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Compreendendo a Amplitude da Arte

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O que é arte?
COMPREENDER A AMPLITUDE DO CONCEITO DE ARTE, BEM COMO IMPORTÂNCIA DE SUA FUNÇÃO
SOCIAL.
AUTOR(A): PROF. HELIDA BALARDINI LANCA VICENTE
A palavra arte pode ter muitos sentidos diferentes:
“Aquele garoto só apronta, faz muita arte!”
“Ayrton Senna é um dos grandes nomes da arte do automobilismo”
“O casaquinho que tricotei é uma obra de arte”
"Aquela escultura é uma obra de arte"
Podemos até encontrar relação entre os sentidos acima apresentados e a arte, repare bem!
Na primeira frase, a arte citada envolve imaginação e travessura, e não podemos negar que estes são
elementos muito importantes para um artista, concordam? Mas apenas estes elementos não garantem a
existência de um artista ou de uma obra de arte.
Na segunda, há uma relação com domínio de técnica, que também está relacionada ao trabalho do artista.
Todo artista deve dominar as técnicas que envolvem a sua prática, mas apenas isso, sem criatividade e
sensibilidade, não garante a existência de uma obra de arte.
No caso do casaquinho, o produto está relacionado com a beleza, e o belo tem estreita ligação com a arte.
Mas a pura reprodução de modelos prontos, sem interferência do executor, limitam a obra e o trabalho do
artista.
Na última frase, a referência a uma produção artística tradicional, que se aproxima mais do que vamos
estudar nesta aula.
Portanto, temos a certeza de que você, aluno, já percebeu que definir o conceito de arte não é uma tarefa
simples. Os estudiosos da Estética empenham-se nessa lição há séculos, mas nunca foi possível encontrar
uma resposta única, que satisfaça todas as necessidades que o próprio termo carrega em si.
Numa tentativa de definição, Feist nos diz que
“a Arte é um produto da criatividade humana, que, utilizando conhecimentos e técnicas e
um estilo ou jeito todo pessoal, transmite experiência de vida ou uma visão de mundo,
despertando emoção em quem usufrui. Quanto mais intensa essa experiência de vida e
mais ampla essa visão de mundo, maior a emoção que a arte desperta” (FEIST, 2002, p.9).
“uma coisa que realmente não existe é aquilo a que se dá o nome de Arte. Existem
somente artistas. Outrora, eram homens que apanhavam terra colorida e modelavam
toscamente as formas de um bisão na parede de uma caverna; hoje, alguns compram suas
tintas e desenham cartazes para tapumes; eles faziam e fazem muitas outras coisas. Não
prejudica ninguém chamar a todas essas atividades arte, desde que conservemos em
mente que tal palavra pode significar coisas muito diferentes, em tempos e lugares
diferentes, e que arte com A maiúsculo não existe” (GOMBRICH, 2000, p.15).
“arte são certas manifestações da atividade humana diante das quais nosso sentimento é
admirado, isto é: nossa cultura possui uma noção que denomina solidamente algumas de
suas atividades e as privilegia. Portanto, podemos ficar tranquilos: se não conseguimos
saber o que a arte é, pelo menos sabemos quais coisas correspondem a essa ideia e como
devemos nos comportar diante delas” (COLI, 1995, p. 8).
Mas não podemos deixar de considerar que a conceituação da arte é extremamente subjetiva, e que depende
da cultura em que está inserida, ao momento histórico e também aos indivíduos em si, sujeitos da produção
e da leitura da obra.
Mesmo com esta comprovada dificuldade de definição, não podemos negar que a arte sempre esteve
presente na história da humanidade, sendo, inclusive, um dos fatores que nos diferencia dos outros seres
vivos. Neste sentido, é correto afirmar que a arte é produto da sociedade em que está inserida.
Ao nos apresentar a sua concepção a respeito da arte, Ernest Gombrich afirma que
O autor defende que a arte com A maiúsculo tornou-se uma espécie de rótulo desejado por muitos artistas,
e que tantos outros mergulham em profunda decepção quando ouvem de alguém que aquilo que produzem
não é arte. Nas palavras do autor, transformou-se em fetiche e, ao mesmo tempo, em bicho-papão. Uma
busca dos artistas em troca de reconhecimento, em que não podemos deixar de considerar a influência da
crítica, da percepção de beleza de cada sujeito, e também da cultura onde se está inserido.
Ao continuar a busca por respostas, podemos nos deparar também com importante definição apresentada
por Jorge Coli, que relaciona a arte diretamente ao sentimento e à cultura, afirmando que
"Nunca se acaba de aprender acerca da arte. Há sempre novas coisas a descobrir. As
grandes obras de arte parecem ter um aspecto diferente cada vez que nos colocamos
diante delas. Parecem ser tão inexauríveis e imprevisíveis quantos seres humanos de
carne e osso. É um mundo excitante, com suas próprias e estranhas leis, e suas próprias
aventuras. Ninguém deve pensar que sabe tudo a respeito, pois ninguém sabe. Talvez
nada exista de mais importante do que isto: que para nos deleitarmos com essas obras
devemos ter um espírito fresco, pronto a captar todo e qualquer indício sugestivo e a
reagir a todas as harmonias ocultas; sobretudo, um espírito que não esteja atravancado de
palavras bombásticas e frases feitas. É infinitamente melhor nada saber sobre arte do que
possuir uma espécie de meio conhecimento propício ao esnobismo. O perigo é muito real"
(GOMBRICH, 2000, p. 28).
