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MERGEFORMAT
CURSO: PÓS-GRADUAÇÃO EM ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO 
DISCIPLINA: FUNDAMENTOS DO LETRAMENTO E ALFABETIZAÇÃO: 
HISTÓRIA, CONTEXTUALIZAÇÃO E CONCEITOS
DATA: JULHO .2022
PROFESSORA MESTRA: IZABEL DE LOURDES G. SOUZA.
“Aprender a escrever não é uma atividade mecânica, 
mas cognitiva, pois a criança necessita compreender o significado para 
depois ler o que aprendeu”. (Autor Desconhecido) 
Ementa: Reflexão crítica sobre a História e os conceitos da Alfabetização e do Letramento 
estabelecendo relação entre eles. Analise das Teorias do construtivismo e do sócio 
interacionismo, bem como da leitura e da escrita no processo de alfabetização. Estabelecimento 
de relações entre a fonologia e a linguagem escrita. Analise das hipóteses da escrita. Estudo das 
práticas construtivas de ensino na alfabetização e letramento.
CONTEÚDOS
✔ Alfabetização e letramento- Conceito, características, diferenças e outros;
✔ Situação de alfabetizados e de analfabetos no BRASIL no século XXI (números e índices 
estatísticos);
✔ Reflexão crítica sobre a História e os conceitos da Alfabetização e do Letramento 
estabelecendo relação entre eles;
✔ A alfabetização e o letramento segundo pesquisadores da área; 
✔ Alfabetização em processo;
✔ Psicogênese da língua escrita; algumas reflexões;
✔ Aspectos do desenvolvimento da aprendizagem: leitura e escrita;
✔ Principais métodos de alfabetização- algumas reflexões;
✔ Refletindo sobre a escrita e sobre a leitura;
✔ Alguns apontamentos voltados para a BNCC, em especial sobre a Língua portuguesa. 
CONTRATO PEDAGÓGICO: 
O (A) MAIOR INTERESSADO (A) É VOCÊ!!!! DESEJAMOS E OFERECEMOS O MELHOR 
PARA TI.
● Aulas remotas em tempo real; FUNDAMENTAL. 2,0 PONTOS NA AVALIAÇÃO MENSAL 
● Vídeo aula: PLATAFORMA CLASSRROM;
● Apostila: PLATAFORMA CLASSRROM;
● Dúvidas e outros poderão ser sanados pelo WHATSAPP;
OBS: TODOS OS ASSUNTOS ADMINISTRATIVOS, TRATAR COM A COORDENAÇÃO;
QUEM RECEBERÁ A DECLARAÇÃO NO FINAL DO CURSO?
● ENTREGA DE TODOS OS DOCUMENTOS SOLICITADOS; 
● TRABALHOS FEITOS E DISPONIBILIZADOS NA PLATAFORMA, EM TEMPO HÁBIL;
● CURSO PAGO EM DIA; GUARDAR O COMPROVANTE DO BOLETO;
● TCC E ESTÁGIO (QUANDO O CURSO TIVER) CORRIGIDOS E FINALIZADOS PELA 
COORDENADORA DALVINA.
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MERGEFORMAT
TODA CRIANÇA É CAPAZ DE APRENDER E ENSINAR (MEDIAR)
APRENDIZAGEM PROCESSO COMPLEXO – NATURAL/ ESPONTÂNEO / 
ONTEM E HOJE HOMEM APRENDIZAGEM?
NENHUMA CRIANÇA VAI MAL À ESCOLA POR VONTADE PRÓPRIA.
O que aprender? Como deve aprender?
E as dificuldades de aprendizagem; elas existem?
Problemas e dificuldades de aprendizagem existem, mas, existem mais problemas 
de ensinagem. (Telma Weiz).
EDUCAR? AJUDAR O ALUNO A CONSTRUIR COMPETÊNCIAS/ HABILIDADES...
1. Educação é direito de todos (C.F ART. 205);
2. Transformação Social – Inclusão;
3. Metodologia – diferenciadora – diversificada.
4. Conteúdos significativos – informações – conhecimentos – facutuais/ conceituais/ 
procedimentais e atitudinais.
5. Competências para o século XXI – BNCC.
PILARES DA EDUCAÇÃO-SABER, SABER FAZER, SABER SER E SABER CONVIVER
PERFIL CIDADÃO FORMAR?
PROFESSOR MEDIADOR INTERVENCIONISTA.
ESTAR O TEMPO TODO JUNTO COM O APRENDIZ SEJA ELE QUEM QUER QUE SEJA...
APRENDER SIGNIFICA MUDAR! MODIFICAÇÃO DO APRENDIZ.
