenas amadurecendo no tecido de atuação. 
A hipersensibilidade é uma resposta imune devido a atuação dos basófilos em nosso 
corpo. Essa reação é resultado da ligação do IgE com a superfície do basófilo, o qual vai 
secretar os mediadores bioativos (histamina) para reparar a atividade antígena. 
Fibroblastos: principais células envolvidas na cicatrização e sua principal função é 
manter a integridade do tecido conjuntivo por meio da síntese de componentes da matriz 
extracelular. Além de produzirem colágeno, os fibroblastos produzem elastina, 
fibronectina, glicosaminoglicanas e proteases, responsáveis pelo desbridamento e 
remodelamento fisiológicos da célula 
d. CARACTERIZAR a inflamação crônica granulomatosa 
A inflamação granulomatosa é uma forma de inflamação crônica caracterizada por 
coleções de macrófagos ativados, muitas vezes com linfócitos T, e às vezes associadas 
à necrose central. Os macrófagos ativados desenvolvem um citoplasma abundante e 
passam a se assemelhar a células epiteliais, sendo chamados células epitelioides. Alguns 
podem se fundir, formando células gigantes multinucleadas. 
Em resumo, a inflamação granulomatosa é um padrão morfológico específico de 
inflamação crônica induzida pela ativação de células T e macrófagos em resposta a um 
agente resistente à erradicação. 
Os granulomas são uma tentativa da célula de conter um agente agressor 
difícil de erradicar. E nessa tentativa, linfócitos T ativados ativam também mais 
macrófagos, o que pode causar lesões nos tecidos normais. 
User
Destacar
User
Destacar
Alice Iris MED TXV 
 
Em resumo, o granuloma consiste em um padrão de resposta inflamatória crônica, 
sendo uma reação de hipersensibilidade tardia e mediada principalmente por células T, 
em reação à infecção por microrganismos, por exemplo. 
e. DETERMINAR os componentes moleculares e celulares da inflamação 
granulomatosa 
O granuloma é composto por macrófagos, células gigantes, células epitelioides e é 
cercado por linfócitos T, podendo ter eosinófilos, dependendo do agente etiológico. 
f. DIFERENCIAR os tipos de granulomas 
Existem DOIS tipos de granulomas, que apresentam diferente patogenia: 
Granulomas imunes: causados por vários agentes capazes de induzir resposta imune 
mediada por células T persistentes. É causado por microrganismos que suscitam uma 
resposta imunológica e que geralmente é difícil de ser eliminado. 
Granulomas de corpo estranho: ocorre por substâncias inertes (fio de sutura, fibras) 
portanto, não há resposta mediada por células T. Há células epitelioides e células gigantes 
ao redor da substância inerte, de modo a “contê-la”. 
Os granulomas são encontrados em determinadas condições patológicas específicas; o 
reconhecimento do padrão granulomatoso é importante por causa do número limitado de 
condições (algumas que ameaçam a vida) que o causam. 
g. CONHECER as principais doenças inflamatórias granulomatosas e reação 
tecidual associada 
Os granulomas mais antigos podem apresentar uma borda de fibroblastos e tecido 
conjuntivo. Pode ser encontradas células gigantes multinucleadas, chamadas de 
Langhans. Granulomas associados a certos organismos infecciosos contêm uma zona 
central de necrose, cuja aparência é granular e de aspecto caseoso, denominada de necrose 
caseosa. 
Os granulomas associados à doença de Crohn, à sarcoidose e às reações de corpo 
estranho tendem a não apresentar centros necróticos e são considerados não caseosos. A 
cicatrização dos granulomas é acompanhada por fibrose, que pode ser extensa. 
A tuberculose é o protótipo da doença granulomatosa de etiologia infecciosa e 
deve ser sempre excluída como uma possível causa quando os granulomas são 
identificados. É sempre necessário identificar o agente etiológico específico por meio de 
colorações especiais para os microrganismos e por estudos sorológicos. 
Alice Iris MED TXV

Continue navegando