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RESPONSABILIDADE-SOCIOAMBIENTAL-NAS-EMPRESAS_MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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1 
 
 
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NAS 
EMPRESAS 
1 
 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 3 
INTRODUÇÃO ......................................................................................... 4 
O MOVIMENTO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL .............................. 5 
A ADOÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL .................. 7 
Responsabilidade Socioambiental na Micro e Pequena Empresa ....... 9 
O DESENVOLVIMENTO COM RESPONSABILIDADE 
SOCIOAMBIENTAL.......................................................................................... 12 
APLICANDO A RESPONSABILIDADESOCIOAMBIENTAL NAS 
ORGANIZAÇÕES ............................................................................................ 18 
Alcoa .................................................................................................. 18 
Amanco .............................................................................................. 19 
Anglo .................................................................................................. 19 
Bradesco ............................................................................................ 20 
Braskem ............................................................................................. 20 
Bunge ................................................................................................. 20 
CPFL .................................................................................................. 21 
EDP .................................................................................................... 21 
Fibra ................................................................................................... 21 
HSBC ................................................................................................. 22 
Itaú ..................................................................................................... 22 
Masisa ................................................................................................ 22 
Natura ................................................................................................ 23 
Philips ................................................................................................. 23 
Promon ............................................................................................... 23 
Santander ........................................................................................... 24 
Suzano ............................................................................................... 24 
Unilever .............................................................................................. 24 
2 
 
 
Walmart .............................................................................................. 25 
Whirlpool ............................................................................................ 25 
SER SOCIALMENTE RESPONSÁVEL ................................................. 26 
Dimensão interna ............................................................................... 26 
Dimensão externa .............................................................................. 27 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................... 28 
REFERENCIAS ..................................................................................... 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de 
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como 
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
INTRODUÇÃO 
Responsabilidade socioambiental é a responsabilidade que uma 
empresa, ou organização tem com a sociedade e com o meio ambiente além das 
obrigações legais e econômicas. 
Refere-se aos problemas e processos sociais, tendo em conta sua relação 
com o meio ambiente: desenvolvimento socioambiental. Relação da sociedade 
com o meio ambiente. Responsabilidade dos indivíduos por suas ações que 
afetam o ambiente. 
Um dos assuntos mais importantes atualmente, trata-se de falar de 
sustentabilidade, pois é a prática de preservar o meio ambiente, a fim de não 
comprometer as gerações futuras, por meio das extrações dos recursos naturais 
e degradação do planeta terra. É uma maneira consciente de garantir a 
sobrevivência daqui a alguns anos. 
As principais vantagens das empresas e organizações em aderirem à 
sustentabilidade é o desenvolvimento da responsabilidade socioambiental, que 
reúne atitude e iniciativa quanto aos impactos ambientais, além de tornar a 
empresa mais competitiva no mercado. Empresas que levam a sério o conceito 
da sustentabilidade garantem maior credibilidade social e imagem positiva na 
sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
O MOVIMENTO DA RESPONSABILIDADE SOCIAL 
A história das civilizações aponta uma preocupação tradicional com o fator 
econômico. Após a Segunda Guerra Mundial iniciaram manifestações de 
preocupação com questões sociais, ambientais e o futuro das organizações no 
mundo. No Brasil o discurso sobre as questões sociais, cresceu a partir da 
reforma do Estado no final dos anos 80, descentralizando ao mercado a 
responsabilidade pelo crescimento econômico e atendimento às necessidades 
sociais. 
O processo econômico decorrente da globalização, as transformações 
políticas e sociais mundiais, a inovação tecnológica e científica, e os impactos 
das mudanças climáticas, têm ressaltado a necessidade de revisão dos atuais 
padrões insustentáveis de produção e consumo e dos modelos econômicos 
adotados pelos países desenvolvidos e economias emergentes, como é o caso 
do Brasil. 
Este cenário tem conduzido inúmeros debates sobre o papel dos 
indivíduos, das empresas e instituições na promoção de práticas e atitudes que 
conduzam ao desenvolvimento sustentável. No âmbito das instituições (públicas, 
privadas ou do terceiro setor) o conceito utilizado é o de responsabilidade social 
ou responsabilidade socioambiental, visando identificar e estruturar ações para 
atender as demandas da sociedade. 
O movimento da responsabilidade socioambiental é um movimento 
mundial. Trata-se de um processo contínuo e progressivo do desenvolvimento 
de competências cidadãs, com a assunção de responsabilidades sobre questões 
sociais e ambientais relacionadas a todos os públicos em interação na 
sociedade: trabalhadores, consumidores, governo, empresas, investidores e 
acionistas, organizações da sociedade civil, mercado e concorrentes, 
comunidade e o próprio meio ambiente, conforme a Agenda Ambiental na 
Administração Pública. 
As questões relacionadas a responsabilidade socioambiental são globais 
e, dependendo do contexto, sua compreensão por parte das empresas e demais 
instituições pode acontecer de formas diferentes, levando-se em consideração 
6 
 
 
os impactos e influências dos desafioseconômicos, sociais e ambientais a serem 
enfrentados, e dos padrões internacionais e nacionais adotados como referência 
para o desenvolvimento nos diferentes países. 
Empresas que investem em práticas de responsabilidade socioambiental 
elevam os níveis de desenvolvimento social, proteção ao meio ambiente e 
respeito aos direitos humanos, os quais se traduzem em uma gestão 
responsável. A empresa responsável possui em sua base valores que geram 
uma cultura de cooperação interna e externa, conciliando os interesses de 
diversos agentes em um enfoque global de qualidade e viabilidade. De forma 
geral, uma empresa sustentável possui uma visão sistêmica de sua atuação, 
analisando as necessidades do cliente externo e interno, estando atenta aos 
efeitos que ela gera no curto, médio e longo prazo em relação às suas ações, 
produtos e processos. 
Percebe-se que no mundo dos negócios e na sociedade, ações de 
responsabilidade socioambiental são iniciativas relativamente complexas, que 
envolvem médias e grandes empresas. Estas ações tornam-se efetivas quando 
envolvem programas institucionais com a utilização de recursos financeiros. 
Micro e Pequenas Empresas, apesar de não possuírem estruturas e recursos, 
tendem a atuar em estreita relação com as comunidades onde estão inseridas 
de maneira informal, e acabam se tornando importantes agentes para a solução 
de problemas sociais e ambientais. 
No mundo acadêmico, também se verifica o aumento e ênfase de 
pesquisas sobre responsabilidade socioambiental cujo foco são as grandes 
empresas. Foram realizadas pesquisas sobre a atuação de pequenas empresas 
familiares nos EUA em ações de responsabilidade socioambiental e destacaram 
a necessidade de mais estudos que ampliem a base de conhecimentos sobre o 
tema, evidenciando a importância das pequenas empresas familiares e 
microempresas à sustentabilidade em todo o mundo. 
7 
 
