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Universidade Paulista – UNIP 
Licenciatura de Pedagogia 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL 
Objetivando assim construir de forma significativa uma 
aprendizagem efetiva na Educação Infantil 
 
 
 
 
 
Sirlei Maria Partica Ziemba - RA 1500959 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo Largo 
2017
Universidade Paulista – UNIP 
Licenciatura de Pedagogia 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL 
Objetivando assim construir de forma significativa uma aprendizagem 
efetiva na Educação Infantil 
 
 
 
 
Monografia apresentada a 
Universidade Paulista - UNIP, à 
Coordenação de Curso como 
requisito para a obtenção do titulo de 
Licenciado em Pedagogia. 
 
Orientador Prof. Eduardo Mendes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo Largo 
2017 
 
 
 
Banca Examinadora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_______________________________ 
 
 
_______________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo Largo 
2017
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedicamos este trabalho a todos que 
estiveram ao nosso lado nos apoiando e 
dando força para a realização deste 
sonho. 
Dedicamos também ao nosso orientador 
Prof. Eduardo Mendes por nos auxiliar no 
desenvolvimento deste trabalho científico. 
AGRADECIMENTO 
 
Agradecemos primeiramente a Deus por ter nos dado forças em todos os 
momentos de desafios em que pensamos em desistir. 
 
Aos nossos familiares que nos auxiliaram na realização deste sonho. 
 
E a toda equipe UNIP por nos direcionar quanto ao alcance dos 
conhecimentos que vão nos tornar profissionais comprometidos quanto ao processo 
ensino aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 “Meça sempre aquilo que foi feito com 
aquilo que poderia ser feito” 
 
(Lao Tsé)
RESUMO 
 
Esta obra científica teve como objetivo central desenvolver uma linha de 
estudos e raciocínio em volta do processo avaliativo efetuado dentro do âmbito 
escolar, a fim de trazer reflexões a respeito do processo de ensino aprendizagem ao 
longo dos anos.// Foram feitas abordagens desde os primórdios onde se iniciou o 
processo de aprendizagem e seus meios até a atualidade, fazendo um apanhado 
baseado em diversos autores como Dr. Ivo José Both, entre outros a fim de 
endossar esta fala e tentar fazer com que chegássemos a um consenso de o que é 
avaliação no meio educacional, suas finalidades seus objetivos.// Percebemos que a 
avaliação sempre é feita para que possamos pensar e refletir nas ações, nos 
processos utilizados e no fim que se almeja chegar, assim essa pesquisa foi feita 
metodologicamente de forma exploratória com base em estudos já realizados por 
autores diversos, alguns citados e referenciados ao longo do trabalho, alguns não 
citados, mas que foram estudados para o desenvolvimento do estudo proposto 
fazendo-se necessário inseri-los na bibliografia.// Espera-se com isso ter contribuído 
um pouquinho mais com os estudos e ensinamentos científicos. 
 
 
Palavras-chave: Avaliação. Educação Infantil. Mecanismos de avaliação. 
ABSTRACT 
 
This scientific work had as main objective to develop a line of studies and 
reasoning around the evaluation process carried out within the school context, in 
order to bring reflections about the process of teaching learning over the years.// 
Approaches have been made since the beginning of the learning process and its 
means to date, making a collection based on several authors such as Dr. Ivo José 
Both, among others in order to endorse this speech and try to get us to reach a 
consensus of what is evaluation in the educational environment, its purposes its 
objectives.// We realized that the evaluation is always done so that we can think and 
reflect on the actions, the processes used and the end that is sought to reach, so this 
research was methodologically done in an exploratory way based on studies already 
performed by several authors, some cited and referenced along the work, some not 
mentioned, but that were studied for the development of the proposed study making 
it necessary to insert them in the bibliography.// It is hoped that it has contributed a 
little more to scientific studies and teachings. 
 
 
Keywords: Evaluation. Child education. Mechanisms of evaluation. 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 09 
 
CAPÍTULO I – AVALIAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL: 
PROCESSO NA EDUCAÇÃO .................................................................................. 11 
1.1 Avaliação: um processo de interação com o ato de ensinar ..................... 12 
1.1.1 A avaliação como processo histórico .......................................... 13 
1.2 Brasil e o sistema de avaliação contemporânea ....................................... 15 
 
CAPÍTULO II – O SISTEMA DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............ 21 
2.1 Avaliação Formativa ................................................................................. 22 
2.2 Campo legal da avaliação infantil ............................................................. 24 
 
CAPÍTULO III – INSTRUMENTOS AVALIATIVOS .................................................. 27 
3.1 Observação .............................................................................................. 27 
3.2 Registro .................................................................................................... 29 
3.3 Portfólio ..................................................................................................... 31 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 33 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 34 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
INTRODUÇÃO 
 
Este artigo traz em seus objetivos a fomentação a respeito do tema 
“Avaliação e o desenvolvimento educacional: objetivando assim contribuir de forma 
significativa uma aprendizagem efetiva na Educação Infantil”. Trataremos aqui 
alguns pontos relevantes a respeito da avaliação educacional nas diferentes 
modalidades de ensino, porém nosso foco principal será na prática avaliativa dentro 
da Educação Infantil. 
A questão avaliativa deve ser pensada por todos os profissionais da área 
educacional nas diferentes modalidades de ensino, mas como é pensada a 
avaliação no meio da Educação Infantil? O que os órgãos regulamentadores da 
educação nos dizem a respeito da avaliação nessa etapa da educação? Qual a 
forma mais adequada para se avaliar nesta fase? 
Com bases nesses pressupostos o desenvolvimento desta pesquisa se deu a 
fim de buscar um maior conhecimento a respeito da avaliação, além das ações 
pedagógicas que podem nortear nosso desenvolvimento enquanto profissional em 
formação. Esperamos com isso também agregar um maior volume de 
conhecimentos que nos auxiliaram em toda nossa pratica enquanto docente da área 
da educação, pois se sabe que ao avaliar um aluno também somos avaliados, 
avaliamos nossa pratica enquanto profissional docente. Avaliamos o que está sendo 
ensinado, o conteúdo, a prática utilizada e a aprendizagem num contexto geral. 
Será que tudo isso está indo de encontro á necessidade do aluno na fase de 
educação em que ele se encontra? 
Partindo dessa premissa este artigo tem como finalidade principal analisar e 
diagnosticar formas que promovam o desenvolvimento de metodologias de incentivo 
a avaliação no meio educacional, a fim de contribuir com o conhecimento de nível 
superior, com o objetivo específico é apresentar aspectos teóricos e Metodológicos 
de aprendizagem e de incentivo a uma avaliação satisfatória. Apresentar assim a 
contribuição de metodologias desenvolvidas para aaprendizagem oriunda de 
pesquisas de projetos já desenvolvidos em prol da promoção avaliativa a fim de 
contribuir para a construção do conhecimento no ensino superior. 
O presente estudo será desenvolvido com a metodologia de pesquisa 
bibliográfica que segundo Gil (2002) o presente trabalho se caracteriza como uma 
pesquisa bibliográfica, desenvolvida com base em materiais já elaborados, 
10 
 
constituídos principalmente por livros, revistas e artigos científicos e de internet, 
tendo em vista a identificação do conhecimento disponível sobre o assunto, bem 
como, familiarizar-se com o problema, tornando-o mais explicito e/ou aprimorando as 
suas ideias. 
Esta pesquisa também é caracterizada como qualitativa, pois tem vocação 
para mergulhar na profundidade dos fenômenos. Faz isto de forma compreensiva, 
abrindo-se para apreender a informação subjacente ao fenômeno, leva em conta 
toda a complexidade e particularidade. Não almeja alcançar a generalização, mas 
sim o entendimento das singularidades. 
Esse tipo de abordagem descritivo-qualitativa é essencial ao pesquisador, 
pois, se caracteriza pela construção do conhecimento a partir de hipóteses e 
interpretações que o pesquisador constrói. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
CAPÍTULO I - AVALIAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL: processo 
na educação 
 
