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Relatório de Estágio Supervisionado II - Biomedicina

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GRUPO SER EDUCACIONAL 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II 
 
 
 
 
GUNAR VINGRE DA SILVA MOTA 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO 
II 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELEM 
 2022 
Estágio supervisionado II – Biomedicina 
4 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1. Amostras de urinas após a triagem e análise por tiras reagentes. ………………………………8 
Figura 2 – Montagem das lâminas para análise direta (solução translúcida) e direta com utilização de lugol 
(solução de cor âmbar). ……………………..…………………………………………………………....10 
Figure 3. MedTeste Sangue Oculto rápido para a detecção qualitativa de sangue oculto humano em fezes. 
……………………………………………………………………………………………………….…...11 
Figura 4. Equipamento COBAS 6000 utilizado para análises bioquímicas. ……………………..……...11 
Figura 5. Material utilizado para avaliação e acompanhamento de doenças inflamatórias e infecciosas. 
…………………………………………………………………………………………………………....12 
Figura 6. Equipamento de imunofluorencência EUROPattern Microscope Live. ……………..………..13 
Figura 7. Equipamento de análise hematológica Mindray BC-6000. A direita temos uma 
imagem da parte interior do equipamento e a esquerda uma foto frontal dele. …………….…..13 
Figura 8. Analise de eletrólitos é o 9180 Electrolyte Analyzer da Roche. ................................................14 
Figura 9. Ovos fecundados de Ascaris lumbricoides em amostra parasitológica …………..…..15 
Figura 10. Forma de larva rabditóide de Strongyloides stercoralis presente em exame parasitológico. 
…………………………………………………………………………………………………..………..16 
Figura 11. Ovos de Trichuris trichiura, causador da tricuríase corado com lugol. …………..…………..16 
Figura 12. Cisto de Endolimax nana visto no centro da imagem em um exame parasitológico pelo método 
direto com uso de lugol. ……………………………………………………………..…………..17 
Figura 13. Aspecto físico de uma amostra de urina, antes da centrifugação e da análise por fita reagente. 
…………………………………………………………………………………………………………....18 
Figura 14. Tira de teste para análise de urina. Tiras Medi-Test (https://www.medicalexpo.com/) (esquerda) 
e testes em urina (direita). ………………………………………………..…………………………..…..19 
Figura 15. Presença de fosfato triplo na urina após sedimentação e uso de lugol. ………………………20 
Figura 16. Cristais de ácido úrico em forma de prisma romboide (esquerda), em forma de roseta, oval com 
extremidade pontiaguda e prisma romboide (direita). …………………….…………………….………..21 
Figura 17. Grande quantidade de piócitos formando aglomerados em exame de urina. ……….…..…….22 
Figura 18. Presença de cristais de oxalato de cálcio di-hidratado. ………………………….……………22 
Figura 19. Amostras com possível dispilidemia e resultado após análises. ……………….….………….23 
Figura 20. Teste rápido para detecção de rotavírus e seu resultado após análise. ………………….……25 
Figura 21. Resultado de um hemograma obtido no equipamento Mindray BC-6000. ………....26 
Figura 22. A esquerda temos as soluções de referências utilizada pelo equipamento e a direita o resultado 
para sódio e lítio. ……………………………………………………………………………….………..27 
 
Estágio supervisionado II – Biomedicina 
5 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 6 
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO .................................................................. 7 
3 OBJETIVOS E PLANO DE ATIVIDADES ....................................................................... 9 
4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ……………………………………………………. 10 
5 INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL ………………………………………………. 17 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ……………………………………………………………. 30 
REFERÊNCIAS ……………………………………………………………………………. 31 
ANEXOS - DOCUMENTOS ................................................................................................. 32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estágio supervisionado II – Biomedicina 
6 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 O conceito de estágio passou por várias mudanças, inicialmente foi descrito como uma 
atividade para a prática do acompanhamento durante o período da Idade Média. Atualmente o seu 
conceito tornou-se mais abrangente e está vinculado a uma atividade prática e curricular, fazendo 
parte das disciplinas obrigatórias nos diferentes cursos ofertados pelas instituições de ensino, e é 
regulamentado por uma legislação educacional (BALLÃO et al, 2014). 
 No Brasil, a regulamentação do estágio é regida, atualmente, pela Lei 11.788, de 25 de 
setembro de 2008, o qual prevê uma série de disposições acerca das regras que regem o estágio 
curricular de estudante. Engloba, principalmente, sua definição e obrigações, das partes 
envolvidas para a realização do estágio, tendo a instituição de ensino como representante do aluno, 
a parte concedente para esta atividade, o estagiário e suas normas de fiscalização (BRASIL, 2008). 
 O estágio sempre foi considerado como o momento onde os alunos colocarão em prática 
tudo que aprenderem nas aulas teóricas, e serão capazes de correlacionar os diferentes assuntos 
aprendido durante o curso, ou seja, os estagiários terão a oportunidade de refletir e observar o 
desenvolvimento do trabalho que os profissionais do curso pretendido executam. Por fim, 
acreditamos que o papel do estagiário é buscar na prática do estágio a aplicação dos 
conhecimentos teóricos, técnicos e profissionalizantes no âmbito de sua formação acadêmica 
(CALDERANO, 2012, p. 28). 
 O estágio supervisionado I em Análises Clínicas é parte integrante do plano de estudos do 
Curso de Biomedicina e tem como objetivos gerais de promover a integração no meio profissional 
e o contacto com os outros profissionais dentro do ambiente de trabalho, além de aplicar os 
conhecimentos adquiridos no curso num contexto real de trabalho; desenvolver a capacidade de 
trabalho em equipe e o trabalho autónomo; gerenciar a organização e execução das atividades 
diárias laboratoriais; e promover o contacto com os doentes, aplicando princípios éticos e 
biossegurança. 
 O estágio supervisionado ocorreu no Laboratório Bio-Diagnóstico (LBD), mesmo local 
onde foi realizado o estágio supervisionado I. O período das práticas está compreendido entre 
agosto e novembro de 2022, onde foram realizadas as seguintes atividades: Parasitologia, 
urianálise, tipagem sanguínea e de imunologia. O LBD compreendendo as áreas de Hematologia, 
Imunologia, Bioquímica, Parasitologia, Hormônios e Urinálise. 
7 
Estágio supervisionado II – Biomedicina 
 
