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Síndrome clínica → desconforto ou pressão precordial por isquemia miocárdica transitória sem infarto Precipitada por esforço ou estresse psicológico Aliviada por repouso ou nitroglicerina sublingual Diagx: sintomas + ECG + imagem Tratx: antiplaquetários, nitratos, betabloqueadores, bloqueadores dos canais de Ca+ 2, IECA, angioplastia coronariana ou revascularização cirúrgica ETIOLOGIA Carga de trabalho + demanda de O2 > capacidade das coronárias suprirem sangue oxigenado - Pode ocorrer por estenose arterial Normalmente ocorre por aterosclerose arterial coronariana• Pode resultar de espasmo da artéria coronária• Raramente pode ser por embolia arterial coronariana• Trombose coronariana aguda se obstrução parcial ou transitória (geralmente causa IAM) • - Ocorre no esforço, aliviada no repouso- Aumento da carga de trabalho: HAS- Regurgitação aórtica- Estenose aórtica- Miocardiopatia hipertrófica- Angina com ou sem aterosclerose! + Podem diminuir perfusão miocárdica relativa (hipertrofia ventricular) - Anemia grave ou hipóxia podem precipitar angina (dim. Do suprimento)- FISIOPATOL OGIA Estável Relação carga de trabalho x isquemia é previsível- 1. Instável Angina com piora clínica (em repouso ou com aumento da frequência de episódios) - 2. Obstrução arterial aterosclerótica: varia com flutuações do tônus arterial Maior número de acometidos pela manhã: tônus arterial elevado- Endotélio lesado por ateromas: estresse por aumento de catecolaminas = vasoconstrição - • Ao isquemiar: queda no pH, perda de K+, acúmulo lactato, alteração no ECG, deteriora ventrículo (na diástole e sístole) Pressão D. no VE aumenta na angina = congestão pulmonar e dispneia - Desconforto causado por estimulação nervosa por metabólitos da hipóxia - • SINAIS E SINTOMAS Desconforto, não dor. Nunca ocorre abaixo do umbigo ou acima das orelhas. Geralmente atrás do esterno com irradiação p/ membros (principalmente esquerdo) até mandíbula, dentes etc - Angina atípica: meteorismo, flatulência, desconforto abdominal Sintomas de indigestão com alívio ao eructar• Dispneia por aumento da pressão de enchimento VE (pode acompanhar isquemia) • - Angina: Etiologia, Fisiopatologia, Sinais, Diagnóstico e Tratamentos Página 1 de Medicina acompanhar isquemia) Sensações fugazes e breves raramente angina (sintomas isquêmicos > 1 minuto) • Durante a angina pode: ↑FC, ↑PA, B4 comum, hipofonese nas bulhas, ictus cordis difuso Pode desdobramento paradoxal B2: ejeção do VE é mais prolongada na isquemia • Pode haver B3• Sopro meso ou telessistólico apical agudo ou sibilante se houver regurgitação mitral por disfunção do mm. Papilar • - Classicamente deflagrada por esforço, emoção forte. Persiste por minutos e regride com repouso• Previsível, mas pode variar qte de esforço por variação no tônus (como pela manhã) • Piora com esforço após refeição ou contra vento frio• Gravidade pela qte de esforço (Classificação canadense): Classe 1: Esforço extenuante rápido/prolongado; atv física incomum (caminhar/subir escada) ○ Classe 2: andar rápido; subir aclive; subir escada rápido; caminhar após refeição; frio; vento; estresse emocional ○ Classe 3: caminhar por 1 ou 2 quarteirões; subir 1 lance de escada ○ Classe 4: qualquer atv física; as vezes em repouso○ • - Angina crescente: ocorrência progressiva de mais e mais casos, até múltiplos em um dia + Desenvolv. De circulação colateral coronariana se isquemia ou claudicância • - Angina noturna: quando sonho desencadeia alteração na respiração, FC e PA; equivale à dispneia noturna Posição deitada força maior retorno venoso → estica parede, aum. Tensão = requer mais O2 • - Angina em decúbito: espontaneamente no repouso; aum. PA e FC como causas da angina ou resultado da isquemia - Angina Instável Quaisquer alterações na angina estável (previsível) devem ser consideradas graves Especialmente Classe 3 ou 4 Requer avaliação e tratamento imediato Isquemia silenciosa Doentes coronarianos, principalm. Diabéticos, sem sintomas Por vezes anormalidade assintomáticas e transitórias do ST no teste de estresse ou Holter de 24 horas Isquemia silenciosa e angina podem coexistir DIAGNÓSTI CO DA ANGINA TORÁCICA Sintomas Típicos1. + fatores de risco na história (HAS, DM, história