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ED 2 - Reparo Tecidual

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Alice Iris MED TXV 
 
 
 
 
➢ Capacidade do organismo fazer a reparação de um tecido lesionado é essencial 
para a sobrevivência; 
➢ Resposta inflamatória seve tanto para eliminar o agente causador da lesão quanto 
para estimular os processos de reparo tecidual. 
➢ Objetivo do reparo: corrigir o dano provocado pelo agente lesivo e fazer o tecido 
voltar ao seu estado de normalidade 
REPARO – Restauração da arquitetura tecidual e da função após uma lesão 
Regeneração: substituição por células do mesmo tipo 
 - Proliferação celular 
Cicatrização: Substituição por tecido conjuntivo 
 - Formação de cicatriz 
 - Fibrose 
Parênquima: são as células responsáveis pela função típica do órgão, tecido específico 
funcional de uma glândula ou órgão. Ex: (fígado > hepatócitos) 
 - Tecido nervoso e muscular cardíaco, mesmo sendo parenquimatosas não sofrem 
regeneração 
Estroma: tecido de sustentação (conjuntivo, fibroblasto, colágeno) 
 
 
 
 
REGENERAÇÃO 
A compreensão dos processos de reparo tecidual requer conhecimento sobre: 
 - O controle da proliferação celular 
- Funções da MEC 
Agressão
Reparo
Poucas células?
Novas células se 
reconstituem ou 
o agressor é 
neutralizado
Lesão no estroma 
ou no 
parênquima?
Parênquima
Regeneração
Estroma
Cicatrização
REPARO TECIDUAL 
Alice Iris MED TXV 
 
➢ A proliferação celular é coordenada por proteínas denominadas fatores de 
crescimento 
➢ O tamanho normal das populações celulares é determinado pelo equilíbrio: 
Apoptose x Proliferação celular 
Muitos tipos celulares proliferam durante o processo de reparo tecidual – ciclo celular 
Sobre a proliferação celular temos: 
 - Proliferação fisiológica (reparo) 
 - Proliferação patológica (câncer) 
Os processos-chave da proliferação celular são: 
 - Replicação do DNA 
 - Mitose 
 
Fatores de crescimento – são exemplos de substâncias que podem estimular os 
receptores celulares e mandar a informação de proliferação para a célula (mitose). 
• Fatore de crescimento epidérmico (EGF) 
• Fator de crescimento do Nervo (NGF) 
• Citocinas: interleucinas e Interferons 
• Angiopoetina (Ang) 
• Fatores de Crescimento semelhante a insulina (IGFs) 
 
Funções da MEC 
➢ Suporte mecânico para os tecidos (papel principal dos colágenos e da elastina) 
➢ Regula a proliferação e diferenciação celular 
➢ A integridade da membrana basal ou do estroma das células parenquimatosas é 
essencial para a regeneração organizada 
➢ A MEC intacta é necessária para o processo de regeneração 
➢ Se a MEC estiver danificada, será realizada processo de cicatrização 
➢ Quanto maior a área de cicatrização, menor a função do tecido 
 
CICATRIZAÇÃO 
➢ Se a lesão tecidual é grave ou crônica (danos ao parênquima + estroma) o reparo 
ocorrerá por deposição de tecido conjuntivo (cicatrização) 
 
Alice Iris MED TXV 
 
➢ O reparo começa dentro de 24h (emigração de fibroblastos e proliferação de 
fibroblastos e células endoteliais) 
➢ 3-5 dias (tecido de granulação – aparência rosada e consistência mole) 
 
Início do reparo - Remodelação 
 
Angiogênese 
➢ Formação de novos vasos sanguíneos 
➢ Suporte de oxigênio e nutrientes para a produção de novas células 
➢ Vasodilatação em resposta ao óxido nítrico 
➢ Aumento de permeabilidade vascular induzido pelo VEGF (fator de crescimento 
endotelial vascular) 
➢ Migração de células epiteliais em direção a área lesionada 
 
Migração e Proliferação de fibroblastos - Deposição da MEC 
➢ Formação do tecido de granulação 
➢ Presença de vasos neoformados 
➢ Macrófagos (remoção dos restos extracelulares, sinalização para a proliferação 
dos fibroblastos e produção de MEC) 
➢ Mastócitos, linfócitos 
 
