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Profa. Dra. Pollyana Melo MATERIAL COMPLEMENTAR Imunologia Básica A vacinação é um método profilático de imunização que tem como objetivo gerar imunidade de longa duração, ou seja, memória imunológica contra determinado patógeno. Por que vacinar? Imunização Ativa por Vacinação Fonte: https://www.pfizer. com.br/sua- saude/covid-19- coronavirus/covid- 19-principais- perguntas- respostas-sobre- vacina-pfizer-e- biontech Há a presença do antígeno com a geração de memória Imunológica: Como ocorre a Imunização Ativa? Fonte: Adaptado de: ABBAS, Imunologia Molecular e Celular, 6ª Edição Imunidade ativa Antígeno microbiano (vacina ou infecção) Dias ou semanas Exposição à infecção Recuperação (imunidade) Sim Sim Especificidade Memória Como ocorrem os eventos da resposta imune? Devido à geração de memória Como funciona a Imunização? Fonte: Adaptado de: http://www.epi.uff.br/wp- content/uploads/2013/08/Aula- Imuniza%C3%A7%C3%A3o.pdf Primeira exposição ao antígeno Segunda exposição ao antígeno Primeira exposição ao antígeno Primeira resposta imunológica Segunda resposta imunológica Resposta maior Resposta mais rápida Tempo C o n c e n tr a ç ã o d e a n ti c o rp o s Vacinas vivas normalmente produzem infecções subclínicas e autolimitadas. A exposição ao vírus atenuado é capaz de ativar a produção de anticorpos e, também, a imunidade citotóxica, essencial quando se trata de infecção por microrganismos intracelulares. No entanto, elas podem desencadear manifestações clínicas em indivíduos imunocomprometidos. São elas: A vacina BCG; A vacina oral contra a poliomielite (VOP); Rotavírus; Tríplice viral; Febre amarela. Tipos de Vacinas – Atenuadas Vírus enfraquecido Vírus inativado Vacina ou Vírus replicados Célula Apresentadora de Antígeno Peptídeo Coronavírus Resposta Imune VACINAS DE VÍRUS Fonte: Adaptado de: http://cienciaviva.org.br/index.php/2021/ 01/01/corridavacinascov2/ Nesse tipo, os microrganismos estão mortos, podendo ser: Vírus inativado; Bactérias mortas. São exemplos dessas vacinas: Coqueluche (PS: DTp – tríplice bacteriana); A vacina pneumocócica; Covid-19. Tipos de Vacinas – Inativadas Fonte: Adaptado de: http://cienciaviva.org.br/index.php/2021/ 01/01/corridavacinascov2/ Vírus enfraquecido Vírus inativado Vacina ou Vírus replicados Célula Apresentadora de Antígeno Peptídeo Coronavírus Resposta Imune VACINAS DE VÍRUS Um antígeno é adicionado na formulação da vacina. São elas: Com subunidades: Hepatite B e A, recombinantes; Menigococcica B, recombinante; Haemophilus influenzae tipo b (Hib); HPV, recombinante. Com toxinas: Tetânica; Diftérica. Vacinas de Subunidades ou Toxoides Fonte: Adaptado de: http://cienciaviva.org.br/index.php/2021/01/01/corridavacinascov2/ Subunidades proteicas Proteína M VACINAS À BASE DE PROTEÍNAS Proteína Spike Peptídeo coronavírus Resposta Imune Nessa caso, o material genético que será utilizado na formulação da vacina: COVID-19. Vacinas de Ácidos Nucleicos Fonte: Adaptado de: http://cienciaviva.org.br/index.php/2021/01/01/corridavacinascov2/ Vetor viral capaz de se replicar (como vírus do sarampo enfraquecido) VACINAS DE VETOR VIRAL Vetor viral incapaz de replicar (como adenovírus) Gene spike coronavírus genes virais Gene spike coronavírus genes virais (alguns inativados) peptídeo spike coronavírus vírus replicados Resposta Imune Vacina DNA VACINAS – ÁCIDO NUCLEICO Vacina RNA DNA RNA RNA é geralmente envolto em uma cobertura lipídica, para que ele possa entrar em células eletroporação gene spike coronavírus Eletroporação cria poros na membrana para aumentar a inserção do DNA na célula Peptídeo coronavírus proteínas virais mRNA Célula Núcleo Os principais fatores importantes na eficácia de uma vacina são: a dose do antígeno; a via de administração; o esquema de imunização; o uso de adjuvantes, são eles: Adjuvante incompleto de Freund, constituído por óleo mineral neutro e lanolina; Adjuvante completo de Freund, constituído por óleo mineral neutro, lanolina e um componente bacteriano, normalmente uma microbactéria morta