AV2 Prova UVA TEORIAS DA HISTÓRIA(IL70061)

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Local: Sala 1 - Sala de Aula / Andar / Polo Madureira / POLO MADUREIRA - RJ 
Acadêmico: EAD-IL70061--20222A
Aluno: MARIO VINICIUS FERRAZ SILVEIRA 
Avaliação: A2-
Matrícula: 20222300062 
Data: 30 de Junho de 2022 - 08:00 Finalizado
Correto Incorreto Anulada  Discursiva  Objetiva Total: 3,00/10,00
1  Código: 22493 - Enunciado: “Suponhamos, então, para sermos breves, que as ciências humanas
se interessam todas por uma única e mesma paisagem: a das ações passadas, presentes e futuras
do homem. Suponhamos que semelhante paisagem seja coerente por adição, o que se teria que
demonstrar por suposto. Frente a esse panorama, as ciências do homem seriam outros tantos
observatórios, suas cores, suas crônicas.” BRAUDEL, Fernand. Apud. ROJAS, C. A. A. Fernand
Braudel e as ciências humanas. Londrina: Eduel, 2013, p. 67. Considerando o exposto, pode-se
afirmar que as ciências humanas:
 a) Têm como objeto o estudo do homem em seus aspectos mais amplos, sejam eles sociais,
econômicos, físicos ou biológicos.
 b) Correspondem ao estudo científico do conhecimento produzido a partir das ações
humanas, em suas diversas dimensões.
 c) É um dos ramos das ciências da natureza, já que o homem também é um ser que faz parte
da criação, ou seja, da natureza.
 d) Interessam-se pela humanidade em geral, mas, em especial, pelas questões relacionadas
ao conhecimento ocidental europeu.
 e) São as ciências que, a partir do século XVIII, se interessaram em discutir as questões
humanas com a ajuda da filosofia.
Alternativa marcada:
a) Têm como objeto o estudo do homem em seus aspectos mais amplos, sejam eles sociais,
econômicos, físicos ou biológicos.
Justificativa: Resposta correta: Correspondem ao estudo científico do conhecimento produzido
a partir das ações humanas, em suas diversas dimensões. As ciências humanas têm como objeto
de pesquisa todo o conhecimento produzido a partir das ações humanas, em todas as
dimensões. Distratores: É um dos ramos das ciências da natureza, já que o homem também é um
ser que faz parte da criação, ou seja, da natureza. Errada. As ciências humanas não são uma
ramificação das ciências da natureza. Seu objeto de estudo é distinto do das ciências naturais.
Têm como objeto o estudo do homem em seus aspectos mais amplos, sejam eles sociais,
econômicos, físicos ou biológicos. Errada. As ciências humanas não se interessam pelos aspectos
físicos ou biológicos do homem. São as ciências que, a partir do século XVIII, se interessaram
em discutir as questões humanas com a ajuda da filosofia. Errada. O interesse das ciências
humanas é o conhecimento produzido pelas ações humanas e não a discussão dessas ações com
o auxílio da filosofia. Interessam-se pela humanidade em geral, mas, em especial, pelas questões
relacionadas ao conhecimento ocidental europeu. Errada. As ciências humanas não se
interessam, em particular, pelas questões relacionadas à construção do conhecimento ocidental
europeu.
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2  Código: 22374 - Enunciado: “Contemplar o passado, mas também olhar para o presente:
normalmente tendemos a reduzir a história à busca das origens ou ainda a imaginar o que se
chama atualmente na França “história imediata”. Isso seria o mesmo que esquecer Tucídides e a
extensa linhagem de seus herdeiros que têm colocado a serviço da compreensão de sua época os
elementos de explicação e análise disponibilizados pelo método histórico.” CAIRE-CABINET,
Marie-Paule. Introdução à historiografia. Bauru-SP: Edusc, 2003, p. 8. No texto exposto, a autora
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faz algumas reflexões sobre a prática do historiador relacionada à contemplação do passado e à
observação do presente. Avalie a alternativa que sintetiza os problemas levantados em torno da
possibilidade da construção do conhecimento histórico:
 a) Depende dos instrumentos de análise do passado, ocorre fora do tempo em que as ações
aconteceram e depende de um pesquisador com postura imparcial. 
