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…….………Skinner, o lugar do sentimento na análise do comportamento…….……… Usualmente, temos a comum ideia que o behaviorismo não “liga” para os processos internos como os sentimentos. Entretanto, isso não passa de uma visão equivocada sobre essa abordagem, visão que foi construída do antigo behaviorismo de Watson. Nessa ótica, o behaviorismo radical de Skinner procura explicar alguns fenômenos internos sob a análise do comportamento. Apesar de parecer um nome “feio” à primeira vista, a palavra radical vem de raiz, radical = da raiz às pontas. Esse novo behaviorismo entende o ser humano como comportamento integral e resgata os eventos privados no estudo do comportamento. Não precisamos ir muito a fundo para saber que o tudo que somos capazes de sentir veio do Outro. Desse modo, temos alguns estímulos privados que são muito difíceis de serem explicados ou até mesmo verbalizados. É de conhecimento geral que nenhuma outra espécie tem a capacidade de FALAR, diante disso, devemos questionar qual o papel da linguagem na construção da subjetividade. As respostas verbais são produtos de contingências especiais de reforçamento. Nesse sentido, as nossas respostas verbais são construídas pelos Outros (acessos verbais) mas o outro não consegue sentir o que estamos sentindo. Sendo assim, o meu mundo só é importante para mim, se um dia ele foi importante para alguém, quem constrói o que somos, são os Outros. Exemplo: Nossa você é muito magra! - Ao ouvir repetidas vezes essa frase, eu me “torno” magra… Seria ao contrário por exemplo se me chamarem de gorda. Em uma contingência de reforço constante, passa-se a acreditar no que é reforçado verbalmente, há um princípio básico de análise do comportamento que explica essa situação, a discriminação de estímulos. A discriminação de estímulos, ajuda a explicar como na infância nós aprendemos a discriminar cores, palavras e principalmente sentimentos. Seguindo essa ótica, chega-se à conclusão de que não existe autoconhecimento pleno, pois quem nos ensinou não sabia o que estava exatamente falando. “Por certo, há séculos se diz que nos comportamos de uma dada maneira por causa de nossos sentimentos". No senso comum, o sentimento é causa do comportamento, no behaviorismo essa afirmação não faz muito sentido pois para essa abordagem, o sentimento é produto colateral do comportamento, tanto comportamento quanto sentimentos são variáveis dependentes. Nosso comportamento é variável dependente do sentimento, situações ambientais controlam o nosso sentimento, não choramos porque estamos tristes, as contingências envolvidas e as situações ambientais que fazem com que choremos, e não a situação em si. Os Behavioristas metodológicos e os Positivistas lógicos - O mundo interno e a introspecção. Ambos argumentam que a ciência deve restringir-se a eventos possíveis de serem observados por duas ou mais pessoas. Aquilo que é visto por meio da introspecção não se qualifica como tal. O mundo privado está fora do alcance de uma segunda pessoa e, portanto, da ciência. Sobre amor Para Skinner, o amor existe, embora nada mais seja do que uma união de pessoas que reforçam o comportamento umas das outras. Quem ama, pratica gestos amorosos porque encontra na outra pessoa algo que lhe reforça a agir assim. O sexo e outras práticas do amor são comportamentos que costuma trazer consequências reforçadoras, em parte devido a influências hereditárias que persistem por esse tipo de reforço ajudar na evolução e na seleção natural. Uma pessoa pode amar também objetos, obras de um artista e etc. Ela ama porque os objetos lhe são agradáveis e isso reforça nela os comportamentos do amor. É difícil para Skinner aceitar a probabilidade de um amor que não deseje nada em troca. O behaviorismo sempre crerá que há algo reforçando um comportamento, ainda que aquele que pratica o comportamento não o note ou admita. Sobre ansiedade A ansiedade seria um estado corporal causado por um evento aversivo que aconteceu antes e que aparenta estar prestes a ocorrer novamente. O medo seria parecido, mas se manifestada havendo certeza de que a consequência aversiva viria (essa “certeza” viria através das inúmeras vezes que isso foi confirmado através de consequências aversivas sucessivas). Skinner nega que possamos sentir o que outras pessoas sentem ou compartilhar