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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA 
FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DO ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO 
 
 
 
 
 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ nº..., com 
sede em..., endereço eletrônico..., por intermédio de seu 
advogado, devidamente constituído, com instrumento de mandato 
em anexo, endereço profissional em..., vem perante Vossa 
Excelência, com fulcro no artigo 1º e 5º, inciso V, da Lei 
nº 7.347/85, propor 
 
 
 
AÇÃO CIVIL PÚBLICA COM PEDIDO LIMINAR 
 
em desfavor do MUNICÍPIO DO RIO, pessoa jurídica de direito 
público interno, CNPJ nº…, com sede no endereço…, endereço 
eletrônico…, e da sociedade empresária E CONSÓRCIO 
TRANSCARIOCA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ nº..., com sede no endereço..., endereço eletrônico, pelas 
razões de fato e de direito que passa a expor: 
 
 
I – Do cabimento 
 
Preliminarmente, cabe citar que a entidade ora autora está 
devidamente constituída há 60 dias, preenchendo o requisito do 
art. 5º, inciso V, alínea a, da Lei nº 7.347/85, tendo sua 
finalidade institucional, dentre outras, a proteção dos usuários de 
transporte público, estando, portanto, alinhada com o tema da 
ação, conforme exigência do art. 5º, inciso V, alínea b, da Lei 
nº 7.347/85. 
II – Dos fatos 
 
A sociedade empresária CONSÓRCIO TRANSCARIOCA ,exploradora 
do serviço público de transporte de passageiros via concessão no 
MUNICÍPIO SIGMA que possui altos índices de reclamações 
Por motivo desse alto índice a Prefeitura optou por tirar de 
circulação 50% dos ônibus na região de Jacarepaguá, trocando 
estes por micro-ônibus. Segundo a Prefeitura, a medida visa 
melhorar o fluxo do trânsito, principalmente na Barra da Tijuca e 
adjacências. Desta forma, dependendo do trajeto, o passageiro 
deveria dar preferência ao BRT em seu deslocamento, ou fazer 
baldeações com uma ou mais linhas de micro-ônibus. Passados 
60 dias da implementação do projeto, o Ministério Público carioca 
recebeu centenas de reclamações dos consumidores, relatando a 
falta de circulação dos coletivos, atrasos frequentes e em alguns 
casos superlotação mediante o horário de pico, tornando o meio 
de transporte desumano. 
Por esta situação, jornais da cidade noticiaram amplamente as 
péssimas condições do serviço de transporte público, o que 
ensejou a presente demanda que objetiva a regularização da 
atividade em questão. 
 
III – Do direito 
 
 
III – 1. Do mérito 
 
Diz o art. 6º, § 1º, da Lei nº 8.987/95, que são princípios do 
serviço público, a regularidade, a continuidade, a eficiência, a 
segurança, a atualidade, a generalidade, a cortesia na sua 
prestação e a modicidade das tarifas. 
O § 2º, do mesmo dispositivo, preconiza que a atualidade 
compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das 
instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e 
expansão do serviço. 
No mesmo sentido, o art. 4º da Lei 13.460/17, determina que os 
serviços públicos e o atendimento do usuário deverão ser 
realizados de forma adequada, observados os princípios 
da regularidade, continuidade, efetividade, segurança, atualidade, 
generalidade, transparência e cortesia. 
Na presente hipótese, verifica-se que a prestação de serviço 
público não atende condições mínimas de segurança para os 
usuários, pois os motoristas dos micro ônibus e BRT, os veículos 
apresentam péssimo estado de conservação, e atraso nas vias, o 
que viola o princípio da segurança dos serviços públicos. 
A regularidade e a continuidade também não estão sendo 
observados, dada a interrupção da circulação dos ônibus, deixando 
a população desprovida do serviço, o que implica violação dos 
princípios da regularidade e continuidade dos serviços públicos. 
Por fim, a utilização de veículos novos, viola o princípio da 
atualidade do serviço, que não cumpre com a modernidade dos 
equipamentos postos à disposição dos usuários. 
Com efeito, verifica-se que a prestação do serviço público de 
transporte do município é inadequada, pois não atende aos 
requisitos mínimos de segurança, regularidade, continuidade e 
atualidade. 
III – 2. Do pedido liminar 
 
