Prévia do material em texto
Universidade Paulista – UNIP Licenciatura de Pedagogia AVALIAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL Objetivando assim construir de forma significativa uma aprendizagem efetiva na Educação Infantil Sirlei Maria Partica Ziemba - RA 1500959 Campo Largo 2017 Universidade Paulista – UNIP Licenciatura de Pedagogia AVALIAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL Objetivando assim construir de forma significativa uma aprendizagem efetiva na Educação Infantil Monografia apresentada a Universidade Paulista - UNIP, à Coordenação de Curso como requisito para a obtenção do titulo de Licenciado em Pedagogia. Orientador Prof. Eduardo Mendes. Campo Largo 2017 Banca Examinadora _______________________________ _______________________________ Campo Largo 2017 Dedicamos este trabalho a todos que estiveram ao nosso lado nos apoiando e dando força para a realização deste sonho. Dedicamos também ao nosso orientador Prof. Eduardo Mendes por nos auxiliar no desenvolvimento deste trabalho científico. AGRADECIMENTO Agradecemos primeiramente a Deus por ter nos dado forças em todos os momentos de desafios em que pensamos em desistir. Aos nossos familiares que nos auxiliaram na realização deste sonho. E a toda equipe UNIP por nos direcionar quanto ao alcance dos conhecimentos que vão nos tornar profissionais comprometidos quanto ao processo ensino aprendizagem. “Meça sempre aquilo que foi feito com aquilo que poderia ser feito” (Lao Tsé) RESUMO Esta obra científica teve como objetivo central desenvolver uma linha de estudos e raciocínio em volta do processo avaliativo efetuado dentro do âmbito escolar, a fim de trazer reflexões a respeito do processo de ensino aprendizagem ao longo dos anos.// Foram feitas abordagens desde os primórdios onde se iniciou o processo de aprendizagem e seus meios até a atualidade, fazendo um apanhado baseado em diversos autores como Dr. Ivo José Both, entre outros a fim de endossar esta fala e tentar fazer com que chegássemos a um consenso de o que é avaliação no meio educacional, suas finalidades seus objetivos.// Percebemos que a avaliação sempre é feita para que possamos pensar e refletir nas ações, nos processos utilizados e no fim que se almeja chegar, assim essa pesquisa foi feita metodologicamente de forma exploratória com base em estudos já realizados por autores diversos, alguns citados e referenciados ao longo do trabalho, alguns não citados, mas que foram estudados para o desenvolvimento do estudo proposto fazendo-se necessário inseri-los na bibliografia.// Espera-se com isso ter contribuído um pouquinho mais com os estudos e ensinamentos científicos. Palavras-chave: Avaliação. Educação Infantil. Mecanismos de avaliação. ABSTRACT This scientific work had as main objective to develop a line of studies and reasoning around the evaluation process carried out within the school context, in order to bring reflections about the process of teaching learning over the years.// Approaches have been made since the beginning of the learning process and its means to date, making a collection based on several authors such as Dr. Ivo José Both, among others in order to endorse this speech and try to get us to reach a consensus of what is evaluation in the educational environment, its purposes its objectives.// We realized that the evaluation is always done so that we can think and reflect on the actions, the processes used and the end that is sought to reach, so this research was methodologically done in an exploratory way based on studies already performed by several authors, some cited and referenced along the work, some not mentioned, but that were studied for the development of the proposed study making it necessary to insert them in the bibliography.// It is hoped that it has contributed a little more to scientific studies and teachings. Keywords: Evaluation. Child education. Mechanisms of evaluation. SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 09 CAPÍTULO I – AVALIAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL: PROCESSO NA EDUCAÇÃO .................................................................................. 11 1.1 Avaliação: um processo de interação com o ato de ensinar ..................... 12 1.1.1 A avaliação como processo histórico .......................................... 13 1.2 Brasil e o sistema de avaliação contemporânea ....................................... 15 CAPÍTULO II – O SISTEMA DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............ 21 2.1 Avaliação Formativa ................................................................................. 22 2.2 Campo legal da avaliação infantil ............................................................. 24 CAPÍTULO III – INSTRUMENTOS AVALIATIVOS .................................................. 27 3.1 Observação .............................................................................................. 27 3.2 Registro .................................................................................................... 29 3.3 Portfólio ..................................................................................................... 31 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 33 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 34 9 INTRODUÇÃO Este artigo traz em seus objetivos a fomentação a respeito do tema “Avaliação e o desenvolvimento educacional: objetivando assim contribuir de forma significativa uma aprendizagem efetiva na Educação Infantil”. Trataremos aqui alguns pontos relevantes a respeito da avaliação educacional nas diferentes modalidades de ensino, porém nosso foco principal será na prática avaliativa dentro da Educação Infantil. A questão avaliativa deve ser pensada por todos os profissionais da área educacional nas diferentes modalidades de ensino, mas como é pensada a avaliação no meio da Educação Infantil? O que os órgãos regulamentadores da educação nos dizem a respeito da avaliação nessa etapa da educação? Qual a forma mais adequada para se avaliar nesta fase? Com bases nesses pressupostos o desenvolvimento desta pesquisa se deu a fim de buscar um maior conhecimento a respeito da avaliação, além das ações pedagógicas que podem nortear nosso desenvolvimento enquanto profissional em formação. Esperamos com isso também agregar um maior volume de conhecimentos que nos auxiliaram em toda nossa pratica enquanto docente da área da educação, pois se sabe que ao avaliar um aluno também somos avaliados, avaliamos nossa pratica enquanto profissional docente. Avaliamos o que está sendo ensinado, o conteúdo, a prática utilizada e a aprendizagem num contexto geral. Será que tudo isso está indo de encontro á necessidade do aluno na fase de educação em que ele se encontra? Partindo dessa premissa este artigo tem como finalidade principal analisar e diagnosticar formas que promovam o desenvolvimento de metodologias de incentivo a avaliação no meio educacional, a fim de contribuir com o conhecimento de nível superior, com o objetivo específico é apresentar aspectos teóricos e Metodológicos de aprendizagem e de incentivo a uma avaliação satisfatória. Apresentar assim a contribuição de metodologias desenvolvidas para aaprendizagem oriunda de pesquisas de projetos já desenvolvidos em prol da promoção avaliativa a fim de contribuir para a construção do conhecimento no ensino superior. O presente estudo será desenvolvido com a metodologia de pesquisa bibliográfica que segundo Gil (2002) o presente trabalho se caracteriza como uma pesquisa bibliográfica, desenvolvida com base em materiais já elaborados, 10 constituídos principalmente por livros, revistas e artigos científicos e de internet, tendo em vista a identificação do conhecimento disponível sobre o assunto, bem como, familiarizar-se com o problema, tornando-o mais explicito e/ou aprimorando as suas ideias. Esta pesquisa também é caracterizada como qualitativa, pois tem vocação para mergulhar na profundidade dos fenômenos. Faz isto de forma compreensiva, abrindo-se para apreender a informação subjacente ao fenômeno, leva em conta toda a complexidade e particularidade. Não almeja alcançar a generalização, mas sim o entendimento das singularidades. Esse tipo de abordagem descritivo-qualitativa é essencial ao pesquisador, pois, se caracteriza pela construção do conhecimento a partir de hipóteses e interpretações que o pesquisador constrói. 