 
A ADOÇÃO DA RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL 
A relação entre desenvolvimento econômico, atividades produtivas e 
esgotamento de recursos fez surgir em nível mundial uma série de tratados, 
convenções e normas, com o objetivo de incorporar o desenvolvimento 
sustentável nas ações humanas. As primeiras iniciativas para melhorar as 
relações das empresas com o ambiente foram as normas ambientais. Diante da 
necessidade de melhorar a imagem da organização, posteriormente, perante 
seus parceiros (empregados, consumidores, fornecedores e sociedade) e 
ganhar competitividade, foram implantadas ações baseadas nas normas de 
responsabilidade social. 
A responsabilidade social pode ser entendida como uma forma de gestão 
que persegue a sustentabilidade organizacional para que as empresas 
colaborem com o desenvolvimento sustentável. Ainda pode ser caracterizada 
por atitudes e atividades baseadas em valores éticos e morais, para minimizar 
os impactos negativos que as organizações causam ao ambiente. 
O entendimento da relação complexa que existe entre as empresas e a 
sociedade, incluindo comunidades, empregados, governos, clientes, 
fornecedores, também se refere ao estudo da responsabilidade social de 
empresas. 
A responsabilidade social é conceituada como o compromisso que uma 
organização deve ter para com a sociedade, expresso por meio de atos e 
atitudes que a afetem positivamente de modo amplo e a alguma comunidade de 
modo específico, atingindo proativamente e coerentemente no que tange a seu 
papel específico na sociedade e a sua prestação de contas com ela. 
A adoção da responsabilidade social aponta para um modelo de 
desenvolvimento mais harmônico e à redução dos problemas ecológicos e 
sociais que afetam o desenvolvimento da economia. Estas condições 
proporcionam ganhos de imagem, capacidade de adaptação e mudanças às 
empresas por meio do gerenciamento de riscos na relação com os stakeholders. 
Todo empresário interessado em garantir a rentabilidade e a viabilidade 
em longo prazo à sua empresa, necessita refletir sobre uma gestão orientada 
8 
 
 
para o ambiente interno e externo de sua organização. Uma gestão socialmente 
responsável se define pela relação ética e transparente da empresa com todos 
os públicos com os quais ela se relaciona e pelo estabelecimento de metas 
empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade, 
preservando recursos ambientais e culturais para as gerações futuras, 
respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. 
Nessa perspectiva, a empresa socialmente responsável é aquela que 
pratica uma gestão pautada na relação ética com seus funcionários, 
distribuidores, fornecedores, consumidores. O diálogo com as partes 
interessadas viabiliza a correta atuação e mudança nas políticas e decisões 
empresariais. 
A responsabilidade socioambiental refere-se ao posicionamento adotado 
pela organização diante do ambiente em que está inserida. Com essas 
mudanças as empresas ganham confiança e reputação, aspectos de grande 
importância para diferenciação num mercado cada vez mais competitivo. 
Uma empresa socialmente responsável no campo da preservação 
ambiental destaca-se pela sua excelência em política e gestão ambiental, pela 
sua atuação como agente de fomento do desenvolvimento sustentável local e 
regional, e de preservação da saúde, da segurança e da qualidade de vida de 
seus empregados e da comunidade situada ao redor, e pela inserção da questão 
ambiental como valor de sua gestão e como compromisso, sob a forma de 
missão e visão do seu desempenho empresarial. 
Além do desempenho empresarial, as organizações privadas têm se 
preocupado em mostrar responsabilidade pelo contexto social e ambiental na 
realização de suas atividades, mantendo um bom relacionamento com os seus 
stakeholders. 
As empresas vêm desenvolvendo programas de responsabilidade social 
cujo conceito se refere a um conjunto de indicadores utilizado para a avaliação 
do desempenho econômico e de suas ações de responsabilidade social e 
ambiental. Trata-se de um processo que deve incorporar ações que promovam 
a preservação e a qualidade de vida para a sociedade, portanto, tem foco nos 
pontos de vista ético, social e ambiental. 
9 
 
 
Existe uma série de vantagens proporcionadas por uma atuação 
empresarial alinhada à responsabilidade social no âmbito de atuação das 
empresas, tais como: 
. redução da carga tributária; 
. forma alternativa de recolhimento de alguns tributos; 
. criação de uma política permanente para a empresa; 
. Incremento do marketing social; 
. redução de custos operacionais e melhoria dos indicadores de 
produtividade e qualidade; 
. lealdade dos clientes; melhoria da imagem da empresa; 
. divulgação do balanço social e dos Indicadores de responsabilidade 
social; 
. obtenção de certificados e selos e preferência nas licitações e 
contratações com o poder público. 
Diante do cenário atual, onde a cada dia é necessário fazer mais para 
manutenção dos clientes e para conquistar o mercado consumidor, a adoção de 
práticas de responsabilidade socioambiental traz resultados positivos para as 
empresas, associada as responsabilidades econômica e social, constitui a base 
do desenvolvimento sustentável, de acordo com os paradigmas de produção e 
consumo de uma sociedade que se transforma. 
Responsabilidade Socioambiental na Micro e Pequena 
Empresa 
As empresas, nas suas mais diversas formas e dimensões têm sido 
veículos de importantes transformações no mundo contemporâneo, vêm 
contribuindo significativamente para redução das desigualdades sociais e 
econômicas em todo o planeta. 
No processo de desenvolvimento social e sustentável as MPE em todo o 
mundo desempenham um papel fundamental, não só por sua capacidade de 
10 
 