 b) É um conhecimento que depende de um profundo conhecimento do passado, de um
caráter intensamente objetivo e de um afastamento do tempo presente.
 c) Resulta de uma síntese das fontes, dos fatos e da interpretação dessas fontes, o que nem
sempre ocorre por causa da dificuldade de se coletar as existentes.
 d) Depende da coleta da maior parte das informações existentes sobre um determinado fato
e nem sempre isso é possível conseguir por meio dos documentos. 
 e) É um conhecimento indireto, um discurso produzido pelo historiador, não permite uma
relação concreta de causalidade e lê o passado com os olhos do presente. 
Alternativa marcada:
c) Resulta de uma síntese das fontes, dos fatos e da interpretação dessas fontes, o que nem
sempre ocorre por causa da dificuldade de se coletar as existentes.
Justificativa: Resposta correta: É um conhecimento indireto, um discurso produzido pelo
historiador, não permite uma relação concreta de causalidade e lê o passado com os olhos do
presente. Os principais críticos do conhecimento histórico postulam que ele é um conhecimento
indireto visto que seu objeto é o passado, algo que não pode ser alcançado diretamente, uma vez
que é produzido pelo discurso do historiador e, portanto, influenciado pela linguagem do seu
tempo. Esse conhecimento também não permite uma relação direta de causalidade e é
produzido por meio de uma informação lida com o olhar do presente. Por isso, o conhecimento
histórico não seria um conhecimento científico possível. Distratores: Depende dos instrumentos
de análise do passado, ocorre fora do tempo em que as ações aconteceram e depende de um
pesquisador com postura imparcial. Errada. Apesar de a análise do passado ocorrer fora do
tempo em que as ações aconteceram, os críticos do conhecimento histórico não utilizavam o
argumento da dependência da postura imparcial dos historiadores para que ele fosse viável. É
um conhecimento que depende de um profundo conhecimento do passado, de um caráter
intensamente objetivo e de um afastamento do tempo presente. Errada. Os críticos do
conhecimento histórico, no período de consolidação da disciplina, não entendiam que
ele dependia de um afastamento do tempo presente, uma vez que os estudos desse tempo, no
século XIX, encontravam-se no campo da política e não da história. Depende da coleta da maior
parte das informações existentes sobre um determinado fato e nem sempre isso é possível
conseguir por meio dos documentos. Errada. No período de consolidação da disciplina história,
os críticos do conhecimento histórico não levavam em consideração nos seus argumentos o fato
de não se conseguir a totalidade das fontes, uma vez que somente eram consideradas, nesse
momento, as fontes documentais ditas oficiais. Resulta de uma síntese das fontes, dos fatos e da
interpretação dessas fontes, o que nem sempre ocorre por causa da dificuldade de se coletar as
existentes. Errada. Os críticos do conhecimento histórico, assim como os historiadores daquele
tempo, não o entendiam como uma síntese das fontes, dos fatos e da interpretação dessas
fontes. Isso ocorria porque naquela época os grandes fatos eram os políticos, as fontes eram as
oficiais e, apesar de o conhecimento histórico resultar de uma síntese dos elementos da história,
sua impossibilidade não decorria da dificuldade de se coletar as fontes.
3  Código: 22399 - Enunciado: “Esse 'espírito positivo', antimetafísico, passa a predominar entre os
historiadores, e inicia-se uma luta contra a influência da filosofia da história sobre a “ciência da
história”. O método histórico tornou-se guia e modelo das outras ciências humanas. Os
historiadores adquirem prestígio intelectual e social, pois tinham finalmente estruturado seu
conhecimento sobre bases empíricas positivas.” REIS, J. C. A história,entre a filosofia e a ciência.