Pensar em avaliação é algo muito significativo, principalmente no meio 
acadêmico, pois é por meio da avaliação que podemos agir, e tomar decisões 
importantes e relevantes para a vida num contexto não só acadêmico, mas também 
de vida, partindo desta premissa vemos o quão importante é o ato de „avaliar” na 
vida humana. 
Quando um professor busca avaliar um aluno, ele também se auto avalia. Ele 
avalia o desempenho do aluno, mas também avalia a sua própria prática 
pedagógica, o método que usou para aplicar o tema proposto a aceitação do aluno o 
desenvolvimento, e afins. Vemos que muitos pontos são questionados e pensados 
na hora da aprendizagem. 
Segundo Both (2011, p.33) “você precisa entender a avaliação como um 
processo que consiste em fazer um julgamento comparativo entre desempenho 
demonstrado e o resultado pretendido”. 
É realmente muito importante que o profissional que está envolvido com a 
educação pense e repense constantemente sua pratica, pois é por meio desta 
pratica que ele estará fornecendo condições para que o seu aprendiz em formação 
desenvolva e se aproprie do conhecimento por ele fornecido, quão melhor for sua 
didática, sua metodologia, maior será o grau de receptividade e aceitação do 
conteúdo proposta pelo seu aluno, e maior serão as condições de aprendizagem 
deste. 
Este artigo visa fomentar pontos relevantes para o processo avaliativo, de 
forma a contribuir com o conhecimento cientifico no meio acadêmico em que 
estamos inseridos, assim desta forma buscamos nos inteirar sobre o assunto lendo 
e pesquisando autores que pudessem contribuir para nosso desenvolvimento, 
abordaremos a seguir um pouco sobre a interação entre a avaliação e o processo de 
ensino, com base nos estudos de Both (2011) sua obra nos traz um enriquecimento 
para o desenvolvimento de nosso artigo, de forma que nos leva a compreensão do 
processo avaliativo do ensino e da aprendizagem educacional. 
 
 
12 
 
1.1 Avaliação: um processo de interação com o ato de ensinar 
 
Como já abordamos anteriormente a avaliação não serve simplesmente para 
avaliar no meio acadêmico, mas ela faz parte da vida do individuo, ela está presente 
cotidianamente nas ações e tomadas de decisão do ser em toda a sua trajetória. 
Analisar o processo avaliativo educacional é de grande significância para a formação 
do acadêmico de pedagogia, e para todos os que estão envolvidos com a educação. 
Para Both (2011) 
 
é importante haver clareza com relação a instrumentos de avaliação no 
processo de ensino-aprendizagem; no entanto, estes não dão conta de 
identificar isoladamente o nível e a abrangência de desempenho de um 
aprendiz se não estiverem alicerçados em um claro domínio de conceitos de 
avaliação (BOTH, 2011, p.27). 
 
O sistema de ensino e avaliação estão interligados, na concepção Both 
(2011) na obra Avaliação planejada, aprendizagem consentida, 3º edição, o ato de 
ensinar está interligada com a avaliação elas caminham juntas em todo o processo 
de aprendizagem. Para ele não é possível falar de ensino sem falar de avaliação e 
vise versa, visto que um complementa o outro e ambos devem andar juntos. 
 
Se você analisar bem, verá que, de fato, sem exageros, a avaliação e a 
aprendizagem, além de conduzirem por unidade e simultaneidade 
processual, constituem presença perene na vida escolar, profissional e 
pessoal de todos nós (BOTH, 2011, p.27). 
 
Se os processos estão interligados, e presentes em todo o processo da vida 
humana, surge o seguinte questionamento: “qual é a real importância da avaliação?” 
Qual o seu valor? Como um profissional deve avaliar? Qual é o melhor instrumento 
avaliativo? Como era vista a avaliação no passado e como está sendo trabalhada na 
atualidade? E na Educação Infantil o que os teóricos falam sobre o sistema de 
avaliativo nesta fase? 
 Partindo destes questionamentos nos próximos tópicos vamos buscar fazer 
um apanhado de forma sucinta do ato de avaliar no meio educacional, fazendo um 
breve estudo histórico e atual dos sistemas avaliativos dando ênfase na Educação 
Infantil hoje. De forma a contribuir com o conhecimento acadêmico. 
13 
 
1.1.1 A avaliação um processo histórico 
 
A avaliação está presente desde a antiguidade, Paula e Silva (2008) nos 
trazem considerações referentes à avaliação onde segundo suas pesquisas o 
primeiro ato no sentido de avaliar está datada em 1897, suas considerações relatam 
que o objetivo era observar os rendimentos e a temporização utilizados no treino de 
e desenvolvimentos das tarefas ortográficas da época, segundo as autoras, “em 
1897 alguém já chegou à conclusão de que priorizar exercícios isolados, não 
melhora a performance” (PAULA; SILVA, 2008, p.86), segundo as autoras o início da 
avaliação na educação se deu no século XX, junto a psicologia tornando-se uma 
ferramenta de um valor incontestável par o meio educacional. 
As autoras também salientam que os primeiros estudos referentes a área de 
avaliação educacional aconteceram nos Estados Unidos. 
 
Alguns dos primeiros estudos da área da avaliação educacional nasceram 
nos Estados Unidos e priorizavam basicamente medir as aptidões e as 
capacidades dos alunos; já a partir de 1930 tornaram-se mais abrangentes, 
preocupavam-se em verificar o desempenho dos discentes (PAULA; SILVA, 
2008, p.86). 
 
