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Unidade I CONFEITARIA Profa. Janaina Suconic Definição: mistura de claras de ovos batidas com açúcar. Um merengue deve ser feito de claras de ovos e açúcar batidos juntos para que se incorpore ar e forme picos macios ou firmes. Apenas claras batidas não são chamadas de merengues, são simplesmente claras batidas até consistência firme (e seca). Ovos podem facilmente produzir espuma. Quando as gemas são retiradas, as claras de ovos batidas podem aumentar em até oito vezes seu volume. Merengues Os efeitos do açúcar: um merengue seria muito suave sem a adição de açúcar, além de o açúcar ajudar a estabilizar a espuma, especialmente quando levado ao forno. Sua adição, no entanto, retarda o processo de formar espuma e diminui o volume e a leveza do merengue. O açúcar precisa ser introduzido gradualmente e, em muitos casos, nunca antes de as claras terem aumentado seu volume em até quatro vezes, pois dessa forma o açúcar não impedirá a albumina de firmar a espuma. A quantidade de açúcar usada no merengue variará de acordo com a textura desejada e o uso pretendido. Merengues macios, utilizados em tortas podem ser feitos com iguais partes de claras e açúcar. Merengues firmes, para serem assados, usualmente possuem o dobro da quantidade de açúcar. Merengues O sal: assim como o açúcar, tem efeitos diversos na preparação do merengue. Enquanto, por um lado, age como um intensificador de sabor, por outro lado aumenta o tempo necessário para se bater as claras e também reduz a capacidade de espumar, apesar de ambos ocorrerem de forma muito discreta. O ácido: ácido cítrico não influencia em nada o volume do merengue, mas ajuda a estabilizar a espuma, reduzindo o pH da albumina, tornando a espuma menos suscetível a desmoronar. Apenas uma pequena quantidade dessas substâncias deve ser usada, pois além de alterar o sabor da preparação, pode impedir a coagulação durante a cocção em forno. Merengues Batimento: merengues em picos moles não seguram sua forma, irão afundar ou cair. Quando propriamente batidos em picos firmes manterão o formato ao moldar com a manga de confeitar. Deve-se poder virar o bowl de cabeça para baixo sem que o merengue caia. Importante: há uma tênue linha entre picos duros e um merengue batido em excesso: quando isso acontece, o merengue se torna ressecado, difícil de confeitar e impossível de ser incorporado a outras misturas sem que restem “pelotas” de merengue por toda a massa. Merengues em picos duros devem manter o brilho, e não ressecar ou quebrar. Merengues Merengue francês: também conhecido como merengue frio. É o mais indicado quando assado “ao natural” e quando utilizado como base para bolos. Quando preparado e assado corretamente, o merengue francês é bem delicado, leve e frágil. Deve ser confeitado ou espalhado imediatamente após ser batido ou as claras começarão a se separar do açúcar. Este tipo de merengue não deve ser adicionado a recheios que não serão assados ou ingerido cru, a não ser que seja preparado utilizando-se de claras pasteurizadas para se evitar a contaminação por salmonela. Tipos de merengues Merengue suíço: também conhecido como merengue morno. As claras são levadas ao fogo juntamente com o açúcar até a temperatura de 60ºC. É mais fácil e rápido de se preparar do que o merengue italiano, porém, não tão estável, devendo ser utilizado logo após o seu preparo. Comumente usado no preparo de recheios e creme manteiga, pode também ser moldado no formato de petit fours e assado como o merengue francês, nesse caso, reduzindo-se a quantidade de açúcar para se obter maior volume e picos mais firmes. Tipos de merengues Merengue italiano: também conhecido como o merengue quente. É o mais indicado quando necessário guardar por um curto período de tempo. É o mais denso pelo fato de as claras estarem parcialmente cozidas e o que mais mantém o formato antes de começar a desmoronar. Sua utilização é recomendada principalmente em sobremesas onde ele é ingerido cru ou apenas parcialmente cozido ou quando utilizado como recheio ou cobertura. Não se presta