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Estruturalismo e Funcionalismo (Cap. 7)

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História da Psicologia Moderna, Capítulo 7 - Estruturalismo e Funcionalismo
……………….…….A Psicologia De Titchener: O Estruturalismo……………….……..
No artigo, ele chamou sua abordagem de psicologia "estrutural", comparando-a ao que via à
sua volta em outras universidades norte-americanas, que chamou de psicologia "funcional".
Google - Wundt criou o que, mais tarde, seria chamado de Estruturalismo, por Edward
Titchener; cujo objeto de estudo era a estrutura consciente da mente, as sensações.
Segundo esta perspectiva, o objetivo da psicologia seria o estudo científico da Experiência
Consciente através da Introspecção.
A proposta de Titchener consistia na abordagem experimental para a observação
introspectiva na psicologia.
Sua principal base de estudos concentrava-se nos elementos propriamente ditos, e
acreditava que a Psicologia deveria procurar descobrir a natureza das experiências
conscientes elementares, para determinar sua estrutura, através da análise das partes que a
formam.
Traçando um paralelo explícito com a biologia, que o estruturalismo era exatamente como
ele afirmou: a anatomia - seu objetivo era a análise. Assim como o anatomista organiza o
conhecimento do corpo com base nas estruturas que o compõem, o psicólogo estrutural
deveria analisar a mente humana com base em suas unidades elementares.
O funcionalismo, por sua vez, era como a fisiologia. O fisiólogo analisa como as várias
partes do corpo funcionam e as funções a que servem para manter o indivíduo vivo: do
mesmo modo, o psicólogo funcional estuda de que modo a mente serve para adaptar o
indivíduo ao ambiente.
* “Os Manuais”
Nos laboratórios alemães, os alunos aprendiam os procedimentos por conta própria,
participando dos seus próprios estudos, gerindo-os e observando e interrogando os colegas
mais experientes. Porém as universidades norte-americanas criaram os assim chamados
cursos de repetição. Os alunos desses cursos não produziam pesquisas originais;
simplesmente repetiam os estudos clássicos.
Assim, surgiu a necessidade de textos que explicassem como ensinar aos alunos os
procedimentos básicos de laboratório.
Os Manuais visavam auxiliar os professores e alunos com um passo a passo no laboratório.
Os Manuais, como ficaram conhecidos, foram publicados em dois volumes, em 1901 e 1905,
cada qual com textos à parte para alunos e instrutores. Devido à preocupação de Titchener
de que os professores poderiam precisar ter os procedimentos detalhados passo por passo,
os manuais dos instrutores, de ambos os volumes, tinham quase o dobro do número de
páginas dos manuais dos alunos.
1
O volume publicado em 1901 tinha o subtítulo "Qualitative Experiments" e abrangia
experimentos qualitativos de processos sensoriais, perceptuais e afetivos básicos.
- Nos experimentos qualitativos, os observadores submetiam-se a um evento
sensorial, perceptual ou afetivo, faziam dele um relato introspectivo e, em seguida,
respondiam a algumas questões específicas sobre ele em seus cadernos.
O volume publicado em 1905 - "Quantitative Experiments" continha experimentos
quantitativos, ligados principalmente a procedimentos de psicofísica e tempo de reação.
- Os quantitativos envolviam dados numéricos, como as intensidades de estímulos,
identificadas como mínimamente diferentes nos experimentos psicofísicos, e o
número de reações, nos experimentos de tempo de reação.
*Os experimentalistas
Em 1904, Titchener propôs a criação de um "clube" informal de psicólogos experimentais.
Seu intuito não era rivalizar com a APA, mas oferecer aos pesquisadores um meio de
apresentar melhor seu trabalho aos colegas. Assim nasceu o grupo que viria a ser chamado
de "os experimentalistas" (Boring, 1967; Goodwin, 1985).
Os participantes discutiam as pesquisas em andamento, faziam ajustes nos aparelhos e
tentavam manter vivo o espírito da psicologia de laboratório em seu estado puro. Titchener
geralmente era quem dominava o grupo.
Entre os convidados para as reuniões, estavam diretores de laboratórios e outros
pesquisadores considerados aceitáveis por Titchener. Ou seja, eles deviam trabalhar em
laboratório, mas não precisavam ser adeptos do estruturalismo titcheneriano.
Outra importante característica do grupo era o sexo - todos os experimentalistas eram
homens. A razão disso devia-se em parte ao sexismo vigente na época.
*O sistema estruturalista de Titchener
1) A psicologia deveria compreender também o processo da síntese, ou seja, como os
elementos mentais se combinam e conectam, gerando fenômenos mais complexos.
2) Explicação, com o termo, ele referia-se à compreensão do modo como como o
sistema nervoso produzia os vários fenômenos sensoriais, perceptuais e cognitivos
em que ele estava interessado.
3) A Análise.