Maturação e organização do tecido fibroso – Remodelamento 
➢ Na etapa final o tecido de granulação é substituído por tecido cicatricial (tecido 
fibroso) 
➢ Fibroblastos fusiformes (atividade diminuída) 
➢ Colágeno denso 
➢ Fragmentos de componentes da MEC 
➢ Resulta em uma cicatriz pálida e avascular 
➢ Remodelação da cicatriz: síntese de MEC x Degradação 
 
Cicatrização das feridas cutâneas – pele 
➢ Inflamação 
➢ Formação do tecido de granulação 
➢ Deposição da MEC e remodelação 
 
Baseando-se na natureza da ferida, a cicatrização pode ocorrer: 
Primeira intenção 
➢ Bordas próximas, ferida limpa, rápida 
➢ Mais fácil e rápida, uma vez que a quantidade de tecido perdido é mínima, 
permitindo captação das bordas 
- Ex: corte por faca, incisão cirúrgica 
Angiogênese
Migração e 
proliferação de 
fibroblastos
Deposição da 
MEC
Maturação e 
organização do 
tecido fibroso 
(remodelamento)
Alice Iris MED TXV 
 
➢ 0 hora: incisão é preenchida por coágulo (coágulo de fibrina) 
➢ 3 a 24h: neutrófilos se infiltram no coágulo (resposta inflamatória aguda) 
➢ 24 a 48h: macrófagos começam a se infiltrar e a destruir a fibrina. Células 
epiteliais de ambas as bordas começam a se proliferar depositando componentes 
basais 
➢ 3 dias: neutrófilos foram substituídos por macrófagos. Aparece tecido de 
granulação 
➢ 5 dias: espaço da incisão é totalmente preenchido por tecido de granulação, 
neovascularização atinge seu ponto máximo. A resposta inflamatória aguda 
começa a ceder. Ocorre união de fibrilas colágenas 
➢ Segunda semana: acúmulo contínuo de colágeno e proliferação de fibroblastos. 
Edema e vascularização estão diminuídos 
➢ Até o final do primeiro mês: cicatriz é feita de tecido conjuntivo e recoberta por 
epiderme intacta. 
 
Segunda intenção 
➢ Bordas distantes, infecção no local, gera marcas profundas, demora 
➢ Perda mais excessiva do tecido, não permitindo a captação das bordas. O processo 
de cicatrização é mais complexo. O tecido de granulação é abundante 
➢ As etapas de cicatrização são as mesmas que ocorrem na 1° intenção, mas agora 
mais demoradas 
- Ex: queimaduras, feridas infectadas mantidas abertas 
 
Fatores que influenciam a cicatrização 
Fatores sistêmicos 
➢ Nutrição: deficiência de vitamina C e zinco inibem a síntese de colágeno e 
retardam a cura. 
➢ Estado metabólico: diabetes mellitus 
➢ Estado circulatório 
➢ Hormônios: glicocorticoides inibem efeito anti-inflamatório ao inibir a produção 
de TGF-β e diminuem a fibrose. 
➢ Agentes quimioterápicos e radiação: radioterapia reduz a proliferação de 
fibroblastos e de células endoteliais. Radiação causa eritema e descamação de pele 
 
Fatores locais 
➢ Infecção: retarda a cicatrização, aprofunda as margens da lesão 
➢ Fatores mecânicos: movimentação precoce da ferida 
➢ Tamanho, local e tipo de ferida 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alice Iris MED TXV 
 
 
 
 
 
 
 
a. DIFERENCIAR os tipos de reparo tecidual: Regeneração e Cicatrização 
O reparo ocorre por meio de dois tipos de reações: regeneração por proliferação 
das células residuais (não lesadas) e maturação de células-tronco teciduais e deposição de 
tecido conjuntivo para formar uma cicatriz. 
 
 
Regeneração: 
proliferação das células sobreviventes à lesão e 
que mantêm capacidade proliferativa. 
 
Cicatrização: ocorre quando os tecidos lesados 
são incapazes de regeneração completa ou se as 
estruturas de suporte do tecido são gravemente 
lesadas, o reparo ocorre por deposição de tecido 
conjuntivo (fibrose). A cicatriz fibrosa não 
consegue realizar a função das células perdidas 
do parênquima, porém proporciona 
estabilidade estrutural suficiente para tornar o 
tecido lesado capaz de funcionar. 
 
