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PARECER TÉCNICO II 
 
NOME: Alex Sandro Oliveira Da Silva 
Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município de São 
Paulo (PGIRS 2014) 
PGIRS da Cidade de São Paulo 
Na capital paulista, em 2014, após um amplo debate com as diversas áreas da 
sociedade foram consolidadas, para os próximos 20 anos, as diretrizes e 
estratégias para a aplicação da lei nacional no município. A aprovação do Plano 
de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos - PGIRS da Cidade de São Paulo, 
decreto nº 54.991, de 2 de abril de 2014, traz uma inédita, ampla e complexa 
dimensão sobre a coleta, transporte, tratamento e destinação dos resíduos 
sólidos. 
O plano engloba um conjunto de ações estratégicas, que devem ser 
implementadas de forma progressiva. A articulação e a adesão de todos os 
envolvidos - governos, empresas e cidadãos, irão impulsionar a mudança de 
cultura e de gestão no manejo dos resíduos aconteça. 
As diretrizes fundamentais do PGIRS são a não geração, redução, reutilização, 
reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente 
adequada dos rejeitos, materiais que não apresentam nenhuma possibilidade de 
reaproveitamento. Seguindo estes parâmetros toda a cadeia terá de recuperar, 
ao máximo, os diversos tipos de resíduos recicláveis, reduzindo assim a 
quantidade dos materiais dispostos nos aterros sanitários. 
No PGIRS da Cidade de São Paulo as metas se traduzem na valorização dos 
resíduos e segregação nas fontes geradoras. Neste plano, todos os envolvidos 
buscam por soluções na dimensão social, ambiental, política, econômica, ética 
e cultural. 
A manutenção das poucas áreas disponíveis para descarte será realizada com 
o estímulo à retenção de resíduos e com a elaboração de um plano de coleta 
seletiva para os lares, feiras livres e sacolões, além de mercados e escolas. 
O estímulo à adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços 
incentivará a indústria na integração dos catadores de materiais, com a 
implantação e gerenciamento do sistema de logística reversa das embalagens. 
Além disso, a implementação de um plano municipal de educação ambiental será 
fundamental para a conscientização da não geração, orientando a população e 
grandes geradores a respeito da reutilização e da reciclagem dos materiais. 
Responsabilidade compartilhada 
A Autoridade Municipal de Limpeza Urbana - Amlurb, que é encarregada, dentre 
outras competências, por implementar o Sistema de Limpeza Urbana, em 
conjunto com as metas e objetivos do Plano Diretor de Resíduos Sólidos, nos 
termos da Lei 13.478/2002, terá um papel fundamental nesse processo, 
exercendo permanentemente o planejamento e articulação Inter setorial para o 
cumprimento do PGIRS. 
Secretarias e Subprefeituras também estão envolvidas na implementação do 
plano em suas áreas de atuação. E, o mais importante, a contribuição ambiental 
de cada cidadão, para uma gestão sustentável e manejo correto dos resíduos. A 
contribuição e participação da população é fundamental para a efetividade do 
PGIRS. 
Para a concretização das diretrizes e objetivos gerais do plano, o PGIRS deve 
ser atualizado a cada quatro anos, preferencialmente em simultâneo com o 
Plano Plurianual da cidade, com a intenção de lançar o olhar para a construção 
das estruturas e dos compromissos necessários para garantir a sustentabilidade 
econômica e financeira dos serviços de manejo dos resíduos. 
Resíduos Domiciliares Secos 
Em São Paulo são registradas diferenças na produção e descarte dos resíduos 
secos. A maior geração ocorre nos bairros onde há grande concentração de 
empregos e serviços e nos distritos onde o perfil socioeconômico de renda é 
mais elevado, sendo que hoje o maior índice se concentra na prefeitura regional 
de Pinheiros, com 1,7 kg de resíduos secos domiciliares gerados, diariamente, 
por habitante. 
Uma outra tendência de comportamento foi a mudança nos hábitos de consumo 
do cidadão paulistano, que com a elevação de renda aumentou a aquisição de 
materiais de higiene, cuidados pessoais (beleza e cosméticos) e limpeza, 
categoria de produtos que após consumo geram um grande descarte de 
embalagens. 
Vale destacar, pela análise dos dados da coleta das concessionárias 
prestadoras do serviço de limpeza urbana, que não houve apenas o aumento da 
geração, mas também a ampliação da cobertura da coleta seletiva. No ano de 
2013 apenas 14 distritos eram atendidos com a coleta seletiva universalizada, 
serviço de coleta de recicláveis porta a porta, já em 2018 o serviço está presente 
em 49 distritos. Há, nestes últimos anos, maior expansão do fornecimento do 
serviço em comparação com a relação de evolução do volume total de resíduos 
recolhidos secos na cidade. 
A execução da coleta seletiva é realizada sob o regime de concessão, 
essencialmente por 2 concessionárias, através da coleta realizada por 
containers e porta a porta, além das cooperativas associadas, em bairros 
definidos. A cidade é dividida em 2 áreas (região Noroeste e Sudeste) e cada 
empresa é responsável pelo recolhimento dos resíduos secos de sua região. A 
coleta seletiva atende aos 96 distritos da capital, com uma cobertura de 
prestação de serviço atingindo 75% dos domicílios da cidade. 
 