 
criar postos de trabalho e gerar renda, mas porque aportam conhecimento, 
oportunidades e dinamismo aos territórios em que atuam. As atuais demandas 
por produtos e serviços que incorporam valores intangíveisimpõem às 
organizações empresariais em especial as MPE, assumirem compromissos 
relacionados à responsabilidade socioambiental. 
As MPE enquanto grandes geradoras de emprego e renda possuem um 
portfólio diversificado de produtos e serviços, além de estarem inseridas em 
diversos e importantes contextos sociais da sociedade brasileira. 
No período 2000-2011, as MPE suplantaram a barreira dos 6 milhões de 
estabelecimentos. Nesse período, o crescimento médio do número de MPE foi 
de 3,7% ao ano. Em 2000, havia 4,2 milhões de estabelecimentos, enquanto em 
2011 um total de 6,3 milhões de estabelecimentos em atividade. Portanto, no 
período houve a criação de aproximadamente 2,1 milhões de novas MPE. 
Entre 2000 e 2011, as MPE criaram sete milhões de empregos com 
carteira assinada, elevando o total de empregos no segmento de 8,6 milhões em 
2000, para 15,6 milhões em 2011. No período, o crescimento médio do número 
de empregados nas MPE foi de 5,5% ao ano. O bom desempenho das MPE no 
período analisado confirmou a sua importância para a economia. Em 2011, as 
MPE representavam 99% dos estabelecimentos em atividade, 51,6% dos 
empregos privados não agrícolas formais no país e quase 40% da massa de 
salários. Entre 2000 e 2011, de cada 100 reais pagos aos trabalhadores no setor 
privado não agrícola, cerca de 40 reais, em média, foram pagos pelas MPE. 
Os números destacam a importância das MPE para a sociedade e a 
economia do país, especialmente se considerarmos as especificidades e 
diferentes contextos de atuação destas organizações e as contribuições 
decorrentes. Muitas delas estão localizadas em regiões e localidades deprimidas 
social e economicamente, e elas geram empregos, renda e melhorias sociais. 
Apesar do destaque das MPE no cenário socioeconômico, pesquisas 
demonstram o desconhecimento do tema responsabilidade socioambiental por 
parte dos empresários deste segmento. Eles têm a visão de que sua atuação na 
melhoria de problemas sociais e ambientais é pontual, geralmente encarada 
como filantropia. 
11 
 
 
Pesquisa realizada com 126 gestores de microempresas em dez 
municípios da região Baixada Litorânea no Estado do Rio de Janeiro, na qual 
identificou o comportamento dos mesmos com relação à responsabilidade social. 
Segundo o pesquisador, os empresários consideravam a prática de ações de 
responsabilidade socioambiental inerentes somente as grandes empresas e 
classificaram suas poucas ações nessa área como uma prática filantrópica ou 
de humanidade, tanto com seus empregados como com a sociedade. 
Um estudo sobre responsabilidade social em microempresas na Europa, 
e demonstrou que além de tornar a organização mais forte e competitiva no 
mercado, ajuda a fortalecer laços com a comunidade e outros atores. Pelo seu 
maior grau de relacionamento com a comunidade local, a microempresa 
apresenta mais facilidade em identificar as necessidades e demandas de 
parceiros e problemas sociais locais. Entre outras vantagens apontadas, o 
estudo sustenta que o estabelecimento de redes de cooperação de 
microempresas contribui para melhora do capital estrutural e relacional das 
organizações envolvidas. 
No âmbito das MPE, a organização e atuação em rede possibilita a troca 
de experiências e conhecimentos, proporciona melhor estrutura para a 
realização de práticas de responsabilidade social e ambiental. Também a 
colaboração entre as PME e as instituições locais, nacionais, públicas e privadas 
é essencial para as estratégias e políticas de sustentabilidade de sucesso. 
A sociedade e consumidores mais exigentes, alinhados a novos valores 
sociais e ambientais, também começam a cobrar iniciativas neste sentido das 
empresas e exercem seu poder por meio do consumo consciente, provocando 
mudanças nas formas de produção e nos produtos e serviços das organizações 
empresariais. 
A sociedade está impelindo as MPE a assumirem compromissos que vão 
além daqueles definidos pela ordem econômica, onde a minimização de custos 
e a primazia do lucro são os adjetivos únicos. As organizações, independente de 
seu porte, devem promover o bem estar da sociedade como um todo, 
transcendendo os modelos tradicionais de gestão e incorporando em suas 
metas, além da produtividade e lucro, aspectos sociais, éticos e ambientais. 
12 
 
 
As MPE são um dos principais agentes do novo contexto econômico, e a 
prática da responsabilidade socioambiental nestas empresas tem muito a 
contribuir para a redução das desigualdades sociais, da pobreza, o aumento do 
nível educacional, a promoção de melhores condições de vida e de 
oportunidades para os cidadãos. 
O DESENVOLVIMENTO COM RESPONSABILIDADE 
SOCIOAMBIENTAL 
Apesar de ser um termo bastante utilizado, é comum observarmos erros 
na conceituação de responsabilidade socioambiental, ou seja, se uma empresa 
apenas segue as normas e leis de seu setor no que tange ao meio ambiente e a 
sociedade esta ação não pode ser considerada responsabilidade 
socioambiental, neste caso ela estaria apenas exercendo seu papel de pessoa 
jurídica cumprindo as leis que lhe são impostas. 
O movimento em prol da responsabilidade socioambiental ganhou forte 
impulso e organização no início da década de 1990, em decorrência dos 
resultados da Primeira e Segunda Conferências Mundiais da Indústria sobre 
gerenciamento ambiental, ocorridas em 1984 e 1991. 
Em 1998, o Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento 
Sustentável (World Business Council for Sustainable Development - WBCSD), 
primeiro organismo internacional puramente empresarial com ações voltadas à 
sustentabilidade, definiu Responsabilidade socioambiental como o compromisso 
permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir 
para o desenvolvimento econômico, melhorando, simultaneamente, a qualidade 
de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da 
sociedade como um todo. Pode ser entendida também como um sistema de 
gestão adotado por empresas públicas e privadas que tem por objetivo 
providenciar a inclusão social (Responsabilidade Social) e o cuidado ou 
conservação ambiental (Responsabilidade Ambiental). 
13 
 