A educação é a principal alavanca para a transformação e desenvolvimento de uma 
sociedade. Poucas crianças têm o primeiro contato com as letras na escola, a maioria antes de 
entrar para a escola, já está em contato com um importante meio alfabetizador: o ambiente que o 
cerca, com mil formas, cores e imagens. Contudo, para que esse ambiente se torne efetivamente 
um instrumento alfabetizador, ela precisa estar preparada para percebê-lo, e seu senso de 
observação e sua curiosidade precisam ser despertados. 
A criança precisa perceber que o valor social da escrita e leitura é a comunicação. Para 
isto acontecer, o professor tem que preparar a sala d aula servindo para despertar os sentidos do 
aluno, transformando-se em um local propício à aprendizagem da alfabetização e letramento. 
Os conceitos de alfabetização e letramento tem significados diferentes. O aluno 
alfabetizado não é necessariamente letrado.
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MERGEFORMAT
ALFABETIZAÇÃO?
É um processo dentro do letramento e, segundo Magda Soares, é a ação de 
ensinar/aprender a ler e a escrever (decodificar o código escrito)
LETRAMENTO?
“Letramento é, sobretudo, um mapa do coração do homem, um mapa de 
quem você é, e de tudo que pode ser”. Magda Soares
OS CONCEITOS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO TEM SIGNIFICADOS DIFERENTES, 
PORÉM MUITOS SE CONVERGEM.
LETRAMENTO NUMA NOVA PERSPECTIVA SOBRE A PRÁTICA SOCIAL DA 
ESCRITA.
As PALAVRAS LETRAMENTO E LETRAR não aparecem nos dicionários atuais, 
aparecendo apenas em um dicionário do século passado, sendo, portanto, caracterizada 
como antigas.
O termo atual da palavra letramento proveio da palavra LITERACY da língua inglesa, que 
por sua vez, advém do latim LITTERA que quer dizer letra.
Segundo Magda Soares, a palavra letramento talvez tenha surgido em virtude de não 
utilizarmos a palavra alfabetismo, enquanto seu contrário, analfabetismo, nos é familiar. 
Para a autora, um indivíduo pode não saber ler nem escrever, isto é, ser analfabeto, 
mas ser de certa forma, letrado, pois utiliza a leitura e a escrita em práticas sociais.
Modifica-se a ideia de que analfabetos não praticam a leitura e a escrita, uma vez que 
na concepção do letramento ideológico, mesmo sem serem alfabetizados, os sujeitos 
podem alcançar níveis de letramento superiores as pessoas com níveis mais altos de 
escolarização, pois não é apenas a leitura e a escrita, tão enraizadas à escola, que 
desenvolvem tais níveis cognitivos.
EX: Atividades políticas, participação em movimentos sociais
Assim como modificou-se o significado de alfabetizado, modificou-se a concepção 
de analfabeto, percebeu-se dessa forma, QUE O LETRAMENTO ULTRAPASSA A QUESTÃO 
DO ATO DE LER E ESCREVER, DIZ RESPEITO, NA VERDADE AO USO QUE SE FAZ DA 
LEITURA E DA ESCRITA SOCIALMENTE.
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MERGEFORMAT
LETRAMENTO é um processo que se estende por todos os anos de escolaridade e, 
mais que isso, por toda a vida. O PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO É 
FUNDAMENTALMENTE, UM PROCESSO DE LETRAMENTO.
ALGUNS CONCEITOS:
ALFABETIZAR: é tornar o indivíduo capaz de ler e escrever.
ALFABETIZAÇÃO: é a ação de alfabetizar, de tornar alfabeto.
ANALFABETO: é aquele que é privado do alfabeto, ou seja, que não conhece o alfabeto, que não 
sabe ler nem escrever.
ANALFABETISMO: é o modo de proceder como analfabeto.
ANALFABETO FUNCIONAL 
SOARES AFIRMA QUE: 
Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado; 
alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; já o indivíduo 
letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que 
sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, 
pratica a leitura e a escrita, responde adequadamente às demandas 
sociais de leitura e de escrita. (2012, p. 39)
CAMINHOS PARA O ALFALETRAMENTO
O GRANDE DESAFIO É A ALFABETIZAÇÃO A PARTIR DO LETRAMENTO (SOARES)
Não basta dominar o Sistema de Escrita Alfabética, mas a criança deve desenvolver a 
habilidade de fazer uso desse sistema em diversas situações comunicativas.
Mais do que expor a oposição entre os conceitos de “alfabetização” e “letramento”, 
Soares valoriza o impacto qualitativo que este conjunto de práticas sociais representa para 
o sujeito, extrapolando a dimensão técnica e instrumental do puro domínio do sistema de 
escrita.
É preciso que a criança (aluno) perceba as funções da escrita sinta-se inserida num 
contexto equivalente ao seu cotidiano extraescolar. Ex.: Brincar de supermercado, que exige a 
leitura de produtos e a escrita de listas de compras, o aluno pode identificar as funções da 
escrita de acordo com suas necessidades.
Há um método específico de alfabetização ou são vários métodos e estratégias?
