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Slide 1 - PROPEDEUTICA E PROCESSO DE CUIDAR DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

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Profa. Dra. Camila Borghi
UNIDADE I
Propedêutica e Processo
de Cuidar na Saúde da
Criança e do Adolescente
 Brasil.
 Necessidades da criança.
 Papel do enfermeiro.
 Crescimento e desenvolvimento:
 Definição;
 Instrumentos;
 Avaliação.
Sobre o que vamos falar hoje?
 Décadas de 1940 e 1950 – Programas de proteção à maternidade, infância e adolescência; 
 1973 – PNI;
 1975 – Programa Nacional de Saúde Materno-Infantil;
 1984 – Programa de Atenção Integral à Saúde da Criança;
 1990 – Lei n. 8080 / SUS;
 1990 – Lei n. 8069 / Estatuto da Criança e do Adolescente;
 1994 – Programa Saúde da Família;
 2006 – Política Nacional de Atenção Básica;
 2010 – Política Nacional de Promoção da Saúde;
 2014 – Política de Nacional de Atenção Integral à Saúde da 
Criança e Aleitamento Materno;
 2016 – Marco Legal da Primeira Infância.
A criança no Brasil
 Art. 4º – É dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público 
assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, 
à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, 
ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. 
 Art. 7º – A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a 
efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e desenvolvimento sadio 
e harmonioso, em condições dignas de existência.”
(BRASIL, 1990).
Estatuto da Criança e Adolescência
 Ações à saúde da mulher: atenção humanizada e qualificada;
 Atenção humanizada e qualificada à gestante e ao recém-nascido;
 Triagem neonatal: teste do pezinho;
 Incentivo ao aleitamento materno;
 Incentivo e qualificação do acompanhamento do crescimento e desenvolvimento.
Linhas de cuidado à saúde da criança
 Alimentação saudável;
 Imunização;
 Atenção às doenças prevalentes;
 Atenção à saúde bucal; 
 Atenção à saúde mental;
 Prevenção de maus tratos/violência e trabalho infantil;
 Atenção à criança portadora de deficiência.
Linhas de cuidado à saúde da criança
 Prioridade na formulação de políticas públicas, desenho de programas e na formação dos 
profissionais de todas as áreas que atuam com crianças de 0 a 6 anos de idade. 
 Proteção e promoção dos direitos da criança e de seu desenvolvimento integral por todos 
os setores da sociedade. 
(BRASIL, 2016).
Marco Legal da Primeira Infância
 Quando uma criança nascida tem um nome e uma história; cada uma delas tem direito aos 
cuidados de saúde, educação e proteção, o direito de desenvolver plenamente seu potencial 
e o direito de contribuir com a sociedade de forma significativa. (UNICEF, 2001).
 Relacionamentos sustentadores contínuos;
 Proteção física, segurança e regulamentação; 
 Experiências que respeitem as diferenças individuais; 
 Experiências adequadas ao desenvolvimento;
 Estabelecimento de limites, organização e expectativas;
 Comunidades estáveis e amparadoras e de continuidade cultural.
(VERÍSSIMO, 2018).
Necessidades da criança
Necessidades da criança
Necessidades
Afetivas
Psíquicas
Físicas
Sociais
 Crianças não possuem recursos para enfrentar o mundo. 
 Portanto...
 ...necessitam do apoio dos adultos, dispostos a alimentar, ensinar, cuidar e compartilhar 
alegrias e momentos difíceis.
 Adultos: pais, professores, cuidadores, profissionais de saúde.
Fonte:_https://cdn.pixabay.com/photo/2017/04/2
5/06/15/father-and-son-2258681_960_720.jpg
As experiências vividas pelas crianças devem promover:
 A confiança em si próprias e fazê-las sentirem-se aceitas, ouvidas, cuidadas e amadas; 
 Segurança para sua formação pessoal e social, para o desenvolvimento de sua identidade 
e conquista da autonomia;
 O cuidado, a interação e a brincadeira, de modo a promover vínculos afetivos significativos 
e essenciais ao bem-estar infantil.
Importante
 A criança deve ser acompanhada, avaliada e monitorada por profissionais qualificados, 
desde seu nascimento, no que diz respeito às suas condições e à evolução de seu 
crescimento e desenvolvimento, independentemente da situação socioeconômica e 
origem étnica.