 
2 CONTEXTUALIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO 
 
 
 O Laboratório BioDiagnóstico foi fundado no ano de 1986, pelo seu atual gestor, Dr. José 
Henrique Paiva Araújo, e se especializou na realização de exames de análise clínica e patológica. 
Atualmente, o laboratório conta com três unidades próprias, sua matriz está localizada no centro 
da cidade de Belém do Pará, cito na Travessa 3 de maio, n°1269 (entre Av. Governador José 
Malcher e Av. Magalhães Barata); um posto de atendimento clínico e coleta no bairro de Icoaraci, 
cito na Travessa São Roque n°676; e um posto de coleta, em seu mais novo endereço, no 
município de Ananindeua, situada no Supermercado Líder BR-316/Km 02, loja 04 (subsolo). 
Além de fazer prestação de serviços para diferentes localidades do interior do estado. 
 O principal diferencial do laboratório são seus equipamentos avançados de diagnóstico e 
mão de obra capacitada, a fim de garantir excelência e profissionalismo nos serviços laboratoriais. 
Tendo entre os equipamentos um Maldi Biotyper Sirius da BUNKER, equipamento capaz de 
identificar bactérias e fungos causadores de infecções em 20 segundos, com 95% de assertividade. 
Antes, esse prazo era de 24 a 72 horas, com assertividade de 75% e o O cobas® 6000, produzido 
pela HITACHI e Roche, o qual possibilita a obtenção de um tempo de resposta adequado a cada 
laboratório, otimizaçãodo tempo dos operadores do sistema, fluxos de trabalho controlados, 
capacidade de processar amostras de urgência, testes reflexo-automáticos, simplificação das 
manutenções, resultando em pouca intervenção pelo operador. Assim, permite ao laboratório 
oferecer uma elevada qualidade do serviço prestado aos doentes, mesmo sob grande pressão para 
respostas rápidas e com qualidade. O laboratório processa mais de 200 amostras por dia, com 
rápida execução, devido aos equipamentos de análises clínicas. 
 As amostras são coletadas nos pontos de coletas do próprio laboratório e, também, são 
coletadas de outros laboratórios que solicitam os serviços. Também chegam amostras do interior 
do estado do Pará e todos os resultados são enviados por e-mail, por acesso via web site ou 
enviadas impressas para as localidades no interior do estado. Todas são identificadas através de 
etiquetas de código de barras coladas nos tubos e posteriormente registadas no sistema de 
informática. As amostras são transportadas por Assistentes Operacionais (AO) em malas 
fechadas próprias. 
O período de duração do estágio corresponde a 300 h, dendo início em 1 de agosto e 
finalizando em 25 de outubro de 2022, com entrada no local do estágio às 13 h e finalizando às 
18 h, totalizando 5h diárias, como um total de 30 h/semana. Até o presente momento, serão 
apresentados apenas os locais pelos quais passei durante o estágio supervisionado II. A 
preceptora chefe é biomédica e especialista em microbiologia e imunologia Jennyfer Rodrigues, 
8 
Estágio supervisionado II – Biomedicina 
 
 
o qual fica responsável por todo o plano de trabalho dos estagiários. No laboratório 
BioDiagnóstico, a coleta é realizada por uma enfermeira nos postos de coleta, meu estágio 
concentrou-se mais nas atividades laboratoriais na matriz do grupo, sendo realizada algumas 
coletas. 
9 
Estágio supervisionado II – Biomedicina 
 
 
3 OBJETIVOS E PLANO DE ATIVIDADES 
 
 Os objetivos do presente trabalho são fazer uma apresentação dos locais de estágio, assim 
como metodologia utilizada nos vários equipamentos e, ainda, o controlo de qualidade interno e 
a avaliação externa da qualidade. 
 
3.1. Urianálise 
3.2 Parasitologia 
3.3 Bioquímica 
3.4. Imunologia 
3.5. Hematologia 
3.6. Eletrólitos 
 
O objetivo específico: 
1) Realizar a triagem do material e encaminhas para os diferentes setores; 
2) Realizar coleta sanguínea; 
3) No setor de parasitologia conhecer os métodos utilizados e diagnosticas os parasitos 
intestinais que foram observados; 
4) Pesquisa de sangue oculto nas fezes; 
5) Realizar e preparar amostras de urina a fim de se identificar os diferentes tipos de 
cristais presente na amostra. 
6) Apresentar outros testes que foram realizados além das atividades corriqueiras; 
7) Utilizar equipamento para analise bioquímica e preparação de amostras; 
8) realizar exames de imunologia. 
9) realizar exames hematológicos. 
 
 
Estágio supervisionado II – Biomedicina 
10 
 
 
4 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 
 
4.1. Urianálise 
 Após a triagem, as amostras de urinas chegam para a bancada e são separadas por regiões e para 
culturas. As amostras são colocadas em tubos de ensaio para em seguida serem centrifugadas para 
sedimentação do material. Em seguida, são retiradas e analisadas em microscópio a partir do uso direto de 
lugol. As amostras de urinas também foram analisadas por tiras de reagentes. 
 