familiar) Se >20 minutos, em repouso ou síncope = avaliação de SCA (sínd. Coronariana aguda) + desconforto torácico pode ter outras causas: DRGE, espasmo esofágico, indigestão e colelitíase, costocondrite, ansiedade, ataque de pânico, hiperventilação e outras doenças cardio (dissecção aórtica, pericardite, prolapso mitral, taquicardia supraventricular ou fibrilação atrial) Página 2 de Medicina atrial) ECG:2. Raramente se consegue registrar um durante o episódio Durante a crise pode mostrar: Onta T discordnate do QRS- Infradesnível ST (mais comum)- Supra de ST- Diminuição de onda R- Distúrbios intraventriculares ou de condução de ramo- Arritmia (geralmente extrassístoles ventriculares)- Entre crises: 30% são normais; 70% com sinais de infarto prévio, hipertrofia ou anomalias ST-T Teste de Estresse3. Se ECG em repouso normal, recomenda-se Teste COM ECG Masculino com desconforto sugestivo: Especificidade 70% e Sensibilidade 90% Especificidade mais baixa em mulheres Mas com mais chance de ECG alterado em repouso Teste negativo geralmente exclui doença coronariana Alterações ST falso-positivas são comuns: usar teste com imagem Eco de esforço ou PET ou RM de esforço Determinam área, local e extensão do miocárdio afetado/em risco Eco pode detectar regurgitação mitral Angiografia4. Padrão diagnóstico mas nem sempre necessária Usada para localizar e avaliar lesões antes da cirurgia de revascularização (intervenção coronariana percutânea [ICP] ou cirurgia de revasc. Do miocárdio[CRM]) Se diâmetro do lúmen <70%, há angina (exceto se espasmo ou trombose) Ultrassonografia intravascular (transdutor + cateter) imagens da estrutura da artéria + garante posição de stents Fios-guia com sensor de pressão/fluxo: reserva de fluxo fracionada (RFF) estima necessidade de angioplastia em pacientes com 40-70% de estenose. RFF 1 é normal; <0,75 a 8 é isquêmico (uso de stent recomendado) Exames de imagem5. TC por feixe de elétrons: detecção da qte de cálcio na placa = previsão de eventos futuros. Só em assintomáticos com risco de DCVAC em 10 anos de 10-20% (AHA). Angiog. Coronariana com tC de multidetectores: alta dose de radiação, FC < 65, não gestantes, segurar respiração por 15-20s 4 a 5 vezes durante exame. Só em assintomáticos de alto risco ou com angina típica/atípica com teste de esforço inconclusivos ou pacientes com angiografia invasiva sem localização de artéria coronária ou enxerto de grande porte RM cardíaca: visualização direta da estenose, fluxo, perfusão e metabolismo + anormalidades do movimento e detecção se dano ou viabilidade. Só para avaliar estrutura e função cardio + viabilidade. PROGNÓSTI CO Evoluções adversas: Angina instável- Infarto do miocárdio- Página 3 de Medicina Infarto do miocárdio- Morte súbita por arritmias- Mortalidade anual de 1,4% em pessoas com angina Se há HAS mortalidade de 7,5%; ECG anormal morrem 8.4%; se ambos: 12% DMII dobra todas essas taxas Se angina estável, prognóstico é bom, mesmo com acometimento de 3 vasos TRATAMEN TO DE ANGINA Modificar fatores de risco (tabaco, PA, peso, lipídeos)1. Fármacos antiplaquetários (AAS, clopidogrel, prasugrel ou ticagrelor)2. Betabloqueadores3. Nitroglicerina ou bloq. Ca2+ p/ sintomas4. IECA e estatinas5. Revascularização se sintomas persistem após tratamento6. Fármacos para sintomas: nitroglicerina sublingual (vasodilatação). Prescrito no agudo ou pré-esforço. Melhora de 1,5-3 minutos e dura até 30 minutos. Dose pode ser repetida a cada 4-5 min por até 3x. Fármacos para isquemia: Antiplaquetários: todos com diagx DAC ou alto risco- Betabloqueadores: maioria dos pacientes exceto contraindicação/intolerância - Nitratos de ação prolongadase necessário- Bloq. Ca2+ se necessário- + Bloq. De canal de Sódio para angina crônica (ranolazina)- + Inibidor de nó SA dim. FC sem reduzir contratilidade (geralm. Em combinação com betabloq.) - Revascularização: ICP preferida para 1 ou 2 vasos com lesões adequadas até 3 vasos Em bifurcação ou área extensa não é recomendada (mas tecnologia tem melhorado) ○ - CRM supera ICP em diabéticos e múltiplos vasos (passíveis de enxerto) 85% com alívio completo ou acentuado dos sintomas○ - Referência: Manual MSD - Angina de Peito. Página 4 de Medicina
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