 
É adotado por empresas e escolas. As principais ações realizadas são: 
inclusão social, inclusão digital, coleta seletiva de lixo, educação ambiental, 
dentre outras. 
Este tipo de prática ou política tem sido adotado desde a década de 1990, 
entretanto a luta pela sociedade e principalmente pela natureza é mais antiga, 
por volta da década de 1920. 
O ápice da luta ambiental se deu por volta dos anos 70 quando 
organizações não governamentais ganharam força e influência no mundo. 
 Com a internacionalização do capital (globalização), o uso dos recursos 
naturais pelas empresas de maneira intensa e quase predatória, ou seja, sem a 
devida preocupação com os possíveis danos, foi fortemente combatida desde a 
década de 1970 pelos movimentos ambientalistas. As empresas, no intuito de 
ganhar a confiança do novo público mundial e preocupados com a preservação 
e o possível esgotamento dos recursos naturais, procuraram se adaptar a essa 
nova tendência com programas de preservação ambiental - utilização consciente 
dos recursos naturais. Muitas buscam seguir as regras de qualidade idealizadas 
pelo programa ISO 14000 e pelo Instituto Ethos. 
A partir da Revolução Industrial ocorrida na Europa no século XIX, a 
utilização de materiais, dos recursos naturais e a emissão de gases poluentes 
foram desenfreados. Em contrapartida, no início do séc. XX alguns estudiosos e 
observadores já se preocupavam com a velocidade da destruição dos recursos 
naturais e com a quantidade de lixo que a humanidade estava produzindo. O 
movimento ambientalista começou a engatinhar na década de 1920. Passados 
os anos, este movimento ganhou destaque na década de 1970 e tornou-se 
obrigatório na vida de cada cidadão no momento atual. Conceitos como Gestão 
Ambiental,Desenvolvimento Regional Sustentável, Biodiversidade, 
Ecossistema, Responsabilidade Socioambiental ganharam força e a devida 
importância. 
Responsabilidade socioambiental é um conceito empregado por 
empresas e companhias que expressa o quão responsáveis são as mesmas 
para com as questões sociais e ambientais que envolvem a produção de sua 
mercadoria ou a realização de serviços, para com a sociedade e o meio 
14 
 
 
ambiente, buscando reduzir ou evitar possíveis riscos e danos sem redução nos 
lucros. 
Corresponde a um compromisso das empresas em atender à crescente 
conscientização da sociedade, principalmente nos mercados mais maduros. Diz 
respeito à necessidade de revisar os modos de produção e padrões de consumo 
vigentes de tal forma que o sucesso empresarial não seja alcançado a qualquer 
preço, mas ponderando-se os impactos sociais e ambientais consequentes da 
atuação administrativa da empresa. 
São exemplos de programas e projetos de Responsabilidade 
Socioambiental: inclusão social, inclusão digital, programas de alfabetização, ou 
seja, assistencialismo social, coleta de lixo, reciclagem, programas de coleta de 
esgotos e dejetos, e questões que envolvem: lixo industrial, reflorestamento X 
desmatamento, utilização de agrotóxicos, poluição, entre outros. 
Em 1987, o documento Our Common Future (Nosso Futuro Comum), 
também conhecido como Relatório Brundtland, apresentou um novo conceito 
sobre desenvolvimento definindo-o como o processo que “satisfaz as 
necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras 
de suprir suas próprias necessidades”. Assim fica conhecido o conceito de 
desenvolvimento sustentável. 
Abaixo, está listado uma espécie de linha do tempo, no qual contém o 
crescimento do conceito de responsabilidade social e responsabilidade 
ambiental: 
. 1929- Constituição de Weimar (Alemanha) – Função Social da Propriedade; 
. 1960- Movimentos pela Responsabilidade Social (EUA); 
. 1971- Encontro de Founex (Suíça); 
. 1972- Singer publica o que foi reconhecido como o primeiro balanço social do 
mundo; 
. 1972- ONU – resolução 1721 do Conselho Econômico e Social – estudos sobre 
o papel das grandes empresas nas relações internacionais; 
. 1973- PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Genebra); 
15 
 
 
. 1977- Determinação da publicação do balanço social - relações do trabalho 
(França); 
. 1992- ECO 92 ou CNUMAD (Conferência das Nações Unidas para o Meio 
Ambiente e o Desenvolvimento) – Criação do Projeto Agenda 21; 
. 1997- Betinho de Souza e IBASE incentivam publicação do balanço social; 
. 1999- Criação do Selo “Empresa Cidadã”; 
. 1999- 1ª Conferência Internacional do Instituto Ethos; 
. 2000- ONU e o Pacto Global. 
Sustentabilidade começa a ser vista como algo presente no dia a dia da 
empresa, pois além das atividades produtivas, envolve o tratamento dado ao 
meio ambiente e sua influência e relacionamento com fornecedores, público 
interno e externo e com a sociedade, práticas de governança corporativa, 
transparência no relacionamento interno e externo, postura obrigatória para as 
empresas de âmbito mundial, cuja imagem deve agregar o mais baixo risco ético 
possível. 
Os principais desastres ambientais ocorridos no Brasil são: 
. 1984, incêndio na Vila Socó - em fevereiro, uma falha em dutos subterrâneos 
da Petrobras espalhou 700 mil litros de gasolina nos arredores da Vila Socó, em 
Cubatão (SP). Após o vazamento, um incêndio destruiu parte da favela. Foram 
contabilizados, oficialmente, 93 mortos; 
. 1987, Césio 137 em Goiânia - em setembro, um dos mais graves casos de 
exposição à radiação do mundo ocorreu em Goiânia (GO), por meio da 
contaminação pelo material radioativo Césio 137. Na ocasião, dois catadores de 
lixo arrobaram um aparelho radiológico nos escombros de um antigo hospital e 
encontraram um pó branco que emitia luminosidade azul. Os catadores levaram 
o material radioativo a outros pontos da cidade, contaminando pessoas, água, 
solo e ar. Pelo menos quatro morreram devido à exposição, e centenas de outras 
desenvolveram doenças. Em 1996, a Justiça condenou, por homicídio culposo, 
três sócios e um funcionário do hospital abandonado. A pena foi de três anos e 
dois meses de prisão. Porém, as penas foram trocadas por prestação de serviços 
voluntários. 
16 
 