 
 
 
b. DIFERENCIAR os tecidos e células de acordo com sua atividade proliferativa 
A regeneração das células e tecidos lesados envolve proliferação celular, que é 
dirigida pelos fatores de crescimento e é criticamente dependente da integridade da MEC 
e do desenvolvimento de células maduras a partir de células-tronco. 
Células remanescentes do tecido lesado – tentam restaurar a estrutura normal 
Células endoteliais vasculares – criam vasos que fornecem os nutrientes 
necessários para o processo de reparo 
Fibroblastos– fonte de tecido fibroso que forma a cicatriz que preenche os 
defeitos que não são corrigidos por regeneração 
 
Tecidos lábeis: são constantemente perdidos e continuamente substituídas por 
novas células derivadas de células-tronco teciduais e progenitores imaturos que 
proliferam rapidamente. 
 - Ex: cavidade bucal, vagina, colo do útero, camadas basais do epitélio escamoso 
da pele. 
Tecidos estáveis: são constituídos por células que normalmente estão no estágio 
G0 do ciclo celular e, portanto, não proliferam, mas são capazes de se dividir em resposta 
à lesão ou à perda de massa tecidual. 
Robbins 
Alice Iris MED TXV 
 
 
Tecidos permanentes: consistem em células não proliferativas terminalmente 
diferenciadas, como a maioria dos neurônios e células musculares cardíacas. A lesão 
desses tecidos é irreversível e resulta em cicatriz, porque as células não podem se 
regenerar. 
 
c. CONHECER os principais fatores de crescimento celular, células produtoras 
e funções 
A proliferação celular é impulsionada por sinais fornecidos por fatores de 
crescimento e a partir da MEC. As fontes mais importantes desses fatores de crescimento 
são os macrófagos ativados pela lesão tecidual, mas as células epiteliais e estromais 
também produzem alguns desses fatores. 
Vários fatores de crescimento se ligam às proteínas da MEC e são exibidos no local 
da lesão tecidual em altas concentrações. Em adultos, as células-tronco mais importantes 
para regeneração após uma lesão são as células-tronco do tecido. 
➢ IL-6 produzida pelas células de Kupffer 
➢ Fator de crescimento de hepatócitos – HGF 
➢ VEGF: estimula a proliferação e a migração das células endoteliais, iniciando o 
processo de brotamento capilar na angiogênese; promove a vasodilatação; dirige 
a angiogênese 
- Sobretudo o FGF-2, estimulam a proliferação de células endoteliais. Eles 
também promovem a migração de macrófagos e fibroblastos para a área 
danificada e estimulam a migração de células epiteliais para cobrir as 
feridas epidérmicas. 
- A permeabilidade vascular é aumentada pelo VEGF, o que pode ser 
responsável pela persistência do edema na cicatrização de feridas por 
muito tempo após a resposta inflamatória aguda ter sido resolvida. 
- Sinalização Notch. Por meio de uma “conversa cruzada” com o VEGF, 
a via de sinalização Notch regula o brotamento e a formação de ramos de 
vasos novos e, dessa maneira, garante que os vasos neoformados tenham 
o espaçamento adequado para fornecer sangue, de forma efetiva, para o 
tecido que está sendo 
reparado. 
➢ TGF-β suprime a proliferação e a migração endotelial, aumentando a produção 
de proteínas da MEC. É a citocina mais importante para a síntese e a deposição 
de proteínas do tecido conjuntivo. Apresenta efeitos anti-inflamatórios que 
servem para limitar e finalizar as respostas inflamatórias. O TFG-β atua inibindo 
a proliferação dos linfócitos e atividade de outros leucócitos. 
➢ PDGF – Fator de crescimento derivado de plaquetas: Produzido por plaquetas, 
macrófagos, endotélio, células musculares e algumas células tumorais, atua 
mediante a ligação a dois receptores celulares (α e β). O PDGF estimula a 
proliferação e a migração de células musculares lisas, fibroblastos e células gliais. 
Além disso, exerce quimiotaxia para monócitos e fibroblastos e estimula a 
cicatrização de feridas. 
➢ FGF – fator de crescimento de fibroblastos: importante na angiogênese e na 
cicatrização. O ácido age somente no SN e o básico é produzido em muitos órgãos 
e por macrófagos ativados. 
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➢ TGF – alfa e beta; o TGF-β favorece a fibrogênese e tem papel relevante na 
cicatrização e na fibrose que surge em muitas inflamações crônicas; é um potente 
anti-inflamatório. 
 