Existem vários métodos e estratégias de alfabetização.Todavia, é importante destacar que 
as novas demandas colocadas pelas práticas sociais de leitura de escrita têm criado novas 
formas de pensar e conceber o fenômeno da alfabetização. Portanto, os métodos e 
estratégias que levam as crianças a somente apropriar-se do sistema de escrita, encarando-a 
como um código a ser memorizado, é insuficiente para suprir tais demandas. 
Em uma concepção de alfabetização focada na inserção das crianças nas práticas sociais, 
podem ser desenvolvidas metodologias que, de modo concomitante, favoreçam a apropriação do 
sistema alfabético de escrita por meio de atividades lúdicas e reflexivas e a participação em 
situações de leitura e produção de textos, ampliando as referências culturais das crianças.
De acordo com os estudos da autora, pessoa letrada é aquela que aprende a ler e a 
escrever e que passa a fazer uso da leitura e da escrita, a envolver-se em práticas sociais, 
ou seja, que faz uso frequente e competente da leitura e da escrita.
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 A pessoa letrada passa a ter outra condição social e cultural, muda o seu lugar 
social, seu modo de viver, sua inserção na cultura e consequentemente uma forma de 
pensar diferente. 
O analfabetismo no Brasil permanece um tema de dolorosa atualidade e Magda 
Soares escreveu mais uma obra que vem ao encontro de novas práticas para amenizar o 
analfabetismo: 
♥ a alfabetização não é a aprendizagem de um código, mas a aprendizagem de um sistema de 
representação, em que signos (grafemas) representam, não codificam, os sons da fala (os 
fonemas).
♥ Alfaletrar. Alfaletrar, nesse caso, é um verbo criado para representar a integração possível entre 
alfabetização e letramento.
♥ Focalizar o processo de alfabetização, sempre no contexto do letramento, sobretudo a partir das 
atividades de escrita (mas sempre com a presença da leitura).
♥ refletir sobre atividades que desenvolvam a consciência fonológica, reconhecimento de 
letras.
♥ discutir o desenvolvimento da consciência fonêmica e o avanço na compreensão do funcionamento 
do sistema de escrita alfabética.
Para alfabetizar e letrar uma criança, o professor deve propor atividades que envolvam a 
leitura e a escrita na forma em que estas estão contextualizadas, ou seja, a partir das práticas 
cotidianas reais de escrita da criança. É preciso que ela perceba as funções da escrita sinta-se 
inserida num contexto equivalente ao seu cotidiano extraescolar. Ex.: Brincar de supermercado, 
que exige a leitura de produtos e a escrita de listas de compras, o aluno pode identificar as 
funções da escrita de acordo com suas necessidades.
Letramento é um processo que se estende por todos os anos de escolaridade e, mais que 
isso, por toda a vida. O processo de escolarização é fundamentalmente, um processo de 
letramento.
QUAL É A DIFERENÇA ENTRE SER ALFABETIZADO E SER LETRADO?
Alfabetização e letramento não tem o mesmo significado, trata-se de dois processos 
diferentes que ocorrem de forma indissociável e interdependente. Alfabetizar é tornar o indivíduo 
capaz de ler e escrever; quando faz uso social da leitura e da escrita torna-se letrado.
Uma pessoa alfabetizada pode ter pouca ou nenhuma familiaridade com a escrita dos 
jornais, livros, revistas, documentos, e outros tipos de texto. Pode também encontrar dificuldades 
para se expressar por escrito.
Letrado é alguém que se apropriou suficientemente da escrita e da leitura a ponto de usá-
las com desenvoltura, com propriedade para dar conta de suas atribuições sociais e 
profissionais. 
ALFABETIZAÇÃO: CONTRIBUIÇÕES DE EMÍLIA FERRERO
⎯ Discussão antiga sobre o método correto;
⎯ Imperava a imagem empobrecida das reais capacidades da criança que aprende; - 
Problemas de fracasso escolar;
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⎯ Necessidade de mudanças radicais: revolução;
⎯ Criança vive em sociedade letrada;
⎯ Observação, reflexão e ação;
⎯ Interação leitura – escrita;
⎯ Verificação de hipóteses; etc....
DISCUTINDO SOBRE A ESCRITA
Ler e escrever são atividades:
● Indissociáveis;
● Simultâneas;
● Independentes,
● Tarefa complexa,
● Iniciam - se no ensino fundamental e permanece para sempre,
Segundo Emília Ferreiro (2011), é a criança que constrói a escrita e que a escrita, como 
toda representação, baseia-se em uma construção mental que cria suas próprias regras, 
enfatizando a necessidade de conhecimentos para aqueles que pretendem organizar e 
sistematizar um trabalho pedagógico que leve em consideração o desenvolvimento 
cognitivo do aluno e a língua escrita. 
