P2 - Neurose Obsessiva sobre O Homem dos Ratos

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Neurose
Obsessiva
O Homem dos Ratos
Alessandra Martins
Arlene Firmo
Carla Rita Fulginiti
Denise Vargas
Edson de Abreu
Kellen Batista
Luciane Gomes
Thauany Rodrigues
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Neurose
Obsessiva
Introdução com fundamentação teórica sobre Neurose
Principais características
Principais traços estruturais
Sintomas e Mecanismos de Defesa 
Caso Clínico
Considerações Finais e Discussão
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Neurose
Obsessiva
Introdução com fundamentação teórica sobre Neurose
Principais características
Principais traços estruturais
Sintomas e Mecanismos de Defesa 
Caso Clínico
Considerações Finais e Discussão
A principal característica deste trabalho é trazer compreensão de que a neurose obsessiva é uma estrutura psíquica e que se forma em uma divisão (spaltung), a representação de afeto, no édipo, que será explicado no decorrer do trabalho.
Nas outras estruturas são outros destinos, mas na neurose obsessiva é para o próprio pensamento onde foi deslocado a energia libidinal , onde o este ganha uma status rígido, de força, de compulsão/fixação.	
Neste momento veremos ainda mais critérios e fixações que limitam e dominam seus comportamento com obsessões e compulsões, desenvolvendo cadeias de pensamentos que podem limitar suas vidas.
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Neurose
Obsessiva
Introdução com fundamentação teórica sobre Neurose
Principais características
Principais traços estruturais
Sintomas e Mecanismos de Defesa 
Caso Clínico
Considerações Finais e Discussão
Mas o que é Neurose Obsessiva?
A neurose obsessiva é um traço psíquico muito rígido, detalhado, que tem processo rígido sobre muitas coisas, muito mais comumente sobre limpeza e controle, olhando para a nossa sociedade é como o que se tem, como se tivéssemos o controle de tudo, como se fossemos capaz de termos o controle e se isso fosse o ideal de vida. 
Freud associava também à neurose obsessiva como se a pessoa “criasse” uma religião particular, com um sistema rígido de crenças que é particular que culmina em punição em caso de não seguir as próprias regras, então esta pessoa segue padrões, regras, rituais, para que tudo se encaixe, levando esta pessoa a
um grande sofrimento e desprazer.
’O desafio está manifestamente presente em certos comportamentos sintomáticos dos obsessivos. Lembremos desde logo, a este respeito, a propícia compulsão dos obsessivos ao engajamento em todas as formas de competição ou de ordem de domínio. O conjunto destas situações permanece subtendido pela problemática de uma adversidade (real ou imaginária) a desafiar.´(1991)
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Principais traços estruturais
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Caso Clínico
Considerações Finais e Discussão
Na Neurose Obsessivas os pensamentos são repetitivos e persistentes.
As obsessões não são prazerosas ou experimentadas como voluntarias.
Sujeito não consegue deixar de fazer alguma coisa, de pensar alguma coisa ele se vê impelido aquilo.
O pensamento assume propriedades magicas, o individuo acredita que o que ele pensar ou desejar vai acontecer.
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Principais traços estruturais
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Caso Clínico
Considerações Finais e Discussão
Na obsessão as relações são ambivalentes (exemplo: AMOR x ÓDIO);
Tem formações reativas- faz o contrario do que julga;
Isolamento de afeto;
A duvida é um traço típico de um obsessivo é a duvida do seu amor próprio;
Doença do pensamento;
A neurose obsessiva tem fixação na fase sádico-anal;
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Considerações Finais e Discussão
Do ponto de vista do desejo: Caráter imperioso da necessidade e do dever que acompanha a organização obcecante do prazer. 
Associados a dispositivos de defesa sintomáticos: A enfermidade da demanda e a ambivalência.
O obsessivo confunde desejo e demanda, pois transforma tudo em necessidade. O outro tem que adivinhar seu desejo, pois não consegue ele próprio demandar.
É um controlador, procura controlar inclusive o tempo e até mesmo o desejo do outro, faz de tudo para que não falte nada ao outro, para que o outro não precise desejar, pois o outro tem que estar satisfeito.
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Considerações Finais e Discussão
É retentivo, tem medo que lhe tirem alguma coisa, tem medo de perder, porque está excessivamente agarrado à mãe e já a perdeu para o pai. 
É perfeccionista e nunca está satisfeito com sua própria produção. 
É necessário que não lhe falta o amor dos outros, porque sua tolerância é baixa à frustração. 
Está o tempo todo tentando ser organizado e disciplinado, tem dificuldade de sair dessa organização lógica.
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Considerações Finais e Discussão
O sintoma na Neurose obsessiva advém do recalcamento de uma ideia causadora de angustia, que retorna para o consciente como uma ideia substitutiva. É a partir dos mecanismos de defesa do ego que os sintomas emergem.
Para Freud a formação dos sintomas dá-se em 4 etapas na neurose obsessiva:
Imoralidade infantil- ligada as experiencias da sedução sexual.
Auto acusação- Lembranças das ações prazerosas que da inicio a diversas tentativas de recalcamento devido ao sentimento de culpa, de auto acusação.
Aparente saúde- Um período onde a defesa de dá como bem sucedida.
Retorno do recalcado- retorno da lembrança prazerosa que sofre intervenção da defesa, separando a ideia de seu afeto e unindo esse afeto a uma ideia substitutiva (patologia).
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Considerações Finais e Discussão
Os mecanismos de defesa utilizados pelo ego na neurose obsessiva podemos ressaltar a anulação, o deslocamento, a formação reativa e o isolamento.