 
 
A restauração da arquitetura do tecido normal pode ocorrer apenas se o tecido 
residual estiver estruturalmente intacto, por exemplo, após a ressecção cirúrgica 
parcial do fígado. Por outro lado, se o tecido estiver inteiramente lesado pela 
infecção ou inflamação, a regeneração é incompleta e acompanhada pela formação 
de cicatrizes. 
 
d. COMPREENDER as principais funções, células produtoras e estímulo para 
síntese dos principais componentes da matriz extracelular 
i. Colágeno, elastina, fibrilina, fibras elásticas, proteínas de adesão 
celular, glicosaminoglicanos e proteoglicanos 
➢ Proteínas da MEC: participam do processo de brotamento dos vasos na 
angiogênese, em grande parte por meio de interações com receptores de integrina 
das células endoteliais e fornecendo o arcabouço para o crescimento dos vasos. 
➢ Colágeno – dá à célula resistência à tração e facilita o processo de adesão e 
migração das células. Produzido principalmente por condroblastos, fibroblastos e 
osteoblastos (células especializadas do tecido cartilaginoso, conjuntivo e ósseo). 
- A resistência da ferida aumenta por causa das ligações cruzadas do colágeno e 
aumento do tamanho das fibras de colágeno. 
Alice Iris MED TXV 
 
Nas feridas cutâneas bem suturadas, entre 70% e 80% da força da pele normal 
pode ser recuperada em 3 meses. A contração da ferida é desencadeada 
inicialmente pelos miofibroblastos e, mais tarde, pelas ligações cruzadas das 
fibras de colágeno. 
➢ Elastina – concede aos tecidos a capacidade de recuo e alongamento sem que 
sejam rompidos. Produzida por fibroblastos do tecido conectivo da derme. 
➢ Fibrilina – glicoproteína, essencial para a formação de fibras elásticas do tecido 
conjuntivo. 
➢ Proteínas de adesão celular – As moléculas de adesão celular ou CAM's são 
moléculas que permitem a ligação entre as células ou entre células e a matriz 
extracelular 
➢ Glicosaminoglicanos – são componentes dos tecidos conjuntivos e representam 
30% do material orgânico presente no corpo. Eles criam um gel hidrofílico, que 
permite a movimentação das células e a circulação de moléculas, como nutrientes, 
hormônios e outras substâncias químicas; comunicação intercelular 
➢ Proteoglicanos - regulação da atividade de moléculas sinalizadoras, controle do 
tráfego de células e moléculas, atuação como correceptores e interação com 
proteínas fibrosas da matriz. 
 
Qual a diferença entre Proteoglicanos e glicoproteínas? 
As glicoproteínas são encontradas principalmente na membrana celular das células, 
enquanto os proteoglicanos são encontrados principalmente nos tecidos conjuntivos. Os 
proteoglicanos são importantes na modulação dos processos de desenvolvimento celular, 
enquanto as glicoproteínas funcionam no reconhecimento celular. 
 
e. COMPREENDER as fases do processo de cicatrização, com ênfase nos 
eventos celulares presentes em cada fase: 
i. Inflamatório 
Etapa composta por típicas respostas inflamatórias aguda e crônica. Quimiocinas 
e outros mediadores produzidos no local da lesão agem como quimiotáticos para recrutar 
neutrófilos e monócitos durantes as 6 a 48 horas seguintes. 
 Os macrófagos são os principais agentes no processo de reparo tecidual. 
 - Macrófagos M1 removem microrganismos e tecido necrótico e 
promovem a inflamação em uma retroalimentação positiva 
 - Macrófagos M2 produzem fatores de crescimento que estimulam a 
proliferação de muitos tipos celulares na próxima etapa do reparo. 
 
ii. Proliferativa 
Na etapa seguinte, o que leva até 10 dias, vários tipos de células, incluindo células 
epiteliais, endoteliais e outras células vasculares e fibroblastos, proliferam e migram para 
fechar a ferida, agora limpa. 
Células epiteliais – respondem a fatores de crescimento produzidos localmente e 
migram sobre a ferida para cobri-la. 
Células endoteliais e outras células vasculares – realizam angiogênese 
Fibroblastos – proliferam e migram para o local da lesão e repousam sobre as 
fibras colágenas que formam a cicatriz. Tecido de granulação é um tecido ímpar para a 
Alice Iris MED TXV 
 
cicatrização, originado a partir da combinação de fibroblastos em proliferação, novosvasos sanguíneos, tecido conjuntivo frouxo e células inflamatórias crônicas. 
 
iii. Remodelamento 
Se inicia de 2 a 3 semanas após a injúria e pode continuar por meses ou anos; ocorre com 
a deposição dos fibroblastos para produzir uma cicatriz fibrosa estável. 
 