 
. 2000, vazamento de óleo na Baía de Guanabara - em janeiro, o Ibama aplicou 
duas multas à Petrobras, uma de R$ 50 milhões e outra de R$ 1,5 milhão, após 
o vazamento de 1,3 milhão de litros de óleo in natura na Baía de Guanabara, no 
Rio de Janeiro (RJ). Um acidente com um navio petroleiro resultou no 
vazamento. O incidente causou morte da fauna local e poluiu também o solo em 
vários municípios, como Magé. 
. 2000, vazamento de óleo em Araucária - em julho, o Ibama aplicou três multas 
à Petrobras, totalizando R$168 milhões, pelo vazamento de quatro milhões de 
litros óleo na refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária (PR). 
. 2003, vazamento de barragem em Cataguases - em março, ocorreu o 
rompimento de barragem de celulose na região de Cataguases (MG), com 
vazamento de 520 mil m³ de rejeitos compostos por resíduos orgânicos e soda 
cáustica. Os resíduos atingiram os rios Pomba e Paraíba do Sul, originando 
prejuízos ao ecossistema e à população ribeirinha, que teve o abastecimento de 
água interrompido. O incidente também afetou áreas do Estado do Rio de 
Janeiro. O Ibama aplicou multa de R$ 50 milhões à Florestal Cataguases e 
Indústria Cataguases de papel. 
. 2007, rompimento de barragem em Miraí - houve rompimento de barragem de 
mineração na região de Miraí (MG), com vazamento de 2.280.000 m³ de água e 
argila (lavagem de bauxita). O órgão estadual aplicou multa de R$ 75 milhões à 
empresa Mineração Rio Pomba Cataguases. 
. 2011, Chuvas na região serrana do Rio - em janeiro, em decorrência de um 
elevadíssimo nível de chuvas na região serrana do Rio de Janeiro, uma série de 
deslizamentos e enxurradas destruiu casas nas regiões de encosta. Foram 
totalizadas aproximadamente 800 mortes. As chuvas, principalmente nas 
regiões Sudeste e Sul, costumam ser as grandes causadoras de acidentes 
naturais. Em 2008, a região do Vale do Itajaí, em Santa Catarina, sofreu uma 
grande enchente, que resultou em mais de 100 mortes. 
. 2011, vazamento de óleo Bacia de Campos - em novembro, houve o vazamento 
de uma grande quantidade de óleo da Chevron na Bacia de Campos, no Rio de 
Janeiro (RJ). O Ibama aplicou duas multas à empresa, uma de R$ 50 milhões e 
outra de R$ 10 milhões, pelo vazamento de 3,7 mil barris de óleo no Campo de 
17 
 
 
Frade. Estima-se que a mancha provocada pelo vazamento no mar tenha 
chegado a 162 km², o equivalente à metade da Baía de Guanabara. 
Especialistas registraram uma grande quantidade de animais mortos nas áreas 
afetadas pela mancha. A empresa americana Chevron, responsável pela 
perfuração do poço que vazou, foi condenada a pagar uma indenização de R$ 
95 milhões ao governo brasileiro para compensar os danos ambientais 
causados. 
. 2015, incêndio na Ultracargo - em abril, após incêndio no Terminal Alemoa, em 
Santos (SP), a empresa Ultracargo foi multada pelo órgão estadual de meio 
ambiente em R$ 22,5 milhões por lançar efluentes líquidos no estuário, em 
manguezais e na lagoa contígua ao terminal. A Ultracargo foi multada por lançar 
efluentes líquidos no estuário de Santos, em manguezais e na lagoa ao lado do 
terminal, além de emitir efluentes gasosos na atmosfera, colocar em risco a 
segurança das comunidades próximas, dos funcionários e de outras instalações 
localizadas na mesma zona industrial. 
. 2015, rompimento da barragem de Mariana - em novembro, o rompimento da 
barragem da Samarco em Mariana (MG) provocou a liberação de 62 milhões de 
metros cúbicos de rejeitos. 
Em Minas Gerais, só nos últimos 14 anos, ocorreram acidentes na 
Mineração Rio Verde, em Nova Lima(2001), na Mineração Rio Pomba 
Cataguases, em Miraí (2007), e na Mineração Herculano, em Itabirito (2014). 
. 2019, rompimento da barragem de Brumadinho - 25 de janeiro, a queda da 
barragem em Brumadinho já fez mais vítimas que o desastre ambiental de 
Mariana, em 2015, que deixou 19 mortos. Os bombeiros também informaram 
que 296 pessoas estão desaparecidas. Há ainda 81 desabrigados e 23 pessoas 
hospitalizadas. 
A tragédia aconteceu na região do córrego do Feijão, que deságua no rio 
Paraopeba, na Bacia do Rio São Francisco. O rompimento acontece três anos 
após a queda de uma barragem da Samarco também em Minas Gerais, em 
Mariana, o maior da história da mineração no Brasil. A Vale é uma das donas da 
Samarco, junto com a mineradora anglo-australiana BHP Billiton. 
18 
 
 
É uma triste consequência da lição não aprendida pelo Estado brasileiro 
e pelas mineradoras com a tragédia da barragem de Fundão, da Samarco, em 
Mariana (MG), também controlada pela Vale. Minérios são um recurso finito que 
devem ser explorados de forma estratégica e com regime de licenciamento e 
fiscalização rígidos. A reciclagem e reaproveitamento devem ser priorizados. 
APLICANDO A RESPONSABILIDADESOCIOAMBIENTAL 
NAS ORGANIZAÇÕES 
As práticas de responsabilidade socioambiental têm sido realizadas por 
diversas empresas. Muitas delas criam comitês organizacionais responsáveis 
por propor ações e mensurar os impactos socioambientais da companhia dentro 
e fora do ambiente corporativo. 
Envolver os colaboradores nessas ações é algo muito importante. É uma 
forma de fazer com que se sintam participativos e responsáveis. Eles devem 
entender o compromisso da empresa e entender ainda que a responsabilidade 
socioambiental é um dever de todos. 
Uma ótima opção é contar com o apoio de uma consultoria especializada, 
para que identifique oportunidades de ação socioambiental, contribuindo para a 
eficiência do trabalho responsável. Tudo isso visando sempre à saúde do meio 
ambiente e da sociedade, bem como ao sucesso dos negócios da organização. 
A seguir, serão apresentadas 20 empresas-modelo em responsabilidade 
socioambiental. 
Alcoa 
A maior fabricante de alumínio do mundo, a americana Alcoa, se desta, 
quando o assunto é sustentabilidade no mundo dos negócios. Preocupada em 
conciliar desenvolvimento econômico e preservação do meio ambiente, ela 
explora uma mina de bauxita no município de Juriti, no coração da Floresta 
Amazônica, com técnicas que minimizam os impactos ambientais. O objetivo da 
19 
 