11 CAPÍTULO I - AVALIAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL: processo na educação Pensar em avaliação é algo muito significativo, principalmente no meio acadêmico, pois é por meio da avaliação que podemos agir, e tomar decisões importantes e relevantes para a vida num contexto não só acadêmico, mas também de vida, partindo desta premissa vemos o quão importante é o ato de „avaliar” na vida humana. Quando um professor busca avaliar um aluno, ele também se auto avalia. Ele avalia o desempenho do aluno, mas também avalia a sua própria prática pedagógica, o método que usou para aplicar o tema proposto a aceitação do aluno o desenvolvimento, e afins. Vemos que muitos pontos são questionados e pensados na hora da aprendizagem. Segundo Both (2011, p.33) “você precisa entender a avaliação como um processo que consiste em fazer um julgamento comparativo entre desempenho demonstrado e o resultado pretendido”. É realmente muito importante que o profissional que está envolvido com a educação pense e repense constantemente sua pratica, pois é por meio desta pratica que ele estará fornecendo condições para que o seu aprendiz em formação desenvolva e se aproprie do conhecimento por ele fornecido, quão melhor for sua didática, sua metodologia, maior será o grau de receptividade e aceitação do conteúdo proposta pelo seu aluno, e maior serão as condições de aprendizagem deste. Este artigo visa fomentar pontos relevantes para o processo avaliativo, de forma a contribuir com o conhecimento cientifico no meio acadêmico em que estamos inseridos, assim desta forma buscamos nos inteirar sobre o assunto lendo e pesquisando autores que pudessem contribuir para nosso desenvolvimento, abordaremos a seguir um pouco sobre a interação entre a avaliação e o processo de ensino, com base nos estudos de Both (2011) sua obra nos traz um enriquecimento para o desenvolvimento de nosso artigo, de forma que nos leva a compreensão do processo avaliativo do ensino e da aprendizagem educacional. 12 1.1 Avaliação: um processo de interação com o ato de ensinar Como já abordamos anteriormente a avaliação não serve simplesmente para avaliar no meio acadêmico, mas ela faz parte da vida do individuo, ela está presente cotidianamente nas ações e tomadas de decisão do ser em toda a sua trajetória. Analisar o processo avaliativo educacional é de grande significância para a formação do acadêmico de pedagogia, e para todos os que estão envolvidos com a educação. Para Both (2011) é importante haver clareza com relação a instrumentos de avaliação no processo de ensino-aprendizagem; no entanto, estes não dão conta de identificar isoladamente o nível e a abrangência de desempenho de um aprendiz se não estiverem alicerçados em um claro domínio de conceitos de avaliação (BOTH, 2011, p.27). O sistema de ensino e avaliação estão interligados, na concepção Both (2011) na obra Avaliação planejada, aprendizagem consentida, 3º edição, o ato de ensinar está interligada com a avaliação elas caminham juntas em todo o processo de aprendizagem. Para ele não é possível falar de ensino sem falar de avaliação e vise versa, visto que um complementa o outro e ambos devem andar juntos. Se você analisar bem, verá que, de fato, sem exageros, a avaliação e a aprendizagem, além de conduzirem por unidade e simultaneidade processual, constituem presença perene na vida escolar, profissional e pessoal de todos nós (BOTH, 2011, p.27). Se os processos estão interligados, e presentes em todo o processo da vida humana, surge o seguinte questionamento: “qual é a real importância da avaliação?” Qual o seu valor? Como um profissional deve avaliar? Qual é o melhor instrumento avaliativo? Como era vista a avaliação no passado e como está sendo trabalhada na atualidade? E na Educação Infantil o que os teóricos falam sobre o sistema de avaliativo nesta fase? Partindo destes questionamentos nos próximos tópicos vamos buscar fazer um apanhado de forma sucinta do ato de avaliar no meio educacional, fazendo um breve estudo histórico e atual dos sistemas avaliativos dando ênfase na Educação Infantil hoje. De forma a contribuir com o conhecimento acadêmico. 13 1.1.1 A avaliação um processo histórico A avaliação está presente desde a antiguidade, Paula e Silva (2008) nos trazem considerações referentes à avaliação onde segundo suas pesquisas o primeiro ato no sentido de avaliar está datada em 1897, suas considerações relatam que o objetivo era observar os rendimentos e a temporização utilizados no treino de e desenvolvimentos das tarefas ortográficas da época, segundo as autoras, “em 1897 alguém já chegou à conclusão de que priorizar exercícios isolados, não melhora a performance” (PAULA; SILVA, 2008, p.86), segundo as autoras o início da avaliação na educação se deu no século XX, junto a psicologia tornando-se uma ferramenta de um valor incontestável par o meio educacional. As autoras também salientam que os primeiros estudos referentes a área de avaliação educacional aconteceram nos Estados Unidos. Alguns dos primeiros estudos da área da avaliação educacional nasceram nos Estados Unidos e priorizavam basicamente medir as aptidões e as capacidades dos alunos; já a partir de 1930 tornaram-se mais abrangentes, preocupavam-se em verificar o desempenho dos discentes (PAULA; SILVA, 2008, p.86). Nesse período é dado inicio a introdução de mecanismos de avaliação antes desconhecidos, começam a utilizar questionários, listas de registros, nesse caso na sua maioria comportamental, inventários, e assim por diante. Segundo as autoras Tyler publicou um trabalho que se intitulava “Basic principlesof curriculum andinstruction (princípios básicos de currículo e ensino)” com isso o autor traz para a educação um novo pensamento sobre o ato de avaliar e apresenta a avaliação por objetivos. No Brasil, o qual vamos nos ater, está presente já a muitos anos, conforme os estudos de Both (2011) o ato de avaliar foi introduzido no Brasil pelos padres jesuítas que vieram da Europa com o objetivo de catequizar os índios, e após educar. Os jesuítas criaram um plano de ensino o Ratio Studiorium. Segundo Correr (2006) A Ratio Studiorum - aqui estudada em sua primeira edição, de 1599 - constituía-se do conjunto de diretrizes didático-pedagógicas e método de 14 ensino da Companhia de Jesus. Essa ordem religiosa, surgida no século XVI, se caracterizou como uma frente missionária ligada ao catolicismo, à época religião dominante no continente europeu. A Companhia de Jesus chegou ao Brasil em 1549, juntamentecom o primeiro governador geral, Tomé de Souza. A Ratio Studiorum foi, assim, a primeira pedagogia aqui utilizada; num currículo que abrangia principalmente a Gramática, a Filosofia e a Teologia [...] (CORRER, 2006, p.10). Para Both (2011) o sistema criado faz uma compreensão