4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2011, p. 13-14. O fragmento de texto exposto refere-se ao
período no qual os historiadores, no século XIX, trabalhavam para consolidar o conhecimento da
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história enquanto conhecimento científico. Diante disso, indique a alternativa que explica os
procedimentos adotados pelos historiadores para que o conhecimento histórico se tornasse um
conhecimento científico:
 a) Alcançaram o caráter de conhecimento científico adotando a nomenclatura de ciência
humana, já que a história trabalha com as ações humanas ocorridas no passado.
 b) Alcançaram a regularidade científica aplicando aos fatos um método capaz de garantir o
necessário para a percepção das leis que regeriam os fenômenos, os fatos.
 c) Construíram a ciência "História" utilizando os recursos que a filosofia e a
sociologia forneciam a ela no que se refere aos modelos metodológicos mais apropriados.
 d) Buscaram as filosofias da história que mais se adequavam ao conhecimento que se
queria produzir e as utilizavam para transformar o conhecimento da história em ciência.
 e) Separaram os fatos e as fontes que seriam mais apropriados para a construção da
história, segundo os padrões científicos que as ciências humanas exigiam naquela época.
Alternativa marcada:
c) Construíram a ciência "História" utilizando os recursos que a filosofia e a
sociologia forneciam a ela no que se refere aos modelos metodológicos mais apropriados.
Justificativa: Resposta correta: Alcançaram a regularidade científica aplicando aos fatos um
método capaz de garantir o necessário para a percepção das leis que regeriam os fenômenos, os
fatos. Os historiadores buscaram garantir o caráter científico da história aplicando aos fatos
estudados o método que tomaram de empréstimo das ciências naturais, as quais buscavam a
regularidade das leis que regem os fenômenos. Distratores: Buscaram as filosofias da história que
mais se adequavam ao conhecimento que se queria produzir e as utilizavam para transformar o
conhecimento da história em ciência. Errada. Para adquirir o status de ciência, os historiadores
buscaram se afastar dos modelos das filosofias da história. Separaram os fatos e as fontes que
seriam mais apropriados para a construção da história, segundo os padrões científicos que as
ciências humanas exigiam naquela época. Errada. No século XIX, as ciências humanas ainda
estavam em processo de construção. Por isso, não havia padrões científicos exigidos pelas
ciências humanas naquela época. Aliás, a metodologia adotada pela história serviu de guia para
as ciências humanas, como está colocado no próprio enunciado da questão. Construíram a
ciência 'História' utilizando os recursos que a filosofia e a sociologia forneciam a ela no que se
refere aos modelos metodológicos mais apropriados. Errada. A filosofia e a sociologia não
forneciam nenhum modelo metodológico para a história. Alcançaram o caráter de conhecimento
científico adotando a nomenclatura de ciência humana, já que a história trabalha com as ações
humanas ocorridas no passado. Errada. O simples fato de ser classificada entre as ciências
humanas não faz do conhecimento histórico um conhecimento científico. Aliás, as ciências
humanas estavam, no século XIX, ainda em processo de consolidação, não sendo, portanto,
justificativa para a construção do conhecimento histórico enquanto ciência.
4  Código: 22496 - Enunciado: “A época historicista é, portanto, de oposição às filosofias
racionalistas, que consideram a realidade humana determinada por princípios essenciais,
invariantes. Para os historicistas, não há um modelo imutável e supremo de razão humana.” REIS,
J. C. A História, entre a Filosofia e a Ciência. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2011, p. 14-15. O
fragmento de texto exposto apresenta a oposição dos historicistas às filosofias racionalistas.
Avalie a alternativa que justifica a crítica feita pelos historiadores ao modelo metafísico:
 a) Não era mais adequado à construção do conhecimento histórico, porque esse
conhecimento deveria ser guiado pelos modelos sociológicos.
 b) Não era mais capaz de responder às questões propostas pelo homem, pois somente o
que se percebia pelos sentidos seria considerado real.
 c) Era redutor do conhecimento, pois eles acreditavam em um modelo imutável de razão
humana, pautado nas discussões e dúvidas filosóficas.
 d) Não poderia sobreviver às questões propostas pelas ciências humanas do século XIX por
ele não estar preparado para enfrentar a sociologia.