muito para ser assado pois se torna duro, com uma textura desagradável. Tipos de merengues Colorindo e aromatizando: oleaginosas, cacau em pó e outros aromatizantes, assim como corantes, podem ser adicionados ao merengue. Devem ser incorporados após o merengue atingir a firmeza adequada e sempre em pequenas quantidades. Merengues Cocção: merengues devem ser assados em temperaturas baixas. Na maioria dos casos, a temperatura deve ficar entre 99- 104ºC. No caso de merengues contendo nozes moídas, como o merengue japonês, as nozes irão absorver parte da umidade das claras, permitindo que se asse (e seque) mais rapidamente. Não se deve assá-los tanto, de forma a secá-los totalmente. Não devem adquirir cor quando assados e sim permanecer claros. Merengues Armazenamento: merengues franceses devem ser confeitados ou espalhados no formato desejado imediatamente após batidos. Merengue italiano e (em menor proporção) suíço mantém a forma por mais tempo. A estabilidade do merengue italiano se deve à parcial cocção durante seu preparo. Quando feito corretamente, pode durar várias horas. No entanto, se muito açúcar grudar nas laterais do bowl ou no globo durante o batimento, sua durabilidade diminuirá sensivelmente. Todo merengue assado (seco) é suscetível a absorver a umidade do ar, devendo sempre ser armazenado em recipientes vedados e em locais secos, podendo durar várias semanas. Merengues Quantos e quais são os tipos de merengues? a) Dois: merengue francês e merengue italiano. b) Três: merengue francês, merengue suíço e merengue italiano. c) Três: merengue francês, merengue japonês e merengue italiano. d) Quatro: merengue francês, merengue japonês, merengue suíço e merengue italiano. e) Dois: merengue italiano e merengue japonês. Interatividade Quantos e quais são os tipos de merengues? a) Dois: merengue francês e merengue italiano. b) Três: merengue francês, merengue suíço e merengue italiano. c) Três: merengue francês, merengue japonês e merengue italiano. d) Quatro: merengue francês, merengue japonês, merengue suíço e merengue italiano. e) Dois: merengue italiano e merengue japonês. Resposta Biscuits ou biscoitos especiais, têm como significado bolo fino. São bolos parecidos com pão de ló, usados para fazer o fundo e as laterais de tortas recheadas com mousse. Podem ser saborizados e coloridos de acordo com a preparação em que vão ser utilizados. Devem ser assados sem dourar para que não quebrem no manuseio, preferencialmente sobre um silpat. Biscuits Bases de mousses São cinco Merengue italiano: claras e açúcar. Pâte à bombe: merengue italiano de gemas ou gemas e ovos. Zabaione: espuma com gema, açúcar e alguma bebida doce. Bavarois: a base de creme inglês. Creme ligeiro: a base de creme confeiteiro. Bases de mousses Para o preparo de mousses, uma ordem deve ser respeitada na colocação dos ingredientes para que sejam mantidas leveza e textura. As mousses sempre devem ser preparadas na seguinte ordem: base + sabor + gelatina + creme Bases de mousses Técnicas de trabalho para a confecção de tortas Hidratação de gelatina: toda vez que utilizamos gelatina incolor em alguma preparação, ela deve ser hidratada, por 5 minutos em água na temperatura ambiente e depois dissolvida em banho-maria ou micro-ondas sem que se deixe ferver para que não perca o poder de agir. Mousses são muito utilizadas no preparo de entremets, que são tortas que são congeladas e depois glaçadas, tendo um efeito parecido com vidro no seu resultado final. Bases de mousses Técnicas de trabalho para a confecção de tortas TPT: tanto por tanto, ou a mesma quantidade de amêndoas em pó e açúcar impalpável. Glaçagem: coberturasde brilho, com efeito espelhado. Bases de mousses Pâte à cigarette: 4 ingredientes na mesma proporção: manteiga + açúcar + claras + secos É feito um creme com a manteiga em ponto de pomada (temperatura ambiente), depois acrescenta-se as claras, sem bater, e por último os secos, também sem bater, somente misturando. São feitos os desenhos sobre o silpat, com a pâte à cigarette, e levados ao freezer. Assim que estiverem congelados recebem o