Nesse período é dado inicio a introdução de mecanismos de avaliação antes 
desconhecidos, começam a utilizar questionários, listas de registros, nesse caso na 
sua maioria comportamental, inventários, e assim por diante. 
Segundo as autoras Tyler publicou um trabalho que se intitulava “Basic 
principlesof curriculum andinstruction (princípios básicos de currículo e ensino)” com 
isso o autor traz para a educação um novo pensamento sobre o ato de avaliar e 
apresenta a avaliação por objetivos. 
No Brasil, o qual vamos nos ater, está presente já a muitos anos, conforme os 
estudos de Both (2011) o ato de avaliar foi introduzido no Brasil pelos padres 
jesuítas que vieram da Europa com o objetivo de catequizar os índios, e após 
educar. 
Os jesuítas criaram um plano de ensino o Ratio Studiorium. 
Segundo Correr (2006) 
 
A Ratio Studiorum - aqui estudada em sua primeira edição, de 1599 - 
constituía-se do conjunto de diretrizes didático-pedagógicas e método de 
14 
 
ensino da Companhia de Jesus. Essa ordem religiosa, surgida no século 
XVI, se caracterizou como uma frente missionária ligada ao catolicismo, à 
época religião dominante no continente europeu. A Companhia de Jesus 
chegou ao Brasil em 1549, juntamentecom o primeiro governador geral, 
Tomé de Souza. A Ratio Studiorum foi, assim, a primeira pedagogia aqui 
utilizada; num currículo que abrangia principalmente a Gramática, a 
Filosofia e a Teologia [...] (CORRER, 2006, p.10). 
 
Para Both (2011) o sistema criado faz uma compreensão dos aspectos 
pedagógicos, metodológicos, de técnicas de ensino e de avaliação. Assim podemos 
perceber que já há muito tempo existe essa preocupação com o ato de avaliar, e ele 
está ligado inteiramente com o processo de ensino. 
Both (2011) trás em sua obra pensamentos de Franca onde ele afirma que a 
metodologia do Ratio Studiorum está compreendida no processo didático usado 
para transmitir os conhecimentos, também ele ressalta a respeito dos estímulos 
pedagógicos utilizados para medir o sucesso do trabalho educativo da época. Nesse 
período aprendiz da época era visto como “um ser participativo, preocupado com o 
mundo e o seu meio social” (BOTH, 2011 p.39). 
Na década de 1500 se alastrando por todo o século XVI obtivemos a 
formalização da pedagogia jesuíta. Quando chega o século XVIII temos o 
surgimento da escola de João Baptista de La Salle. 
Conforme Both (2011, p.52) “as duas propostas educativas, nos trazem forte 
influência das características burguesas europeias que aos poucos foram 
instalando-se no Brasil”. Para o autor esse modelo é metafísico-subjetivo. 
Podemos dizer que o método utilizado nesse período é tradicional e 
classificatório, a escola nesse período era vista como uma “escola exigente, rígida, 
disciplinadora, detentora do saber” (HOFFMANN, 2014, p.17). A evasão e a 
repetência eram problemas significativos enfrentados nesse período. 
 Ao longo do tempo a avaliação vem sendo pensada de forma a evidenciar a 
necessidade buscar o melhor desempenho do nosso aluno. 
Segundo Paula e Silva (2008) 
 
A partir daí se desenvolveram muitos estudos nessa área. No Brasil as 
primeiras publicações específicas datam dá década de 1970, e nesse trajeto 
os processos avaliativos, bem como a própria definição de avaliação, 
variaram de autor para autor. Apesar de muitas vezes parecer que seguem 
caminhos diversos, os autores, de modo geral, concordam que a avaliação 
deve ser um processo contínuo, amplo, compatível com os objetivos 
propostos e apresentar variedade de domínios, ou seja, deve contemplara 
15 
 
avaliação de habilidades diversas: cognitiva, psicomotoras e afetivas 
(PAULA; SILVA, 2008, p.86-87). 
 
Diante das considerações destes autores, vemos o quanto à avaliação na 
educação tem se desenvolvido e a cada dia tomado uma proporção significativa e 
peculiar no meio das áreas acadêmicas, e se alastrando para a vida de todo o ser. 
 
 
1.2 Brasil e o sistema de avaliação contemporânea 
 
Neste tópico faremos uma breve abordagem sobre o sistema de avaliação na 
educação brasileira nos tempos atuais e os seus campos da avaliação dentro do 
regimento escolar, a exemplo a avaliação do rendimento escolar, nas series em 
ciclos, no ensino fundamental além de alguns conceitos referentes ao ensino médio. 
Neste tópico faremos abordagens ao livro da editora Ibepx, de 2011 do autor Marcos 
Cordiolli com a obra intitulada Sistemas de ensino e políticas educacionais no Brasil, 
fazendo uma correlação com Ivo José Both, já mencionados em capítulos anteriores, 
bem como demais autores que possam contribuir com o pensamento a seguir. 
A obra de Cordiolli (2011) a partir do capítulo três nos trás considerações 
relevantes para o tema a cerca da avaliação no Brasil fazendo menção as de leis da 
LDB e demais legislações. 
Segundo Cordiolli (2011) o ainda é forte entre os professores da educação 
brasileira o conceito de “meritocracia” ele explica que esta visão vem a partir de que 
o aluno precisa ser cobrado para poder aprender e também demonstrar o que 
aprendeu. 
A visão contemporânea de educação vem agregar uma nova forma de avaliar, 
fundamentada no principio “de que o estudante precisa se constituir em sujeito de 
sua própria aprendizagem” (CORDIOLLI, 2011, p.170) assim para ele os “processos 
pedagógicos devem respeitar os ritmos, formas e processos particulares de estudo e 
desenvolvimento” de cada aluno. 
Com isso somos levados a analisar a LDB de 1996, com um olhar voltado 
para a importância da educação e os processos avaliativos no país, discorrendo pela 
nova forma de olhar para o processo educativo no país, trazendo consigo a 
16 
 
avaliação qualitativa que prevalece sobre a quantitativa e também o sistema de 
aceleração para os estudantes repetentes na educação. 
Conforme a LDB artigo IV entre os diversos deveres da união de promoção a 
educação destacaremos aqui o item a seguir: 
 
VI – assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no 
ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de 
ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do 
ensino (BRASIL,1996). 
 
 Com isso vemos que há uma preocupação do governo na promoção da 
educação de forma a buscar meios avaliativos para medir o sistema. 
 A preocupação com o analfabetismo, a evasão escolar e a repetência fizeram 
com que novas medidas fossem tomadas com a intenção de assegurar a educação 
para todos além de promover um melhor desempenho dos conhecimentos 
adquiridos. 
 A educação básica de ensino visa o que? Segundo o Art.22 da LDB 
 
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, 
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da 
cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos 
posteriores (BRASIL, 1996). 
 
Na Educação Infantil LDB vê: 
 
Art. 29. A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como 
finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em 
seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, completando a ação 
da família e da comunidade (BRASIL, 1996). 
 
Assim a forma de avaliação nesta etapa se dará por meio de registros 
segundo a LDB sem o intuito de promoção. 
 
Art. 31. Na Educação Infantil a avaliação far-se-á mediante 
acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de 
promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental (BRASIL, 1996). 
 
Discorrendo pela LDB de 1996 veremos o que ela nos fala a respeito da 
avaliação e da promoção do aluno no regimento escolar básico: 
V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: 
17 
 
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com 
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos 
resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; 
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; 
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do 
aprendizado; 
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; 
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao 
período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem 
disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos; 
VI – o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no 
seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a 
frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas 
para aprovação (BRASIL, 1996). 
 