A EVOLUÇÃO DA CRIANÇA
“Estamos tão acostumados a considerar a aprendizagem da leitura e escrita como um processo de 
aprendizagem escolar que se torna difícil reconhecermos que o desenvolvimento da leitura e da escrita 
começa muito antes da escolarização. (...) felizmente, as crianças de todas as épocas e de todos os países 
ignoram esta restrição. Nunca esperaram completar 6 anos e ter uma professora à sua frente para 
começarem a aprender”
A ideia de que a aprendizagem da escrita só se inicia a partir da autorização do adulto, e o 
controle explícito do que deve ser escrito, é suficientemente forte para que a criança tenha a 
percepção de que para escrever deve fazê-lo corretamente, a partir do ensino escolar. Daí a 
criança se recusar a escrever antes de ter sido ensinada, reação tanto mais intensa quanto 
maior for seu grau de conhecimento ou interação com as práticas escolares.
O conteúdo que Ferreiro & Teberosky procuram demonstrar é aquele referente ao que a 
criança quis representar e as estratégias utilizadas para fazer diferenciações e 
representações. 
Essas constituem os aspectos construtivos da escrita, que sofrem uma evolução 
regular, já constatado como semelhantes em crianças de diferentes línguas, ambientes 
culturais e situações de produção.
DO PONTO DE VISTA DOS ASPECTOS CONSTRUTIVOS DESTA EVOLUÇÃO, 
FERREIRO, CONSTATA A EXISTÊNCIA DE ALGUMAS FASES /NÍVEIS SUCESSIVOS:
HIPÓTESE PRÉ-SILÁBICA - Nível 1 - Não faz relação entre o registro gráfico e o aspecto 
sonoro da fala. 
NÍVEL 1 – ESCRITA INDIFERENCIADA: baixa diferenciação existente entre a grafia de 
uma palavra e outra. Os traços são bastante semelhantes entre si, entre outros ...
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NÍVEL 2 – PRÉ-SILÁBICO II DIFERENCIAÇÃO DA ESCRITA: a característica principal 
das escritas categorizadas como pertencentes a este nível é a tentativa sistemática de criar 
diferenciações entre os grafismos produzidos. A criança passa pelo conflito que a 
distinção em o que é uma figura e o que não é uma figura.
Utilizando-se de um mesmo repertório, a ordem das letras deve variar de uma escrita 
para outra, de forma a garantir a criação de um conjunto que se diferencie do outro. É 
também frequente que neste nível a criança, por influência cultural, tenha se apropriado de 
algumas formas fixas e estáveis, particularmente a escrita de seu próprio nome. Este conteúdo é 
mais frequente em crianças de classe média pelas maiores oportunidades de interagir com 
atos de leitura e de escrita criados pelo contato mais intenso com leitores.
NÍVEL 3 – HIPÓTESE SILÁBICA: A criança inicia a tentativa de estabelecer relações 
entre o contexto sonoro da linguagem e o contexto gráfico do registro. Atribui a cada letra ou 
marca escrita o registro de uma sílaba falada.
♥ Silábico sem valor sonoro;
♥ Silábico com valor sonoro.
NÍVEL 4 – SILÁBICO-ALFABÉTICA: É um momento de transição, em que a criança, sem 
abandonar a hipótese anterior, ensaia em alguns segmentos a análise da escrita em termos dos 
fonemas (escrita alfabética).
NÍVEL 5 – HIPÓTESE ALFABÉTICA: Neste estágio a criança já venceu todos os 
obstáculos conceituais para a compreensão da escrita – cada um dos caracteres da escrita 
corresponde a valores sonoros menores que a sílaba – e realiza sistematicamente uma análise 
sonora dos fonemas das palavras que vai escrever.
REFLETINDO SOBRE LEITURA: É POSSÍVEL “ENSINAR” A LER?
LEIA AS FRASES:
A DRA TIAGO LHA MADAJUBI POEDECI COM.
OLFU CADEIRA VAI MEI DR GRANDE DI TRA JT FILHO NER GRTY.
JHBIBIFENILUDEMESAONQUABABIDANICORREJANTIMASCHUZERTTYHIOPSAFAVOR.
⎯ A leitura é à base do aprendizado;
⎯ O professor deve ter paixão, envolver-se;
⎯ É preciso estímulo com respeito;
⎯ Não “uniformizar”, mas, de modo selecionado e planejado, proporcionar conhecimento;
LAJOLO (1994) afirma que a pratica da leitura deve ocorrer num espaço de maior 
liberdade.
Kleiman (1998) – importantes contribuições:
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⎯ A compreensão inicial ocorre durante a interação com o professor, na realização de 
tarefas que deem condição à criança de compreendê-la.
⎯ É importante o aluno conhecer o objetivo da tarefa e ser convencido de sua 
importância.
O professor deve orientar as estratégias de leitura- o aluno precisa atingir a consciência 
fonológica e não apenas a fonêmica.