dos aspectos pedagógicos, metodológicos, de técnicas de ensino e de avaliação. Assim podemos perceber que já há muito tempo existe essa preocupação com o ato de avaliar, e ele está ligado inteiramente com o processo de ensino. Both (2011) trás em sua obra pensamentos de Franca onde ele afirma que a metodologia do Ratio Studiorum está compreendida no processo didático usado para transmitir os conhecimentos, também ele ressalta a respeito dos estímulos pedagógicos utilizados para medir o sucesso do trabalho educativo da época. Nesse período aprendiz da época era visto como “um ser participativo, preocupado com o mundo e o seu meio social” (BOTH, 2011 p.39). Na década de 1500 se alastrando por todo o século XVI obtivemos a formalização da pedagogia jesuíta. Quando chega o século XVIII temos o surgimento da escola de João Baptista de La Salle. Conforme Both (2011, p.52) “as duas propostas educativas, nos trazem forte influência das características burguesas europeias que aos poucos foram instalando-se no Brasil”. Para o autor esse modelo é metafísico-subjetivo. Podemos dizer que o método utilizado nesse período é tradicional e classificatório, a escola nesse período era vista como uma “escola exigente, rígida, disciplinadora, detentora do saber” (HOFFMANN, 2014, p.17). A evasão e a repetência eram problemas significativos enfrentados nesse período. Ao longo do tempo a avaliação vem sendo pensada de forma a evidenciar a necessidade buscar o melhor desempenho do nosso aluno. Segundo Paula e Silva (2008) A partir daí se desenvolveram muitos estudos nessa área. No Brasil as primeiras publicações específicas datam dá década de 1970, e nesse trajeto os processos avaliativos, bem como a própria definição de avaliação, variaram de autor para autor. Apesar de muitas vezes parecer que seguem caminhos diversos, os autores, de modo geral, concordam que a avaliação deve ser um processo contínuo, amplo, compatível com os objetivos propostos e apresentar variedade de domínios, ou seja, deve contemplara 15 avaliação de habilidades diversas: cognitiva, psicomotoras e afetivas (PAULA; SILVA, 2008, p.86-87). Diante das considerações destes autores, vemos o quanto à avaliação na educação tem se desenvolvido e a cada dia tomado uma proporção significativa e peculiar no meio das áreas acadêmicas, e se alastrando para a vida de todo o ser. 1.2 Brasil e o sistema de avaliação contemporânea Neste tópico faremos uma breve abordagem sobre o sistema de avaliação na educação brasileira nos tempos atuais e os seus campos da avaliação dentro do regimento escolar, a exemplo a avaliação do rendimento escolar, nas series em ciclos, no ensino fundamental além de alguns conceitos referentes ao ensino médio. Neste tópico faremos abordagens ao livro da editora Ibepx, de 2011 do autor Marcos Cordiolli com a obra intitulada Sistemas de ensino e políticas educacionais no Brasil, fazendo uma correlação com Ivo José Both, já mencionados em capítulos anteriores, bem como demais autores que possam contribuir com o pensamento a seguir. A obra de Cordiolli (2011) a partir do capítulo três nos trás considerações relevantes para o tema a cerca da avaliação no Brasil fazendo menção as de leis da LDB e demais legislações. Segundo Cordiolli (2011) o ainda é forte entre os professores da educação brasileira o conceito de “meritocracia” ele explica que esta visão vem a partir de que o aluno precisa ser cobrado para poder aprender e também demonstrar o que aprendeu. A visão contemporânea de educação vem agregar uma nova forma de avaliar, fundamentada no principio “de que o estudante precisa se constituir em sujeito de sua própria aprendizagem” (CORDIOLLI, 2011, p.170) assim para ele os “processos pedagógicos devem respeitar os ritmos, formas e processos particulares de estudo e desenvolvimento” de cada aluno. Com isso somos levados a analisar a LDB de 1996, com um olhar voltado para a importância da educação e os processos avaliativos no país, discorrendo pela nova forma de olhar para o processo educativo no país, trazendo consigo a 16 avaliação qualitativa que prevalece sobre a quantitativa e também o sistema de aceleração para os estudantes repetentes na educação. Conforme a LDB artigo IV entre os diversos deveres da união de promoção a educação destacaremos aqui o item a seguir: VI – assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino, objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino (BRASIL,1996). Com isso vemos que há uma preocupação do governo na promoção da educação de forma a buscar meios avaliativos para medir o sistema. A preocupação com o analfabetismo, a evasão escolar e a repetência fizeram com que novas medidas fossem tomadas com a intenção de assegurar a educação para todos além de promover um melhor desempenho dos conhecimentos adquiridos. A educação básica de ensino visa o que? Segundo o Art.22 da LDB Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores (BRASIL, 1996). Na Educação Infantil LDB vê: Art. 29. A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, completando a ação da família e da comunidade (BRASIL, 1996). Assim a forma de avaliação nesta etapa se dará por meio de registros segundo a LDB sem o intuito de promoção. Art. 31. Na Educação Infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental (BRASIL, 1996). Discorrendo pela LDB de 1996 veremos o que ela nos fala a respeito da avaliação e da promoção do aluno no regimento escolar básico: V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: 17 a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais; b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito; e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos; VI – o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação (BRASIL, 1996). Para a promoção também devem ser analisadas a frequência do aluno que deve ser um mínimo de 75%. No Ensino Fundamental existe a preocupação com desenvolver uma capacidade de no aluno em aprender visando a aquisição de habilidades e formação de valores a avaliação nesta etapa podendo se dar de forma progressiva, sem que aja prejuízo na forma de avaliação. No ensino médio vemos uma preocupação com o aprimoramento dos conhecimentos já adquiridos através do ensino fundamental e a avaliação nesta etapa, existe uma solicitação de que a metodologia utilizada nesta fase seja criativa e vise estimularo jovem ao aprendizado. §1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre: I – domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna; II – conhecimento das formas contemporâneas de linguagem; III – domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao exercício da cidadania. Assim vemos que há leis que regem nosso sistema de educação e a preocupação do governo maior em manter e assegura a todos uma educação que zele pelo aprendizado do aluno de forma que estes sejam levados ao conhecimento de forma significativa podendo dar prosseguimentos aos seus estudos enquanto acadêmicos e seguindo na vida profissional. Podemos perceber na LDB que o rendimento escolar do aluno do ensino fundamental e médio são baseados em aspectos qualitativos sobre os quantitativos e que nos aços de não obtenção de rendimento necessário deve-se ofertar ao aluno a opção de “recuperação”. 