Para a promoção também devem ser analisadas a frequência do aluno que 
deve ser um mínimo de 75%. 
No Ensino Fundamental existe a preocupação com desenvolver uma 
capacidade de no aluno em aprender visando a aquisição de habilidades e formação 
de valores a avaliação nesta etapa podendo se dar de forma progressiva, sem que 
aja prejuízo na forma de avaliação. 
No ensino médio vemos uma preocupação com o aprimoramento dos 
conhecimentos já adquiridos através do ensino fundamental e a avaliação nesta 
etapa, existe uma solicitação de que a metodologia utilizada nesta fase seja criativa 
e vise estimularo jovem ao aprendizado. 
 
§1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão 
organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando 
demonstre: 
 I – domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a 
produção moderna; II – conhecimento das formas contemporâneas de 
linguagem; III – domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia 
necessários ao exercício da cidadania. 
 
Assim vemos que há leis que regem nosso sistema de educação e a 
preocupação do governo maior em manter e assegura a todos uma educação que 
zele pelo aprendizado do aluno de forma que estes sejam levados ao conhecimento 
de forma significativa podendo dar prosseguimentos aos seus estudos enquanto 
acadêmicos e seguindo na vida profissional. 
Podemos perceber na LDB que o rendimento escolar do aluno do ensino 
fundamental e médio são baseados em aspectos qualitativos sobre os quantitativos 
e que nos aços de não obtenção de rendimento necessário deve-se ofertar ao aluno 
a opção de “recuperação”. 
18 
 
“A não obrigatoriedade de provas e exames expressa uma mudança 
importante em relação às diversas legislações da educação básica no século XX” 
(CORDIOLLI, 2011, p.171). Porém essa nova forma de avaliar trouxe uma serie de 
embaraços e resistências na forma de avaliar, a começar pelo professor que 
evidenciaram uma dificuldade inicial em redigir o relatório, os responsáveis 
demonstraram uma resistência no novo jeito de avaliar e por fim os alunos que 
acostumaram–se com a coação no cumprimento dos objetivos propostos. 
A proposta da LDB de 1996 visa que haja uma evolução continua no processo 
de aprendizagem com ações que andem em conformidade com as etapas de 
ensino, buscando a promoção do conhecimento e não simplesmente a mecanização 
deste de forma produzir a simples memorização do conteúdo. Com essa nova 
proposta de uma avaliação qualitativa a visão que se tem é que o professor passe a 
conhecer as peculiares dificuldades que o seu aluno apresenta ao longo do percurso 
acadêmico e por isso existe a sugestão da recuperação de forma paralela ao 
período letivo de aprendizagem, assim ao finalizar o conteúdo o aluno consiga 
discorrer e aprender o assunto trabalhado. 
Outra proposta que deve ser pensada e analisada dentro da LDB é o sistema 
de aceleração e os avanços por ciclos. 
Conforme estudos realizados e de acordo com as próprias diretrizes vemos 
que: 
 
Art. 24 - A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será 
organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I – a carga horária 
mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de 
duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos 
exames finais, quando houver; II – a classificação em qualquer série ou 
etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: a) por 
promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase 
anterior, na própria escola; b) por transferência, para candidatos 
procedentes de outras escolas; c) independentemente de escolarização 
anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de 
desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na 
série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema 
de ensino (BRASIL, 1996). 
 
Vemos esse sistema sendo muito utilizado no EJA – educação de jovens e 
adultos, pois em muitos casos o candidato já apresenta um grau de conhecimento 
elevado e que se diferem dos conhecimentos da etapa proposta, desta forma os 
19 
 
alunos são submetidos a exames de equivalência e inseridos nas etapas conforme 
seu grau de conhecimento. 
Cardiolli (2011) levanta três questões referentes a este assunto. 
 Metodologia – segundo seus estudos a base metodológica utilizada foi 
tradicional e mostrou baixa eficiência, promovendo estudantes que apresentavam 
defasagem de conhecimentos. 
 Promoção de repetentes – aqui se viu que os governos municipais e 
estaduais preocupara-se em reduzir a super lotação nas salas de aula e com isso 
promoveu o aluno que ainda apresentava um baixo nível de conhecimento, 
prejudicando-o no processo educacional. 
 Formulação metodológica – a formulação deveria ser pensada: a) 
diversificação dos estudantes e defasagem no aprendizado por diferentes motivos; 
b) o pensar no conhecimento e aprendizagem adquiridos pelos alunos mesmo sendo 
repetentes. 
Anterior a LDB de 1996, as legislações vigentes traziam consigo sempre um 
modelo seriado na educação básica, com objetivo de organizar as turmas 
estudantis. Na ES, e no EJA, foram iniciadas algumas experiências modulares, ou 
seja, os estudantes matriculados poderiam ser avaliados por disciplinas, chamada 
por seriação modular, foi uma ação mais flexiva aos olhos de Cordiolli, porém ainda 
um modelo seriado. 
Segundo Cordiolli (2011, p.175) “em outros países, diversas formas de 
organização de turmas foram experimentadas e efetivadas, em particular na forma 
de ciclos” no Brasil permite-se aos estabelecimentos de ensino uma liberdade de 
organização por etapas, o que podemos ver no Art. 23 da LDB de 1996, o qual 
permite que seja organizada em series, períodos, ciclos, grupos não seriados, 
baseados na idade, e competências e etc., dando liberdade assim as entidades a 
criar um currículo cíclico autorizando também a progressão regular e até automático 
em algumas escolas. Isso causou um impacto no meio pedagógico o qual teve que 
mudar suas concepções metodológicas. 
O sistema de promoção deve ser analisado como um processo de “gestão do 
trabalho pedagógico” cotidiano, focado no aprendizado do aluno e não como um ato 
anti-avaliativo. 
Todos os processos de avaliação devem estar pautados nas leis de diretrizes 
e bases, bem como as entidades devem seguir as orientações das DCN – diretrizes 
20 
 
Curriculares Nacionais que norteiam a educação, sendo que para cada modalidade 
de ensino existe uma resolução fornecida pelo conselho nacional de Educação, e 
pelo Conselho de Educação Brasileira que deve ser respeitado e seguido dentro de 
suas especificações. 
A seguir iremos nos concentrar no processo de avaliação na Educação 
Infantil, discorreremos pelas leis de diretrizes e bases, e seus referenciais para 
desenvolver um pensamento a cerca do ato de avaliar dentro dessa etapa de 
educação. Fundamentado esse pensamento teórico em pesquisadores e doutores 
da área de educação, já nomeados anteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
CAPÍTULO II - O SISTEMA DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
 
 
No capitulo anterior discorremos um pouco da história da avaliação até a atualidade, 
navegamos sobre os artigos da LDB de 1996 fazendo um levantamento da importância da 
avaliação em todas as modalidades da educação em nosso país. 
Nosso foco aqui será a Educação Infantil, e a proposta metodológica e avaliativa 
para essa fase da educação. 
Neste momento o importante mediante pesquisas de diferentes autores percebeu-se 
que em sua grande maioria fazem menção da criança como um sujeito no processo de 
ensino aprendizagem. 
Salles e Faria (2012) explica um pouco esse pensamento, para elas: 
 
Considerar a criança como sujeito é levar em conta, nas relações que com 
ela estabelecemos, que ela tem desejos, ideias, opiniões, capacidade de 
decidir, de criar de inventar, que se manifestam, desde cedo, nos seus 
movimentos, nas suas expressões, no seu olhar nas suas vocalizações , na 
sua fala (SALLES; FARIA, 2012, pg. 56). 
 