O professor, leitor proficiente, pode trabalhar a compreensão da criança, com a estratégia 
metacognitiva questionando:
⎯ O objetivo;
⎯ A linguagem verbal e não verbal;
⎯ O contexto;
⎯ O gênero textual.
Trabalhar habilidades utilizando diversidade de gêneros, reflexão dos aspectos 
textuais, de acordo com o vocabulário permitem e garantem a compreensão e o desenvolvimento 
da criança.
O texto possibilita:
⎯ Compreensão, comparação e reflexão;
⎯ Dedução e inferência;
⎯ A sala de aula deve ser estimulante e prazerosa, aguçando a curiosidade de todo 
aluno;
⎯ O professor deve propor atividades permitindo o contato com diversidade textual.
Dicas:
⎯ Trabalhe diferentes gêneros textuais e questione:
⎯ Para que serve este texto? Onde é utilizado? Para quem foi escrito? Quem 
utiliza? Quem escreveu? Etc...
INTERAGIR: elementos textuais + conhecimentos prévios.
Construir Significados, perceber pistas ao longo do texto, caracterizar o autor e o gênero 
textual. Conhecer esquemas cognitivos, ampliar percepção do Mundo.
 Ler não é apenas decodificar, mas, ter uma estratégia de leitura.
Ativação do conhecimento prévio:
⎯ Levantar o que as crianças já sabem;
⎯ Registrar o conhecimento;
⎯ Permitir a compreensão de hipóteses.
Levantamento de hipóteses ou predições: Antes e após a leitura;
Checagem das hipóteses:
⎯ Constantemente;
⎯ Orienta a compreensão de novas hipóteses;
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Produção de inferências: Compreensão dos implícitos ou pressuposto: o bom leitor é 
aquele que lê nas entrelinhas.
ESTRATÉGIA DE LEITURA.
ANTES DA LEITURA:
⎯ Explicar os objetivos da leitura;
⎯ Informar sobre o autor;
⎯ Ativar conhecimentos prévios;
⎯ Levantar hipóteses do conteúdo (título, figuras...);
⎯ Questionar sobre a história (o que vai acontecer?)
⎯ Etc...
DURANTE A LEITURA:
⎯ Verificar as hipóteses;
⎯ Formular novas hipóteses;
⎯ Trabalhar o vocabulário;
⎯ Explorar o desconhecido...etc...
DEPOIS DA LEITURA:
⎯ Trabalhar oralmente a compreensão da leitura (aspectos implícitos e explícitos);
⎯ Desenvolver atividades (resumo, reescrita...);
⎯ Permitir a reflexão consciente, a habilidade para o conhecimento;
⎯ Estabelecer os próprios objetivos de leitura...etc...
FACILITAR A LEITURA E A REFLEXÃO
Ler significa reler e compreender, interpretar. Cada um lê com os olhos que tem. E 
interpreta a partir de onde os pés pisam. Todo ponto de vista é um ponto. Para entender como 
alguém lê, é necessário saber como são seus olhos qual é a sua visão de mundo. Isso faz da 
leitura sempre uma releitura. A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Para compreender, é 
essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem 
convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas 
da vida e da morte e que esperanças o animam. Isso faz da compreensão sempre uma 
interpretação.
BOFF, Leonardo. A águia e a galinha, 4. ed. RJ: Sextante, 1999.
MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO....
Os métodos de alfabetização foram e continuam sendo os grandes “vilões” do processo 
ensino aprendizagem....
MÉTODOS SINTÉTICOS
Estes métodos baseiam-se na associação de estímulos visuais e auditivos valendo-se 
apenas de memorização como recurso didático.
Ex. O nome da letra é associado à forma visual, as sílabas são aprendidas de cor e com 
elas se foram palavras isoladas. Não se dá a atenção ao significado, pois as palavras são 
trabalhadas fora do contexto.
Métodos Sintéticos: Silabação, Método Fônico (Abelhinha, Casinha Feliz).
São processos nos quais estão envolvidas poucas possibilidades de despertar o 
interesse pela leitura, pressupõe uma separação radical entre alfabetização e letramento. 
MÉTODOS ANALÍTICOS
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Partem de uma história, frase ou palavra para chegar às sílabas ou aos sons das letras. 
Métodos Analíticos: Método dos Contos, Método Ideovisual de Decroly, Método Natural de 
Freinet, Metodologia de base Linguística ou Psicolonguista, Método Natural e Método Paulo 
Freire. 
O processo lógico que predomina é o da análise – do todo para as partes menores.
O nosso processo utiliza esta referência da análise. As crianças estão sempre sendo 
levadas a pensar, analisar os textos apresentados, explorados e também as suas próprias escritas 
em um processo de metacognição (pensar sobre o que foi pensado). 
MAIS DO QUE PENSAR EM MÉTODOS DE ALFABETIZAÇÃO, DEVEMOS PENSAR EM 
METODOLOGIAS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO.
VOCÊ É CAPAZ DE LER?