Ele também esclarece que nada é espontâneo, ou seja, quando analisamos uma produção artística a partir
de nosso gosto, não estamos exercendo uma prática  totalmente livre, pois sofremos influências durante
toda a nossa vida, manifestando em nosso gostar toda a carga cultural que absorvemos desde que
nascemos.
Neste percurso, é preciso reconhecer uma preferência da humanidade pelas obras que se parecem mais com
a realidade, ou seja, a sociedade costuma medir a capacidade do artista a partir de sua competência para
reproduzir imagens o mais parecidas possível com o real e, devemos admitir que esta não é uma postura
que estimule e valorize a criatividade e a expressão real dos artistas. Precisamos também considerar que o
gosto do observador é algo muito complexo e importante, além de ser passível de desenvolvimento e
mudança.
Portanto, é importante que tenhamos clareza sobre a forte relação que existe entre a arte e a beleza, sem
perder de vista que a ideia de beleza pode variar muito de uma pessoa para outra. Além disso, nem sempre o
artista procura expressar a beleza em sua obra, mas sim a contradição, a indignação e a tristeza. Desta
forma, o artista não pretende agradar a todos o tempo todo, não busca apenas fazer cópias. Ele tem a sua
forma de perceber o mundo e costuma demonstrar isso a partir de sua criação.
“Influenciada pela história e fazendo história, a obra de arte - com seus produtores e
espectadores - mostra seus percursos temporais e espaciais. As diferentes dimensões da
vida da obra de arte e suas relações de espaço e tempo são objetos de nossos estudos [...]”
(FUSARI e FERRAZ, 1992, p.105).
Na imagem acima, Van Gogh apresenta sua visão a respeito da cidade de Paris, e nos leva a pensar que as
coisas não o agradavam completamente naquele momento. Na imagem abaixo, encontramos a Guernica de
Pablo Picasso estampada em um selo, onde nos apresentou suas emoções e indignação a respeito da Guerra
Civil Espanhola.
Legenda: SELO COM A UTILIZAçãO DE GUERNICA, DE PABLO PICASSO
Portanto, precisamos valorizar e reconhecer a função moral e social da arte, visto que o artista expõe sua
visão de mundo e seus sentimentos, influenciando os destinatários de sua obra. E é, sobretudo neste
aspecto, que a arte torna-se grandiosamente importante para a sociedade.
O artista interfere no meio ambiente e, ao mesmo tempo, é também influenciado por ele. Aí está a dialética
da relação da obra de arte com o mundo.
As autoras também nos alertam para o fato de que, ao interpretar uma obra, o espectador é mediado por
sua própria ideologia e perspectiva de vida, fatores determinantes neste exercício de recepção cultural.
Certamente que, ao considerarmos tal reciprocidade, não podemos deixar de refletir também sobre as
formas dedivulgação da arte, que “atendem diversos interesses e necessidades econômicas, sociais e
políticas” (FUSARI e FERRAZ, 1992, p.110).
Finalizando
Prezado aluno, esperamos que você tenha ampliado a sua visão a respeito da arte, do artista e da produção
artística da humanidade. Além disso, é importante que também tenha refletido a respeito da função social
da arte, a partir da relação dialética que recebe e exerce na sociedade.
ATIVIDADE FINAL
Na tentativa de encontrar um conceito definitivo para a arte, nos
deparamos com diferentes definições para o termo. Tal variação é
justificável, visto que
A. a arte é uma coisa abstrata, então torna-se muito complicado definir algo que não temos acesso.
B. a conceituação da arte depende da cultura em que está inserida, de seu tempo histórico e também
dos sujeitos envolvidos nela envolvidos.
C. a arte está diretamente relacionada com a beleza, ou seja, se não é belo para mim, então não pode
ser arte.
D. a arte é um elemento estático, mas a sociedade muda muito.
REFERÊNCIA
COLI, Jorge. O que é arte. São Paulo: Ed. Brasiliense, Coleção Primeiros Passos, 1995.
FEIST, Hildegard.  Pequena viagem pelo mundo da arte. São Paulo: Ed. Moderna, Coleção Desafios, 1996.
FUSARI, Maria F. de Rezende e; FERRAZ, Maria Heloisa C. de T. Arte na Educação Escolar. São Paulo:
Cortez, Coleção Magistério, 1992.
GOMBRICH, Ernest H. A história da arte. 16ª ed. Rio de Janeiro: Ed. LTC, 2000.

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