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 e) Era antiquado e ultrapassado, pois os movimentos sociais, decorridos da Revolução
Industrial, não aceitavam os modelos filosóficos.
Alternativa marcada:
d) Não poderia sobreviver às questões propostas pelas ciências humanas do século XIX por ele
não estar preparado para enfrentar a sociologia.
Justificativa: Resposta correta: Não era mais capaz de responder às questões propostas pelo
homem, pois somente o que se percebia pelos sentidos seria considerado real. Os historiadores
defendiam o abandono do modelo metafísico por ele não conseguir mais responder às questões
propostas pelo homem. O conhecimento histórico deveria se basear no modelo científico,
pautado nas regras da ciência, uma vez que o conhecimento somente seria real se resultasse das
observações sensoriais. Distratores: Era redutor do conhecimento, pois elem acreditavam em um
modelo imutável de razão humana, pautado nas discussões e dúvidas filosóficas. Errada. Os
historiadores não negavam o modelo metafísico por um caráter redutor. O que eles criticavam
era o fato de que ele não fornecia as bases que os pensadores do século XIX entendiam como
sendo as mais corretas, ou seja, as bases do conhecimento científico. Não poderia sobreviver às
questões propostas pelas ciências humanas do século XIX por ele não estar preparado para
enfrentar a sociologia. Errada. Os historiadores não criticavam o modelo metafísico por ele não
poder enfrentar a sociologia. O que eles criticavam era o fato de que ele não fornecia as bases
que os pensadores do século XIX entendiam como sendo as mais corretas, ou seja, as bases do
conhecimento científico. Não era mais adequado à construção do conhecimento histórico,
porque esse conhecimento deveria ser guiado pelos modelos sociológicos. Errada. Os
historiadores não defendiam que o conhecimento histórico deveria ser guiado por modelos
sociológicos. Ao contrário, eles defendiam um modelo científico. Era antiquado e ultrapassado,
pois os movimentos sociais, decorridos da Revolução Industrial, não aceitavam os modelos
filosóficos. Errada. Os historiadores, apesar de entenderem o modelo metafísico como
inapropriado para o conhecimento que queriam construir, não baseavam essa escolha nos
movimentos decorridos da Revolução Industrial.
5  Código: 22418 - Enunciado: “Na compreensão de Lyotard, as transformações que permeiam os
mecanismos de produção e validação do conhecimento na percepção pós-moderna relacionam-
se a uma notável crise dos relatos, especialmente aqueles organizados em função dos critérios
de verdade e objetividade próprios das ciências tal como concebidas pela racionalidade
iluminista.” MARCZAL, E. S. Introdução à historiografia: da abordagem tradicional às perspectivas
pós-modernas. Curitiba: Intersaberes, 2016, p. 197. No fragmento exposto, Ernesto Marczal
apresenta a ideia de Lyotard com relação aos metarrelatos e sua crise no século XX. Partindo da
concepção de Lyotard, indique a alternativa que contém a explicação da importância desses
relatos para a construção do conhecimento histórico:
 a) São escritas literárias que, em função da busca da verdade da essência
humana, tornaram-se fundamentais para a escrita históricacientífica dos séculos XVIII e XIX. A
importância deles para a história está no fato de eles contribuírem para a busca da verdade com
o auxílio da ciência.
 b) São narrativas literárias que, desde a Antiguidade, forneciam as explicações necessárias
para entender a presença do homem na Terra e sua relação com as questões filosóficas. Por isso,
sua importância relaciona-se com as filosofias da história, criadas em torno da tradição bíblica
moderna.
 c) São narrativas para além do próprio tema, que se preocupam com as verdades e as
realidades que não encontram resposta por meio dos elementos da história, abordados de forma
tradicional. Por isso, a necessidade de se criar novos elementos capazes de proceder à análise
histórica.
 d) Apresentam explicações globais e universais com pretensão de verdade. Sua importância
para a construção do conhecimento histórico relaciona-se à universalidade e à busca da verdade
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pela história, durante o século XIX e parte do XX. Por isso, a produção de explicações globais e
universais.
 e) Apresentam grandes narrativas biográficas, que têm como meta traçar os rumos a serem
adotados pela história científica no século XIX. Sua importância para a construção do
conhecimento histórico relaciona-se com a necessidade de se criar as biografias dos líderes que
fizeram a história política.