18 “A não obrigatoriedade de provas e exames expressa uma mudança importante em relação às diversas legislações da educação básica no século XX” (CORDIOLLI, 2011, p.171). Porém essa nova forma de avaliar trouxe uma serie de embaraços e resistências na forma de avaliar, a começar pelo professor que evidenciaram uma dificuldade inicial em redigir o relatório, os responsáveis demonstraram uma resistência no novo jeito de avaliar e por fim os alunos que acostumaram–se com a coação no cumprimento dos objetivos propostos. A proposta da LDB de 1996 visa que haja uma evolução continua no processo de aprendizagem com ações que andem em conformidade com as etapas de ensino, buscando a promoção do conhecimento e não simplesmente a mecanização deste de forma produzir a simples memorização do conteúdo. Com essa nova proposta de uma avaliação qualitativa a visão que se tem é que o professor passe a conhecer as peculiares dificuldades que o seu aluno apresenta ao longo do percurso acadêmico e por isso existe a sugestão da recuperação de forma paralela ao período letivo de aprendizagem, assim ao finalizar o conteúdo o aluno consiga discorrer e aprender o assunto trabalhado. Outra proposta que deve ser pensada e analisada dentro da LDB é o sistema de aceleração e os avanços por ciclos. Conforme estudos realizados e de acordo com as próprias diretrizes vemos que: Art. 24 - A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: I – a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; II – a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas; c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino (BRASIL, 1996). Vemos esse sistema sendo muito utilizado no EJA – educação de jovens e adultos, pois em muitos casos o candidato já apresenta um grau de conhecimento elevado e que se diferem dos conhecimentos da etapa proposta, desta forma os 19 alunos são submetidos a exames de equivalência e inseridos nas etapas conforme seu grau de conhecimento. Cardiolli (2011) levanta três questões referentes a este assunto. Metodologia – segundo seus estudos a base metodológica utilizada foi tradicional e mostrou baixa eficiência, promovendo estudantes que apresentavam defasagem de conhecimentos. Promoção de repetentes – aqui se viu que os governos municipais e estaduais preocupara-se em reduzir a super lotação nas salas de aula e com isso promoveu o aluno que ainda apresentava um baixo nível de conhecimento, prejudicando-o no processo educacional. Formulação metodológica – a formulação deveria ser pensada: a) diversificação dos estudantes e defasagem no aprendizado por diferentes motivos; b) o pensar no conhecimento e aprendizagem adquiridos pelos alunos mesmo sendo repetentes. Anterior a LDB de 1996, as legislações vigentes traziam consigo sempre um modelo seriado na educação básica, com objetivo de organizar as turmas estudantis. Na ES, e no EJA, foram iniciadas algumas experiências modulares, ou seja, os estudantes matriculados poderiam ser avaliados por disciplinas, chamada por seriação modular, foi uma ação mais flexiva aos olhos de Cordiolli, porém ainda um modelo seriado. Segundo Cordiolli (2011, p.175) “em outros países, diversas formas de organização de turmas foram experimentadas e efetivadas, em particular na forma de ciclos” no Brasil permite-se aos estabelecimentos de ensino uma liberdade de organização por etapas, o que podemos ver no Art. 23 da LDB de 1996, o qual permite que seja organizada em series, períodos, ciclos, grupos não seriados, baseados na idade, e competências e etc., dando liberdade assim as entidades a criar um currículo cíclico autorizando também a progressão regular e até automático em algumas escolas. Isso causou um impacto no meio pedagógico o qual teve que mudar suas concepções metodológicas. O sistema de promoção deve ser analisado como um processo de “gestão do trabalho pedagógico” cotidiano, focado no aprendizado do aluno e não como um ato anti-avaliativo. Todos os processos de avaliação devem estar pautados nas leis de diretrizes e bases, bem como as entidades devem seguir as orientações das DCN – diretrizes 20 Curriculares Nacionais que norteiam a educação, sendo que para cada modalidade de ensino existe uma resolução fornecida pelo conselho nacional de Educação, e pelo Conselho de Educação Brasileira que deve ser respeitado e seguido dentro de suas especificações. A seguir iremos nos concentrar no processo de avaliação na Educação Infantil, discorreremos pelas leis de diretrizes e bases, e seus referenciais para desenvolver um pensamento a cerca do ato de avaliar dentro dessa etapa de educação. Fundamentado esse pensamento teórico em pesquisadores e doutores da área de educação, já nomeados anteriormente. 21 CAPÍTULO II - O SISTEMA DE AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL No capitulo anterior discorremos um pouco da história da avaliação até a atualidade, navegamos sobre os artigos da LDB de 1996 fazendo um levantamento da importância da avaliação em todas as modalidades da educação em nosso país. Nosso foco aqui será a Educação Infantil, e a proposta metodológica e avaliativa para essa fase da educação. Neste momento o importante mediante pesquisas de diferentes autores percebeu-se que em sua grande maioria fazem menção da criança como um sujeito no processo de ensino aprendizagem. Salles e Faria (2012) explica um pouco esse pensamento, para elas: Considerar a criança como sujeito é levar em conta, nas relações que com ela estabelecemos, que ela tem desejos, ideias, opiniões, capacidade de decidir, de criar de inventar, que se manifestam, desde cedo, nos seus movimentos, nas suas expressões, no seu olhar nas suas vocalizações , na sua fala (SALLES; FARIA, 2012, pg. 56). A discussão levantada pelas autoras referente aos pressupostos e concepções norteadoras nesta fase parte “da premissa de que a criança é sujeito sócio histórico e cultural” é visto como um ser que tem em seu desenvolvimento certas peculiaridades que se entrelaça aos aspectos biológicos e culturais do meio em que está inserido gerando necessidades específicas para seu melhor desenvolvimento, desta formaao se pensar em Educação Infantil é quase impossível pensar em campos isolados, claro tem-se o referencial como base norteadora, porém precisa ser analisado como um todo de forma avaliar desde a concepção curricular, o projeto político pedagógico, a comunidade que está inserida a instituição, os professores e espaços, tudo deve ser medido, pensado e calculado de forma aprimorar e desenvolver um trabalho de significância com o aluno em formação. Os professores desta área, ou seja, os profissionais envolvidos com a Educação Infantil precisam se despir dos conhecimentos e visões unicamente adultas concebidas ao longo de sua trajetória e começar a deslumbrar o mundo da Educação Infantil no olhar sereno e tranquilo que está fase exige de forma a se permitir enxergar as peculiaridades de cada criança em seu fabuloso processo de desenvolvimento e aprendizagem, na formação e concepção de mundo, haja vista que cada uma já traz consigo em seu interior uma pré- disposição a concepção de mundo advindas de sua iniciante formação familiar e social. 22 Nesta fase o ato de avaliar se dá muito pelo observar, e observar diariamente a evolução do pequeno indivíduo, desde a sua concepção até chegar aos seis anos de idade, onde parte para o processo de alfabetização. Filósofos da antiguidade vêm desenvolvendo metodologias de observação do desenvolvimento infantil, e vemos o quão é importante para o profissional desta área se inteirar destes estudos, haja vista as significantes contribuições que os pensamentos e pesquisas desenvolvidas contribuíram e contribuem até hoje com o meio acadêmico, como exemplo estudos feitos por Piaget, no que diz respeito ao desenvolvimento sensório motor, estágio pré-operatório seguindo para estágio operacional concreto, estágio operacional formal e assim por diante. Na Educação Infantil devemos nos ater aos dois primeiros estágios, haja vista que tudo isso está interligado com o processo avaliativo no que diz respeito a esta modalidade de ensino, são preposições que se interligam e ajudam na observação avaliativa da aprendizagem do aluno. Para o Piaget (apud Nogueira e Leal, 2012, p.63) “cada etapa, fase ou período do desenvolvimento da inteligência infantil... é marcado por avanços intelectuais que acompanharão a criança por todo o seu longo processo de desenvolvimento até a juventude”, sendo assim é importante que o profissional esteja aberto ao estudo contínuo e aprimoramento de seus conhecimentos de forma poder desenvolver um trabalho significante que prepondere o desenvolvimento do ser orgânico e sócio intelectual que está sendo inserido aos parâmetros educacionais em sua tenra idade. 