pela exposição ao calor; Sulfato de alumínio; Hidróxido de alumínio; Interleucina-12. Adjuvantes, vias de administração e cuidados no armazenamento das vacinas Apesar de serem consideradas seguras, as vacinas podem conferir alguns eventos adversos, que resultam das condições gerais do indivíduo (idade, existência de imunossupressão, presença de doenças etc.) ou dos componentes da vacina. Reações Adversas à vacinação A soroterapia é um método de imunização passiva que consiste na transferência de anticorpos presentes no soro com o intuito de fornecer proteção imediata contra toxinas e contra alguns patógenos. Ela é utilizada quando já há uma infecção instalada, como no caso do tétano, e no tratamento de picadas de cobra e de alguns aracnídeos. Logo, vemos que o soro atua como antídoto. O Uso de Soros Fonte: Adaptado de: ABBAS, Imunologia Molecular e Celular, 6ª Edição Imunidade passiva Soro (anticorpos) de indivíduo imune Administração de soro ao indivíduo não infectado Infecção Recuperação (imunidade) Sim Não INTERVALO As Imunodeficiências traduzem-se clinicamente como maior suscetibilidade às infecções, frequentemente por agentes oportunistas, com episódios recorrentes, graves e de difícil tratamento, elas são divididas em dois tipos: As primárias; As secundárias. Imunodeficiências Definem-se Imunodeficiências Primárias (IDP) como um conjunto de deficiências congênitas que afetam o desenvolvimento e/ou a função do sistema imune, em geral como consequência de defeitos genéticos. Esse(s) defeito(s) pode(m) afetar um ou mais componentes do sistema imune. As infecções oportunistas vão surgir no pós-natal/infância. Podem ter manifestações brandas, o que faz com que o diagnóstico em alguns casos ocorra apenas na vida adulta. Imunodeficiências Primárias Deficiências na resposta imune inata, que incluem as imunodeficiências dos fagócitos, imunodeficiências do complemento e deficiências na sinalização mediada por TLR e do eixo IFN - γ/I L-12. Deficiências na resposta imune adaptativa, que incluem as imunodeficiências de células B (anticorpos) e as imunodeficiências de células T ou combinadas. Há outras IDP, cujas caraterísticas e manifestações clínicas são mais complexas. Incluem neste grupo as imunodeficiências associadas a fatores diversos e as síndromes autoimunes, autoinflamatórias e de imunodesregulação. Classificações das Imunodeficiências Primárias Hipogamaglobulinemia transitória da infância; Deficiência de subclasses de IgG; Deficiência de anticorpos com imunoglobulinas normais; Deficiência de IgA; Imunodeficiência comum variável; Agamaglobulinemia. IDP de Anticorpos São mais raras. Resultam de defeitos em diferentes estágios da maturação dos linfócitos T ou em suas funções. Na sua maioria, estão associadas a anormalidades de outras linhagens celulares (linfócitos B, células NK, e mais raramente, células mieloides), sendo classificadas de acordo com o fenótipo imunológico. Podem ser fatais sem o diagnóstico e o tratamento precoce. Imunodeficiências de Células T/Combinadas IDP na resposta adquirida Fonte: Adaptado de: ABBAS, Imunologia Molecular e Celular, 6ª Edição Célula presentadora de antígenos Célula T no estimulada Células T activadas Célula T colaboradora Macrófago Macrófago activado Célula I colaboradora Célula B Célula B productora de anticuerpos Defectos en la expresión de las moléculas del MHC (déficit del MI IC de classe II, déficit de TAP Defectos de la señatización del complejo TCR Mutaciones en el ligando de CD40 (síndrome de híper-IgM ligado al cromossoma X Disminuición de la producciónde Ig (inmunodeficiencia variable común) Defectos selectivos de isotipos de Ig Caracterizada pela diminuição da capacidade oxidativa dos granulócitos. Não haverá a digestão de microrganismos, em especial Staphylococcus aureus e fungos intracelulares. Haverá a formação do granuloma. Forma ligada ao X (70%) Ainda temos as IDF associadas ao: Sistema do Complemento; Aos receptores Toll-like Deficiências Funcionais de Fagócitos – Doença Granulomatosa Crônica Fonte: Adaptado de: http://biologiaresolvida.com.br/resum o/resumo-fagocitose- pinocitose/attachment/fagocitose/ Pseudópodes envolvendo patógenos. 