Figura 1. Amostras de urinas após a triagem e análise por tiras reagentes. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
Os Testes com fitas reagentes são parte importante na faze pré-analítica das analises de urina, fornecendo 
um indicativo sobre as possíveis resultados a serem comparados com os exames de sedimento. As 
informações fornecidas por uma fita, são sumarizados na tabela 1, apresentando possíveis causas para sua 
ausência ou presença. 
 
Tabela 1. Pesquisa com a tira reagente e suas possíveis causas. 
 
Fonte: Labtest diagnóstica S.A. (https://labtest.com.br/wp-
content/uploads/2016/09/Infotec_Tira_de_Urina.pdf). 
4.2. Parasitologia 
Estágio supervisionado II – Biomedicina 
11 
 
 
 
 No setor de parasitologia as amostras são recolhidas e analisadas por solicitante. Todas as amostras 
vêm do laboratório da região metropolitana e do interior do estado (figura 2). As amostras podem vir a 
partir de coleta direta, para pesquisa de sangue oculto ou com líquidos conservantes (MIF (mertiolato 
iodeto formalina). 
 As amostras que são analisadas por método direto ou a fresco com uso direto de lugol: trata-se de 
um exame qualitativo, o qual se realiza a observação direta de pequena quantidade da amostra fecal no 
microscópio óptico sem qualquer método de enriquecimento. Fezes preservadas são úteis para a detenção 
de cistos de protozoários e de ovos e larvas de helmintos, mas a pesquisa de trofozoítos deve ser feita, pelo 
método direto, com fezes frescas, não preservadas. 
 
4.2.1. Exame Direto a Fresco 
 O exame Direto a Fresco é um procedimento simples e eficiente para o estudo das fezes, 
permitindo o diagnóstico dos protozoários (trofozoítas e cistos) e dos helmintos (ovos, larvas e pequenos 
adultos). As preparações a fresco são obtidas diretamente da amostra biológica (fezes) e requer o mínimo 
de material 2 miligrama (mg) para cada método de exame. No exame a fresco, coloca-se uma gota de soro 
fisiológico (salina) sobre uma lâmina e dilui com um palito, uma pequena porção de fezes, de modo que 
fique homogêneo e transparente (FERREIRA, 2012). A analise deve ser examinada através da objetiva do 
microscópio de pequeno aumento (10x) e com pequena intensidade de luz, a confirmação dos parasitas 
deve ser realizada com a objetiva de grande aumento (40x). 
 
4.2.2. - Exame Direto com uso de lugol 
 No exame direto sob coloração de Lugol, o exame é preparado de modo semelhante ao anterior 
substituindo-se o soro fisiológico pela solução de Lugol, cobrindo-se com uma lamínula examinando a 
amostra biológica através de microscópio óptico, os esfregaços deveram ser sistemática e completamente 
examinadas através da objetiva do microscópio de pequeno aumento (10x) e com pequena intensidade de 
luz, a confirmação dos parasitas deve ser realizado com a objetiva de grande aumento (40x), sendo 
confeccionadas três lâminas para análise (FERREIRA, 2012). 
 Durante a preparação das amostras, utilizarou-se em uma mesma lâmina a solução de soro 
fisiológico e de lugol. Na figura 3 mostramos a esquerda a preparação de lâminas com soro fisiológico 
(parte superior da lâmina) e com a solução em lugol (parte inferior da lâmina). Após colocarmos a soluções 
sobre a lâmina, coletamos uma pequena porção de fezes e misturamos com as soluções, para em seguida 
utilizar uma lamínula sobre cada amostra (figura 3, imagem à direita). Em seguida, todas as amostras são 
analisadas em miscroscópio óptico. 
 
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Figura 2. Montagem das lâminas para análise direta (solução translúcida) e direta com utilização de lugol 
(solução de cor ambar). 
Fonte: Próprio autor. 
 
4.2.3. Exame parasitológico com o uso de conservante (MIF - mercúrio, iodo e formol) 
 Até o presente momento, o método de conservante que mais foi analisado no laboratório, foi o 
método de conservação utilizando mercúrio, iodo e formol (MIF). As amostras são conservar à 
temperatura entre 15-30°C até a realização dos exames e são enviadas para o laboratório no mesmo dia de 
sua entrega. Sempre tomando cuidado para evitar a exposição da solução à luz solar direta e qualquer outra 
fonte de calor ou ignição. Neste tipo de exame, a solução conservante deve cobrir a amostra 
completamente, portanto, não colocar a amostra em excesso no interior do coletor. Após o início das 
coletas, manter o coletor fechado e em geladeira; devendo seguir as orientações do médico. 
 
4.2.4. Pesquisa de Sangue oculto 
 Neste tipo de exame, vamos avaliara partir de testes rápido se há a pressão de sangue oculto nas 
fezes, uma vez que indica possíveis sangramento no trato digestivo que, por sua vez, pode ser sinal de 
colite, úlceras e, em casos mais graves, câncer de colorretal. Este exame, funciona como uma espécie de 
“triagem”, para verificar se é realmente necessária a colonoscopia, para investigar eventuais problemas 
que podem estar relacionados à presença de sangue nas fezes. Neste exame, utiliza-se os testes rápidos da 
MedTeste, que é um teste imunológico cromatográfico rápido para a detecção qualitativa de baixos níveis 
de sangue humano oculto em fezes (ANVISA, 2022). No processo de interpretação do resultado, temos as 
seguintes situações: 
1) POSITIVO: Duas linhas aparecem. Uma linha colorida deverá aparecer na região da 
linha de controle e outra linha colorida deve aparecer na região da linha de teste; 
2) NEGATIVO: Uma linha colorida aparece na região da linha de controle. 
3) INVÁLIDO: A linha de controle não aparece. Repasse o procedimento e repita o teste 
com um novo teste. 
 