2.1 Avaliação formativa Segundo Hadji (2001) a avaliação formativa é uma avaliação libertadora, cuja função é contribuir para que ocorra a boa regulação tanto do ensino, quanto da aprendizagem e da formação, ou seja, é uma avaliação preocupada com a formação dos alunos e não em medir, julgar ou classificar. De acordo com Abrecht (1994) avaliação formativa é mais que uma atitude, mais que um método [...] é antes do interrogar-se sobre um processo, é o refazer do caminho percorrido, para refletir sobre o processo de aprendizagem em si mesmo, sendo útil, principalmente, para levar o aluno a considerar sua trajetória e não um estado (de conhecimentos), dando sentido à sua aprendizagem e alertando-o ao mesmo tempo, para eventuais lacunas ou falhas de percursos, levando-o, deste modo, a buscar - ou, nos casos de menor 23 autonomia, a solicitar – os meios para vencer as dificuldades (ABRECHT, 1994, p.18-19). Esta avaliação tem por base os processos de aprendizagem, os aspectos cognitivos e as aprendizagens significativas e funcionais dentro dos mais diversos contextos que envolvem o aluno no processo ensino aprendizagem. Por meio desta avaliação o aluno é avaliado continuamente, o que lhe proporciona a aquisição de conteúdos de forma plena e verdadeira, possibilitando ao professor a tomada de decisões através dos dados coletados. Para Perrenoud (2009) toda avaliação contínua pode e deve ser considerada uma avaliação formativa, pois favorece e auxilia na aprendizagem e no desenvolvimento do aluno além de informá-lo sobre suas dificuldades, fazendo com que reconheça e corrija seus próprios erros, informando ao professor os efeitos de seu trabalho pedagógico. Hadji (2001) completa afirmando que a avaliação formativa exige do professor uma flexibilidade ao mesmo tempo em que exige também uma postura de adaptação as mudanças, tendo assim o dever de orientar, selecionar e contribuir de maneira efetiva para o progresso de seus alunos, visando que estes aprendam a partir do reconhecimento de seus erros e/ou dificuldades. Haydt (2004) ressalta que a avaliação formativa possibilita ao professor identificar possíveis deficiências em sua forma de ensinar, podendo assim reformular seu trabalho, aperfeiçoando-o. Perrenoud (2009) completa dizendo que além de auxiliar o aluno na aprendizagem (analisando seu desempenho) ele proporciona ao professor um melhor conhecimento de seus alunos podendo assim auxiliá-los de maneira mais eficaz ao mesmo tempo em que analisa sua prática a fim de aperfeiçoá-la. É dever de todo professor tentar entender o que o aluno não compreendeu, por meio do acompanhamento de seu trajeto escolar, pois somente assim ele poderá sentir as dificuldades dos alunos, apoiando-os e sugerindo novos caminhos mais adequados de maneira individual e diferenciada para cada aluno (PERRENOUD, 2009). Luckesi (2001, p.77) diz que o professor que não acompanha um aluno rumo ao progresso está “matando a vida e a alma desta criança”, não contribuindo que ela avance rumo à aprendizagem. 24 A avaliação da aprendizagem é um fator educativo capaz de gerar mudanças e, portanto, deve ser aplicada corretamente para que tais mudanças realmente aconteçam de maneira a garantir aos alunos uma melhoria na qualidade do ensino. Sendo assim, pode-se afirmar que a avaliação é parte indissociável do processo ensino aprendizagem, não devendo ser utilizada de maneira contrária a esse princípio, ou seja, a avaliação não pode ser utilizada como instrumento repressor, mas sim com um recurso que venha auxiliar a progressão dos alunos em todos os seus aspectos, não apenas no educacional. 2.2 Campo legal da avaliação infantil Cada vez mais a Educação Infantil é tratada como prioridade na área pedagógica, passando a ser compreendida por diferentes profissionais como “[...] uma verdadeira „ponte‟ para a formação integral do cidadão” (BARROS, 2008, p.4). A partir dessa premissa, surgiram inúmeros documentos e leis que asseguram ao aluno no início de sua escolarização o direito pleno e integral ao desenvolvido. Dentre os documentos que envolvem a Educação Básica damos maior ênfase a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB de 1996, o Plano Nacional de Educação – PNE de 2006 e os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN de 1998. Tais documentos garantem ao aluno a participação em diferentes atividades ensino aprendizagem e um processo avaliativo que propicie seu desenvolvimento integral até o final da Educação Infantil (5 anos e 11 meses), completando a ação da instituição familiar e comunitária. O atendimento as crianças da Educação Infantil está previsto na Constituição Federal de 1988 e no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA de 1990, sendo reforçado pela LDB de 1996. Art. 29 – A Educação Infantil, primeira etapa da educação básica tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança ate seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade (BRASIL, 1996). 25 O ato de avaliar os alunos da Educação Infantil envolve as instituições, os alunos, os professores e todo o processo educacionalenvolvido. Segundo a LDB (1996, Art. 31) a avaliação infantil deve ocorre “[...] mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”, ou seja, a avaliação nesta fase educacional não promove e nem retêm o aluno, não sendo assim a avaliação considerada como requisito necessário para o acesso ao Ensino Fundamental. A legislação brasileira deixa claro que a avaliação infantil não deve ser classificatória, tendo como única finalidade o oferecimentos de diversas informações que devem favorecer o processo de formação da criança, seu aperfeiçoamento educacional, ampliando assim suas reais possibilidades de aprendizagem. Toda avaliação desenvolvida nessa fase educacional deve ser embasada em ações educativas que apresentam ações e objetivos claros e adaptados a fase vivida pela criança, sendo seus critérios estabelecidos para o alcance de metas de desenvolvimento. Para tanto, cabe ao professor observar e registrar toda a aprendizagem desenvolvida pelo aluno, bem como as dificuldades e maneiras de superação, refletindo assim constantemente sobre sua prática pedagógica desenvolvida a fim de aperfeiçoa-la (RAMAL, 1998). O PNE (2006) é um documento que indica diretrizes e metas para serem desenvolvidas no sistema educacional, com o intuito de melhorar a qualidade de ensino e incentivar o aluno a concluir a Educação Básica com eficácia, ou seja, este documento orienta modelos de avaliação desde a Educação Infantil como norma necessária para se alcançar uma qualidade no ensino. Segundo o PNE (2006) a Educação Infantil é uma fase extremamente importante para o desenvolvimento integral da criança e por isso deve promover um processo formativo em busca da formação cidadã, onde a avaliação deve vir a contribuir