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RESPONSABILIDADE CIVIL PELO VÍCIO DO PRODUTO OU SERVIÇO - Arts. 18 a 25, CDC - Responsabilidade por vício de qualidade do produto: Decorrente da quebra do dever de colocar produtos próprios e adequados ao consumo pelo fornecedor, que, no caso de vício de qualidade, terá 30 dias para repará-lo e, se não o fizer, o consumidor poderá escolher (art. 18, § 1º): - Substituição do produto - Restituição da quantia paga - Abatimento proporcional - A responsabilidade é solidária e abrange todos da cadeia de fornecimento, inclusive o comerciante (art. 18, caput) - Prazo pode ser reduzido pra 7 ou ampliado pra 180 (art. 18, § 2º) - A escolha poderá ser imediata se o vício for muito extenso ou se o produto for essencial (caso concreto) (art. 18, § 3º) - O fornecedor imediato será responsabilizado no fornecimento de produtos in natura (art. 18, § 5º) - A título de ilustração, o § 6º do art. 18 do CDC lista algumas situações em que o vício do produto está presente, em rol exemplificativo, pois os bens são considerados impróprios para uso e consumo: - Os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos, o que atinge os produtos perecíveis adquiridos em mercados e lojas do gênero. - Os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação. - Os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam. Como exemplo, cite-se um brinquedo que pode causar danos às crianças. - Responsabilidade por vício de quantidade do produto: Semelhante à disciplina do vício de qualidade, é caracterizada pelo fato de o conteúdo líquido do produto for inferior às indicações informadas ao consumidor, que poderá exigir imediatamente: - Abatimento proporcional do preço - Complementação do peso ou medida - Substituição do produto - Restituição da quantia paga - Responsabilidade por vício de qualidade do serviço: Ocorrerá sempre que o serviço se mostre inadequado para o fim que razoavelmente dele se espera, bem como quando não atenda as normas regulamentares de prestabilidade (art. 20, § 2º), podendo o consumidor exigir: - Reexecução do serviço - Restituição da quantia paga - Abatimento proporcional - A reexecução poderá ser confiada a terceiros, por conta e risco do fornecedor (art. 20, § 1º) - No fornecimento do serviço de reparação de produtos, sempre deverão ser empregadas peças de reposição originais, adequadas e novas ou que mantenham as especificações técnicas do consumidor, salvo autorização em contrário do consumidor (art. 21) - Os serviços públicos deverão ser adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos (art. 22), sendo admitida a suspensão do fornecimento em razão da inadimplência do consumidor - Caso isso não aconteça, as pessoas jurídicas correspondentes serão compelidas a cumprir tais obrigações e a reparar os danos causados VÍCIO APARENTE VÍCIO OCULTO É possível perceber logo após a entrega do produto ou término da prestação do serviço, quando o prazo para reclamar passará a contar Sempre acompanhou o produto desde a sua entrega ou o serviço, no término da sua prestação, mas não se evidencia nesses momentos, cujo prazo passará a contar de quando se manifestar 90 dias para reclamar quando se tratar de produto durável, de vida útil não efêmera (eletrodomésticos, veículos, etc.) 30 dias para reclamar quando se tratar de produto não durável, ou seja, de vida útil efêmera (produtos perecíveis) 90 dias para reclamar quando se tratar de produto durável, de vida útil não efêmera (eletrodomésticos, veículos, etc.) 30 dias para reclamar quando se tratar de produto não durável, ou seja, de vida útil efêmera (produtos perecíveis)
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