A discussão levantada pelas autoras referente aos pressupostos e concepções 
norteadoras nesta fase parte “da premissa de que a criança é sujeito sócio histórico e 
cultural” é visto como um ser que tem em seu desenvolvimento certas peculiaridades que se 
entrelaça aos aspectos biológicos e culturais do meio em que está inserido gerando 
necessidades específicas para seu melhor desenvolvimento, desta formaao se pensar em 
Educação Infantil é quase impossível pensar em campos isolados, claro tem-se o referencial 
como base norteadora, porém precisa ser analisado como um todo de forma avaliar desde a 
concepção curricular, o projeto político pedagógico, a comunidade que está inserida a 
instituição, os professores e espaços, tudo deve ser medido, pensado e calculado de forma 
aprimorar e desenvolver um trabalho de significância com o aluno em formação. 
Os professores desta área, ou seja, os profissionais envolvidos com a Educação 
Infantil precisam se despir dos conhecimentos e visões unicamente adultas concebidas ao 
longo de sua trajetória e começar a deslumbrar o mundo da Educação Infantil no olhar 
sereno e tranquilo que está fase exige de forma a se permitir enxergar as peculiaridades de 
cada criança em seu fabuloso processo de desenvolvimento e aprendizagem, na formação e 
concepção de mundo, haja vista que cada uma já traz consigo em seu interior uma pré-
disposição a concepção de mundo advindas de sua iniciante formação familiar e social. 
22 
 
Nesta fase o ato de avaliar se dá muito pelo observar, e observar diariamente a 
evolução do pequeno indivíduo, desde a sua concepção até chegar aos seis anos de idade, 
onde parte para o processo de alfabetização. 
Filósofos da antiguidade vêm desenvolvendo metodologias de observação do 
desenvolvimento infantil, e vemos o quão é importante para o profissional desta área se 
inteirar destes estudos, haja vista as significantes contribuições que os pensamentos e 
pesquisas desenvolvidas contribuíram e contribuem até hoje com o meio acadêmico, como 
exemplo estudos feitos por Piaget, no que diz respeito ao desenvolvimento sensório motor, 
estágio pré-operatório seguindo para estágio operacional concreto, estágio operacional 
formal e assim por diante. 
Na Educação Infantil devemos nos ater aos dois primeiros estágios, haja vista que 
tudo isso está interligado com o processo avaliativo no que diz respeito a esta modalidade 
de ensino, são preposições que se interligam e ajudam na observação avaliativa da 
aprendizagem do aluno. 
Para o Piaget (apud Nogueira e Leal, 2012, p.63) “cada etapa, fase ou período do 
desenvolvimento da inteligência infantil... é marcado por avanços intelectuais que 
acompanharão a criança por todo o seu longo processo de desenvolvimento até a 
juventude”, sendo assim é importante que o profissional esteja aberto ao estudo contínuo e 
aprimoramento de seus conhecimentos de forma poder desenvolver um trabalho significante 
que prepondere o desenvolvimento do ser orgânico e sócio intelectual que está sendo 
inserido aos parâmetros educacionais em sua tenra idade. 
 
 
2.1 Avaliação formativa 
 
Segundo Hadji (2001) a avaliação formativa é uma avaliação libertadora, cuja 
função é contribuir para que ocorra a boa regulação tanto do ensino, quanto da 
aprendizagem e da formação, ou seja, é uma avaliação preocupada com a formação 
dos alunos e não em medir, julgar ou classificar. 
De acordo com Abrecht (1994) avaliação formativa é mais que uma atitude, 
mais que um método 
 
[...] é antes do interrogar-se sobre um processo, é o refazer do caminho 
percorrido, para refletir sobre o processo de aprendizagem em si mesmo, 
sendo útil, principalmente, para levar o aluno a considerar sua trajetória e 
não um estado (de conhecimentos), dando sentido à sua aprendizagem e 
alertando-o ao mesmo tempo, para eventuais lacunas ou falhas de 
percursos, levando-o, deste modo, a buscar - ou, nos casos de menor 
23 
 
autonomia, a solicitar – os meios para vencer as dificuldades (ABRECHT, 
1994, p.18-19). 
 
Esta avaliação tem por base os processos de aprendizagem, os aspectos 
cognitivos e as aprendizagens significativas e funcionais dentro dos mais diversos 
contextos que envolvem o aluno no processo ensino aprendizagem. 
Por meio desta avaliação o aluno é avaliado continuamente, o que lhe 
proporciona a aquisição de conteúdos de forma plena e verdadeira, possibilitando ao 
professor a tomada de decisões através dos dados coletados. 
Para Perrenoud (2009) toda avaliação contínua pode e deve ser considerada 
uma avaliação formativa, pois favorece e auxilia na aprendizagem e no 
desenvolvimento do aluno além de informá-lo sobre suas dificuldades, fazendo com 
que reconheça e corrija seus próprios erros, informando ao professor os efeitos de 
seu trabalho pedagógico. 
Hadji (2001) completa afirmando que a avaliação formativa exige do professor 
uma flexibilidade ao mesmo tempo em que exige também uma postura de 
adaptação as mudanças, tendo assim o dever de orientar, selecionar e contribuir de 
maneira efetiva para o progresso de seus alunos, visando que estes aprendam a 
partir do reconhecimento de seus erros e/ou dificuldades. 
Haydt (2004) ressalta que a avaliação formativa possibilita ao professor 
identificar possíveis deficiências em sua forma de ensinar, podendo assim reformular 
seu trabalho, aperfeiçoando-o. Perrenoud (2009) completa dizendo que além de 
auxiliar o aluno na aprendizagem (analisando seu desempenho) ele proporciona ao 
professor um melhor conhecimento de seus alunos podendo assim auxiliá-los de 
maneira mais eficaz ao mesmo tempo em que analisa sua prática a fim de 
aperfeiçoá-la. 
É dever de todo professor tentar entender o que o aluno não compreendeu, 
por meio do acompanhamento de seu trajeto escolar, pois somente assim ele 
poderá sentir as dificuldades dos alunos, apoiando-os e sugerindo novos caminhos 
mais adequados de maneira individual e diferenciada para cada aluno 
(PERRENOUD, 2009). 
Luckesi (2001, p.77) diz que o professor que não acompanha um aluno rumo 
ao progresso está “matando a vida e a alma desta criança”, não contribuindo que ela 
avance rumo à aprendizagem. 
24 
 
A avaliação da aprendizagem é um fator educativo capaz de gerar mudanças 
e, portanto, deve ser aplicada corretamente para que tais mudanças realmente 
aconteçam de maneira a garantir aos alunos uma melhoria na qualidade do ensino. 
Sendo assim, pode-se afirmar que a avaliação é parte indissociável do 
processo ensino aprendizagem, não devendo ser utilizada de maneira contrária a 
esse princípio, ou seja, a avaliação não pode ser utilizada como instrumento 
repressor, mas sim com um recurso que venha auxiliar a progressão dos alunos em 
todos os seus aspectos, não apenas no educacional. 
 
