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SISTEMA RESPIRATÓRIO

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POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
 
 
INTRODUÇÃO: 
Órgão principal: pulmão 
Principal função: realização de trocas de gases no 
organismo. Também está envolvido com a regulação 
da temperatura, equilíbrio de água e ajustes de pH. 
COMPONENTES DO SISTEMA RESPIRATÓRIO: 
Composição: um par de pulmões, músculo diafragma, 
bronquíolos, alvéolos pulmonares, fossas nasais, boca, 
faringe, laringe e traqueia. 
Pulmões: ficam localizados na cavidade torácica. São 
dois órgãos (um à direita e outro à esquerda) 
compostos por cinco lobos: três do pulmão direito e 
dois do pulmão esquerdo. Eles têm característica 
esponjosa, envolvidos por uma película protetora, 
chamada pleura (LEVITZKY, 2016). 
Os lados dos pulmões não são idênticos, visto que são 
ajustados aos demais órgãos adjacentes. O pulmão 
direito, por exemplo, é mais curto devido à presença 
de uma parte elevada do diafragma; ao passo que o 
esquerdo é menor, pois tem uma concavidade da 
posição cardíaca (LEVITZKY, 2016). 
Diafragma: localizado na base dos pulmões, é um 
músculo membranoso controlado pelo nervo frênico e 
sua movimentação, juntamente com os músculos da 
região intercostal, permitem o processo respiratório. 
Brônquios: localizados no interior dos pulmões e que 
tem origem na traqueia, apresentam ramificação 
intensa que geram vasos menores, os bronquíolos. 
Bronquíolos: formam uma estrutura que se parece 
com uma árvore e que recebe o nome de “árvore 
brônquica” e em sua base se encontram os alvéolos 
pulmonares. 
Alvéolos pulmonares: pequenas estruturas saculares 
de células achatadas epiteliais que apresentam alta 
irrigação sanguínea por capilares pulmonares. 
Traqueia: Trata-se de uma estrutura tubular, com 
paredes contendo anéis de cartilagem, os quais são 
resistentes. Em seu interior, está presente um epitélio 
especializado, composto por revestimento com muco 
e cílios, capazes de reter partículas carregadas pelo ar 
durante a respiração. Na porção interior do tubo, há 
uma bifurcação que dá origem a dois ramos principais 
dos brônquios; e, em sua porção superior, há uma 
conexão com a laringe (LEVITZKY, 2016; WARD; 
WARD; LEACH, 2012). 
Faringe: antes de chegar a laringe o ar passa pela 
faringe, um canal “compartilhado” entre sistema 
respiratório e sistema digestório. 
Laringe: órgão cartilaginoso, localizado na região 
anterior ao pescoço. Ela tem função no sistema 
respiratório e na produção de som. As cartilagens que 
a formam são revestidas por membranas do tipo 
mucosa, com pregas para as cordas vocais. De forma 
tubular, a laringe é sustentada por peças cartilaginosas 
e articuladas (LEVITZKY, 2016; WARD; WARD; 
LEACH, 2012). 
Epiglote: impede a entrada de alimentos nas vias 
aéreas, fechando-se. A estrutura de entrada da laringe 
é chamada de glote, sendo que a epiglote se encontra 
acima dela (WARD; WARD; LEACH, 2012). 
Fossas nasais: cavidades paralelas separadas por um 
septo que tem início na região nasal e se estende até a 
faringe. Em seu interior estão os ‘cornetos nasais” que 
são dobras capazes de movimentar o ar formando um 
turbilhão. As células presentes nessas cavidades são 
ciliadas e produtoras de muco que protegem, 
lubrificam, filtram e aquecem o ar. 
SISTEMA RESPIRATÓRIO 
 
POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
 
O sistema respiratório apresenta dois tipos de células 
muito importantes: as calciformes e as ciliadas. 
As células calciformes são responsáveis pela 
produção de muco e por proteger as vias 
respiratórias da presença de partículas estranhas 
pelo aprisionamento. Já as células ciliadas, tem 
função propulsora, impulsionando o muco 
produzido pelas vias e evitando o seu acúmulo 
(LEVITZKY, 2016). 
Recapitulando temos: o ar entra pelas fossas nasais, 
onde se forma um turbilhão gasoso que é encaminhado 
à faringe, depois à laringe, chegando aos brônquios, à 
estrutura pulmonar e aos alvéolos. Esse caminho é 
segmentado em duas vias: superiores, que inclui a 
entrada do ar pelas fossas nasais até a chegada na 
faringe; e inferiores, que inclui o caminho a partir das 
laringes até o pulmão (WARD; WARD; LEACH, 
2012). 
Os músculos da respiração também desempenham um 
importante papel no processo, auxiliando na contração 
e relaxamento dos órgãos, movimentando 
musculaturas, órgãos e estruturas ósseas que são 
necessárias para mecânica ventilatória. Esses 
músculos da respiração podem ser divididos em dois: 
Músculos inspiratórios: diafragma, intercostais 
externos, peitoral maior e menor, serrátil posterior 
superior e músculos da parte torácica, espinal e 
escapular; 
Músculos expiratórios: abdominais, intercostais 
internos, serrátil posterior inferior, quadrado do lombo 
e o transverso do tórax. 
 