 Na figura 3. são mostrados os procedimentos para se fazer analise de sangue oculto, onde se o 
aplicador do coletor de amostras é inserido aleatoriamente sobre a amostra fecal em pelo menos 3 pontos 
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diferentes. Em seguida é colocado no tubo coletor e agite vigorosamente o tubo para misturar a amostra 
ao tampão de extração. 
 
Figure 3. MedTeste Sangue Oculto rápido para a detecção qualitativa de sangue oculto humano em fezes. 
Fonte: Consultas Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2022. 
 
4.3. Análise Bioquímica 
Nos testes bioquímicos iremos investigar o funcionamento metabólico do organismo e medir 
quimicamente possíveis alterações. Os principais exames realizados pelo equipamento COBAS 6000 estão 
relacionados aos níveis de glicose, colesterol, triglicerídeos, proteínas, enzimas, uréia e função hepática. 
Os exames de dosagem hormonais, também, são realizados com o equipamento, como para as dosagens 
de PSA (Antígeno Prostático Específico) e TSH (Hormônio Estimulador da Tireóide). 
Para garantir a qualidade e a integridade dos resultados dos exames, é utilizado o controle de 
qualidade recomendado para o uso do equipamento COBAS 6000. Vale ressaltar que existe apenas 2 
equipamentos do tipo na cidade de Belém do Pará. 
 
Figura 4. Equipamento COBAS 6000 utilizado para análises bioquímicas. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
 
Estágio supervisionado II – Biomedicina 
14 
 
 
4.4. Análise Imunologia 
 Neste setor, realizamos os testes sorológicos a fim de identificar doenças relacionadas a alterações 
na imunidade e respostas contra infecções. Utilizamos técnicas de soroaglutinação e imunofluorescência. 
Neste setor foram realizados, pricipalmente testes de tipagem sanguínea, Anti-Estreptolisin (ASO), 
Proteína-C reativa (PCR), fator reumatóide e VDRL. 
 
Figura 5. Material utilizado para avaliação e acompanhamento de doenças inflamatórias e infecciosas. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
Um segundo teste, os qual pude ter contato, mesmo que brevemente, foi a imunofluorescência, 
que é um método que se baseia no uso de anticorpos quimicamente marcados com corantes fluorescentes 
para visualizar moléculas sob um microscópio de luz. Este anticorpo (muitas vezes chamado de anticorpo 
primário) é ligado covalentemente a um corante fluorescente ou será posteriormente ligado por um 
segundo anticorpo específico de uma origem diferente (chamado anticorpo secundário), que será marcado 
com o corante fluorescente desejado. O primeiro caso é conhecido como imunofluorescência direta, 
enquanto o segundo caso é conhecido como indireta. 
O equipamento utilizado foi o EUROPattern Microscope Live, que é um sistema de 
imunofluorescência totalmente automatizado com um tempo de processamento de apenas 2 segundos por 
imagem. O relatório automatizado de resultados está habilitado para os seguintes substratos (anticorpos): 
1) HEp-2/HEp-20-10 (anticorpos antinucleares): 9 padrões (homogêneo, granular, granular fino 
denso, nucleolar, pontos nucleares, centrômeros, membrana nuclear, AMA e citoplasmático), bem como 
combinações dos mesmos de acordo com o Consenso Internacional sobre Padrão ANA (ICAP); 
2) Granulócitos fixados em etanol e formalina (anticorpos anticitoplasma de neutrófilos): cANCA, 
pANCA, ANCA atípico; 
3) Crithidia luciliae (anticorpos anti-dsDNA): positivo/negativo para fluorescência dos 
cinetoplastos; 
4) Fígado, rato: positivo/negativo para ANA e padrões semelhantes a anti-LKM; 
 5) Rim, rato: positivo/negativo para AMA (anticorpos anti-mitocondrial) e padrões semelhantes 
a anti-LKM. 
 
 
Estágio supervisionado II – Biomedicina 
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Figura 6. Equipamento de imunofluorencência EUROPattern Microscope Live. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
4.5. Análise Hematológica 
 
Nas práticas realizadas na bancada de hematologia, a mesma consistia em inserir a amostras no 
equipamento, onde todo o processo era realizado de forma automatizada, até mesmo as lâminas para 
analises em microscópio ópticos, eram produzidas e analisadas pelo equipamento. Resultados fora dos 
limites aceitáveis eram automaticamente separados e reanalisados. Mindray BC-6000 Auto Hematology 
Analyzer é um analisador hematológico automático quantitativo para uso no diagnóstico in vitro em 
laboratórios clínicos; ele proporciona uma contagem completa de glóbulos, diferencial leucocitário de 5 
partes, medição da concentração de hemoglobina, medição de reticulócitos e glóbulos vermelhos 
nucleados. 
 
Figura 7. Equipamento de análise hematológica Mindray BC-6000. A direita temos uma imagem da 
parte interior do equipamento e a esquerda uma foto frontal dele. 
 