 
2.2 Campo legal da avaliação infantil 
 
Cada vez mais a Educação Infantil é tratada como prioridade na área 
pedagógica, passando a ser compreendida por diferentes profissionais como “[...] 
uma verdadeira „ponte‟ para a formação integral do cidadão” (BARROS, 2008, p.4). 
A partir dessa premissa, surgiram inúmeros documentos e leis que 
asseguram ao aluno no início de sua escolarização o direito pleno e integral ao 
desenvolvido. Dentre os documentos que envolvem a Educação Básica damos 
maior ênfase a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB de 1996, o 
Plano Nacional de Educação – PNE de 2006 e os Parâmetros Curriculares 
Nacionais – PCN de 1998. 
Tais documentos garantem ao aluno a participação em diferentes atividades 
ensino aprendizagem e um processo avaliativo que propicie seu desenvolvimento 
integral até o final da Educação Infantil (5 anos e 11 meses), completando a ação da 
instituição familiar e comunitária. 
O atendimento as crianças da Educação Infantil está previsto na Constituição 
Federal de 1988 e no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA de 1990, sendo 
reforçado pela LDB de 1996. 
 
Art. 29 – A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica tem como 
finalidade o desenvolvimento integral da criança ate seis anos de idade, em 
seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a 
ação da família e da comunidade (BRASIL, 1996). 
 
25 
 
O ato de avaliar os alunos da Educação Infantil envolve as instituições, os 
alunos, os professores e todo o processo educacionalenvolvido. 
Segundo a LDB (1996, Art. 31) a avaliação infantil deve ocorre “[...] mediante 
acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de 
promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”, ou seja, a avaliação nesta 
fase educacional não promove e nem retêm o aluno, não sendo assim a avaliação 
considerada como requisito necessário para o acesso ao Ensino Fundamental. 
A legislação brasileira deixa claro que a avaliação infantil não deve ser 
classificatória, tendo como única finalidade o oferecimentos de diversas informações 
que devem favorecer o processo de formação da criança, seu aperfeiçoamento 
educacional, ampliando assim suas reais possibilidades de aprendizagem. 
Toda avaliação desenvolvida nessa fase educacional deve ser embasada em 
ações educativas que apresentam ações e objetivos claros e adaptados a fase 
vivida pela criança, sendo seus critérios estabelecidos para o alcance de metas de 
desenvolvimento. Para tanto, cabe ao professor observar e registrar toda a 
aprendizagem desenvolvida pelo aluno, bem como as dificuldades e maneiras de 
superação, refletindo assim constantemente sobre sua prática pedagógica 
desenvolvida a fim de aperfeiçoa-la (RAMAL, 1998). 
O PNE (2006) é um documento que indica diretrizes e metas para serem 
desenvolvidas no sistema educacional, com o intuito de melhorar a qualidade de 
ensino e incentivar o aluno a concluir a Educação Básica com eficácia, ou seja, este 
documento orienta modelos de avaliação desde a Educação Infantil como norma 
necessária para se alcançar uma qualidade no ensino. 
Segundo o PNE (2006) a Educação Infantil é uma fase extremamente 
importante para o desenvolvimento integral da criança e por isso deve promover um 
processo formativo em busca da formação cidadã, onde a avaliação deve vir a 
contribuir para a construção de um processo ensino aprendizagem comprometido 
com o aluno. 
Para alcançar uma avaliação infantil de qualidade, é necessário que a 
instituição envolva nesse processo a comunidade escolar de maneira participativa e 
inclusiva, para assim desenvolverem juntos, uma educação embasada nos 
princípios éticos, democráticos, autônomos e coletivos. (BRASIL, 2006). 
Sendo assim, o CONAE (2010) ressalta que os processos de avaliação 
precisam ser. 
26 
 
[...] capazes de assegurar a construção da qualidade social inerente ao 
processo educativo, de modo a favorecer o desenvolvimento e a apreensão 
de saberes científicos, artísticos, tecnológicos e sócio históricos, 
compreendendo as necessidades do mundo do trabalho, os elementos 
materiais e a subjetividade (CONAE, 2010, p.25). 
 
Já o PCN (1998) propõe que as crianças inseridas na Educação Infantil 
contem com objetivos, conteúdos e orientações didáticas que venham respeitar seus 
estilos, ritmos e diversidades pedagógicas e culturais, orientando assim os 
professores quanto a utilização e elaboração de projetos como proposta educacional 
flexível, aberta e não obrigatória. 
O PCN (1996) deixa bem claro que toda criança da Educação Infantil tem 
pleno direito de viver experiências e vivências prazerosas dentro da instituição de 
ensino, baseadas no respeito ao direito e a individualidade de cada um, onde o 
brincar é a principal forma de expressão e interação, visto que vem ampliar o 
desenvolvimento das capacidades, habilidades e competência dos alunos, sem 
discriminação e ou exclusão de qualquer natureza, rumo ao desenvolvimento da 
identidade, da personalidade e da autonomia infantil. 
As atividades desenvolvidas na Educação Infantil devem ser planejadas, 
orientadas e conferidas através de uma avaliação comprometida com a formação e 
o desenvolvimento infantil, onde aprender contribui efetivamente para seu progresso 
e evolução, oferecendo assim subsídios necessários para se traçar uma vida 
educacional significativa e qualitativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
CAPÍTULO III - INSTRUMENTOS AVALIATIVOS 
 
 
3.1 Observação 
 
A observação como método avaliativo na Educação Infantil é de extrema 
importância e necessidade, visto que através deste o professor acompanha seu 
aluno cotidianamente, averiguando se o mesmo atingiu ou não os objetivos e metas 
propostas pelas atividades desenvolvidas, bem como se a prática pedagógica 
adotada precisa ou não de ajustes. 
A partir da observação desenvolvida pelo professor, as atividades aplicadas 
cada vez mais devem oportunizar aos alunos maiores e melhores aprendizagens, 
criando assim através do lúdico um espaço onde são desenvolvidas atitudes 
diversas, onde são criados momentos de descontração e assim, consequentemente 
o desenvolvimento de novas habilidades e competências, ampliação de 
conhecimentos e enriquecimento de identidades e personalidades infantis. 
Melchior (1999) ressalta que 
 
o conhecimento que um professor desenvolve ao trabalhar com um grupo 
de crianças incorpora, necessariamente, elementos de, outros domínios de 
sua vida. E a observação, o professor pode constatar dados não apenas 
aspectos cognitivos – as dificuldades e as possibilidades de cada um – mas 
também dos aspectos afetivo e psicomotor (MELCHIOR, 1999, p.76). 
 