Oswald Külpe aprimorou o procedimento e denominou-o introspecção experimental
sistemática. Conforme a definição de Külpe, os observadores faziam relatos detalhados dos
eventos conscientes ocorridos durante a realização de uma determinada tarefa (por
exemplo, associação de ideias). E foi essa abordagem que Titchener retomou e trabalhou
até levá-la a um alto nível de sofisticação.
2
Titchener estava plenamente ciente do problema fundamental da introspecção, isto é, a
impossibilidade de termos uma experiência consciente e, ao mesmo tempo, refletirmos
sobre ela.
Para tentar contorná-lo, ele propôs três soluções.
1) Recorrer à memória, retardando a “observação introspectiva até o processo a ser
descrito ter seguido seu curso e, então, recordá-lo e descrevê-lo de memória. Assim,
a introspecção torna-se retrospecção; o exame introspectivo torna-se um exame post
mortem" (Titchener, 1909, p. 22).
2) Dividir a experiência em fases, usando o método de fracionamento utilizado no
laboratório de Külpe (Capítulo 4).
3) Adquirir o que ele chamou de hábito da introspecção:
O observador experiente adquire um hábito introspectivo; a atitude introspectiva está
arraigada em seu sistema. Assim, é possível para ele não apenas tomar notas mentais
enquanto a observação está em andamento, sem interferir com a consciência, mas até
mesmo tomar algumas notas por escrito, como faz o histologista enquanto ainda tem o olho
preso ao visor do microscópio. (p. 23)
Com efeito, eles deveriam tornar-se máquinas de introspecção, comportando-se de modo
tão automático que os problemas decorrentes da memória ou de outras influências
tendenciosas deveriam presumivelmente desaparecer. O treinamento era importante
também para evitar aquilo a que Titchener se referiu como erro de estímulo, uma tendência
a relatar eventos que descreviam os estímulos apresentados, em vez das experiências
conscientes resultantes desses estímulos.
Por exemplo: Se mostrarmos uma maçã a alguém, e pedirmos para que essa pessoa
descreva o que vê, muito provavelmente dirá que se trata de uma maçã, não descrevendo
suas características como cor, forma e brilho.
Essa falta de descrição dos elementos componentes da maçã é o que Titchener
chamava de erro de estímulo, pois as características foram deixadas de lado, em favor da
descrição mais simples e conhecida. Nesse caso, o observador está interpretando o objeto e
não analisando-o.
3
*Os Elementos Estruturais da Experiência Consciente Humana
Com base em suas análises introspectivas, Titchener identificou três tipos de processos
mentais elementares: 1) Sensações, 2) Imagens e 3) Afetos.
1) As sensações eram os elementos básicos do processo mais complexo da
percepção.
2) As imagens eram os componentes elementares das ideias.
3) E os afetos (sentimentos) eram os elementos das emoções.
Os elementos básicos possuíam diversas características ou atributos.
1) Todas as sensações, por exemplo, tinham os atributos da qualidade, intensidade,
duração e clareza.
A qualidade é o que distingue uma sensação da outra: o vermelho do verde, o frio do
quente, o tom agudo do grave.
A intensidade refere-se à força do estímulo (o nível de decibéis, por exemplo).
A duração é óbvia: todas as sensações duram por tempo mensurável.
E a clareza "é o atributo que dá à sensação seulugar na consciência: a sensação mais
clara é predominante, independente, destacada; a sensação menos clara é subordinada,
indistinguível no pano de fundo da consciência" (Titchener, 1909, p. 53).
2) As imagens possuem os mesmos quatro atributos, ainda segundo Titchener.
Porém, em relação às sensações, suas qualidades são "relativamente pálidas, esmaecidas,
indistintas" (1909, p. 198).'
Além disso, ele argumentava que a intensidade e a duração das imagens eram
"notadamente inferiores" (p. 198) às das sensações.
3) Os afetos possuíam apenas duas qualidades fundamentais: serem agradáveis ou
desagradáveis.
4
………………………………O Funcionalismo - Google…………………………………..
O funcionalismo é um ramo da psicologia que surgiu nos Estados Unidos durante o século
XIX, com o objetivo de se opor ao estruturalismo, um poder alemão levou Edward
Titchener. Foi um dos primeiros ramos da psicologia que enfatizava o empirismo e o
pensamento racional.
Objeto de estudo: Consciência
Método: Pragmatismo
O funcionalismo estava originalmente preocupado com o modo como a mente trabalha e
com suas capacidades, e não com os processos de pensamento, no campo de estudo do
estruturalismo. Além disso, a corrente norte-americana pretendia, acima de tudo, ser útil e
prática, portanto sua pesquisa foi muito focada na aplicabilidade.