Fonte: Próprio autor (direita) e Mindray company1 (esquerda). 
1 https://www.mindray.com/br/products/laboratory-diagnostics/hematology/5-part-differential-analyzers/bc-6000 
Estágio supervisionado II – Biomedicina 
16 
 
 
4.6. Análise Eletrólitos 
 
Os pelos rins, sangue e pulmõe tem como objetivo manter o equilíbrio hidro-eletrolítico e ácido-
base para que a volemia, que é o pH dos fluidos corporais e a composição iônica, possibilite a reações do 
metabólicas do organismo. Os comprometimentos destas funções apresentam elevado risco de óbito em 
pacientes dialíticos. 
O equipamento utilizado para a analise de eletrólitos é o 9180 Electrolyte Analyzer da Roche, o 
qual utiliza seis eletrólitos diferentes, sódio, potássio, cloreto, cálcio ionizado, lítio e um eletrodo de 
referência. Cada eletrodo possui uma membrana seletiva de íon que passa por uma reação específica com 
os íons correspondentes contidos na amostra em análise. Nesta análise são realizadas a partir do soro 
sanguíneo 
 
Figura 8. Analise de eletrólitos é o 9180 Electrolyte Analyzer da Roche. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
 
 
 
 
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5 INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL DURANTE O ESTÁGIO SUPERVISIONADO. 
PARASITOLOGIA 
 
5.1. Parasitologia 
 Durante o estágio supervisionado, até o presente momento, foram identificados alguns elementos 
nos exames de fezes, os quais serão apresentados. 
 
Ovos Ascaris lumbricoides: A ascaridíase é uma parasitose intestinal causada pelo 
helminto Ascaris lumbricoides. Aqui são apresentadas duas formas para seus ovos férteis 
fecundados, a direita temos os ovos embrionado sem membrana mamilonada. 
 
Figura 9. Ovos fecundados de Ascaris lumbricoides em amostra parasitológica. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
Larva de Strongyloides stercoralis – larva rabditóide: Sendo o menor dos nematódeos tendo de 2 
a 3 mm no intestino humano. Esta parasita penetra na mucosa intestinal, ainda no intestino podendo-se 
tonar uma larva filarióide. É a principal responsável por anemia, diarréia, emagrecimento, desidratação e 
irritabilidade, que são agravados em caso de subnutrição. 
 
 
 
 
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Figura 10. Forma de larva rabditóide de Strongyloides stercoralis presente em exame parasitológico. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
Ovos de Trichuris trichiura: Apresentam aspecto típico de bandeja ou de um pequeno barril, com 
saliências mucóide e transparente nas duas extremidades; possuem dupla membrana que envolve a massa 
de células germinativas. 
 
Figura 11. Ovos de Trichuris trichiura, causador da tricuríase corado com lugol. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
 Endolimax nana: Os cistos medem de 5 a 12µm de tamanho, são ovais ou esféricos, com 
citoplasma apresentando coloração verde-clara. Contém quatro núcleos pouco visíveis, em virtude de seu 
pequeno tamanho. 
 
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Figura 12. Cisto de Endolimax nana visto no centro da imagem em um exame parasitológico pelo 
método direto com uso de lugol. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
 
5.2. Urianálise 
 
 A urinálise se mantém como parte integrante do exame do paciente e isso se deve a duas 
características, as quais podem explicar a persistência dessa popularidade: a amostra de urina é de obtenção 
rápida e coleta fácil e a urina fornece informações sobre as principais funções metabólicas do organismo, 
por meio de exames laboratoriais simples. 
 
5.2.1. Exame físico 
 Analise macroscópica para determinar o volume, a coloração, o aspecto (turvação) e a densidade. 
A análise da cor e do aspecto é percebida através da inspeção. A cor padrão normal da urina é amarela, 
podendo atingir variações de tonalidades de pálida a âmbar. Diversas colorações podem ser vistas de 
acordo com alterações na urina, como: cor rósea, vermelha ou castanha, devido à presença de eritrócitos, 
hemoglobina ou mioglobina; cor acastanhada pela presença de bilirrubinas, carotenos; marrom escuro com 
presença de porfirina, melanina e coloração de alimentos. 
 A figura 13 apresenta uma mostra de urina turva, com a possível presença de precipitação de 
fosfatos amorfos (urina alcalina), precipitação de uratos amorfos (urina ácida) ou pela presença de 
bactérias, leucócitos ou eritrócitos. Podendo também ser classificada em urina leitosa (quilúria), que ocorre 
em situações de oclusão dos vasos linfáticos pélvicos. 
 
 
Estágio supervisionado II – Biomedicina 
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Figura 13. Aspecto físico de uma amostra de urina, antes da centrifugação e da análise por fita reagente. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
5.2.2. Exame químico com a utilização de tiras de reagentes 
 Nesta prática, mergulha-se a tira de teste em uma amostra de urina homogeneizada, retiramos o 
excesso de urina e, à medida que se espera o tempo especificado para que ocorra a reação e comparar a cor 
da tira com a tabela de cores no pote. As tiras reagentes são uma determinação semiquantitativa de doze 
parâmetros na urina, são eles: 
1. Ácido Ascórbico; 
2. Glicose; 
3. Bilirrubina; 
4. Quetonas; 
5. Densidade Específica; 
6. Hemoglobina; 
7. pH; 
8. Proteína; 
9. Urobilinogênio; 
10. Nitrito; 
11. Leucócitos. 
 
Na figura 14 temos a analise por tira de uma amostra de urina a presença de hemoglobina como 
fator de destaque (imagem a esquerda) e na imagem a direita foi selecionada três ocorrências: 1) positivo 
para Nitrito - pode ser uma possível infecção urinária; 2) pH alcalino, possível presença de fosfato amorfo 
ou bactérias; e 3) Leucócitos – pode estar associada a alguma inflamação no trato urinário. 
 