de sua dor. Para ele, no máximo imitamos os comportamentos alheios e experimentamos sentimentos parecidos, mas nunca poderemos dizer que sentimos o mesmo que o outro. O behaviorista não tem problemas em tratar cientificamente dos sentimentos, ele apenas não os coloca como objeto principal de seus estudos e não procura se aprofundar muito neles. O behaviorismo reconhece os sentimentos e busca entendê-los através de eventos observáveis que tenham relação com eles, ao contrário dos introspectivos que tentam entender o que está dentro buscando ainda mais fundo aquilo que não pode ser observado. Sobre espera Na pesquisa comportamental, a espera se refere necessariamente a um Sav. - estímulo aversivo. Estímulo aversivo: São aqueles que reduzem a frequência do comportamento que os produzem (estímulos reforçadores negativos). E para compreender como essa espera funciona, devemos compreender 4 estímulos: - Intensidade - ↑ Imprevisibilidade Estímulo ↑ Ansiedade Estímulo - Duração - ↑ Incontrolabilidade *Desamparo aprendido - Quando o indivíduo pensa que nada que ele fizer irá mudar a situação em que ele se encontra. …………………………...Sensação e Percepção - Capítulo 6…………………………... A sensação é a detecção de estímulos externos e a transmissão dessa informação para o cérebro; processo pelo qual os receptores sensoriais (pele, olho, boca e ouvido) e o SN recebem e representam energias de um estímulo no ambiente. Exemplo: Quando estamos de estômago vazio, sentimos fome. A percepção é o processamento no qual a organização e a interpretação de sinais sensoriais, ou seja, da sensação… Esse processo acontece de duas formas: de baixo para cima e de cima para baixo. De cima para baixo (top down): Estímulos do ambiente, o conhecimento do indivíduo influencia em suas experiências anteriores que definem a forma que você interpreta essa informação sensorial… De baixo para cima (bottom-up): Estímulos que vêm de baixo e influenciam nossa percepção quando é mandado para cima (cérebro)... Limiar de sensação: Grau mínimo em que um sujeito reage ou age a um determinado estímulo, levando em consideração a intensidade necessária para percebê-lo. Por exemplo: Quando percebemos a presença de um estímulo. Limiar absoluto: Estimulação mínima necessária para se detectar um estímulo específico em 50% (metade) das vezes; variam de acordo com a idade. Exemplo: Existem sons que não podemos ouvir, teríamos que ter um mínimo volume para que escutássemos; é de conhecimento geral que na velhice a nossa audição pode ficar comprometida. Limiar relativo: Comparação entre dois estímulos ou a diferença mínima que uma pessoa pode detectar entre estímulos semelhantes (em 50% das ocasiões). - Possui alto valor de sobrevivência, pois, identificar estímulos fracos tem alto valor de sobrevivência, devemos ser capazes de diferenciar pequenas diferenças entre os estímulos semelhantes. Por exemplo: Pais quando conseguem diferenciar o som da voz do seu filho se comparada às demais crianças. Estimulação subliminar: Percepção dos estímulos que estão abaixo do nosso limiar; essas estimulações fazem com que sejam sugestivas ao indivíduo exposto; esses estímulos podem nos influenciar, ainda que não estejamos conscientes deles. Exemplo Cotidiano: Pessoas que se sentem induzidas a comer pipoca em uma sessão de cinema. Exemplo Laboratorial: Experimento de Krasnick, onde foram formados dois grupos de pessoas, um no qual iria aparecer projeções subliminares de pessoas felizes e outro no qual iria aparecer projeções subliminares de pessoastristes e, logo em seguida era pedido para que ambos os grupos contassem uma história; aqueles que viram a imagem de pessoas felizes contou uma história feliz, já aquele que viu a imagem de pessoas tristes contou história triste; e então por meio deste experimento podemos observar a influência dos estímulos subliminares. Estimulação proprioceptiva: Como sei que não dormi de cabeça pra baixo? Com o biofeedback Bio: organismo; Feedback: Recebe retorno dele/o que somos capazes de aprender com ele. Adaptação sensorial: Diminuição da nossa sensibilidade a um estímulo constante. - Tem grande valor de sobrevivência pois permite a adaptação a um estímulo que poderia ser aversivo e permite a liberdade para focar em mudanças informativas no ambiente sem sermos distraídos.
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