Isolamento- É o mecanismo de defesa que isola a ideia do afeto que o acompanha levando a ideia inicial para o inconsciente e deixando o afeto sem uma representação.
O deslocamento. Neste mecanismo de defesa, o afeto ligado a uma ideia inicial (de caráter sexual) inaceitável para o ego, ao ser separada de seu Safeto, procura outra ideia substitutiva.
Formação reativa- É o mecanismo que atua na substituição da ideia inaceitável por uma em seu oposto.
Anulação. É o mecanismo que envolve pensamentos mágicos de uma ordem simbólica que anula ou cancela um pensamento ou ação inaceitável.
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Considerações Finais e Discussão
1907
1907 Freud atende um paciente que depois foi chamado de homem dos ratos. Esse paciente trazia em suas falas sobre pensamento de que acontecerá alguma coisa de desagradável, alguma coisa de dolorosa, às duas pessoas que ele ama seu pai e uma dama (mulher a quem amava).
O Homem dos ratos é um caso de neurose obsessiva atendido por Freud, no qual, neurose obsessiva, nota-se também uma particularidade bastante evidente. O fantasma ou argumento imaginário que levou o paciente a procurar análise foi o impacto causado pela narração de um tipo de tortura provocado pela penetração de ratos no reto de um indivíduo. Este fantasma não desencadeia a sua neurose, mas suscita a angústia, além de apontar para algo que pode ser encontrado em vários temas trazidos por este paciente.
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Considerações Finais e Discussão
1907
O “Homem dos ratos” deriva seu nome de seu sintoma principal: uma ideia obcidente que o atormentava, uma história de tortura que tinha ouvido durante seu serviço militar. Ratos famintos eram colocados dentro de um recipiente que seria, por sua vez, acoplado às nádegas de uma pessoa devidamente acorrentada e manietada e colocada em posição adequada, de modo que os ratos, fustigados através de uma abertura determinada, tentariam fugir, para tanto penetrando no ânus do torturado.
O Homem dos Ratos imaginava que tal tortura seria aplicada a seu pai (já falecido) e à sua "dama" (maneira como chamava a mulher que amava), aplicação esta que dependeria de determinadas circunstâncias sobre as quais era responsável. Com este ponto de partida, Freud estabelece a estrutura básica da neurose obsessiva, desvendando seus vários mecanismos - a ambivalência afetiva, a onipotência do pensamento mágico, a dúvida, a anulação, o isolamento, as ideias de morte.
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Dentre as neuroses clássicas, a neurose obsessiva é caracterizada por seu destino clínico, onde o afeto é deslocado para uma ideia substitutiva, sugerindo ser uma doença do pensamento, havendo uma superestimação do pensamento. Freud percebeu que nesse tipo de paciente, muito frequentemente, o próprio pensamento assume uma capacidade de ser julgado, avaliado ou tramitado com um desejo, despertando angústia e medo no sujeito. 
A neurose obsessiva é associada por Freud, como processos ligados ao contágio e contato, ou seja, atos ligados a ideias obsessivas, desenvolvendo uma defesa secundária que pode ser chamada de atos compulsivos. O sujeito dominado pelas suas obsessões e compulsões é tomado por ideias que formam cadeias extensas que limitam sua vida, lhe impondo uma dor psíquica e grande angústia, podendo restringir, significativamente, a sua capacidade de amar, de trabalhar e de ser relacionar. No caso do homem dos ratos, havia uma impossibilidade de decisão, desenvolvendo uma cadeia de ideias obsessivas.
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Os sintomas na neurose obsessiva se apresentam como dispositivos que permitem ao sujeito manter o desejo como impossível. É para isso que o obsessivo trabalha na posição de escravo e sustenta o mestre à espera de sua morte. A dúvida e a procrastinação são justificadas pela espera da morte do pai, do mestre. Com isso ele tenta manobrar sua distância com respeito ao gozo, que fica situado no campo do mestre que ele se recusa ser.
Neste tipo de neurose ainda estão presentes os mecanismos de deslocamento do afeto e isolamento em relação à vida pulsional, há ambivalência, regressão e correção na fase anal; e no que concerne ao ponto de vista tópico, há uma tensão entre o ego e um superego rígido e severo.
O sujeito vai constituir seus laços sociais a partir do desamparo, afastando ou repetindo o desprazer em suas vidas, sendo que para tanto cada estrutura psíquica vai de maneira única encontrar uma saída para suportar sua existência. É um modo de funcionar que carece na clínica de uma escuta atenta e qualificada visando encontrar uma maneira de amenizar essa angústia dando-lhe oportunidade de uma existência 
melhor. 
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Referências
DOR, Joël, Estruturas e clínica psicanalítica, Rio de janeiro: Taurus Ed., 1991
DUNKER, Christian. Sobre a neurose obsessiva | Christian Dunker | Falando nIsso 260. Youtube, 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=cPuEH-W1oJA. 
FREUD, Sigmund. Observações sobre um caso de Neurose Obsessiva: O Homem dos Ratos. Tradução: Companhia das Letras, Brasil volume 9.
OLIMPIO, Eliana. Estruturas da clínica psicanalítica: Neurose e Perversão - trabalho apresentado para a disciplina: Seminário Real, Simbólico e Imaginário - Professor: Djalma Teixeira, no Grep – Grupo de Estudos Psicanalíticos, dezembro/ 2002. Disponível em: http://psicologiaejuventude.blogspot.com/2010/10/estruturas-e-clinica-psicanalitica.html. 
PIRES, Ana Luiza Martins Ribeiro; MOREIRA, Jacqueline de Oliveira. Revista Brasileira de Psicoterapia, 2020. Disponível em: http://rbp.celg.org.br/detalhe_artigo.asp?id=328. 
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