 
 
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Figura 14. Tira de teste para análise de urina. Tiras Medi-Test (https://www.medicalexpo.com/) (esquerda) 
e testes em urina (direita) 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
5.2.3. Exame microscópico 
 A sedimentoscopia possui a finalidade de identificar e, ocasionalmente, quantificar vários 
componentes figurados, como: leucócitos, hemácias, células epiteliais, bactérias, cilindros, cristais e 
fungos. Além disso, é um processo de grande demanda que necessita de atividade laboratorial manual 
acentuada, é pouco uniforme e acarreta um maior custo aos laboratórios porque é fundamental a presença 
de mão de obra qualificada para se alcançarem resultados confiáveis. 
 
5.2.3.1. Cristais normais de urina ácida 
1. Ácido Úrico - São normais de urina ácida, sendo confundido com cistina (os cristais de cistina 
são incolores). Ocorrem de forma natural no organismo. Porém, quando encontrados de forma 
elevada, pode estar associada ao metabolismo de purina, síndrome de Lesch-Nyhan, nefrite 
crônica, condições febris agudas e gota. 
2. Cristais de oxalato de cálcio - São normais em urina ácida e pode ser ocasionado por 
fatores nutricionais, pela ingestão de tomate, laranja e alho. Se a amostra apresentar umas 
grandes quantidades pode-se suspeitar de diabetes mellitus, doença renal crônica grave, 
doença hepática ou intoxicação por etilenoglicol. 
3. Cristais de urato amorfo - São normais de urina ácida e não exibe importância clínica, visto 
que pode ser de ocorrência natural do organismo. 
4. Cristais de urato de sódio - São normais em urina ácida e se apresentam como formas 
cristalinas ou amorfas. 
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5.2.3.2. Cristais normais de urina alcalina 
1. Cristais de biurato de amônio - São normais de urina alcalina e podem estar relacionadas à 
existência de amônia produzidas por bactérias que metabolizam a ureia. 
2. Cristais de carbonato de cálcio - São normais de urina alcalina. Esses cristais podem se 
acumular e torna-se semelhante a um material amorfo. 
3. Cristais de fosfato amorfo - Os cristais de fosfato amorfo são normais de urina alcalina e 
possuem aparência granulosa, semelhante aos uratos amorfos. 
4. Cristais de fosfato de cálcio – São normais em urina alcalina e possuem conformação de 
prismas longos e incolores. Pode ser um indicativo de cálculos renais já que é um de seus 
constituintes. 
5. Cristais de fosfato triplo - São normais em urina alcalina se apresentam na forma de prisma 
que é semelhante a uma “tampa de caixão”. Podem estar associados à pielonefrite crônica, 
cistite crônica, hiperplasia da próstata, além de casos quando a urina é retida na bexiga. 
 
 Para a análise sedimentológica, as amostras são centrifugadas em tubo de ensaio com 
aproximadamente 10 e 15mL de amostra. Foram centrifugadas durante 5 minutos à 450 rpm. Após a 
centrifugação, deixa-se apenas 1,0 ml ou menos a ser usada para analise. Coloca-se uma gota de numa 
lâmina de microscópio e se observar com a objetiva de 10x e posteriormente com a 40x. 
Durante o estágio supervisionado, até o presente momento, foram identificados alguns elementos 
nos exames de urina, os quais serão apresentados. 
 Em uma amostra de urina alcalina foram identificados a formação de fosfato triplo em 
grandes quantidades por campo. 
Figura 15. Presença de fosfato triplo na urina após sedimentação e uso de lugol. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 Cristais de ácido úrico: Os cristais de ácido úrico são normais de urina ácida e possuem 
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diversas formas, mas as mais proeminentes são de prisma romboide, losango (plana com quatro 
lados), oval com extremidade pontiaguda (forma de limão), e em roseta, que compõe os cristais 
agrupados. Eventualmente, podem apresentar seis faces, sendo esta forma confundida com 
cistina (os cristais de cistina são incolores). Geralmente, os cristais de ácido úrico apresentam 
coloração amarela ou castanho-avermelhada e essa variação de cor depende 
da espessura que o cristal possui, de maneira que cristais extremamente finos podem ser 
incolores. A presença destes critais podemos relatar as condições patológicas nas quais esses 
cristais são encontrados na urina incluem o elevado metabolismo de purina, síndrome de Lesch-
Nyhan, nefrite crônica, condições febris agudas, gota1, em pacientes com leucemia que 
recebemquimioterapia. 
 
Figura 16. Cristais de ácido úrico em forma de prisma romboide (esquerda), em forma de 
roseta, oval com extremidade pontiaguda e prisma romboide (direita). 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
 Foram encontrados em amostra de urina leucócitos, que por sua vez são denominados 
piócitos e consistem principalmente em neutrófilos. Uma vez que a quantidade de piócitos por 
campo é elevação, provavelmente está relacionada a um processo inflamatório no trato urinário 
ou na região adjacente ao mesmo (infecção aguda, como pielonefrite, uretrite ou cistite). 
Algumas vezes, a piúria (piócitos na urina) é observada em situações como pancreatite e 
apendicite, ou em condições não infecciosas, como glomerulonefrite aguda, nefrite lúpica, 
acidose tubular renal, desidratação, febre, estresse e na irritação não infecciosa de ureter, uretra 
ou bexiga. 
 
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Figura 17. Grande quantidade de piócitos formando aglomerados em exame de urina. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
 Cristais de oxalato de cálcio: São normais de urina ácida. A forma mais comum de 
cristais de oxalato de cálcio di-hidratados é aquela reconhecida como “envelope” octaédrico, 
sendo que o grande número desses cristais pode ser uns indicativos cálculos renais, porque a 
maioria destes são constituídos por oxalato. 
 