biscuit e são levados ao forno para que assem e sejam utilizados na sequência. Pâte à cigarette Gourmet é uma palavra francesa e seu significado designava uma pessoa conhecedora de iguarias e vinhos. Hoje em dia, o termo gourmet se difundiu em muitos idiomas e seu conceito ficou muito amplo, mas sempre vai estar relacionado a uma boa comida, boa bebida e boa mesa. O termo também pode estar associado a uma pessoa com o paladar mais apurado, requintado, um conhecedor de bons ingredientes no preparo de bons pratos. Então devemos utilizar o termo gourmet somente quando se trata de uma preparação com ingredientes de primeira linha, diferenciados, que têm uma perfeita combinação entre a textura e o paladar. A gourmetização na confeitaria Brigadeiro gourmet A guloseima conhecida no sul do Brasil por “negrinho” invadiu o mundo gourmet e caiu nas graças dos chefs de cozinha. O brigadeiro tem uma nova patente: passou de Brigadeiro para Marechal, fizemos-lhe um upgrade para os tempos modernos. É assim que nasce o conceito de brigadeiro gourmet: tradição, requinte e inovação! A gourmetização na confeitaria Beijinho gourmet Beijinho ou branquinho, no Rio Grande do Sul, é um doce tipicamente brasileiro, servido em festas de aniversário. Sua origem provém de alguns experimentos com leite condensado e leite de cabra coalhado que daria um gosto levemente azedo, quebrando o excesso de açúcar no seu sabor. Todo doce cremoso como os brigadeiros e beijinhos devem ser feitos em panelas grossas para que o aquecimento seja uniforme e o doce fique mais cremoso. A gourmetização na confeitaria Fudges São doces ricos em caramelo e chocolate, que derretem na boca. Originários da Inglaterra, conquistaram o mundo com seu sabor marcante e sua textura suave. Os bolos e carnations são sempre consumidos na hora do chá por lá, levemente aquecidos para que o recheio e a cobertura fiquem bem macios. A gourmetização na confeitaria Pudins: ganham um ar gourmet com adição de uma maior quantidade de leite condensado e a adição de pastas saborizantes em sua composição. Brownies e blondies: ganham frutas vermelhas, chocolates belgas e cremosidades como brigadeiros e doce de leite em sua composição. Pipocas: ganharam uma nova roupagem e foram a produção que mais surpreendeu o mercado com seu aumento nas vendas. Tanto as doces quanto as salgadas, as pipocas gourmets têm feito o maior sucesso. A gourmetização na confeitaria Quantas e quais são as bases de mousses? a) São cinco: merengue italiano, zabaione, creme ligeiro, pâte à bombe e bavarois. b) São cinco: merengue italiano, patê à bombe, zabaione, bavarois e creme de confeiteiro. c) São quatro: merengue italiano, zabaione, creme ligeiro, pâte à bombe. d) São quatro: pâte à bombe, bavarois, merengue italiano e zabaione. e) São cinco: merengue suíço, zabaione, creme ligeiro, pâte à bombe e bavarois. Interatividade Quantas e quais são as bases de mousses? a) São cinco: merengue italiano, zabaione, creme ligeiro, pâte à bombe e bavarois. b) São cinco: merengue italiano, patê à bombe, zabaione, bavarois e creme de confeiteiro. c) São quatro: merengue italiano, zabaione, creme ligeiro, pâte à bombe. d) São quatro: pâte à bombe, bavarois, merengue italiano e zabaione. e) São cinco: merengue suíço, zabaione, creme ligeiro, pâte à bombe e bavarois. Resposta O mercado para produtos alimentícios artesanais tem aumentado consideravelmente nos últimos anos em função principalmente da valorização de uma alimentação mais natural, sem aditivos ou conservantes. A fabricação de trufas, bombons trufados, bombons variados, ovos de páscoa e pães de mel artesanais é uma atividade atraente, mas estes produtos têm uma vida muito curta, o que faz com que a maioria dos pequenos fabricantes decidam trabalhar com menores quantidades fora das datas tradicionais de alto consumo de chocolate. Chocolate Componentes do chocolate Manteiga de cacau: gordura extraída das amêndoas do cacau. Pode ser extraída antes ou após a torrefação da semente. Proporciona maciez e brilho ao chocolate. A manteiga de cacau funde imediatamente abaixo da temperatura