1 Os patógenos são englobados por endocitose. 2 Forma-se um vacúolo que cerca os patógenos. 3 O vacúolo e o lisossomo se fundem. 4 Compostos tóxicos e enzimas lisossômicas destroem os patógenos. 5 Os restos dos patógenos são excretados por exocitose. 6 Patógeno CÉLULA FAGOCÍTICA Vacúolo Lisossomo contendo enzimas Síndrome de DiGeorge: Deleção do cromossoma 22q11.2 Outras Síndromes Fonte: Adaptado de: https://www.fcm.unicamp.br/fcm/cranio-face- brasil/informacoes-para-pacientes-e-familiares/perguntas-frequentes- sindrome-de-delecao-22q112 Nariz tubular Alteração nas pálpebras Hipoplasia alar Orelhas em abano Ponta nasal bulbosa Alteração nas pálpebras Face alongada e assimétrica Hipertelorismo Orelhas com forma diferente e mais baixas Raiz e dorso nasais altos Ilustrações de Mario Moreira da Silva – FCM/UNICAMP Ataxia Telangiectásica: Mutações no gene ATM (localizado no cromossoma 11q22.3), que estão associadas a 100.000 nascimentos. As deficiências imunes podem afetar tanto a imunidade celular (linfopenia por déficit de linfócitos T) quanto a humoral (déficit de imunoglobulinas), ocorrendo em cerca de 70% dos pacientes. Síndrome de Wiskott-Aldrich: É uma imunodeficiência ligada ao cromossomo X, causada por mutações no gene W ASP, que codifica a expressão de proteínas reguladoras do citoesqueleto de actina, restritamente das células hematopoiéticas. Síndrome de Job ou Hiper-IgE: IgE > 2.000 UI/mL Fonte: Adaptado de: https://redcontraelabusosexual.org/sindrome-de- alcoholismo-fetal/ Cabeza pequeña Epicantos Perfil mediofacial plano Surco nasolabial liso Puente nasal bajo Aberturas oculares pequeñas Nariz corta Labio superior delgado Mandíbula subdesarrollada As imunodeficiências secundárias são normalmente divididas em função da causa que a elas se associa (idade avançada, doenças metabólicas, doenças genéticas, tratamento farmacológico, cirurgia e trauma, condições ambientais, doenças infecciosas etc.). São elas: Aids; Doenças neoplásicas; Doenças associadas à desnutrição (proteica e por carência de nutrientes específicos como ferro, zinco, vitaminas); Doenças associadas a queimaduras; Síndrome nefrótica; Desordens psiquiátricas. Imunodeficiências Secundárias O HIV e a Aids Vif, Vpr, Nef and p7 Protease Lipid Membrane Nucleocapsid Viral RNA Genome gp120 Docking Glycoprotein gp41 Transmembrane Glycoprotein Intergrase Reverse Transcriptase Capsid Matrix Fonte: Adaptado de: https://www.drugdiscoverytrends .com/discovery-of-key- component-of-hiv-virus-yields- drug-target/ Fonte: https://kr.123rf.com/photo_29268672_hiv- %EB%B0%94%EC%9D%B4%EB%9F%AC%E C%8A%A4- %EA%B0%90%EC%97%BC%EC%9D%98- %EB%93%9C%EB%A1%9C%EC%9E%89.html Manifestações Fonte: Adaptado de: http://www.unitaid.org/assets/v2_hivdiagxlandscape.pdf Primary Infection Acute HIV syndrome Wide dissemination of vírus Seeding of lymphoid organs Clinical Latency Symptoms of AIDS Death Opportunistic Diseases Constitutional Symptoms H IV R N A C o p ie s p e r m l P la s m a 107 106 105 104 103 102 0 3 6 9 12 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 YearsWeeks 1200 1100 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 C D 4 + T L y m p h o c y te C o u n t (c e ll s /m m 3 ) ABBAS, A. K.; LICHTMAN, A. H.; PILAI, S. Imunologia celular e molecular. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2019. BENJAMIN, E.; COICO, R.; SINSHINE, G. Imunologia. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2002. DELVES, Peter J. Fundamentos de Imunologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. FORTE, Wilma Neves. Imunologia: do básico ao aplicado. Porto Alegre: ArtMed, 2011. MALE, D.; BROSTOFF, J.; ROTH, D. B.; ROITT, I. M. Imunologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Editora Saunders Elsevier, 2014. PEAKMAN, M.; VERGANI, D. Imunologia Básica e Clínica. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Saunders Elsevier, 2011. Referências ATÉ A PRÓXIMA!
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