Alternativa marcada:
a) São escritas literárias que, em função da busca da verdade da essência humana, tornaram-se
fundamentais para a escrita histórica científica dos séculos XVIII e XIX. A importância deles para a
história está no fato de eles contribuírem para a busca da verdade com o auxílio da ciência.
Justificativa: Resposta correta: Apresentam explicações globais e universais com pretensão de
verdade. Sua importância para a construção do conhecimento histórico relaciona-se à
universalidade e à busca da verdade pela história, durante o século XIX e parte do XX. Por isso, a
produção de explicações globais e universais. As metanarrativas, enquanto filosofias da história,
apresentam explicações globais e universais com a pretensão de serem baseadas na verdade.
Enquanto filosofias da história, participaram do debate fundador do conhecimento e do
pensamento histórico. Distratores: São narrativas para além do próprio tema, que se preocupam
com as verdades e as realidades que não encontram resposta por meio dos elementos da
história, abordados de forma tradicional. Por isso, a necessidade de se criar novos elementos
capazes de proceder à análise histórica. Errada. As metanarrativas não se preocupam com
verdades e realidades que não encontram resposta por meio dos elementos da história
tradicional. Sua importância está no fato de, enquanto filosofias da história, participarem do
debate fundador da ciência histórica e não no fato de se propor novos elementos de análise
histórica. São escritas literárias que, em função da busca da verdade da essência
humana, tornaram-se fundamentais para a escrita histórica científica dos séculos XVIII e XIX. A
importância deles para a história está no fato de eles contribuírem para a busca da verdade com
o auxílio da ciência. Errada. Não existia ainda história científica no século XVIII e as
metanarrativas não são escritas literárias, mas sim filosofias da história. Apresentam grandes
narrativas biográficas, que têm como meta traçar os rumos a serem adotados pela história
científica no século XIX. Sua importância para a construção do conhecimento histórico relaciona-
se com a necessidade de se criar as biografias dos líderes que fizeram a história política.
Errada. As metanarrativas não são narrativas biográficas, assim como sua importância não está
em uma possível relação com biografias de líderes políticos. As metanarrativas são filosofias da
história. São narrativas literárias que, desde a Antiguidade, forneciam as explicações necessárias
para entender a presença do homem na Terra e sua relação com as questões filosóficas. Por isso,
sua importância relaciona-se com as filosofias da história, criadas em torno da tradição bíblica
moderna. Errada. As metanarrativas não se relacionam com a tradição bíblica moderna, apesar
de a Bíblia ser, em tese, uma metanarrativa. Sua importância está no fato de elas serem filosofias
da história.
6  Código: 22323 - Enunciado: “As narrativas mestras [metanarrativas] tradicionais [modernas] de
todas as civilizações contêm uma perspectiva universalista; e por muito tempo o Ocidente tem
estado comprometido com tais “histórias universais” abrangentes.” RÜSEN, Jörn. Como dar
sentido ao passado: questões relevantes de meta-história. História da historiografia. n. 2, mar.
2009, p. 180. Selecione a alternativa que analisa como as metanarrativas contribuíram para a
produção e o conhecimento histórico:
 a) Trazem grandes reflexões em uma perspectiva universalista, o que foi muito importante
na construção da história científica por se aproximarem dos modelos das ciências naturais,
oferecendo importantes modelos metodológicos.
 b) São narrativas que, apesar de estarem relacionadas aos modelos literários, portanto não
científicos, contribuíram para a produção do conhecimento histórico ao trazerem os modelos de
construção da história das nações.