DE AORCDO COM UMA PQSIEUSA DE UMA UINRVESRIDDAE IGNLSEA, NÃO IPOMTRA EM 
QAUL ODREM AS LRTEAS DE UMA PLRAVAA ETÃSO, A ÚNCIA CSIOA IPROTMATNE É QUE 
A PIREMRIA E A ÚTMLIA LRTEA ETEJASM NO LGAUR CRTEO. O RSETO PDOE SER UMA 
TOATL BÇGUANA QUE VCOÊ PDOE ANIDA LER SEM POBRLMEA. ITSO É POQRUE NÓS 
NÃO LMEOS CDAA LRTEA ISLADOA, MAS A PLRAVAA CMOO UM TDOO
COMO NOSSAS ESCOLAS ESTÃO POR MEIO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS, 
COMPREENDENDO O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA 
CONTEMPORANEIDADE?
REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL (RCNEI)
Conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), para 
aprender a ler e a escrever, a criança precisa construir um conhecimento de natureza conceitual: 
precisa compreender não só o que a escrita representa, mas também de que forma ela representa 
graficamente a linguagem. Isso significa que a alfabetização não é o desenvolvimento de 
capacidades relacionadas à percepção, memorização e treino de um conjunto de habilidades 
sensório-motoras. É, antes, um processo no qual as crianças precisam resolver problemas de 
natureza lógica até chegarem a compreender de que forma a escrita alfabética em português 
representa a linguagem, e assim poderem escrever e ler por si mesmas. (BRASIL, 1998b, p. 122).
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
LÍNGUA PORTUGUESA: Participação social, Linguagem, atividade discursiva e 
textualidade, Aprender e ensinar língua portuguesa na escola, Diversidade de textos, Que fala 
cabe a escola ensinar, Que escrita cabe a escola ensinar, O texto como unidade de ensino, A 
especificidade do texto literário...Objetivos gerais da língua portuguesa para o ensino fundamental, 
Conteúdos, (caracterização geral e eixos organizadores, sequência e organização dos 
conteúdos, os conteúdos de LP e os temais transversais e os blocos de conteúdos e o 
tratamento didático).
PNAIC? PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA
O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um compromisso formal 
assumido pelos governos federal, do Distrito Federal, dos estados e municípios de 
assegurar que todas as crianças estejam alfabetizadas até os oito anos de idade, ao final 
do 3º ano do ensino fundamental.
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
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A META 05 do Plano Nacional de Educação também reforça este aspecto ao determinar a 
necessidade de “alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade”.
BNCC. BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR
A BNCC NA EDUCAÇÃO INFANTIL – ALGUMAS CONSIDERAÇÕES NO PROCESSO DE 
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO:
Um dos seis Direitos de Aprendizagem que deve ser assegurado e garantido para a 
criança na EducaçãoInfantil é o de expressar se, como sujeito dialógico, criativo e sensível, 
suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, 
questionamentos, por meio de diferentes linguagens. Um dos campos de experiencia é 
“ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
A Educação Infantil é a etapa em que as crianças estão se apropriando da língua oral e, 
por meio de variadas situações nas quais podem falar e ouvir, vão ampliando e enriquecendo 
seus recursos de expressão e de compreensão, seu vocabulário, o que possibilita a internalização 
de estruturas linguísticas mais complexas. Ouvir a leitura de textos pelo professor é uma das 
possibilidades mais ricas de desenvolvimento da oralidade, pelo incentivo à escuta atenta, 
pela formulação de perguntas e respostas, de questionamentos, pelo convívio com novas 
palavras e novas estruturas sintáticas, além de se constituir em alternativa para introduzir a 
criança no universo da escrita. 
Sobretudo a presença da literatura infantil na Educação Infantil introduz a criança na 
escrita: além do desenvolvimento do gosto pela leitura, do estímulo à imaginação e da ampliação 
do conhecimento de mundo, a leitura de histórias, contos, fábulas, poemas e cordéis, entre 
outros, realizada pelo professor, o mediador entre os textos e as crianças, propicia a familiaridade 
com livros, com diferentes gêneros literários, a diferenciação entre ilustrações e escrita, a 
aprendizagem da direção da escrita e as formas corretas de manipulação de livros. 
A aprendizagem da linguagem oral e escrita é relevante para as crianças expandirem 
suas possibilidades de inserção e de participação nas variadas práticas sociais. 
O trabalho com a linguagem se constitui um dos eixos básicos na educação infantil, 
dada sua importância para a formação do sujeito, para a interação com as outras pessoas, 
na orientação das ações das crianças, na construção de muitos conhecimentos e no 
desenvolvimento do pensamento. 