do sangue humano. É esta característica que empresta ao chocolate a sensação aveludada que este provoca na boca, coisa que nenhum ingrediente consegue substituir adequadamente. Chocolate Liquor de cacau = massa de cacau: depois de colhido, fermentado e seco e de passar por todo o processo de seleção, secagem, eliminação de cascas e impurezas, torrefação e moagem, obtêm-se uma pasta escura, antigamente chamada de massa de cacau. Na verdade, a moagem dá um aspecto de licor, daí o nome “liquor de cacau”, usado atualmente. O liquor de cacau ou massa é a matéria-prima do chocolate, feita de grãos moídos e refinados de cacau torrado. O gosto e a cor do chocolate dependem diretamente do liquor de cacau. A qualidade de liquor na formulação altera a resistência do chocolate ao calor. Quanto mais liquor, o chocolate fica mais amargo, escuro e resistente ao calor. Chocolate Açúcar: o açúcar que se utiliza no chocolate é a sacarose, somente será substituído nos casos de chocolate dietético. Fornece corpo para o chocolate. Leite em pó: aumenta o valor nutritivo, acentua o brilho e a maciez. Chocolate Lecitina: é um emulsificante que facilita a mistura das matérias- primas e evita a separação da gordura dos demais ingredientes que compõem o chocolate. Atua no chocolate como agente umidificante, estabilizante e dispersante, além de aumentar a solubilidade do produto em leite ou água, neste caso, os achocolatados. A lecitina é uma gordura vegetal obtida a partir da soja, linhaça, algodão, milho, girassol e canola e também da gema de ovo. Melhora a textura e preserva as qualidades do chocolate. Chocolate A composição básica do chocolate Amargo: massa de cacau, manteiga de cacau, lecitina de soja e baunilha. Chocolate meio amargo: massa de cacau, açúcar e manteiga de cacau, lecitina de soja e baunilha. Em sua maioria, o chocolate meio amargo e amargo não apresenta leite em sua composição, por isso sua coloração tão escura, mas a adição do açúcar suaviza seu sabor. Chocolate ao leite: massa de cacau, manteiga de cacau, lecitina de soja, açúcar e leite desnatado em pó e baunilha. Chocolate Chocolate branco: manteiga de cacau, lecitina de soja, baunilha, açúcar e leite desnatado em pó (é o mais delicado, pois não tem massa de cacau). Chocolate dietético: é composto por manteiga de cacau e leite. Chocolate em pó: feito a partir da amêndoa de cacau ralada, destituída da manteiga de cacau. Se for amargo, é chamado de cacau em pó. Chocolate Tipos de chocolates e coberturas do mercado Chocolate nobre: chocolate nobre é aquele que contém alto percentual de manteiga e massa de cacau em sua composição. É o chocolate puro e tem consistência cremosa, sem adição de gorduras. Para garantir a facilidade de manuseio, brilho e uma textura que o faça derreter na boca, o chocolate deve ser usado frio após a temperagem. Coberturas hidrogenadas: os chocolates hidrogenados levam o título de cobertura. São aqueles em que a manteiga de cacau foi substituída por óleo extraído de soja, portanto, não são considerados chocolates nobres. Custam mais barato e são mais fáceis de trabalhar, pois dispensam a temperagem. Chocolate Coberturas fracionadas: como os hidrogenados, também são coberturas. A diferença entre eles é que os fracionados são feitos com gorduras extraídas de um coco denominado palmisde, que proporciona uma gordura de melhor qualidade, também dispensa a temperagem. Chocolate Quais são os tipos de chocolates e coberturas existentes no mercado? a) Nobre, fracionado e hidrogenado. b) Nobre, ao leite e meio amargo. c) Branco, ao leite e meio amargo. d) Nobre, fracionado e branco. e) Hidrogenado, fracionado e cacau em pó. Interatividade Quais são os tipos de chocolates e coberturas existentes no mercado? a) Nobre, fracionado e hidrogenado. b) Nobre, ao leite e meio amargo. c) Branco, ao leite e meio amargo. d) Nobre, fracionado e branco. e) Hidrogenado, fracionado e cacau em pó. Resposta Chocolate Tabela de temperatura do chocolate Qualidade Para fundir Para resfriar Para trabalhar Amargo 45°C 28°C 31°C Ao leite 42°C 27°C 30°C Branco 40°C 26°C 29°C Métodos