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 c) Como as narrativas bíblicas contribuíram para a consolidação da história medieval cristã,
elas foram, por isso, fundamentais para a construção do conhecimento histórico, já que a história
medieval estava na base desse conhecimento.
 d) Estão relacionadas aos modelos de escrita que estavam em vigor no século XIX e, por
isso, participaram do período de produção do conhecimento histórico, uma vez que a construção
da história se relaciona a esse tipo de escrita.
 e) São filosofias da história que narram modelos explicativos universais e estáveis, os quais
visam a conhecer a realidade e a emancipar o homem. Sua ligação com a filosofia da história faz
com que participem da construção da história.
Alternativa marcada:
b) São narrativas que, apesar de estarem relacionadas aos modelos literários, portanto não
científicos, contribuíram para a produção do conhecimento histórico ao trazerem os modelos de
construção da história das nações.
Justificativa: Resposta correta: São filosofias da história que narram modelos explicativos
universais e estáveis, os quais visam a conhecer a realidade e a emancipar o homem. Sua ligação
com a filosofia da história faz com que participem da construção da história. As
metanarrativas são filosofias da história, as quais estiveram na base sob a qual se constituiu a
produção do conhecimento histórico. Distratores: São narrativas que, apesar de estarem
relacionadas aos modelos literários, portanto não científicos, contribuíram para a produção do
conhecimento histórico ao trazerem os modelos de construção da história das nações. Errada. As
metanarrativas contribuíram para a construção do conhecimento histórico não por trazerem
modelos de construção da história das nações. Elas são filosofias da história e, nesse sentido,
estiveram na base dessa construção. Trazem grandes reflexões em uma perspectiva universalista,
o que foi muito importante na construção da história científica por se aproximarem dos modelos
das ciências naturais, oferecendo importantes modelos metodológicos. Errada. As
metanarrativas não se aproximam dos modelos das ciências naturais, nem oferecem modelos
metodológicos. Elas são filosofias da história e, nesse sentido, estiveram na base dessa
construção. Como as narrativas bíblicas contribuíram para a consolidação da história medieval
cristã, elas foram, por isso, fundamentais para a construção do conhecimento histórico, já que a
história medieval estava na base desse conhecimento. Errada. A história medievalnão estava na
base do conhecimento histórico. Sua origem remonta às narrativas históricas greco-romanas. As
metanarrativas são filosofias da história e, nesse sentido, estiveram na base dessa construção.
Estão relacionadas aos modelos de escrita que estavam em vigor no século XIX e, por isso,
participaram do período de produção do conhecimento histórico, uma vez que a construção da
história se relaciona a esse tipo de escrita. Errada. As metanarrativas não se restringem ao século
XIX. É importante recordar que a construção do conhecimento histórico não se relaciona,
necessariamente, ao formato da escrita narrativa, mas sim ao caráter de filosofia da história que
as metanarrativas apresentam.
7  Código: 21883 - Enunciado: “Voltaire defende ao mesmo tempo a consulta aos documentos
originais, uma cronologia precisa e uma renovação dos assuntos tratados.” CAIRE-CABINET,
Marie-Paule. Introdução à historiografia. Bauru: EDUSC, 2003. p. 82. O texto citado refere-se ao
pensamento de Voltaire sobre o que seria necessário para a escrita da história. Partindo desse
pensamento, elabore um pequeno texto dissertativo explicando o que mudou da época de
Voltaire para os dias atuais com relação ao que são fontes históricas.
Resposta:
Voltaire foi um filósofo e historiador francês do século XVIII. Importante frisar que foi um dos
grandes representantes Movimento Iluminista. Ele afirma que a história tem a utilidade de
antever o passado para previnir eventos futuros, pois para ele conhecer o mundo é evitar que
atos desumanos voltem a se suceder. Para Voltaire desprezar o estudo da história é ver suscitar
novamente tantos massacres que a humanidade já passou.