CAMPO DE EXPERIÊNCIAS: “ESCUTA, FALA, PENSAMENTO E IMAGINAÇÃO”
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM E DESENVOLVIMENTO
Bebês
(zero a 1 ano e 6 
meses)
Crianças bem pequenas
(1 ano e 7 meses a 3 anos 
e 11 meses)
Crianças pequenas
(4 anos a 5 anos e 11 meses)
(EI01EF01) 
Reconhecer quando 
é chamado por seu 
nome e reconhecer 
os nomes de 
pessoas com quem 
convive.
(EI02EF01) Dialogar com 
crianças e adultos, 
expressando seus 
desejos, necessidades, 
sentimentos e opiniões.
(EI03EF01) Expressar ideias, 
desejos e sentimentos sobre 
suas vivências, por meio da 
linguagem oral e escrita 
(escrita espontânea), de 
fotos, desenhos e outras 
formas de expressão.
A BNCC NO ENSINO FUNDAMENTAL - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES NO PROCESSO DE 
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO:
A BNCC está organizada em torno de 5 áreas de conhecimento: Linguagens, 
Matemática, Ciências Humanas, Ciências da Natureza e Ensino Religioso. Apesar de sua 
importância, a Língua Portuguesa é apenas um dos componentes curriculares da área de 
Linguagem, juntamente com Artes, Educação Física e Inglês.
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Dentro das propostas de ensino e apropriação da linguagem, o texto é foco no 
ensino da Língua, em sua significação mais abrangente:
O texto é o centro das práticas de linguagem e, portanto, o centro da BNCC para 
Língua Portuguesa, mas não apenas o texto em sua modalidade verbal. Nas sociedades 
contemporâneas, textos não são apenas verbais: há uma variedade de composição de textos 
que articulam o verbal, o visual, o gestual, o sonoro – o que se denomina multimodalidade 
de linguagens. Assim, a BNCC para a Língua Portuguesa considera o texto em suas muitas 
modalidades: as variedades de textos que se apresentam na imprensa, na TV, nos meios 
digitais (como os memes, os gifs, as produções de youtubers etc.) , na publicidade, em 
livros didáticos e, consequentemente, considera também os vários suportes em que esses 
textos se apresentam.
Quando a BNCC aborda, especificamente do componente curricular Língua Portuguesa, ela 
propõe quatro grandes eixos voltados para as práticas de linguagem:
♥ leitura/escuta;
♥ produção (escrita e multissemiótica);
♥ oralidade;
♥ análise linguística/semiótica (reflexão sobre a língua, normas-padrão e sistema de 
escrita).
Dialogam, continuamente, com os quatro eixos de formação:
♥ Letramentos e capacidade de aprender;
♥ Leitura do mundo natural e social;
♥ Ética e pensamento crítico;
♥ Solidariedade e sociabilidade.
AS COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE LÍNGUA PORTUGUESA PARA O ENSINO 
FUNDAMENTAL, SEGUNDA A BNCC:
♥ Reconhecer a língua como meio de construção de identidades de seus usuários e da 
comunidade a que pertencem;
♥ Compreender a língua como fenômeno cultural, histórico, social, variável, heterogêneo e 
sensível aos contextos de uso;
♥ Demonstrar atitude respeitosa diante de variedades linguísticas, rejeitando preconceitos 
linguísticos;
♥ Valorizar a escrita como bem cultural da humanidade;
♥ Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de linguagem adequado à situação 
comunicativa, ao interlocutor e ao gênero textual;
♥ Analisar argumentos e opiniões manifestados em interações sociais e nos meios de 
comunicação, posicionando-se criticamente em relação a conteúdos discriminatórios que 
ferem direitos humanos e ambientais; entre outras. 
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LER E ESCREVER NA ESCOLA: O 
REAL, O POSSÍVEL E O NECESSÁRIO.
LERNER, DELIA. LER E ESCREVER NA 
ESCOLA: O REAL, O POSSÍVEL E O 
NECESSÁRIO. PORTO ALEGRE: 
ARTMED, 2002 
"Ler é entrar em outros mundos possíveis. É indagar a realidade para 
compreendê-la melhor, é se distanciar do texto e assumir uma postura crítica 
frente ao que se diz e ao que se quer dizer, é tirar carta de cidadania no 
mundo da cultura escrita...".(p.73).
Na escola é necessário trabalhar a leitura com duplo propósito: o propósito didático e o 
propósito comunicativo.
O primeiro propósito corresponde a ensinar certos conteúdos constitutivos da prática social 
da leitura, com a finalidade de que o aluno possa utilizá-la no futuro, em situações não-didáticas.
 O segundo propósito é da perspectiva do aluno. 
Como trabalhar os dois propósitos: Através de projetos que aliam a aprendizagem a uma 
função real para os alunos. 
LER PARA:
● Definir um problema prático; 
● Informar-se de um tema interessante; 
● Escrever ou produzir um texto; 
● Buscar informações específicas; 
● Escolher, entre os contos, poemas ou romances. 