para a construção de um processo ensino aprendizagem comprometido com o aluno. Para alcançar uma avaliação infantil de qualidade, é necessário que a instituição envolva nesse processo a comunidade escolar de maneira participativa e inclusiva, para assim desenvolverem juntos, uma educação embasada nos princípios éticos, democráticos, autônomos e coletivos. (BRASIL, 2006). Sendo assim, o CONAE (2010) ressalta que os processos de avaliação precisam ser. 26 [...] capazes de assegurar a construção da qualidade social inerente ao processo educativo, de modo a favorecer o desenvolvimento e a apreensão de saberes científicos, artísticos, tecnológicos e sócio históricos, compreendendo as necessidades do mundo do trabalho, os elementos materiais e a subjetividade (CONAE, 2010, p.25). Já o PCN (1998) propõe que as crianças inseridas na Educação Infantil contem com objetivos, conteúdos e orientações didáticas que venham respeitar seus estilos, ritmos e diversidades pedagógicas e culturais, orientando assim os professores quanto a utilização e elaboração de projetos como proposta educacional flexível, aberta e não obrigatória. O PCN (1996) deixa bem claro que toda criança da Educação Infantil tem pleno direito de viver experiências e vivências prazerosas dentro da instituição de ensino, baseadas no respeito ao direito e a individualidade de cada um, onde o brincar é a principal forma de expressão e interação, visto que vem ampliar o desenvolvimento das capacidades, habilidades e competência dos alunos, sem discriminação e ou exclusão de qualquer natureza, rumo ao desenvolvimento da identidade, da personalidade e da autonomia infantil. As atividades desenvolvidas na Educação Infantil devem ser planejadas, orientadas e conferidas através de uma avaliação comprometida com a formação e o desenvolvimento infantil, onde aprender contribui efetivamente para seu progresso e evolução, oferecendo assim subsídios necessários para se traçar uma vida educacional significativa e qualitativa. 27 CAPÍTULO III - INSTRUMENTOS AVALIATIVOS 3.1 Observação A observação como método avaliativo na Educação Infantil é de extrema importância e necessidade, visto que através deste o professor acompanha seu aluno cotidianamente, averiguando se o mesmo atingiu ou não os objetivos e metas propostas pelas atividades desenvolvidas, bem como se a prática pedagógica adotada precisa ou não de ajustes. A partir da observação desenvolvida pelo professor, as atividades aplicadas cada vez mais devem oportunizar aos alunos maiores e melhores aprendizagens, criando assim através do lúdico um espaço onde são desenvolvidas atitudes diversas, onde são criados momentos de descontração e assim, consequentemente o desenvolvimento de novas habilidades e competências, ampliação de conhecimentos e enriquecimento de identidades e personalidades infantis. Melchior (1999) ressalta que o conhecimento que um professor desenvolve ao trabalhar com um grupo de crianças incorpora, necessariamente, elementos de, outros domínios de sua vida. E a observação, o professor pode constatar dados não apenas aspectos cognitivos – as dificuldades e as possibilidades de cada um – mas também dos aspectos afetivo e psicomotor (MELCHIOR, 1999, p.76). Segundo Godoy (2009) A observação não é apenas um instrumento descritivo, mas um recurso de investigação e planejamento. È indispensável a quem acompanha o desenvolvimento da criança valorizar o momento onde ela durante sua manifestação espontânea ou não, pode revelar ou desvelar saberes, desejos e intenções sobre si mesmos e sobre o mundo (GODOY, 2009, on- line). Dentro deste contexto, é função do professor, na Educação Infantil observar com atenção e paciência a realização de toda e qualquer atividade proposta, visto que assim, ele pode criar inúmeras oportunidades de aprendizagem tanto com o sucesso quanto com as dificuldades apresentadas pelos alunos. Por meio da 28 observação, o professor também consegue identificar fatos que envolvem o estado emocional da criança. Melchior (1999, p. 76) diz que a observação utilizada como técnica avaliativa na Educação Infantil “[...] permite ao professor acompanhar o desenvolvimento do aluno em todos os momentos, impedindo que se formem ideias preconcebidas sobre a capacidade e o desenvolvimento de cada um” e por isso, torna-se imprescindível que o professor crie condições dinâmicas para que a criança se desenvolva de maneira integral. Sendo assim, fica notório afirmar que pela avaliação do olhar e do escutar fica fácil captar e entender o universo infantil. Quando a criança esta brincando, seja de maneira livre ou dirigida, a observação do professor também se torna de extrema importância, pois as brincadeiras oferecem [...] uma rica fonte de informações acerca do desenvolvimento infantil, já que quando brincam as crianças manifestam ações relativas à resolução de conflitos; experimentam papeis e desenvolvem um conjunto de habilidades: pensamento crítico, conteúdo significativo, formação cultural, conectar ideias, fazer escolhas, conviver com pessoas diferentes, ter visão globalizada, enfim, é uma forma de desenvolver as bases de sua personalidade (SANTOS; CARRASCO, 2015, p.12). Para o registro de todas as observações realizadas, Kramer (2003) sugere que cada sala de aula conte com um caderno de registro, onde o professor poderá escrever de maneira livre os acontecimentos, as mudanças, as conquistas, as dificuldades, os sentimentos, as alegrias e tristezas que envolvem não apenas os alunos, como também a professora. O registro individual também é uma ferramenta extremamente necessária, visto que através deste é possível discutir com a coordenação pedagógica itens importantes que envolvem o aluno. O ato de observar, para Sarmento (2004) envolve mais que olhar, significa atingir o que está além da visualização, permitindo descobrir informações, organiza- las e compreende-las diante de uma mesma realidade que envolve diferentesalunos, de diferentes culturas e contextos familiares. A observação é um processo completamente humano e se manifesta a partir da necessidade de se desenvolver conhecimentos e/ou compreender ações, assim, fica fácil inserir a observação como prática avaliativa infantil, pois podemos facilmente identifica-la como elemento essencial ao processo avaliativo. 29 Rosado (1997) destaca que o ato da observação auxilia o professor a estabelecer e formular correções, ponderando as competências que envolvem o processo ensino aprendizagem. Diante de todo o conteúdo apresentado, observa-se que a Observação e a avaliação são dois processos interligados, que juntos são capazes de identificar diferentes informações e assim oportunizar o ajustamento do ensino a favor de uma aprendizagem significativa e qualitativa. O ato de observar é então, um processo primordial na educação, objetivando uma avaliação que vem cumprir o que o docente pré-determina. 