de derretimento Todos os recipientes para o derretimento do chocolate devem estar bem secos, pois o contato com a água ou o vapor da água endurecem o chocolate. Desta forma, a utilização para moldagem e banho não será adequada. O chocolate que “endureceu” poderá ser utilizado em outras preparações, por exemplo, ganaches ou recheios de trufas. Banho-maria: leve ao fogo uma panela com água até o chocolate atingir a temperatura adequada. A quantidade de água deve ser suficiente para aquecer o recipiente, mas deve ser lembrado que o recipiente nunca deve encostar-se à água do banho-maria. Chocolate Micro-ondas: coloque o chocolate em um recipiente refratário e leve ao micro-ondas por um minuto em potência média, mexa para homogeneizar e depois, de 30 em 30 segundos, em potência média, também mexendo sempre. Derretedeiras: coloque o chocolate na cuba da derretedeira e ajuste o termostato entre 40°C e 45°C, deixe o chocolate durante o derretimento até que se forme uma massa homogênea, estando derretido por completo. O chocolate não é bom condutor de calor, portanto, para todos os métodos de derretimento, sempre se deve mexer para que o chocolate derreta por completo. Chocolate “Temperar” o chocolate A temperagem, têmpera, pré-cristalização ou choque térmico, consiste no lento e gradual resfriamento do chocolate, de modo a obter os menores cristais de manteiga de cacau, de estrutura estável e uniformemente distribuídos. Se o chocolate é trabalhado ou se ele se solidifica logo após o derretimento, sem nenhum tratamento especial, ele perde o brilho, a dureza e o poder de concentração. Chocolate A temperatura proporciona ao chocolate várias propriedades desejáveis: superfície de aparência agradável; características de bom derretimento; boa quebra. Se a têmpera for feita incorretamente, existe o risco de: ter um chocolate com aparência esbranquiçada ou acinzentada; estrutura granulada; derretimento rápido por contato; falta de contração (não solta dos moldes). Chocolate Temperagem: a temperagem ou pré-cristalização consiste no lento e gradual resfriamento do chocolate, de modo a formarem-se cristais de manteiga de cacau de estruturas estáveis e uniformemente distribuídos. A temperagem correta garante a superfície, textura macia e prazo de conservação. Modos de temperagem Banho frio: após o derretimento coloca-se o chocolate em recipiente com água, em temperatura ambiente, mexendo sempre, vigorosamente, até que atinja novamente a temperatura de 28°C. Chocolate Tablagem (abertura do chocolate no mármore): despeje o chocolate derretido sobre a pedra de trabalho (de preferência granito ou mármore). Mexa continuamente até obter uma boa consistência e com a temperatura por volta dos 28°C. Na hora de voltar o chocolate para o recipiente, volte lentamente para evitar o acúmulo de ar. Por difusão: derrete-se 2/3 do chocolate que será utilizado, levando-se em conta as temperaturas indicadas. Depois do chocolate já derretido, derrama-se sobre 1/3 de chocolate picado que não foi derretido, então se mistura com uma espátula de silicone para que o chocolate derretido derreta o que está em pedaços. Ao final, todo o chocolate deve estar na temperatura certa para trabalho. Chocolate Recomendações importantes Utilize sempre utensílios limpos e secos. Não deixe que nenhuma forma de umidade entre em contato com o chocolate durante seu preparo. Os recheios devem estar à temperatura ambiente para que não destemperem o chocolate. O mesmo se aplica aos moldes. Se eles estiverem frios em relação ao ambiente, a massa de chocolate se solidificará depressa demais e apresentará um aspecto opaco. Se estiverem quentes em relação ao produto final, será difícil desenformar e poderão derreter facilmente. Chocolate O uso de parafina para corrigir falta de brilho do produto final ou estabilizar o chocolate em lugares quentes não só é ilegal como também prejudicial à saúde. O brilho é obtido através de uma temperagem correta. Os moldes devem apresentar-se em perfeitas condições de uso, ou seja, limpos, lisos no seu interior e secos. Antes de utilizá- los, lave