 
empresa é transformar Juriti em referência de atuação socioambiental no setor 
de mineração. Para isso, a empresa criou um conselho especial para discutir 
com as comunidades locais e o poder público o desenvolvimento do município, 
além de um fundo de financiamento de ações sociais na região. Com essas 
frentes de diálogo, a Alcoa consegue reduzir seu impacto no meio ambiente e 
garantir benefícios sociais duradouros nas regiões onde atua. 
Amanco 
Em busca de matérias-primas menos poluentes, a fabricante de tubos e 
conexões Amanco inovou na formulação de seus produtos com o uso de 
tecnologias mais limpas. Um destaque da empresa foi a substituição do solvente 
tolueno, que pode causar dependência nos trabalhadores que inalam seu vapor, 
por outro de menor impacto para a saúde e para o meio ambiente. Pela iniciativa, 
a empresa ganhou em 2009 o selo Sustentax, que certifica produtos 
sustentáveis. De lá pra cá, num esforço de engenharia de materiais, a empresa 
também alternou a fórmula de outros de seus produtos, como os estabilizantes, 
que deixaram de levar chumbo em sua composição, eliminando riscos de 
intoxicação pelo metal entre seus funcionários. 
Anglo 
O diálogo com a comunidade é uma das práticas de responsabilidade-
social que mais chamam atenção na mineradora Anglo American Brasil. 
Periodicamente, a empresa realiza encontros com os moradores dos municípios 
onde está presente. Nas reuniões batizadas de "Fórum Comunitário", que 
começaram em 2006, são discutidas as aplicações de investimentos em projetos 
sociais. A Anglo American já investiu em um único ano 5,2 milhões de reais em 
projetos sociais e 13,2 milhões de reais em projetos de proteção ambiental, a 
empresa conseguiu reciclar e reutilizar 83% da água consumida em seu 
processo produtivo. 
20 
 
 
Bradesco 
Em uma das iniciativas de preservação, o Banco chegou a investir 
investiu, em 2009, R$380 milhões em projetos e, em parceria com a Fundação 
Amazônia Sustentável, já contribuiu para a preservação de 16,4 milhões de 
hectares de mata. 
Braskem 
A sustentabilidade vem ocupando o cerne dos negócios da Braskem. 
Pioneira na fabricação de "plástico verde" e uma das maiores petroquímicas do 
mundo, a empresa tem como meta se tornar referência mundial na produção a 
partir de matérias-primas renováveis. Para atingir esse objetivo, a Braskem 
investe pesado em pesquisa e inovação - de seus 6,5 mil funcionários, 300 são 
cientistas. Também não faltam investimentos para os centros de 
desenvolvimento de novas tecnologias. A fábrica de "plástico verde", no Rio 
Grande do Sul, recebeu 500 milhões de reais. Com a produção de uma tonelada 
desta matéria-prima renovável, a empresa deixa de emitir 2,5 toneladas de CO2. 
Bunge 
Foram dois anos de intensas pesquisas na subsidiária brasileira da 
Bunge, uma das maiores empresas de alimentos e de fertilizantes do mundo, 
para desenvolver uma embalagem feita de material orgânico e biodegradável. O 
intento, bem sucedido, deu origem a uma embalagem de menor impacto 
ambiental usada por um dos produtos da empresa, a margarina Cyclus. A 
empresa também tem atuado na redução de resíduos. No ano passado, diminuiu 
em 14% o volume de PET usado nas embalagens de óleo vegetal. Outra frente 
de atuação é no incentivo à reciclagem. A Bunge mantém 60 postos de coleta 
de óleo em padarias de toda a região metropolitana de São Paulo. 
21 
 
 
CPFL 
A CPFL Energia larga na frente no setor de energia pela produção mais 
limpa. Em meados de 2010, o maior grupo privado do setor elétrico brasileiro 
inaugurou uma termelétrica movida a biodiesel no interior paulista. Com potência 
instalada de 45 MW, a usina que opera a base de bagaço de cana-de-açúcar 
tem capacidade de atender uma cidade de 200 mil habitantes. 
EDP 
A subsidiária brasileira da EDP, holding de empresas de geração, 
distribuição e comercialização de energia elétrica, já inaugurou 16 postos de 
abastecimentos de veículos elétricos, distribuídos por São Paulo, Vitória e 
Espírito Santo. Para ajudar no desenvolvimento de um mercado brasileiro de 
carros movidos a eletricidade e, também, o seu próprio negócio, a empresa 
pretende destinar, anualmente, 100 mil reais para ideias que possam ajudá-la a 
evoluir na economia de baixo carbono. Além disso, a EDP também investe em 
parques eólicos que somam 13,8MW de capacidade instalada, energia suficiente 
para abastecer uma cidade de 40 mil habitantes. 
Fibra 
Mobilizar as comunidades locais das regiões onde atua é uma das 
estratégias da fabricante de papel e celulose Fibria, que possui fábricas e 
plantações em 252 municípios em todo o Brasil. No ano passado, a empresa 
investiu 16 milhões de reais em ações socioambientais nestas regiões. A verba 
para os investimentos em projetos dessa natureza é incorporada e definida no 
orçamento anual da companhia. 
22 
 
 
HSBC 
O banco HSBC criou um programa para incentivar seus funcionários a 
disseminar práticas sustentáveis. Batizado de Climate Partnership, ele treina 
colaboradores do banco interessados no tema e os estimula a ensinar a colegas 
de trabalho e a membros de sua comunidade aquilo que aprendeu. Para o banco, 
o treinamento de funcionários pode significar negócios no futuro. Até agora, o 
programa já formou diversos líderes ambientais no Brasil. A expectativa é que 
se formem outros. Em 2009, o HSBC investiu 15,8 milhõesde reais em 263 
projetos sociais e outros 3,5 milhões de reais em ações de conservação da Mata 
Atlântica. 
Itaú 
O Itaú Unibanco incorporou a preocupação com o meio ambiente no dia-
a-dia da organização e, principalmente, no cotidiano dos funcionários. Há dois 
anos, o banco criou um concurso de ideias sobre práticas sustentáveis. As 
melhores propostas, escolhidas com a ajuda dos próprios empregados, são 
premiadas. Além de estimular a criação coletiva de iniciativas verdes, o banco 
também mantém um programa interno de coleta de lixo eletroeletrônico. 
Somente no ano de 2009, foram recicladas 116 toneladas de aparelhos 
descartados em toda a empresa. 
Masisa 
A fabricante de painéis de madeira Masisa procura em seus funcionários 
soluções criativas para um grande desafio: produzir mais com menor quantidade 
de insumos. Desde a implantação de grupos de melhorias, em 2009, o uso de 
resina por metro cúbico de painéis produzidos caiu 10,5%. A empresa também 
conseguiu reduzir em 16% o consumo de água na produção. Toda a economia 
obtida pelas sugestões "verdes", que são introduzidas no processo produtiva da 
empresa, volta aos funcionários na forma de participação nos lucros. 
23 
 