3.2 Registro O registro é uma ferramenta que acompanha o processo de observação. Ele pode ser realizado de maneira escrita, por meio de fotografias, vídeos, etc. O registro sempre deve ocorrer de maneira diária, a fim de que não sejamos reféns de nossa própria memória, podendo esquecer-se de detalhes importantes. “Esse instrumento serve para comparar as anotações do início do ano com os dados mais recentes para perceber o que a criança já realiza com autonomia e o que ainda precisa de acompanhamento” (MANARIN, 2009, p.30). Melchior (1999) destaca que é imprescindível [...] que o professor registre as observações realizadas durante todo o processo, para ter condições de ir redirecionado seu trabalho no sentido de ajudar os alunos a construírem novos conhecimentos. Os registros de cada dia servirão de subsídios para o professor planejar o dia seguinte (MELCHIOR, 1999, p.76). Através da prática do registo, tanto o professor, quando a coordenação pedagógica e os pais podem acompanhar a evolução da criança, as habilidades e competências adquiridas, as dificuldades já superadas e as que ainda estão em andamento, e isso ajudará tanto o professor atual quanto o seguinte a planejar a continuidade de seus estudos, pois, é necessário conhecer para desenvolver práticas significativas e eficazes, desde a Educação Infantil. Conforme Ostetto (2002) 30 no espaço educacional o registro é, para o educador, uma espécie de diário, que pode bem lembrar os diários de bordo ou diários de adolescentes, nos quais são anotados fatos vividos, sentimentos, impressões, confissões. [...] aqueles diários tem como principal característica a descrição dos acontecimentos, organizados de forma cronológica. Quanto ao diário do professor, no âmbito da prática pedagógica do educador, constitui-se em lugar de reflexões sistemáticas; constantes; um espaço onde o professor conversa consigo mesmo; avalia atividades realizadas; documenta o percurso de sua classe (OSTETTO, 2002, p.20). Sendo a avaliação um processo de coleta e análise de dados, os professores devem utilizar os registros de maneira a averiguar “[...] os objetivos do processo ensino aprendizagem; área de estudo; métodos e procedimentos usados no ensino e as situações de aprendizagem; condições de tempo, e número de alunos” (SANTOS; CARRASCO, 2015, p.5). Hoffmann (1996) enfatiza que os registros quando elaborados, precisam resguardar o princípio de favorecer o prestar atenção as crianças em seu desenvolvimento. Não podem ser elaborados, por outro lado, a intervalos bimestrais ou semestrais, mas devem resultar de anotações frequentes, sobre o cotidiano de cada criança, de modo a subsidiar permanentemente o trabalho junto a ela, desvelando caminhos ao educador para ajudar a ampliar suas conquistas (HOFFMANN, 1996, p.87). Todo ato avaliativo desenvolvido desde a Educação Infantil deve ser um processo de cooperação entre professores e alunos, demandando um olhar formado de múltiplas características e diversas linguagens. A atividade de registro está prevista na LDB de 1996 quando destaca que “na Educação Infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino fundamental” (BRASIL, 1996). Assim, observar e registrar significar refletir e dar continuidade as ações educativas, encaminhando ao encontro de respostas aos questionamentos decorrentes da adoção de uma postura investigativa. No entanto, Zabala (1998) destaca que é necessário que o professor da Educação Infantil descubra qual o melhor instrumento avaliativo a ser aplicado junto a seus alunos, com o intuito de alcançar os objetivos pretendidos, visto que todos apresentam virtudes e limitações. 31 3.3 Portfólio O portfólio é uma ferramenta pedagógica/avaliativa que envolve um conjunto de atividades realizadas pelas crianças no decorrer do ano escolar. Seu principal objetivo envolve oferecer suporte ao professor por meio das atividades realizadas ao longo de determinado período. É um instrumento que auxilia na construção da criança. Frison (2008) considera o portfólio como sendo uma forma de organizar as atividades realizadas pelo estudante, a qual demonstra tanto o processo de aprendizagem como os resultados obtidos, a serem avaliados conjuntamente pelo professor e pelo próprio aluno. O portfólio não é apenas uma forma de organizar os materiais, mas equivale aos processos que são utilizados, às realizações e aos resultados do desenvolvimento das competências que vão evoluindo, à medida que os alunos comprometem se, crescem cognitivamente e autorregulam as aprendizagens (FRISON, 2008, p.214). Já para Hoffmann (1996, p. 133) o portfólio envolve uma “[...] coletânea de registros sobre aprendizagens do aluno que favoreçam ao professor, aos próprios alunos e às famílias uma visão evolutiva do processo”. Edmiaston (2004, p.22) destaca o portfólio como sendo “um processo pelo qual podemos observar, documentar e interpretar o que as crianças sabem, o que fazem, como raciocinam e como as atividades e as práticas da sala de aula facilitam ou impedem sua aprendizagem”. Sendo a Educação Infantil a primeira etapa da Educação Básica, a criança nesta fase deve desenvolver diferentes habilidades e competências e, o portfólio terá a função de registrar a evolução e as dificuldades apresentadas em cada etapa do trabalho desenvolvido. Frison (2008) ressalta que cada portfólio é único e pessoal. Algumas crianças conseguem registrar e completar todo trabalho planejado, pois estão sempre presentes em aula, retomando várias vezes cada uma das atividades vividas, fazendo e refazendo suas análises. Alguns portfólios, no entanto, ficam incompletos, pois há alunos que frequentemente faltam às aulas, o que dificulta muito seu acompanhamento (FRISON, 2008, p.224). 32 Infelizmente, até hoje alguns professores veem o portfólio como uma simples ferramenta que guarda as atividades desenvolvidas por seus alunos, utilizados para apresentar aos pais o desenvolvimento do filho. Na Educação Infantil, o portfólio envolve tanto o aluno quanto o professor em um processo de formação para a vida e para a cidadania, visto que envolve a diversidade de cada envolvido, respeitando as diferenças e oportunizando uma ampla e profunda análise quanto ao perfil de cada aluno. Shores e Grase (2001) ressaltam que a avaliação baseada em portfólio pode e deve concentrar a atenção de todos (das crianças, dos professores e dos familiares) nas tarefas importantes do aprendizado O processo pode estimular o questionamento, a discussão, a suposição, a proposição, a análise e a reflexão (SHORES; GRASE, 2001, p.54). De acordo com Falcão (s/d) existem três tipos de portfólios Portfólio particular é aquele que guarda informações pessoais do educando, incluindo dados sigilosos,e fica reservado na secretaria da instituição, sendo entregue só as pessoas autorizadas pela família do educando; Portfólio de aprendizagem (processo-fólio) é aquele que apresenta toda a coleção de atividades do educando, sua trajetória bimestral, o resultado de um processo de construção de conhecimento, realizado e analisado em três vias a cada bimestre; Portfólio demonstrativo é o resultado de algumas das atividades catalogadas, com grande relevância para o processo de transição do educando, e que é encaminhado para o educador que vai trabalhar com ele no ano seguinte (FALCÃO, s/d, p.5). Por meio do portfólio o professor também tem a oportunidade de se autoavaliar frente ao desenvolvimento de sua prática pedagógica, pois poderá retornar as atividades aplicadas averiguando insucessos, redimensionando problemas e assim contribuindo para uma prática mais educativa e dinâmica, que venha contribuir com o aprendizado do aluno. Sendo assim, o portfólio pode ser considerado como um verdadeiro instrumento auxiliar para o desenvolvimento de uma aprendizagem de qualidade, sem preconceitos, discriminações ou exclusões, mas sim comprometido com o respeito mútuo e a cooperação desenvolvida entre o professor, os alunos e as famílias. 