 
 
 
 
 
Etapas da Angiogênese: 
1) Vasodilatação em resposta ao NO e aumento da permeabilidade induzida pelo 
VEGF 
2) Separação dos periquitos da superfície abluminal e degeneração da membrana 
basal para permitir a formação de um broto de vaso 
3) Migração das células endoteliais em direção à área da lesão 
4) Proliferação de células endoteliais logo atrás das células migratórias 
5) Remodelação de tubos capilares 
6) Recrutamento de células periendoteliais 
7) Supressão da proliferação e migração endotelial e deposição de membrana basal 
 
h. ENTENDER as principais complicações associadas à cicatrização de feridas 
i. Formação deficiente de cicatriz 
Os defeitos são observados em inúmeras situações clínicas, como resultado da influência 
de fatores locais e sistêmicos. Alguns exemplos são comuns 
- Ulceras venosas das pernas: se desenvolvem mais frequentemente em pessoas idosas, 
como resultado de hipertensão venosa crônica, que pode ser causada por varizes graves 
ou insuficiência cardíaca congestiva. Elas não cicatrizam devido ao mau fornecimento de 
oxigênio para o local da úlcera. 
- Úlceras arteriais: se desenvolvem em indivíduos com aterosclerose das artérias 
periféricas, especialmente associadas ao diabetes. A isquemia resulta em atrofia e então 
necrose da pele e tecidos subjacentes. 
Alice Iris MED TXV 
 
- Úlceras de pressão: as lesões são causadas por pressão mecânica e isquemia local. 
Causada por compressão prolongada dos tecidos contra um osso subjacente. 
Úlceras diabéticas: afetam as extremidades inferiores, particularmente o pé. A necrose 
tecidual e a cicatrização deficiente são o resultado de doença dos pequenos vasos, que 
causam isquemia, neuropatia, anormalidades metabólicas sistêmicas e infecções 
secundárias. 
 
ii. Formação excessiva dos componentes do reparo 
A formação excessiva dos componentes do processo de reparo pode originar cicatrizes 
hipertróficas e queloides. O acúmulo de quantidades excessivas de colágeno pode resultar 
em uma cicatriz elevada conhecida como cicatriz hipertrófica. Se o tecido cicatricial 
cresce além dos limites da ferida original e não regride, é chamado queloide. 
A granulação exuberante é outro desvio na cicatrização de feridas caracterizado pela 
formação de quantidades excessivas de tecido de granulação, que se projeta acima do 
nível da pele circundante e bloqueia a reepitelização. A granulação excessiva deve ser 
removida por cauterização ou excisão cirúrgica a fim de permitir a restauração da 
continuidade epitelial. 
A estimulação da síntese persistente de colágeno nas doenças inflamatórias 
crônicas leva à fibrose do tecido, muitas vezes com extensa perda tecidual e 
deficiência funcional. 
 
iii. Formação de contraturas. 
A contração da ferida é uma parte importante do processo da cicatrização normal. O 
exagero nesse processo origina a contração e resulta em deformidades da ferida e dos 
tecidos circundantes. As contrações são propensas a se desenvolver particularmente nas 
palmas das mãos, nas solas dos pés e na parte anterior do tórax. As contrações são 
comumente observadas após queimaduras graves e podem comprometer o movimento 
das articulações. 
 
2. Aspectos Morfológicos da Inflamação 
a. Padrões Morfológicos da Inflamação aguda 
i. Reconhecer as principais alterações histopatológicas em processos 
inflamatórios agudos 
Os marcos morfológicos das reações inflamatórias agudas são a dilatação de pequenos 
vasos sanguíneos e o acúmulo de leucócitos e fluidos no tecido extravascular. 
 
ii. Caracterizar e diferenciar inflamação Serosa, Fibrinosa, Supurativa e 
Úlceras 
Inflamação Serosa: marcada pela exsudação de fluidos pobres em células em espaços 
criados pelas lesões na superfície epitelial ou nas cavidades do corpo revestidas por 
peritônio, pleura ou pericárdio. Em geral, o fluido na inflamação serosa não está infectado 
por organismos destrutivos e não contém muitos leucócitos. 
A bolha na pele resultante de uma queimadura ou infecção viral representa acúmulo de 
fluido seroso dentro ou imediatamente abaixo da epiderme danificada da pele. 
 