A movimentação da musculatura respiratória depende do sistema nervoso, das inervações e vias efetoras 
POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
MECANISMOS RESPIRATÓRIOS: 
A fisiologia respiratória depende de duas partes: 
Parte condutora: “inclui os órgãos que realizam a 
condução do ar, iniciando nas narinas, até chegar aos 
bronquíolos terminais.” 
Parte respiratória: “inclui os órgãos que realizam as 
trocas gasosas, iniciando nos bronquíolos 
respiratórios, até chegar aos alvéolos.” 
Na inspiração, a mecânica ventilatória é impulsionada 
pela ação do diafragma. Quando se contrai, pressiona 
o conteúdo do abdome para a região inferior, e as 
costelas para as regiões superior e exterior. Essa ação 
resulta em um aumento do volume no interior da caixa 
torácica, bem como em redução da pressão, gerando 
um impulso que leva o ar para a região pulmonar. A 
contração do diafragma é seguida de expansão do 
tórax, do abdome e da contração dos músculos 
intercostais externos (LEVITZKY, 2016). 
Já na expiração ocorre o oposto: o diafragma relaxa, 
seguido pela diminuição da cavidade torácica, dos 
pulmões e do relaxamento dos músculos intercostais 
externos. O processo da expiração é passivo, 
majoritariamente. O ar sai passivamente dos pulmões 
devido à diferença de pressão entre o interior do 
organismo e a atmosfera (WARD; WARD; LEACH, 
2012). 
Tensão superficial: “a tensão superficial dos pulmões 
é resultado de uma interface de interação entre o 
líquido e o ar: o líquido dos alvéolos e o ar da expansão 
pulmonar.” 
Complacência: O volume pulmonar é alterado na 
mecânica ventilatória, contraindo-se e se expandindo. 
Ademais, seu volume também é modificado em 
resposta a condições de pressão, dada sua capacidade 
de distensão. A medida dessa capacidade é chamada 
de complacência, a qual considera as diferenças de 
pressão relacionadas as regiões interna e externa ou 
por meio dos alvéolos e das outras estruturas do 
sistema respiratório (transmural) (WARD; WARD; 
LEACH, 2012). 
Na mecânica ventilatória, é preciso que tensão 
superficial e complacência estejam em equilíbrio no 
organismo para que as trocas gasosas ocorram de 
modo efetivo. Afinal, a principal função do sistema 
respiratório é a troca gasosa, que, inclusive, ocorre por 
difusão (WARD; WARD; LEACH, 2012). 
O processo de difusão acontece na membrana dos 
alvéolos, entre os alvéolos e o sangue. No interior dos 
alvéolos o oxigênio entra e se difunde para o sangue 
dos diversos capilares adjacentes e, o dióxido de 
carbono se difunde da corrente sanguínea para os 
alvéolos. Essa difusão acontece a favor do gradiente 
de pressão parcial (GPP) de cada gás e é facilitada pela 
membrana respiratória presente nos alvéolos. 
Essas pressões são citadas como pO2 e pCO2 
As trocas são contínuas e, durante a inspiração, o ar 
atmosférico é misturado com o ar rico em CO2 e pobre 
em O2 do interior do organismo, na parte condutora. 
Ao chegar na parte respiratória, os alvéolos estão 
saturados com gotículas de água. Assim, o ar dos 
alvéolos não fica idêntico ao ar atmosférico inspirado,com maior concentração de CO2 e H2O e menor 
concentração de O2 (LEVITZKY, 2016). 
A troca de gases entre os alvéolos e o sangue é possível 
por meio da difusão, dependente do gradiente de 
pressão parcial, até que haja um equilíbrio entre a 
pressão do ar contido nos alvéolos e do ar da corrente 
sanguínea. Nesse momento, o sangue dos capilares é 
levado para as veias pulmonares, com pressão parcial 
igual à dos alvéolos, constituindo o sangue oxigenado 
(LIMA, 2016). 
Das veias pulmonares, o sangue oxigenado segue átrio 
e ventrículo cardíaco. 
O sangue oxigenado é bombeado pelo coração aos 
demais sistemas por meio dos capilares sanguíneos, 
que permite que as células e os tecidos recebam 
oxigênio. Respeitando o gradiente de pressão parcial, 
o O2 flui para células e tecidos, ao passo que o CO2, 
flui a partir desses elementos para o interior do capilar. 
A baixa concentração de O2 nas células permite que 
essa difusão ocorra, sendo possível porque as células 
consomem O2 em seu metabolismo energético, 
gerando CO2. Desse modo, o gradiente é sempre 
favorável à difusão de O2 nas células, com saída de 
CO2 para a corrente sanguínea (LEVITZKY, 2016). 
POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
TRANSPORTE DE GASES: 
O transporte do oxigênio é feito pela hemoglobina 
(Hb). Cada molécula de Hb consegue transportar até 4 
moléculas de oxigênio. 
A hemoglobina ligada a moléculas de oxigênio passa 
a ser chamada de “oxi-hemoglobina (Hb-O2)” 
O ar dos alvéolos segue para os capilares, lá ele é 
carregado pelas moléculas de Hb e são liberados 
quando chegam no tecido-alvo por difusão. 
Por ser essencial no transporte de oxigênio, quando a 
hemoglobina sofre alterações em sua funcionalidade 
podem gerar estados patológicos agudos ou crônicos 
ou até serem fatais. 
“De acordo com Lima (2016) e Tortora (2012), a 
ligação do oxigênio à Hb é do tipo reversível, podendo 
ser afetada por diversos fatores, como temperatura, 
pH, toxinas e concentração de CO2. Já o CO2, 
majoritariamente passa por uma modificação química, 
gerando bicarbonato (HCO3-), dissolvendo-se no 
sangue. O processo de conversão de CO2 para 
HCO3- ocorre no interior das células sanguíneas, pela 
ação de uma enzima chamada anidrase carbônica 
(AC). 
Uma pequena parte do CO2 se dissolve naturalmente, 
enquanto a outra parte se liga à hemoglobina na forma 
de carbamino-hemoglobina (Hb-CO2).” 
 