Figura 18. Presença de cristais de oxalato de cálcio di-hidratado. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
4.5. Bioquímica 
 Nos exames bioquímicos, assim como em outros, os resultados são afetados por vários 
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fatores, como fisiológicos que devem ser levados em conta ao se interpretar qualquer resultado. 
Dentre estes fatores, temos a idade, a dieta, o estresse, histórico clínico e farmacológico, 
gravidez, etc. É importante entender que resultados anormais nem sempre indicam a presença de 
uma doença, nem que um resultado normal indica sua ausência. 
 No processo de preparação das amostras, são enviados para o setor todos os tubos com 
tampas vermelhas onde temos o soro como principal elemento para análise bioquímica. As 
amostras antes de serem centrifugadas são verificadas se estão hemolisadas ou não. Após estas 
verificações são colocadas na centrífuga para serem, posteriormente, enviadas para o COBAS 
6000. 
 Os distúrbios lipídicos são alguns dos problemas metabólicos mais comuns vistos em 
análises clínicas. Eles podem apresentar várias sequelas que incluem: doença arterial coronariana 
(DAC), pancreatite aguda, etc. Algumas causas genéticas da dislipidemia são: 
Hipercolesterolemia, Hiperlipidemia e Hipertrigliceridemia familiar, dentre outros. Na figura 19, 
temos o resultado de uma análise feita pelo equipamento COBAS 6000, com resultados para 
exame bioquímico. 
 
Figura 19. Amostras com possível dispilidemia e resultado após análises. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
Podemos observar que o Alanina Aminotransferase Livre (ALTL) apresentou valores de 
211.4 U/L, sendo que os valores aceitáveis até 56 U/L é considerado normal. Uma vez que estes 
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valores estão muito elevados, é um indicativo forte de doença no fígado. 
O valor encontrado para o triglicerídeo foi de 236.8 mg/dL, sendo limítrofe entre 150 e 
200 mg/dl e, preferivelmente, valores abaixo de 150 mg/dL. Este resultado indica uma possível 
obesidade do paciente, problemas cardiovasculares, má alimentação, uso de bebidas alcoólicas, 
ou até mesmo uma hipertrigliceridemia familiar. 
Os resultados para aspartato aminotransferase (ASTL) apresentam valores de 148.3 U/L, 
sendo que o valore de referências esta entre 5 e 40 U/L. Este resultado confirma os calores altos 
de ALTL, sendo, mais um forte indicativo de problema hepático possivelmente causada por um 
vírus. 
O valor de bilirrubina direto (BILD2) apresentou valores de 1.881 mg/dL, sendo que seu 
valor de referência deve ser até 0.3 mg/dL, sendo mais um indicativo de lesão nas células do 
fígado (lesão hepática). A bilirrubina total (BILT3) apresentou valores de 2.39 mg/dL, sendo que 
seu valore de referência de até 1.2 mg/dL. Os resultados indicam uma possível anemia hemolítica 
ou cirrose hepática. 
 O colesterol total (CHO2L) apresentou valores 226.2 mg/dl, sendo que os valores 
aceitáveis são de até 190 mg/dL. Portanto, com base nos resultados, temos uma dislipidemia do 
tipo hipertrigliceridemia, com possíveis causas originadas por comer alimentos gordurosos, não 
se exercitar o suficiente, estar acima do peso, fumar e beber álcool. Também pode ser executado 
em famílias. 
Os valores de glicose (GLUC3) apresentou valor de 79.9 mg/dL, sendo que o valore de 
referência é de até 99 mg/dL como sendo normais e abaixo de 60 mg/dL como sendo baixa. Os 
resultados mostram, que o paciente apresenta ótimos níveis de glicose. 
 
4.6. Imunologia 
 Para o teste de rotavírus fizemos uso do teste rápido da OnSite Rotavirus Ag que é um 
imunoensaio cromatográfico de fluxo lateral para a detecção qualitativa do antígeno de rotavírus 
em amostras fecais. Os rotavírus são responsáveis por infecções que vão desde desidratação, 
doenças respiratórias, diarreia, vômito, conjuntivites a distúrbios de eletrolitos, tendo o 
adenovírus e a segunda causa mais comum de gastroenterite em crianças (10-15%). 
 
 
 
 
Figura 20. Teste rápido para detecção de rotavírus e seu resultado após análise. 
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Figura: Próprio autor. 
 
 Foi solicitado uma verificação a possibilidade de rotavírus em paciente, sendo que a 
amostra foi avaliada e apresentou um resultado negativo para o rotavírus. Como pode ser 
observado na imagem (figura 20). 
 
4.7. Hematologia 
Hematologia é a ciência ou estudo das doenças no e do sangue. Na área médica, a 
hematologia inclui o tratamento de doenças do sangue e malignidades, incluindo tipos de 
hemofilia, coágulos sanguíneos, leucemia, linfoma, mieloma e anemia falciforme. A 
hematologia é um ramo da medicina interna que lida com a fisiologia, patologia, etiologia, 
diagnóstico, tratamento, prognóstico e prevenção de distúrbios relacionados ao sangue. 
Nesta fase de aprendizado, trabalhamos com o equipamento automatizado da Mindray 
BC-6000, que tem o processo completo de analise e produção de laminas. O sistema apresenta 
valores de referência dentro do software e compara com os valores obtidos pela análise da 
amostra. Na figura # podemos observar que os resultados para os eritrócitos (RBC) apresentaram 
um valor de 5.72 milhões/L (indicado pela letra H (High) em vermelho), tendo como valores 
de referência para adultos de 4,5 – 6,1 milhões/µL (homens) e 4,0 – 5,4 milhões/µL (mulheres). 
Este resultado indica um quadro de eritrocitose. 
Observa-se que o percentual de eritócitos esta alta (high) em relação aos valores de 
referências que são de entre 1000 a 3900 linfócitos por mm³ de sangue, que representa de 20 a 
50% na contagem relativa. Sendo o indicativo de uma possível infecção, que pode ser causada 
por uma gripe, alergia, leucemia, rubéola ou até mesmo pelo vírus do HIV. 
Nos resultados, temos um valor que esta abaixo do esperado, e corresponde aos 
neutrófilos, que tem valores de referência de 45 -75%. Nos resultados temos um valor de 44.9%, 
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que corresponde a uma neutropenia e indica um possível infecção. 
 