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Para o historiador MarC Bloch, do século XX, a história não é a ciência que estuda os
acontecimentos passados, mas a ciência que estuda o homem e sua ação no tempo. Muitos
outros historiadores da modernidade entendem que a sociedade humana sofre transformações
ao longo do tempo, por isso, se faz necessário considerar outros tipos de prduções de tempos
antigos que poderiam colaborar na compreensão da história. 
Com a Escola dos Annales - 1920 na França- que queria renovar os estudos sobre o passado, não
mais limitado aos documentos escritos, mas com novas metodologias de fontes históricas essa
visão tão estrita e rigorosa mudou. Portanto, vemos que a mudança do tempo de Voltaire para os
dias atuais, com o surgimento da internet e das novas tecnologias, é a liberdade do historiador
em abraças novas metodologias de pesquisas, onde é possível conservar e acessar as fontes
históricas e não mais limitá-las a uma hierarquia de narrativas do Estado Nacional e de contos de
grandes figuras heróicas que contam a "história". 
Justificativa: Expectativa de resposta: Na época de Voltaire, os historiadores escreviam a história
de forma ainda narrativa e como parte do processo de consolidação da história enquanto área de
conhecimento. Voltaire propunha a consulta aos documentos originais e o uso de uma
cronologia precisa. A principal mudança daquela época para os dias de hoje é que não são
somente os documentos originais que devem ser usados como fonte. O entendimento do que
pode ser usado como fonte histórica alterou-se, passando a incluir todos os vestígios da ação
humana no decorrer da história.
8  Código: 22447 - Enunciado: “[...] o cientista político Michel Zaidan considera que a pós-
modernidade tem grande influência sobre as concepções irracionalistas da História,
influenciadas por Michel Foucault ou Walter Benjamin, ou ainda pela Nova História francesa. Essa
produção seria irracionalista por não acreditar que se pode explicar a realidade e permanecer
estudando apenas os discursos produzidos na História.” SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de
conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2010, p. 341. No fragmento, o autor levanta o
problema da descrença nos modelos explicativos da história e dos discursos produzidos na
história. Com base nesse texto, justifique por que parte da produção historiográfica pós-moderna
é tida como irracional no que se refere à realidade e aos discursos. 
Resposta:
Há uma luta por parte dos historiadores da espitemologia pós-moderna em derrubar o
cientificismo e a neutralidade impossível, observando uma compreensão do passado como uma
unidade, e, tendo como uma analise do historiador com algo externo e fluxo. O historicismo pós-
moderno tenta ser superior a uma cronologia tornando a história trancendental e altamente
relativista. Visa também, dissolver a metáfora da história - tornando irracional - na busca de
verdades absolutistas separando os fatos históricos das suas raízes do passado. A Historiografia
pós-moderna é estética e linguistica, onde ambas são usadas para a produção de exerça a função
cultural de um passado ausente. 
Justificativa: Expectativa de resposta: O pensamento pós-moderno trouxe uma série de críticas
e reflexões em torno do que é ou não realidade. Porém, elas devem ser pensadas no contexto do
pensamento moderno, no qual as ações humanas são guiadas pelo ideal iluminista de progresso,
de racionalidade e de uma leitura clara em torno daquilo que se apresentava diante dos olhos do
historiador. Era uma escrita da história que seguia o ideal da história científica e os parâmetros
que a guiavam pertenciam a uma ordem de fatores que poderiam ser analisados e mensurados
cientificamente. Para a historiografia pós-moderna, a realidade não existe. Tudo seria, assim,
simulação da realidade, da imagem e da representação, uma vez que os sujeitos da história
podem vir de qualquer classe, gênero, grupo social ou etnia. Nesse sentido, o que se percebe é
que vários discursos distintos podem ser construídos, a partir da visão de mundo, das
expectativas de cada um. Por esse motivo, a própria história, enquanto ciência no modelo
modernista, será questionada e, enquanto discurso, começará a ser pensada.
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