Segundo Godoy (2009) 
 
A observação não é apenas um instrumento descritivo, mas um recurso de 
investigação e planejamento. È indispensável a quem acompanha o 
desenvolvimento da criança valorizar o momento onde ela durante sua 
manifestação espontânea ou não, pode revelar ou desvelar saberes, 
desejos e intenções sobre si mesmos e sobre o mundo (GODOY, 2009, on-
line). 
 
Dentro deste contexto, é função do professor, na Educação Infantil observar 
com atenção e paciência a realização de toda e qualquer atividade proposta, visto 
que assim, ele pode criar inúmeras oportunidades de aprendizagem tanto com o 
sucesso quanto com as dificuldades apresentadas pelos alunos. Por meio da 
28 
 
observação, o professor também consegue identificar fatos que envolvem o estado 
emocional da criança. 
Melchior (1999, p. 76) diz que a observação utilizada como técnica avaliativa 
na Educação Infantil “[...] permite ao professor acompanhar o desenvolvimento do 
aluno em todos os momentos, impedindo que se formem ideias preconcebidas sobre 
a capacidade e o desenvolvimento de cada um” e por isso, torna-se imprescindível 
que o professor crie condições dinâmicas para que a criança se desenvolva de 
maneira integral. Sendo assim, fica notório afirmar que pela avaliação do olhar e do 
escutar fica fácil captar e entender o universo infantil. 
Quando a criança esta brincando, seja de maneira livre ou dirigida, a 
observação do professor também se torna de extrema importância, pois as 
brincadeiras oferecem 
 
[...] uma rica fonte de informações acerca do desenvolvimento infantil, já 
que quando brincam as crianças manifestam ações relativas à resolução de 
conflitos; experimentam papeis e desenvolvem um conjunto de habilidades: 
pensamento crítico, conteúdo significativo, formação cultural, conectar 
ideias, fazer escolhas, conviver com pessoas diferentes, ter visão 
globalizada, enfim, é uma forma de desenvolver as bases de sua 
personalidade (SANTOS; CARRASCO, 2015, p.12). 
 
Para o registro de todas as observações realizadas, Kramer (2003) sugere 
que cada sala de aula conte com um caderno de registro, onde o professor poderá 
escrever de maneira livre os acontecimentos, as mudanças, as conquistas, as 
dificuldades, os sentimentos, as alegrias e tristezas que envolvem não apenas os 
alunos, como também a professora. O registro individual também é uma ferramenta 
extremamente necessária, visto que através deste é possível discutir com a 
coordenação pedagógica itens importantes que envolvem o aluno. 
O ato de observar, para Sarmento (2004) envolve mais que olhar, significa 
atingir o que está além da visualização, permitindo descobrir informações, organiza-
las e compreende-las diante de uma mesma realidade que envolve diferentesalunos, de diferentes culturas e contextos familiares. 
A observação é um processo completamente humano e se manifesta a partir 
da necessidade de se desenvolver conhecimentos e/ou compreender ações, assim, 
fica fácil inserir a observação como prática avaliativa infantil, pois podemos 
facilmente identifica-la como elemento essencial ao processo avaliativo. 
29 
 
Rosado (1997) destaca que o ato da observação auxilia o professor a 
estabelecer e formular correções, ponderando as competências que envolvem o 
processo ensino aprendizagem. 
Diante de todo o conteúdo apresentado, observa-se que a Observação e a 
avaliação são dois processos interligados, que juntos são capazes de identificar 
diferentes informações e assim oportunizar o ajustamento do ensino a favor de uma 
aprendizagem significativa e qualitativa. 
O ato de observar é então, um processo primordial na educação, objetivando 
uma avaliação que vem cumprir o que o docente pré-determina. 
 
 
3.2 Registro 
 
O registro é uma ferramenta que acompanha o processo de observação. Ele 
pode ser realizado de maneira escrita, por meio de fotografias, vídeos, etc. 
O registro sempre deve ocorrer de maneira diária, a fim de que não sejamos 
reféns de nossa própria memória, podendo esquecer-se de detalhes importantes. 
“Esse instrumento serve para comparar as anotações do início do ano com os 
dados mais recentes para perceber o que a criança já realiza com autonomia e o 
que ainda precisa de acompanhamento” (MANARIN, 2009, p.30). 
Melchior (1999) destaca que é imprescindível 
 
[...] que o professor registre as observações realizadas durante todo o 
processo, para ter condições de ir redirecionado seu trabalho no sentido de 
ajudar os alunos a construírem novos conhecimentos. Os registros de cada 
dia servirão de subsídios para o professor planejar o dia seguinte 
(MELCHIOR, 1999, p.76). 
 
Através da prática do registo, tanto o professor, quando a coordenação 
pedagógica e os pais podem acompanhar a evolução da criança, as habilidades e 
competências adquiridas, as dificuldades já superadas e as que ainda estão em 
andamento, e isso ajudará tanto o professor atual quanto o seguinte a planejar a 
continuidade de seus estudos, pois, é necessário conhecer para desenvolver 
práticas significativas e eficazes, desde a Educação Infantil. 
Conforme Ostetto (2002) 
30 
 
 no espaço educacional o registro é, para o educador, uma espécie de 
diário, que pode bem lembrar os diários de bordo ou diários de 
adolescentes, nos quais são anotados fatos vividos, sentimentos, 
impressões, confissões. [...] aqueles diários tem como principal 
característica a descrição dos acontecimentos, organizados de forma 
cronológica. Quanto ao diário do professor, no âmbito da prática pedagógica 
do educador, constitui-se em lugar de reflexões sistemáticas; constantes; 
um espaço onde o professor conversa consigo mesmo; avalia atividades 
realizadas; documenta o percurso de sua classe (OSTETTO, 2002, p.20). 
 
Sendo a avaliação um processo de coleta e análise de dados, os professores 
devem utilizar os registros de maneira a averiguar “[...] os objetivos do processo 
ensino aprendizagem; área de estudo; métodos e procedimentos usados no ensino 
e as situações de aprendizagem; condições de tempo, e número de alunos” 
(SANTOS; CARRASCO, 2015, p.5). 
Hoffmann (1996) enfatiza que os registros 
 
quando elaborados, precisam resguardar o princípio de favorecer o prestar 
atenção as crianças em seu desenvolvimento. Não podem ser elaborados, 
por outro lado, a intervalos bimestrais ou semestrais, mas devem resultar de 
anotações frequentes, sobre o cotidiano de cada criança, de modo a 
subsidiar permanentemente o trabalho junto a ela, desvelando caminhos ao 
educador para ajudar a ampliar suas conquistas (HOFFMANN, 1996, p.87). 
 
Todo ato avaliativo desenvolvido desde a Educação Infantil deve ser um 
processo de cooperação entre professores e alunos, demandando um olhar formado 
de múltiplas características e diversas linguagens. 
A atividade de registro está prevista na LDB de 1996 quando destaca que “na 
Educação Infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu 
desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino 
fundamental” (BRASIL, 1996). 
Assim, observar e registrar significar refletir e dar continuidade as ações 
educativas, encaminhando ao encontro de respostas aos questionamentos 
decorrentes da adoção de uma postura investigativa. 
No entanto, Zabala (1998) destaca que é necessário que o professor da 
Educação Infantil descubra qual o melhor instrumento avaliativo a ser aplicado junto 
a seus alunos, com o intuito de alcançar os objetivos pretendidos, visto que todos 
apresentam virtudes e limitações. 
 