A regulação da respiração pode se dar por atuação do 
sistema límbico, pela percepção dos 
quimiorreceptores e consequente ativação/desativação 
de controles neurais. De modo geral, receptores, 
sistema límbico — que fazem parte do sistema 
nervoso — e o próprio sistema nervoso recebem 
estímulos que refletem a condição respiratória, e 
ativam vias de resposta no sistema nervoso por meio 
de neurônios motores. Estes controlam a inervação da 
musculatura respiratória, regulando a mecânica 
ventilatória (LEVITZKY, 2016; LIMA, 2016). 
A detecção das pressões parciais é utilizada como 
mecanismos regulatórios 
Quimiorreceptores: podem ser periféricos ou 
centrais. “Os receptores periféricos são sensíveis a 
alterações de pO2, pCO2 e pH. Já os centrais são 
sensíveis apenas ao pCO2 e especialmente a 
alterações de pH. As respostas dependem da ação de 
neurônios, que recebem estímulos e ativam as vias 
aferentes do controle respiratório” (WARD; WARD; 
LEACH, 2012). 
POR: FLÁVIA LIMA / FONTE: MATERIAL DISPONIBILIZADO PELA FACULDADE 
Sistema límbico: relacionado as emoções. “Quando 
você prende sua respiração, por exemplo, há um 
controle exercido pelo sistema límbico.” 
REGULAÇÃO VOLUNTÁRIA E INVOLUNTÁRIA PELO 
SISTEMA LÍMBICO: 
Estímulos involuntários: “Provenientes de emoções, 
como o susto, a ansiedade e o medo, os quais alteram 
a velocidade de ventilação para suprir demandas 
gasosas da pressão sanguínea.” 
Estímulos voluntários: “Temos como exemplo a 
contenção da respiração durante mergulhos. Ao 
prender a respiração, ocorre um aumento de CO2, o 
que estimula a aceleração da ventilação com a 
sinalização neural na região da ponte bulbar.” 
CASO: 
Durante a prática de exercícios, é comum que ocorra 
maior esforço do sistema respiratório. Dessa forma, ao 
realizar atividades mais intensas, é normal que as 
pessoas descrevam um sintoma clássico: dor forte na 
região lateral abdominal. 
Essa dor recebe o nome de “Dor Abdominal 
Transitória” e está relacionada ao exercício físico. A 
hipótese mais aceita sobre a sua fisiopatologia, é que, 
devido ao grande aporte energético, sanguíneo e de 
oxigênio necessários para suprir a demanda dos 
sistemas corporais durante o esforço físico, ocorre 
uma falha do aporte sanguíneo para alguns órgãos, 
como o diafragma e o baço, gerando uma sensação 
dolorosa pela fadiga de fibras musculares que 
sustentam essas estruturas. Em indivíduos com melhor 
condicionamento físico, o organismo está mais 
preparado para responder a esse esforço e, portanto, o 
desconforto inexiste. A dor é mais comum em pessoas 
sedentárias. 
Portanto, tudo é uma questão de equilíbrio e adaptação 
dos sistemas corporais frente a um novo estímulo. 
os neurônios do tronco encefálico são os responsáveis 
pela sinalização e geração de potencial de ação para os 
nervos que se conectam a musculaturas e órgãos do 
sistema respiratório. Por isso, controlam e regulam as 
ações da mecânica ventilatória por mecanismos 
neurais do sistema somático motor, a partir do tronco 
encefálico (bulbo e ponte), ajustando o ritmo básico da 
respiração (LIMA, 2016; LEVITZKY, 2016).

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