É possível sim ler na escola se: consegue produzir uma mudança qualitativa 
na gestão do tempo didático, se se concilia a necessidade de avaliar com as 
prioridades do ensino e da aprendizagem; redistribuem as responsabilidades 
de professor e alunos em relação à leitura para tornar possível a formação 
de leitores autônomos, desenvolvem na sala de aula e na instituição projetos 
que deem sentido à leitura, que promovam o funcionamento da escola como 
uma micros sociedade de leitores e escritores em que participem crianças, 
pai e professores, então..... sim é possível ler na escola. 
Emmi Pikler, pediatra e educadora, 
presumia que o bebê é capaz desde o 
nascimento e pode ser um parceiro 
ativo se o adulto de referência se 
propõe a esperar e perceber os sinais 
de reciprocidade. Assim, na década de 
20, iniciou seus estudos com crianças 
de 0 a 3 anos, entre elas sua própria 
filha. A médica afirmava:
“A criança que consegue algo por sua própria iniciativa e por seus próprios meios adquire 
uma classe de conhecimentos superior àquela que recebe a solução pronta”. 
Emmi Pikler desenvolveu uma abordagem específica para a educação de crianças de 0 
a 3 anos, os momentos de cuidar são excelentes oportunidades para a construção do 
vínculo afetivo. 
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Para o educador pernambucano, o estudante precisa aprender a ler o mundo para 
poder transformá-lo. Aprender é um ato revolucionário. Por meio da educação, e de maneira 
coletiva, o indivíduo deve tomar consciência de sua condição histórica, assumir o controle de sua 
trajetóriae conhecer sua capacidade de transformar o mundo. 
O conceito de alfabetização para Paulo Freire tem um significado mais abrangente, na 
medida em que vai além do domínio do código escrito, pois, enquanto prática discursiva, 
“possibilita uma leitura crítica da realidade, constitui-se como um importante instrumento de 
resgate da cidadania e reforça o engajamento do cidadão nos movimentos sociais que 
lutam pela melhoria da qualidade de vida e pela transformação social” (Paulo FREIRE, 
Educação na cidade, 1991, p. 68)
O MÉTODO DE ALFABETIZAÇÃO PROPOSTO POR PAULO FREIRE
Dentro do processo de alfabetização de adultos começam com a crítica do sistema 
tradicional que tinha a “Cartilha” como base. A velha “Cartilha” ensinava pela repetição de 
palavras aleatórias formadas pela junção de uma consoante e uma vogal.
Vejamos o caso da consoante “V”:
“EVA VIU 
A UVA A 
AVE É DO IVO 
VAI À ROÇA”.
Era um método abstrato, pré-fabricado e imposto. 
Para Paulo Freire: “a educação deve ser um ato coletivo, solidário, um ato de amor”.
AS “PALAVRAS GERADORAS”
As palavras geradoras, são escolhidas após pesquisa no meio ambiente. Assim, por 
exemplo, numa comunidade que vive em favela, a palavra FAVELA é geradora porque, 
evidentemente, está associada às necessidades fundamentais do grupo, tais como: habitação, 
alimentação, vestuário, transporte, saúde e educação.
Outro exemplo, adaptável ao meio ambiente, é a palavra TRABALHO OU SALÁRIO.
TRA TRE TRI TRO TRU
BA BE BI BO BU
LHA LHE LHI LHO LHU
VOCÊ SABIA QUE?
“A tarefa do professor é mostrar a fruta. Comê-la diante dos olhos dos alunos. Provocar a fome. 
Fazê-los babar de desejo, querendo saber. Acordar a inteligência adormecida. Aí a cabeça fica grávida: 
engorda com ideias. E quando a cabeça engravida, não há nada que segure o resto do corpo”. (Rubem 
Alves)
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BARBOSA, José Juvêncio. Alfabetização e leitura. (coleção magistério-série formação do professor). 2 ed. 
São Paulo: Cortez Editora, 1994. 
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FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. 24 ed. São Paulo: Cortez Editora, 2001. 104 p.
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Campinas, Mercado das Letras, 1995.
KLEIMAN, Ângela. Oficina de leitura: teoria e prática. Campinas: Pontes, 1993.
LEITE, S. A. S. (org.) Alfabetização e letramento – contribuições para as práticas pedagógicas. Campinas, 
Komedi/Arte Escrita, 2001.
SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leituras. Tradução de Cláudia Schilling. 6. ed. Porto Alegre ArtMed, 1998
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS (PCN). Lingua Portugues. Brasília: Secretaria de Educação 
Fundamental, 1997. 
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 28 ed. São Paulo: Cortez, 
1993
LERNER, Délia. Ler e escrever na escola: o real, o possível o necessário. Porto Alegre: Artmed, 2002
SOARES, Magda. Linguagem e escola: Uma perspectiva social. 10 ed. São Paulo: Ática, 1993.
Pacto nacional pela alfabetização na idade certa : planejamento escolar : alfabetização e ensino da língua 
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