com sabão neutro, enxágue com álcool de cereais e deixe secar por si só. Se possível, utilizar um termômetro em todas as fases de preparo. Evite em todas as fases da vida útil do produto, variações bruscas de temperatura, pois poderão causar o embranquecimento por migração de manteiga de cacau. Chocolate O sugar bloom pode ocorrer por qualquer motivo que faça o chocolate “suar”. Temperatura errada, esquecimento da forma na geladeira, geladeira muito fria. O bombom, por ter sofrido uma série de transformações deverá descansar de 6 a 12 horas. A dispersão de água na forma de gotículas é comum, mas não poderá ser excessiva. Chocolate Moldagem Tipos de formas: acetato; polipropileno; policarbonato; silicone. A temperatura do molde deve estar próxima da temperatura de cristalização do chocolate. A temperatura da geladeira não pode estar muito baixa para evitar a condensação, que causará o aparecimento de manchas brancas (sugar bloom). Chocolate Armazenamento Tempo: para produtos de chocolate, quanto mais curto o tempo de armazenagem, melhor a qualidade do chocolate. Temperatura: a temperatura de conservação ideal do chocolate deve estar em torno de 12 a 20ºC. Temperaturas mais altas provocam o amolecimento do chocolate e a perda de brilho. Umidade: o ambiente de armazenamento deve ter umidade relativa por volta dos 65% no máximo. Este controle pode ser feito utilizando-se ar condicionado. Não coloque o chocolate diretamente no chão ou contra as paredes porque a possibilidade de absorção de umidade nestes casos aumenta consideravelmente. Chocolate Luz e ar: sob a influência da luz e do ar o chocolate oxida-se rapidamente e sofre alterações de sabor. Portanto, deve-se proteger o chocolate da luz (inclusive artificiais) e do ar. Utilizar embalagens bem fechadas e de preferência opacas. Ambiente: o chocolate é muito sensível a cheiros estranhos. É por esse motivo que deve ser armazenado em um espaço isento de cheiros fortes como carne, peixe, queijo e de cheiros químicos estranhos. Chocolate Parasitas: o chocolate apresenta baixo teor de umidade, portanto, preserva-se naturalmente pela baixa atividade de água e pelo alto teor de sólidos solúveis. No caso de bombons recheados, a contaminação é proveniente dos recheios que contém altos valores de atividade de água (Aw). Pode ocorrer também em função da má higienização do processamento e da falta de higiene das pessoas que manipulam o alimento. Neste caso, aconselha-se uma boa higiene e sanitização em todas as etapas da cadeia produtiva, como o ambiente de trabalho, pessoal, utensílios e uniformes. Normalmente, a presença de fungossomente é percebida quando a população de micro- organismos já está bastante avançada. Chocolate Cuidados especiais Embalagens: tenha sempre em mente que uma das principais funções da embalagem é a de proteger o chocolate e seus bombons e trufas. Depois de embalada, sua produção artesanal deverá ser guardada em local fresco e arejado, garantindo, assim, sua conservação prolongada. Mantendo o chocolate longe dos produtos com forte cheiro, pois odores externos são absorvidos com facilidade. Farinhas e cereais também devem ser mantidos a distância para se evitar infestação de insetos como o caruncho. O prazo de validade de seus produtos dependerá unicamente dos tipos de ingredientes que serão combinados ao chocolate, nos recheios e coberturas. Chocolate Quantos e quais são os métodos de derretimento do chocolate? a) São três: banho-maria, tablagem e difusão. b) São três: banho frio, tablagem e difusão. c) São quatro: banho-maria, micro-ondas, derretedeira e difusão. d) São três: banho-maria, micro-ondas e derretedeira. e) Nenhuma das anteriores. Interatividade Quantos e quais são os métodos de derretimento do chocolate? a) São três: banho-maria, tablagem e difusão. b) São três: banho frio, tablagem e difusão. c) São quatro: banho-maria, micro-ondas, derretedeira e difusão. d) São três: banho-maria, micro-ondas e derretedeira. e) Nenhuma das anteriores. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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