 
Natura 
O óleo de murumuru, usado em cosmétcos, é extraído de uma planta 
amazônica de difícil manejo, e que muitas vezes leva à prática de queimadas. 
Com uma ação educativa promovida pela Natura, 400 famílias que fornecem a 
matéria-prima à empresa foram orientadas a não empregar mais esta técnica. A 
ação resultou na preservação de mais de três mil palmeiras das quais o óleo é 
extraído. Desde o lançamento da sua linha de produtos Ekos, há dez anos, a 
Natura mantém uma rede de fornecedores formada por 26 comunidades em todo 
o Brasil. Só em 2009, os negócios com o grupo - que incluem o pagamento pela 
matéria-prima e uma espécie de royalty pelo conhecimento local sobre plantas - 
atingiram 5,5 milhões de reais. 
Philips 
Eficiência energética tem sido o principal campo de atuação da Philips na 
corrida por tecnologias de menor impacto ambiental. Tanto que 7,7 % do 
faturamento da empresa de eletroeletrônicos no Brasil são destinados ao 
desenvolvimento de produtos considerados "verdes". Com a produção de 
lâmpadas mais modernas, a empresa investe em um projeto experimental em 
Santa Catarina, que gerou uma economia de 84% no consumo de energia 
elétrica. A Philips desenvolveu lâmpadas de LED e as disponibilizou para a 
iluminação pública no município de Pedra Branca. 
Promon 
A Promon, empresa especializada em projetos de infraestrutura, 
desenvolveu um indicador para medir o impacto socioambiental de seus 
projetos: o sustentômetro. Com o sistema, é possível identificar e melhorar 
iniciativas que não atendem aos critérios estabelecidos. Mesmo antes de 
desenvolver o sustentômetro, a empresa manifestava preocupação em mitigar 
seu impacto sobre o meio ambiente. Ao todo, já investiu 2,7 milhões de reais em 
24 
 
 
tecnologias para reduzir o impacto ambiental das obras, de onde 75% dos 
resíduos seguem para a reciclagem. 
Santander 
Estimular o pensamento "verde" entre seus clientes e pequenos 
empresários é a proposta de sustentabilidade do Santander. O Banco criou até 
um curso para ensinar empresas a usar critérios ambientais na hora de escolher 
fornecedores. Até agora, 3 108 pessoas e 1.792 organizações já participaram do 
programa. Através de um dos projetos pioneiros de reciclagem de baterias (o 
Papa-Pilhas), o Santander já reciclou 155,5 milhões de toneladas de pilhas, 
baterias e celulares. Além disso, o banco possui uma linha de crédito especial 
para empreendimentos de baixo impacto ambiental. 
Suzano 
Um passo à frente da concorrência no mercado de papel e celulose, a 
Suzano criou um inventário de emissões de gases efeito estufa para calcular sua 
pegada de carbono. São contabilizadas as emissões de uma ponta a outra da 
cadeia produtiva dos fornecedores até a porta do cliente. Dessa forma, a Suzano 
deve conseguir atuar com mais precisão na redução de emissões, o que pode 
garantir uma renda extra ao negócio por meio da comercialização de créditos no 
mercado de carbono. 
Unilever 
Ao alterar a composição de um de seus principais produtos, o sabão em 
pó Omo, a Unilever conseguiu reduzir em 35% a sua emissão de gases 
causadores do efeito-estufa. Recentemente, a fabricante de produtos de higiene 
pessoal também lançou uma versão líquida do Omo, que, por ser mais 
25 
 
 
concentrada que a tradicional, reduz o uso de embalagens (ela equivale a duas 
caixas do sabão em pó) e o número de transportes para distribuição. 
Walmart 
A gigante do varejo Walmart conseguiu convencer nove de seus principais 
fornecedores a repensar seus processos de produção para aliar redução de 
custos a práticas sustentáveis. Lançado há dois anos no Brasil, o programa que 
conta com parceiros como Johnson & Johnson deve incluir mais 15 empresas 
fornecedoras em sua segunda fase. Além desse projeto, o Walmart coletou no 
ano passado, 6,6 mil toneladas de resíduas com o auxílio de 96 cooperativas de 
reciclagem. A empresa também conseguiu reduzir em 40% o consumo de água 
nos hipermercados. 
Whirlpool 
Com o estabelecimento de metas, a Whrilpool conseguiu reduzir a 
emissão de substancias nocivas na sua produção de eletrodomésticos. A 
limpeza de chapas metálicas, que era feita por meio de aquecimento, agora é 
realizada com outras técnicas, o que minimiza a eliminação de gases nocivos ao 
meio ambiente. A fabricante de eletrodomésticos das marcas Brastemp e Cônsul 
também conseguiu que 97% de seus produtos fossem classificados na categoria 
A, que atesta produtos de baixo consumo energético. 
 
 
 
 
26 
 
 
SER SOCIALMENTE RESPONSÁVEL 
Ser socialmente responsável não se restringe ao cumprimento de todas 
as obrigações legais, mas implica ir além com mais investimento em capital 
humano, no ambiente e nas relações com outras partes interessadas e 
comunidades locais. 
Portanto, ser socialmente responsável significa adotar posturas, 
comportamentos e promover ações em benefício do seu público interno e 
externo, ou seja, colaboradores e também comunidade local, incluindo o meio 
ambiente. 
As ações de responsabilidade social (ou socioambiental) devem ser 
realizadas independente de algum desconto fiscal ou benefício financeiro. A 
certeza que a recompensa do capital social (afinidade dos colaboradores com a 
empresa e preferência do público consumidor) será uma ótima recompensa. A 
responsabilidade social das empresas pode ser dividida em duas dimensões, 
dimensão interna e dimensão externa. 
Dimensão interna 
Se classifica em: 
. Gestão dos recursos humanos: atrair novos trabalhadores qualificados, 
incluindo minorias; 
. Saúde e segurança no trabalho: promover a saúde de seus colaboradores, para 
além de obrigações legais; 
. Adaptação à mudança: mesmo com as rápidas mudanças globais recentes, 
levar em conta o interesse de todos os envolvidos em uma reestruturação dos 
negócios; 
. Gestão do impacto ambiental e dos recursos naturais: avaliar e reduzir o 
impacto ambiental do uso de recursos naturais pela empresa. 
27 
 