Alice Iris MED TXV 
 
Inflamação Fibrinosa: Um exsudato fibrinoso se desenvolve quando os extravasamentos 
vasculares são grandes ou há um estímulo procoagulante local. O exsudato fibrinoso é 
característico da inflamação no revestimento das cavidades do corpo, como meninges, 
pericárdio e pleura. Histologicamente, a fibrina aparece como uma malha eosinofílicas de 
filamentos ou às vezes como um coágulo amorfo. Os exsudatos fibrinosos podem ser 
dissolvidos por fibrinólise e removidos pelos macrófagos. Se a fibrina não for removida, 
com o tempo, pode estimular o crescimento de fibroblastos e vasos sanguíneos e, assim, 
causar cicatrizes 
 
 
Inflamação Purulenta: A inflamação purulenta é caracterizada pela produção de pus, 
um exsudato constituído por neutrófilos, debris liquefeitos das células necróticas e líquido 
de edema. A causa mais frequente de inflamação purulenta (também chamada supurativa) 
é a infecção por bactérias que causam necrose tecidual liquefativa, como os estafilococos. 
Um exemplo comum de inflamação supurativa aguda é a apendicite aguda. Os abscessos 
são coleções localizadas de pus causadas pela supuração encerrada em um tecido, um 
órgão ou um espaço confinado. 
Com o tempo, o abscesso pode tornar-se murado e, em última instância, ser substituído 
por tecido conjuntivo. Quando os abscessos são persistentes ou presentes em locais 
críticos (como o cérebro), pode haver a necessidade de drenagem cirúrgica. 
Em geral, existe uma zona de neutrófilos preservados em torno desse foco necrótico e, 
circundando esta região, pode haver dilatação vascular e proliferação parenquimatosa e 
fibroblástica, indicando inflamação crônica e reparo 
Alice Iris MED TXV 
 
 
 
Úlceras: é um defeito local, ou escavação da superfície de um órgão ou tecido que é 
produzido pela destruição (descamação) de tecido necrótico inflamado. As inflamações 
aguda e crônica geralmente coexistem nas úlceras, como úlceras pépticas no estômago ou 
duodeno e úlceras diabéticas das pernas. Durante o estágio agudo, há infiltração 
polimorfonuclear intensa e dilatação vascular nas margens da deformidade. À medida que 
a cronicidade se instala, as margens e a base da úlcera apresentam proliferação de 
fibroblastos, cicatrizes e acúmulo de linfócitos, macrófagos e células plasmáticas 
 
 
 
b. Padrões Morfológicos da Inflamação crônica 
i. Reconhecer as principais alterações histopatológicas em processos inflamatórios 
crônicos 
Ao contrário da inflamação aguda, que se manifesta por alterações vasculares, edema e 
infiltração predominantemente neutrofílica, a inflamação crônica caracteriza-se por: 
➢ Infiltração de células mononucleares, que incluem 
macrófagos, linfócitos e plasmócitos 
➢ Destruição tecidual induzida pelo agente ofensivo persistente ou pelas células 
inflamatórias. 
➢ Tentativas de cura pela troca do tecido danificado por tecido conjuntivo, pela 
angiogênese (proliferação de pequenos vasos sanguíneos) e, em particular, pela 
fibrose. 
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ii. Caracterizar e diferenciar os componentes da inflamação granulomatosa 
O granuloma é composto por macrófagos, células gigantes, células epitelioides e é 
cercado por linfócitos T, podendo ter eosinófilos, dependendo do agente etiológico. 
Nos preparos de rotina de amostras de tecido corado com H&E, os macrófagos 
ativados nos granulomas apresentam citoplasma granular róseo com limites celulares 
indistinguíveis e são chamadas células epitelioides. Um colar de linfócitos envolve os 
agregados de macrófagos epitelioides.Os granulomas mais antigos podem apresentar 
uma borda de fibroblastos e tecido conjuntivo. Frequentemente, mas não invariavelmente, 
células gigantes multinucleadas de 40 a 50 µm de diâmetro são encontradas nos 
granulomas; estas são chamadas células gigantes de Langhans. Consistem em uma grande 
massa de citoplasma e muitos núcleos. Granulomas associados a certos organismos 
infecciosos contêm uma zona central de necrose, cuja aparência é granular e de aspecto 
caseoso e, por essa razão, é denominada necrose caseosa. 
Microscopicamente, este material necrótico aparece como detritos granulares 
amorfos, eosinofílico e desestruturados, com perda de detalhes celulares. Os granulomas 
associados à doença de Crohn, à sarcoidose e às reações de corpo estranho tendem a não 
apresentar centros necróticos e são considerados não caseosos. A cicatrização dos 
granulomas é acompanhada por fibrose, que pode ser extensa. 
Alice Iris MED TXV

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