Diz o art. 300, do Código de Processo Civil, que a tutela de 
urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem 
a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao 
resultado útil do processo. 
A probabilidade do direito está fundamentada na prestação de 
serviço público inadequado, que não satisfaz as condições de 
segurança, regularidade, continuidade e atualidade. 
O perigo da demora está presente no caso concreto, pois o 
serviço é interrompido em algumas vias, causando prejuízos à 
população, além de ser prestado em condições que colocam em 
risco os usuários pois a não prestação do serviço regularmente, 
os deixam vulneráveis justamente nos horários em que ocorrerem 
crimes com maior frequência, conforme índices de criminalidade. 
Desta feita, necessário se faz a concessão de liminar com o 
objetivo de impedir a utilização de motoristas sem habilitação 
(obrigação de não fazer); obrigar os réus à renovação da frota 
(obrigação de fazer); obrigar os réus à circulação dos ônibus 
novos até meia-noite (obrigação de fazer). 
IV – Dos pedidos 
 
Ante o exposto, requer: 
A citação dos réus, por intermédio de seus representantes 
judiciais, caso houver, para, querendo, contestarem a presente 
ação no prazo legal sob pena de revelia; 
A concessão da liminar para impedir a utilização de motoristas 
sem habilitação (obrigação de não fazer); obrigar os réus à 
renovação da frota (obrigação de fazer); obrigar os réus à 
circulação dos ônibus novos (obrigação de fazer); 
A procedência do pedido, confirmando em definitivo a liminar 
concedida para impor aos réus as obrigações de fazer e não 
fazer; 
A condenação dos réus ao pagamento de custas e honorários 
advocatícios; 
A produção de todas as provas admitidas em direito, bem como 
a juntada dos documentos anexos. 
Atribui-se a causa o valor de R$... 
Nestes termos, pede deferimento. 
Local..., data..., 
ADVOGADO/OAB... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Superior Tribunal de Justiça STJ - RECURSO 
ESPECIAL: REsp 1729539 RJ 2018/0056365-9 
Ementa 
ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL 
PÚBLICA. DANOS AMBIENTAIS. PRÉVIA APURAÇÃO EM 
INQUÉRITO CIVIL. ART. 8º, § 1º, DA 
LEI 7.347/1985. POSSIBILIDADE DE AMPLIAÇÃO DO 
OBJETO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DE 
REVISÃO DAS DEMAIS QUESTÕES RECURSAIS. MATÉRIA 
FÁTICO-PROBATÓRIA. VIOLAÇÃO AO 
ART. 535DO CPC/1973 NÃO CONFIGURADA. 
1. Trata-se, na origem, de Ação Civil Pública em que o Juízo da 
primeira instância delimitou o objeto da inicial ao que apurado 
no Inquérito Civil Público, ou seja, somente aos danos 
ambientais decorrentes de altos índices de salinibilidade no 
Canal Quitingute, imputados às ora recorrentes, em 
detrimento do escopo geográfico maior aludido na peça 
exordial. 
2. É inviável analisar as teses, defendidas nos Recursos 
Especiais, relativas à falta de produção de provas, ao excesso 
dos limites da inicial e ao cerceamento de defesa, pois 
inarredável a revisão do conjunto probatório dos autos para 
afastar as premissas fáticas estabelecidas pelo acórdão 
recorrido. Aplica-se, portanto, o óbice da Súmula 7/STJ. 
3. A instauração antecedente de Investigação Preliminar ou 
Inquérito Civil configura mera faculdade, não sendo, portanto, 
requisito para o ajuizamento de ação civil pública. Precedentes 
do STJ. Na mesma linha, é possível a ampliação do objeto da 
ação civil pública, indo além dos fatos apurados pelo 
Ministério Público em procedimento administrativo prévio. 
Finalmente, no processo civil coletivo, assim como no 
individual, a produção de prova e o exercício do contraditório 
se dão em juízo, inexistindo, pois, necessidade de 
pré- constituição probatória como condição para o exercício da 
ação civil pública. 
4. Recursos Especiais parcialmente conhecidos e, nessa parte, 
não providos. 
 
	Superior Tribunal de Justiça STJ - RECURSOESPECIAL: REsp 1729539 RJ 2018/0056365-9
	Ementa
	ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANOS AMBIENTAIS. PRÉVIA APURAÇÃO EM INQUÉRITO CIVIL. ART. 8º, § 1º, DA LEI 7.347/1985. POSSIBILIDADE DE AMPLIAÇÃO DO OBJETO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DE REVISÃO DAS DEMAIS QUESTÕES R...

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