 
Dimensão externa 
Se classifica em: 
. Comunidades locais: promover a boa integração da empresa com a 
comunidade em que está inserida; 
. Parceiros comerciais, fornecedores e consumidores: encontrar soluções para a 
boa relação entre os envolvidos; 
. Direitos Humanos: gerar um compromisso permanente com o cumprimento 
dos direitos humanos; 
. Preocupações ambientais globais: pensar globalmente as questões de cunho 
ambiental e avaliar como reduzir danos à natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A democratização, ascensão socioeconômica da população e a facilidade 
do acesso à informação, têm produzido profundas e contínuas mudanças no 
perfil do consumidor, que atento aos aspectos relacionadosa sustentabilidade e 
justiça social, procura tornar-se agente ativo na melhoria dos processos de 
produção das empresas. Essas mudanças não têm reflexos apenas nas grandes 
corporações, pois a sociedade tem exigido também uma postura diferenciada e 
mais comprometida com aspectos sociais e ambientais por parte dos 
empresários de MPE. 
A sociedade está impelindo as empresas de todos os setores a assumirem 
novos compromissos que ultrapassam os seus objetivos econômicos. As 
organizações, independente de seu porte, devem buscar a promoção do bem 
estar social, inovando na sua gestão e incorporando suas metas econômicas, 
aspectos sociais, éticos e ambientais. Estratégias sociais e ambientais proativas 
melhoram a reputação e imagem corporativa e as relações com clientes, 
investidores, comunidades locais e outras partes interessadas. 
A incorporação dos conceitos se sustentabilidade e responsabilidade 
socioambiental pelas empresas requer a adequação de processos empresariais 
e isto implica em estabelecer limites. Os resultados auferidos pelas empresas 
podem ser financeiros, mas observa-se que cresce a importância dos aspectos 
sociais e ambientais na avaliação dos acionistas. 
Em 2010, nos Estados Unidos da América, foi realizada uma pesquisa 
sobre a atuação de pequenas empresas familiares relacionadas à 
responsabilidade socioambiental, e ficou destacada a necessidade de mais 
estudos que ampliem a base de conhecimentos sobre o tema ante a evidente 
importância dos benefícios sociais e econômicos das micro e pequenas 
empresas em todo o mundo. 
No mundo dos negócios está presente a ideia de que, ações de 
responsabilidade socioambiental são iniciativas relativamente complexas, que 
envolvem programas institucionais e utilização de consideráveis recursos 
financeiros, portanto, sempre associadas a médias e grandes empresas. As 
29 
 
 
MPE, apesar de não possuírem tais estruturas e recursos, tendem a atuar em 
estreita relação com as comunidades onde estão inseridas, e mesmo que de 
maneira informal são agentes importantes na solução de problemas sociais e 
ambientais. 
Muitas ações sociais são praticadas pelas MPE de maneira descontínua 
e não sistemáticas, caracterizando mais como uma ação de filantropia do que de 
responsabilidade social. O próprio empresário frequentemente não faz distinção 
entre uma coisa e outra. Além disso, notadamente as MPE têm a necessidade 
de dedicarem-se mais a sobrevivência e atividades comerciais, ou seja, à venda 
de produtos e serviços que lhe garantam recursos para sobreviverem. 
É notório o aumento da importância da responsabilidade social para as 
organizações empresarias na atualidade. Considerando-se que as MPE 
possuem uma maior proximidade com a população, torna-se importante a 
capacitação e conscientização do empreendedor a respeito da relevância de 
ações de responsabilidade socioambiental. As MPE precisam planejar e 
executar ações efetivas na busca da satisfação de seus colaboradores, bem 
como dos interesses da comunidade e que visem preservar o meio ambiente. 
Por sua vez as instituições de apoio as MPE buscam intensificar as 
investigações científicas visando estabelecer constructos relacionados ao tema, 
e oferecer subsídios e incentivos, para que estas organizações sejam mais 
competitivas por meio de ações de responsabilidade socioambiental. 
Percebe-se assim a existência de uma lacuna de conhecimento na 
literatura que sugere a realização de estudos aprofundados a fim de analisar as 
especificidades estruturais e organizacionais das micro e pequenas empresas. 
Paralelo a isso, buscar prepará-los melhor para a consolidação da prática da 
responsabilidade socioambiental, ampliar o relacionamento entre as MPE e a 
comunidade, bem como contribuir para redução das dificuldades de seus 
proprietários e gestores, e também obter melhores resultados econômicos e 
sociais. 
 
 
30 
 
 
REFERÊNCIAS 
DIREITO NET. Responsabilidade socioambiental. Disponível em: < 
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/11152/Responsabilidade-
socioambiental#:~:text=Responsabilidade%20socioambiental%20%C3%A9%2
0um%20conceito,buscando%20reduzir%20ou%20evitar%20poss%C3%ADveis 
>. Acesso em: 11 out.2020. 
 
FIEMG. A responsabilidade socioambiental e sua importância para os 
negócios. Disponível em: < https://www7.fiemg.com.br/noticias/detalhe/a-
responsabilidade-socioambiental-e-sua-importancia-para-os-negocios >. 
Acesso em: 12 out.2020. 
 
EXAME. 20 empresas-modelo em responsabilidade socioambiental. 
Disponível em: < https://exame.com/negocios/as-20-empresas-modelo-em-
responsabilidade-socioambiental/ >. Acesso em: 12 out.2020. 
 
ANPECOM. 6 exemplos de ações de responsabilidade social para pequenas 
e médias empresas. Disponível em: < https://www.anpecom.com.br/6-
exemplos-de-acoes-de-responsabilidade-social-para-pequenas-e-medias-
empresas/ >. Acesso em: 13 out.2020. 
 
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Responsabilidade socioambiental. 
Disponível em: < https://www.mma.gov.br/responsabilidade-socioambiental.html 
>. Acesso em: 13 out.2020 
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/11152/Responsabilidade-socioambiental#:~:text=Responsabilidade%20socioambiental%20%C3%A9%20um%20conceito,buscando%20reduzir%20ou%20evitar%20poss%C3%ADveis
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/11152/Responsabilidade-socioambiental#:~:text=Responsabilidade%20socioambiental%20%C3%A9%20um%20conceito,buscando%20reduzir%20ou%20evitar%20poss%C3%ADveis
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