O principal objetivo do funcionalismo a princípio era explicar os processos mentais dos seres
humanos de maneira sistemática e científica. Portanto, em vez de estudá-los diretamente
através da introspecção (o principal método do estruturalismo), os funcionalistas procuraram
entender o propósito da consciência, comportamento e pensamento.
O funcionalismo foi a primeira corrente da psicologia que revelou a importância das
diferenças individuais. A partir dessa tendência, surgiram algumas ferramentas
amplamente utilizadas até hoje, como testes de inteligência ou modelos de personalidade.
Além disso, os funcionalistas foram os primeiros psicólogos a tentar aplicar um método
estatístico e científico ao estudo da mente humana.
Funcionalismo de Durkheim
Embora ele não se dedicasse ao campo da psicologia como tal, Émile Durkheim foi um dos
principais promotores do funcionalismo, especialmente no campo da sociologia.
Desse modo, Durkheim acreditava que “fatos sociais” eram formas de agir, sentir e pensar
que eram impostas externamente ao indivíduo, e que eles tinham a capacidade de forçá-lo a
se comportar de acordo. Esses eventos sociais têm a ver com a cultura em que se vive, para
entendê-los é necessário estudar o contexto social.
O funcionalismo de Durkheim foi então baseado na ideia de que é impossível entender
completamente os indivíduos sem entender corretamente como é a sociedade em que vivem
e quais as influências que têm sobre eles.
5
Funcionalismo de John Dewey
Dewey tentou entender como a educação e a sociedade afetam o desenvolvimento mental
das pessoas, a fim de desenvolver um método que permita maximizar as habilidades únicas
de cada indivíduo. Em suas teorias, ele enfatizou a importância da experiência individual e
tentou desenvolver métodos que permitissem que ela fosse entendida cientificamente.
Funcionalismo de William James
Uma das idéias mais importantes de William James em relação ao funcionalismo foi que a
mente não é uma entidade simples, como os estruturalistas propuseram.
Pelo contrário, esse pensador acreditava que nossa idéia da mente deveria ser dinâmica,
pois é composta de várias estruturas que diferem muito uma da outra.
Assim, uma das principais contribuições de James para o funcionalismo foi sua teoria do
subconsciente e sua natureza. Ele acreditava que era necessário estudá-lo com base em
sua relação com a mente consciente, e que a partir dessa abordagem podemos tirar
conclusões diferentes sobre sua operação.
Funcionalismo de Parsons
Talcott Parsons foi um dos principais impulsionadores do funcionalismo no campo da
sociologia. Sua principal contribuição foi o estudo dos fatores que mantêm as sociedades
em equilíbrio e as relações que ocorrem entre todos os elementos que as compõem.
Sua versão do funcionalismo se baseava na ideia de que as pessoas se comportam
racionalmente, escolhendo os meios que lhes parecem mais úteis para alcançar os objetivos
que estabeleceram para si mesmos. Por outro lado, o principal objetivo da sociedade é
manter a ordem social, portanto deve haver um equilíbrio entre os desejos individuais e
coletivos.
Talcott Parsons chamou sua teoria de “funcionalismo estrutural”. Isso foi baseado na ideia
de que existem quatro elementos essenciais para a operação de qualquer sistema:
1) Adaptação, 2) Objetivos, 3) Integração e 4) Latência.
1) O princípio da adaptação refere-se à necessidade de qualquer sistema ou sociedade
se adaptar às demandas de seu ambiente.
2) O princípio da meta propõe que o sistema também define suas próprias metas e
atenda-as o máximo possível. Portanto, deve haver um equilíbrio entre os dois
fenômenos.
3) O princípio da integração determina que a sociedade deve ser capaz de regular as
interações entre todos os seus membros.
4) O princípio da latência defende a necessidade de manter a motivação dos indivíduos
que fazem parte do grupo social e promover o aumento dele.
6
Funcionalismo de Merton
Merton foi um dos pensadores mais importantes do funcionalismo sociológico.
Grande parte de sua carreira concentrou-se em desmantelar as ideias de Parsons e outros
estudiosos como ele, e em propor teorias alternativas às crenças desse grupo.
Merton também foi um grande defensor da “sociologia empírica” e ajudou a mover as
teorias dessa disciplina para a esquerda política por ser um forte defensor do marxismo.
Além disso, ele foi altamente crítico de alguns dos postulados mais importantes do
funcionalismo da época.
Por um lado, Merton acreditava que a ideia de que todos os componentes de uma
sociedade cumprissem uma função importante só poderia ser aplicada em
comunidades muito pequenas. Em grupos maiores de pessoas, esse princípio não se
aplica mais, pois os problemas de integração aparecem entre todos os seus membros.
Por outro lado, Merton também acreditava que nem todas as funções sociais são boas,
mas que algumas seriam irrelevantes ou até diretamente negativas. Assim, teve um
papel muito mais cínico na cultura e na sociedade, criticando amplamente sua influência
sobre os seres humanos e seu bem-estar.
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