O Município conta com duas centrais mecanizadas de triagem e têm capacidade 
total de 500 toneladas de materiais secos por dia. As unidades estão operando 
aproximadamente com 350 toneladas por dia, o que as deixa com uma 
ociosidade aproximada de 40% de suas capacidades, dados que mostram o 
poder de absorção para um aumento significativo da coleta de secos. 
Para a população em geral, há ainda a possibilidade do descarte dos recicláveis 
diretamente nos Eco pontos, ou nos Pontos de Entrega Voluntária – PEVs, que 
estão espalhados em locais públicos como parques, ruas ou em áreas 
particulares, como pontos comerciais, por meio de convênios com a iniciativa 
privada. 
A implantação destas estruturas é de responsabilidade das concessionárias que 
realizam os serviços de limpeza urbana, assim como a higienização e a 
manutenção. 
 
Resíduos Sólidos Orgânicos 
Análises de amostra de composição e pesagem, nos domicílios de São Paulo, 
comprovam que 51% do total recolhido são materiais de fração orgânica, ou seja, 
mais da metade dos resíduos coletados são passíveis de compostagem. São 
restos de preparo e consumo de alimentos- crus e cozidos, restos da 
manutenção das áreas verdes e ajardinadas (poda, capina e roçadas) e limpeza 
de feira são exemplos dos tipos de resíduos que podem voltar ao solo como 
fertilizantes. 
A Amlurb faz o manejo diferenciado dos resíduos orgânicos de 52 feiras livres. 
No Pátio de Compostagem da Prefeitura Regional da Lapa é desenvolvido o 
Projeto Feiras Livres e Jardins Sustentáveis onde são processados diariamente 
10 toneladas de frutas, legumes e verduras, que após 120 dias adubam as áreas 
verdes públicas da região. 
Com a definição da estrutura gerencial para fomentar e incentivar negócios 
sustentáveis, a partir dos resíduos orgânicos, a AMLURB buscar ampliar a 
iniciativa para outros locais, como o Pátio de Compostagem da Prefeitura 
Regional da Sé Ermelino Matarazzo, Mooca e São Mateus. 
A iniciativa privada também conduz projetos de sucesso com o manejo 
diferenciado de resíduos orgânicos, a partir do processo de compostagem e 
vermicompostagem. Restos de alimentos das praças de alimentação e resíduos 
de jardins transformam-se em legumes, verduras, ervas e flores ou adubo 
ecológico em shoppings, universidades, hospitais e supermercados. 
Com essas iniciativas ficará mais acessível garantir um novo ciclo para os 
resíduos orgânicos. O reconhecimento como um bem econômico e de valor 
social, articulados ao PGIRS e com participação cidadã vão colaborar no 
enfrentamento das questões locais de insegurança alimentar e nutricional, em 
todas as classes sociais. Além disso, essas ações melhorama paisagem, 
limpeza de áreas urbanas e combate aos vetores de doenças. Com a promoção 
da sustentabilidade do meio ambiente os impactos da urbanização serão 
reduzidos, possibilitando a presença de mais áreas verdes na cidade, 
melhorando a qualidade do ar e diminuindo a impermeabilidade do solo. 
A agricultura urbana e a implantação de soluções de compostagem comunitária, 
associadas a hortas urbanas, proporcionarão o desenvolvimento de tecnologias 
sociais com o manejo de áreas nativas, promoção da economia solidária e 
geração de renda, que estruturarão redes de produção, consumo, segurança 
alimentar e nutricional. 
A destinação para os aterros sanitários deve ser a última alternativa, pois, além 
de diminuir a vida útil deste espaço, acaba por gerar Gases de Efeito Estufa 
(GEE) durante o transporte dos caminhões coletores e na decomposição dos 
resíduos orgânicos dispostos nos dois únicos aterros existentes em São Paulo. 
Este ciclo de resíduos coletados, transportados e dispostos em aterros da cidade 
são responsáveis pela geração de 14% de todo o GEE do município. 
 
REFERÊNCIAS: 
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/spregula/residuos_sol
idos/noticias/?p=169047 
 
 
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/spregula/residuos_solidos/noticias/?p=169047
https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/spregula/residuos_solidos/noticias/?p=169047

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