33 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir da realização deste trabalho foi possível ampliar e aprofundar nossa compreensão a respeito do ato de avaliar, passando assim a compreendê-la como importante ferramenta auxiliadora para o desenvolvimento do processo ensino aprendizagem. Ao analisar a avaliação formativa é possível observar que por meio desta o professor pode se aproximar cuidadosamente de seu aluno, visando assim acompanhar seu desenvolvimento por meio de uma maior individualização das trajetórias de formação. Transformar a prática avaliativa significa participar de mudanças conceituais, redefinição de conteúdos, bem como das práticas, funções e estratégias docentes. É necessário que a avaliação ocorra de maneira contínua, formativa e dentro de uma perspectiva que envolva o desenvolvimento integral do aluno, identificando assim suas dificuldades de aprendizagem, compreensão de situações enfrentadas, proporcionando ações corretivas eficazes. Todo e qualquer instrumento avaliativo, quanto bem aplicado, com clareza de objetivos e finalidades apresenta maiores chances de obter sucesso. Para tanto, o professor deve dar ênfase ao aspecto qualitativo da aprendizagem, deixando de lado o olhar quantitativo que visa selecionar e conceituar o aluno sem que seu processo seja realmente percebido. A avaliação deve estar presente em todos os momentos educacionais ocorridos tanto dentro quanto fora da sala de aula, desmistificando assim a necessidade de se trabalhar com instrumentos avaliativos pré-estabelecidos. É necessário que o professor esteja atento ao desenvolvimento do processo do aluno para que assim ocorra uma boa avaliação e consequentemente o alcance do sucesso quentão a aquisição de conhecimentos. Toda instituição escolar deve acreditar no potencial de desenvolvimento de seus alunos, reconhecendo suas diferenças e que todos podem melhorar seu desempenho independentemente das condições aos quais estes estiverem inseridos. No entanto, novos e mais detalhados estudos devem ser realizados a fim de compreender a cada dia mais a melhor avaliação a ser aplicada visando aprimorar o ensino para alcançar qualidade a todos os alunos. 34 REFERÊNCIAS ABRECHT, R.A avaliação formativa. Rio Tinto: Asa, 1994. BARROS, M. D. Educação Infantil: o que diz a legislação. Disponível em www.lfg.com.br Acesso em 12 de setembro de 2017. BOTH, I. J. Avaliação planejada aprendizagem consentida, é ensinando que se avalia, é avaliando que se ensina. Curitiba: 3.ed, 2011. BRASIL. Constituição Federal de 1988. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. ______. Lei nº 8.069 de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, 1990. ______. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Brasília, 1996. ______. Ministério da Educação. Conferência Nacional de Educação – CONAE. Brasília, mar./abr.2010. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito das crianças de zero a seis anos à educação. Brasília: MEC, SEB, 2006. ______. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, 1998. CORDIOLLI, M. Sistemas de ensino e políticas educacionais no Brasil. Curitiba: Ibepex, 2011. CORRER, A. R. A Filosofia na Ratio Studiorum. Dissertação (Pós-graduação em Educação). Universidade Metodista de Piracicaba. Piracicaba-SP, 2006. 70 f. Disponível em https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/2006/PLOKUTLTELNB.pdf Acesso em 02 de setembro de 2017. EDMIASTON, R. Avaliando e Documentando a Aprendizagem nas Salas de Aula Construtivistas. In: DE VRIES, R. (et al.) O currículo construtivista na educação infantil: prática e atividades. Porto Alegre: Artmed Editora, 2004. FALCÃO, R. C. Avaliação por portfólio: uma abordagem freireana. s/d. 11 f. Disponível em http://coloquio.paulofreire.org.br/participacao/index.php/coloquio/viii- coloquio/paper/download/197/401 Acesso em 22 de setembro de 2017. FRISON, L. M. Portfólio na Educação Infantil. Porto Alegre. 2008. http://www.lfg.com.br/ https://www.unimep.br/phpg/bibdig/pdfs/2006/PLOKUTLTELNB.pdf http://coloquio.paulofreire.org.br/participacao/index.php/coloquio/viii-coloquio/paper/download/197/401 http://coloquio.paulofreire.org.br/participacao/index.php/coloquio/viii-coloquio/paper/download/197/401 35 GIL, A. C. Como Elaborar Projeto de Pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas S.A., 2002. GODOY, B. A observação e a avaliação na Educação Infantil. ago./2009. Disponível em http://paraalmdocuidar- educaoinfantil.blogspot.com.br/2009/08/observacao-e-avaliacao-na-educacao.html Acesso em 29 de setembro de 2017. HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artmed, 2001. HAYDT, R. C. Avaliação: conceitos e princípios. In: Avaliação do processo ensino aprendizagem. São Paulo: Ática, 2004. HOFMANN, J. Avaliação mediadora, uma prática em construção da pré-escola a Universidade. Porto Alegre: 33.ed. 2014. ______. Avaliação mito e desafio: uma perspectiva construtivista. 26. ed. Porto Alegre: Educação e Realidade, 1996. KRAMER, S. A Política do pré-escolar no Brasil: A arte do disfarce. 7.ed. São Paulo: Cortez, 2003. LUCKESI, C. C. Prática escolar: do erro como fonte de castigo ao erro como fonte de virtude. In: Avaliação da Aprendizagem Escolar. 11.ed. São Paulo: Cortez, 2001. MANARIN, M. S. A avaliação na educação infantil: o que reflete esse processo. Criciúma, dez./2009. 50 f. Disponível em http://docplayer.com.br/1123093-A- avaliacao-na-educacao-infantil-o-que-reflete-esse-processo.html Acesso em 10 de setembro de 2017. MELCHIOR, M. C. Avaliação pedagógica: função e necessidade. 2.ed Porto Alegre: Mercado Aberto, 1999. NOGUEIRA E LEAL, M. O. G. Teorias de aprendizagem um encontro entre os pensamentos filosóficos, pedagógico e psicológico. Curitiba: Intersaberes, 2012. OSTETTO, L. E. Educação Infantil em Florianópolis. Florianópolis: Cidade Futura, 2002. PAULA, A. B.; SILVA, R. do C. P. da. Metodologia do ensino de Língua Portuguesa e Estrangeira. Curitiba: Ibepex, 2008. PERRENOUD, P. O nó da avaliação. In: Pátio Revista Pedagógica. Porto Alegre: Artmed, v.3, n.50, Ano XIII. mai./jul. 2009. RAMAL, A. C. Lendo no viés das palavras: concepções de avaliação na LDB. Revista de Educação CEAP. Salvador, ano 6, n.21, jun./1998. http://paraalmdocuidar-educaoinfantil.blogspot.com.br/2009/08/observacao-e-avaliacao-na-educacao.html http://paraalmdocuidar-educaoinfantil.blogspot.com.br/2009/08/observacao-e-avaliacao-na-educacao.html http://docplayer.com.br/1123093-A-avaliacao-na-educacao-infantil-o-que-reflete-esse-processo.htmlhttp://docplayer.com.br/1123093-A-avaliacao-na-educacao-infantil-o-que-reflete-esse-processo.html 36 ROSADO, A., VIRTUOSO, L., MESQUITA, I. Relação entre as competências de diagnóstico de erros das habilidades técnicas e a prescrição pedagógica no voleibol. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte. São Paulo, 2004. SALLES, F; FARIA, V. O currículo na Educação Infantil: as relações da criança com os saberes e conhecimentos da natureza e da cultura. 2.ed. Editora Ática , 2012. Disponível em http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/curriculo.pdf Acesso em 07 de agosto de 2017. SANTOS, V. V. dos; CARRASCO, O. O. D. A avaliação na educação infantil: análise do processo e suas modalidades. 2015. 16 f. Disponível em http://serra.multivix.edu.br/wp- content/uploads/2015/06/ARTIGO_VERUSKA_VIEIRA_SANTOS_ped.pdf Acesso em 18 de setembro de 2017. SARMENTO, P. Pedagogia do desporto e observação. Cruz Quebrada, Lisboa: Edições FMH, 2004. SHORES, E.; GRACE, C. Manual de Portfólio: um Guia Passo a Passo para o Professor. Porto Alegre: Artmed, 2001. ZABALA, A. Avaliação. In: ZABALA, A. A Prática Educativa: Como Ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998. http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/pdf/curriculo.pdf http://serra.multivix.edu.br/wp-content/uploads/2015/06/ARTIGO_VERUSKA_VIEIRA_SANTOS_ped.pdf http://serra.multivix.edu.br/wp-content/uploads/2015/06/ARTIGO_VERUSKA_VIEIRA_SANTOS_ped.pdf