 
31 
 
3.3 Portfólio 
 
O portfólio é uma ferramenta pedagógica/avaliativa que envolve um conjunto 
de atividades realizadas pelas crianças no decorrer do ano escolar. Seu principal 
objetivo envolve oferecer suporte ao professor por meio das atividades realizadas ao 
longo de determinado período. É um instrumento que auxilia na construção da 
criança. 
Frison (2008) considera o portfólio como sendo 
 
uma forma de organizar as atividades realizadas pelo estudante, a qual 
demonstra tanto o processo de aprendizagem como os resultados obtidos, a 
serem avaliados conjuntamente pelo professor e pelo próprio aluno. O 
portfólio não é apenas uma forma de organizar os materiais, mas equivale 
aos processos que são utilizados, às realizações e aos resultados do 
desenvolvimento das competências que vão evoluindo, à medida que os 
alunos comprometem se, crescem cognitivamente e autorregulam as 
aprendizagens (FRISON, 2008, p.214). 
 
Já para Hoffmann (1996, p. 133) o portfólio envolve uma “[...] coletânea de 
registros sobre aprendizagens do aluno que favoreçam ao professor, aos próprios 
alunos e às famílias uma visão evolutiva do processo”. 
Edmiaston (2004, p.22) destaca o portfólio como sendo “um processo pelo 
qual podemos observar, documentar e interpretar o que as crianças sabem, o que 
fazem, como raciocinam e como as atividades e as práticas da sala de aula facilitam 
ou impedem sua aprendizagem”. 
Sendo a Educação Infantil a primeira etapa da Educação Básica, a criança 
nesta fase deve desenvolver diferentes habilidades e competências e, o portfólio 
terá a função de registrar a evolução e as dificuldades apresentadas em cada etapa 
do trabalho desenvolvido. 
Frison (2008) ressalta que 
 
cada portfólio é único e pessoal. Algumas crianças conseguem registrar e 
completar todo trabalho planejado, pois estão sempre presentes em aula, 
retomando várias vezes cada uma das atividades vividas, fazendo e 
refazendo suas análises. Alguns portfólios, no entanto, ficam incompletos, 
pois há alunos que frequentemente faltam às aulas, o que dificulta muito 
seu acompanhamento (FRISON, 2008, p.224). 
 
32 
 
Infelizmente, até hoje alguns professores veem o portfólio como uma simples 
ferramenta que guarda as atividades desenvolvidas por seus alunos, utilizados para 
apresentar aos pais o desenvolvimento do filho. 
Na Educação Infantil, o portfólio envolve tanto o aluno quanto o professor em 
um processo de formação para a vida e para a cidadania, visto que envolve a 
diversidade de cada envolvido, respeitando as diferenças e oportunizando uma 
ampla e profunda análise quanto ao perfil de cada aluno. 
Shores e Grase (2001) ressaltam que 
 
a avaliação baseada em portfólio pode e deve concentrar a atenção de 
todos (das crianças, dos professores e dos familiares) nas tarefas 
importantes do aprendizado O processo pode estimular o questionamento, a 
discussão, a suposição, a proposição, a análise e a reflexão (SHORES; 
GRASE, 2001, p.54). 
 
De acordo com Falcão (s/d) existem três tipos de portfólios 
 
 Portfólio particular é aquele que guarda informações pessoais do 
educando, incluindo dados sigilosos,e fica reservado na secretaria da 
instituição, sendo entregue só as pessoas autorizadas pela família do 
educando; 
 Portfólio de aprendizagem (processo-fólio) é aquele que apresenta 
toda a coleção de atividades do educando, sua trajetória bimestral, o 
resultado de um processo de construção de conhecimento, realizado e 
analisado em três vias a cada bimestre; 
 Portfólio demonstrativo é o resultado de algumas das atividades 
catalogadas, com grande relevância para o processo de transição do 
educando, e que é encaminhado para o educador que vai trabalhar com ele 
no ano seguinte (FALCÃO, s/d, p.5). 
 
Por meio do portfólio o professor também tem a oportunidade de se 
autoavaliar frente ao desenvolvimento de sua prática pedagógica, pois poderá 
retornar as atividades aplicadas averiguando insucessos, redimensionando 
problemas e assim contribuindo para uma prática mais educativa e dinâmica, que 
venha contribuir com o aprendizado do aluno. 
Sendo assim, o portfólio pode ser considerado como um verdadeiro 
instrumento auxiliar para o desenvolvimento de uma aprendizagem de qualidade, 
sem preconceitos, discriminações ou exclusões, mas sim comprometido com o 
respeito mútuo e a cooperação desenvolvida entre o professor, os alunos e as 
famílias. 
 
33 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A partir da realização deste trabalho foi possível ampliar e aprofundar nossa 
compreensão a respeito do ato de avaliar, passando assim a compreendê-la como 
importante ferramenta auxiliadora para o desenvolvimento do processo ensino 
aprendizagem. 
Ao analisar a avaliação formativa é possível observar que por meio desta o 
professor pode se aproximar cuidadosamente de seu aluno, visando assim 
acompanhar seu desenvolvimento por meio de uma maior individualização das 
trajetórias de formação. 
Transformar a prática avaliativa significa participar de mudanças conceituais, 
redefinição de conteúdos, bem como das práticas, funções e estratégias docentes. É 
necessário que a avaliação ocorra de maneira contínua, formativa e dentro de uma 
perspectiva que envolva o desenvolvimento integral do aluno, identificando assim 
suas dificuldades de aprendizagem, compreensão de situações enfrentadas, 
proporcionando ações corretivas eficazes. 
Todo e qualquer instrumento avaliativo, quanto bem aplicado, com clareza de 
objetivos e finalidades apresenta maiores chances de obter sucesso. Para tanto, o 
professor deve dar ênfase ao aspecto qualitativo da aprendizagem, deixando de lado 
o olhar quantitativo que visa selecionar e conceituar o aluno sem que seu processo 
seja realmente percebido. 
A avaliação deve estar presente em todos os momentos educacionais 
ocorridos tanto dentro quanto fora da sala de aula, desmistificando assim a 
necessidade de se trabalhar com instrumentos avaliativos pré-estabelecidos. É 
necessário que o professor esteja atento ao desenvolvimento do processo do aluno 
para que assim ocorra uma boa avaliação e consequentemente o alcance do 
sucesso quentão a aquisição de conhecimentos. 
Toda instituição escolar deve acreditar no potencial de desenvolvimento de 
seus alunos, reconhecendo suas diferenças e que todos podem melhorar seu 
desempenho independentemente das condições aos quais estes estiverem 
inseridos. 
No entanto, novos e mais detalhados estudos devem ser realizados a fim de 
compreender a cada dia mais a melhor avaliação a ser aplicada visando aprimorar o 
ensino para alcançar qualidade a todos os alunos. 
34 
 
REFERÊNCIAS 
 
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