Figura 21. Resultado de um hemograma obtido no equipamento Mindray BC-6000. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
4.8. Eletrólitos 
Os eletrólitos são importantes na manutenção da homeostase no organismo, sendo 
essenciais para processos metabólicos, como a distribuição normal de água e a pressão osmótica 
das células. 
Na análise do soro sanguíneo é coletado e analisado, apresentado valores de Na+, K+ 
Ca++, Cl+ e Li+, onde os valores obtidos foram de Na+ de 139 e Li+ de 0.14, sendo os valores 
para os outros elementosausente. Sendo para o Lítio o nível terapêutico de 0,6 - 1,2 mEq/L, 
indicando que a dosagem de litemia alta podendo apresentar os sintomas de náuseas, vômitos, 
diarréia, ataxia, visão borrada, poliuria, sonolência, fraqueza, , confusão estupor, convulsões e 
coma. Sendo muito comum em transtornos bipolares. 
Nos resultados para o sódio estão dentro dos valores esperados que devem estar entre 
136 – 145 mEq/ L. 
 
 
 
 
 
 
Estágio supervisionado II – Biomedicina 
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Figura 22. A esquerda temos as soluções de referências utilizada pelo equipamento e a direita o 
resultado para sódio e lítio. 
 
Fonte: Próprio autor. 
 
 
 
 
 
 
Estágio supervisionado II – Biomedicina 
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 A partir do estágio supervisionado, podemos nos preparar melhor para o mercado de 
trabalho a partir do aprimoramento das habilidades e rotina dentro de um laboratório de análises 
clínicas. Considero que a experiência durante o estágio sendo muito válida e extremamente 
enriquecedora. Neste segundo estágio supervisionado, continuei nas bancadas de urianálise, 
parasitologia e bioquímica, tendo como novas atividades as bancadas de imunologia, hematologia 
e, atividades relacionadas a eletrólitos 
 Em cada setor por qual passei, os técnicos mostraram um empenho em apresentar os 
diferentes elementos em cada observação, tirando todas as dúvidas que poderiam aparecer. O fato 
do laboratório apresentar equipamentos de última geração, com processos de analises e limpeza 
totalmente automatizado, sendo necessário a troca de reagentes apenas quando os frascos acabam. 
Por um lado, é bom, mas por outro é ruim, pois a maioria do laboratório na cidade de Belém do 
Pará são semiautomatizados. 
 Acredito que as formações durante a graduação das disciplinas estudadas foram de grande 
importância na realização deste estágio, sendo que o livro de bioquímica clínica, é um exemplo 
do reconhecido valor diante dos conteúdos estudados. Contudo, livros referentes ao sétimo 
semestre não foram possíveis de se adquirir junto a instituição. 
 Quanto ao estágio, o papel da instituição foi um pouco falho, uma vez que os fomos 
encaminhados para os laboratórios com mais de 1,5 mês de atraso, o que prejudicou a realização 
das atividades em sua total plenitude. Acredito que o tempo a ser contabilizado para os alunos 
deveria ser a partir do momento que iniciasse o estágio, diante destes contratempos pelo qual a 
instituição acabou por atrasar nossa indicação. 
 Por fim, os setores que não sejam possível de estagiar durante este primeiro momento, 
serão contemplados durante o estágio supervisionado II, uma vez que continuarei estagiando no 
mesmo local. Durante esse período, meu amadurecimento, tanto profissional quanto pessoal, esta 
sendo extremamente importante para o desenvolvimento como biomédico. 
 
 
Estágio supervisionado I – Biomedicina 
31 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
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Elsevier, 2015 
 
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - CONSULTAS ANVISA, 
Disponível em 
<https://consultas.anvisa.gov.br/api/consulta/produtos/25351122502201659/anexo/T138489
72/nomeArquivo/Instru%C3%A7%C3%A3o%20de%20Uso_MedTeste%20Sangue%20Ocu
lto_.pdf?Authorization=Guest.>. Acessado em 15 de junho de 2022. 
 
BALLÃO, C.M.; COLOMBO, I.M. Histórico e aplicação da legislação de estágio no Brasil. 
Educar em revista. Curitiba, Brasil, 2014. 
 
BRASIL, LEI FEDERAL - ESTÁGIO 11.788, de 25.09.2008; 
 
CALDERANO, M. A. Estágio curricular: concepções, reflexões teórico-práticas e 
proposições. Juiz de Fora: Ed. UFJ, 2012. 
 
FERREIRA, M. U. Parasitologia Contemporânea. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 
 
HOFFBRAND, A. V.; MOSS, P. A. H.; PETTIT, J. E. Fundamentos em hematologia. [Porto 
Alegre]: Artmed, 2008. 
 
MARZZOCO, A.; TORRES, B.B. Bioquímica Básica, 4ª ed., Ed. Guanabara Koogan, 2015.

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