Papel do enfermeiro
 Compreender as especificidades de cada período etário do desenvolvimento e do 
crescimento utilizando-se de métodos de avaliação e vigilância, para que a criança possa 
crescer e se desenvolver com a qualidade máxima esperada, tendo acesso aos melhores 
recursos disponíveis.
Papel do enfermeiro
 Anamnese da criança e família: entrevista e avaliação;
 Documentar todas as atividades de vigilância; 
 Histórico de desenvolvimento; 
 Gráficos de crescimento e de desenvolvimento; 
 Orientações para estimulação.
Papel do enfermeiro
 O crescimento e o desenvolvimento são eixos referenciais para todas as atividades de 
atenção à criança e ao adolescente.
 Durante a consulta da criança, na entrevista e na avaliação o enfermeiro deverá investigar 
as condições dos cuidados que estão sendo ofertados a ela, levando em consideração 
fatores hereditários e também o ambiente em que a criança está inserida.
Crescimento e desenvolvimento
 Pode-se considerar como a soma das diversas mudanças que ocorrem durante a vida
de um indivíduo.
 Processo dinâmico que engloba várias dimensões inter-relacionadas.
Crescimento e desenvolvimento
Fonte: BRASIL. Saúde da criança: acompanhamento do crescimento e desenvolvimento 
infantil. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Série Cadernos de Atenção Básica, n. 33. 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/crescimento_desenvolvimento.pdf. 
2 meses fetal 6 meses fetal Recém-nascido 6 anos2 anos 12 anos 25 anos
 A criança segue o mesmo padrão de desenvolvimento e maturação.
 Sua constituição hereditária, cultura e experiências fazem de cada criança um ser distinto.
Crescimento e desenvolvimento
Fonte: CHILDREN-
538868_960_720.JPG. 
<https://cdn.pixabay.co
m/photo/2014/11/20/10
/25/children-
538868_960_720.jpg>. 
Fatores de risco para o monitoramento do crescimento e do desenvolvimento:
 Baixo peso ao nascer; 
 Baixa escolaridade materna; 
 Idades maternas extremas (< 19 anos e > 35 anos); 
 Gemelaridade;
 Intervalo intergestacional curto (inferior a dois anos).
(BRASIL, 2012).
Crescimento e desenvolvimento
Fatores de risco para o monitoramento do crescimento e do desenvolvimento:
 Criança indesejada;
 Desmame precoce, mortalidade em crianças menores de 5 anos na família;
 Condições inadequadas de moradia, baixa renda e desestruturação familiar.
(BRASIL, 2012).
Crescimento e desenvolvimento
 Os períodos de crescimento e desenvolvimento devem ser sensibilizados e estimulados 
durante todo o processo.
 O potencial de crescimento e desenvolvimento esperados à idade dependerão da interação 
com o meio em que essa criança estará inserida.
Crescimento e desenvolvimento
Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) “é dever da família, da comunidade, 
da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos 
direitos referentes à vida (saúde, educação, segurança, lazer) da criança e do adolescente”. 
Nós enfermeiros, durante a consulta de enfermagem devemos assegurar condições de cuidado 
e avaliarmos a criança. Refletindo sobre isso, o que para vocês torna-se essencial avaliarmos 
durante as nossas consultas?
Interatividade
Refletindo sobre isso, o que para vocês torna-se essencial avaliarmos durante as
nossas consultas?
Avaliar o crescimento e o desenvolvimento e, a partir da entrevista, buscar fatores de risco 
que possam interferir no crescimento e desenvolvimento da criança.
Resposta
 Aumento físico do corpo, como um todo, ou em suas partes;
 Medido em centímetros ou metros;
 Traduz o aumento do número das células (hiperplasia) e do seu tamanho (hipertrofia).
Crescimento
Fonte: MONKS-
1306504_960_720.JPG. 
<https://cdn.pixabay.com/pho
to/2016/04/04/09/25/monks-1306504_960_720.jpg
Os parâmetros de crescimento físico incluem principalmente:
 Peso;
 Estatura;
 Circunferência cefálica.
Crescimento
O potencial máximo de crescimento da criança sofre influências de diversos fatores:
 Fatores intrínsecos: genéticos. 
 Ex.: crianças, filhas de pais com estatura alta, terão maior chance de serem mais altas se 
comparadas àquelas filhas de pais mais baixos. 
 Fatores extrínsecos: são fatores externos, que poderão influenciar o potencial genético do 
crescimento da criança de forma positiva ou negativa.
 Ex.: alimentação, condições de higiene e de saneamento 
básico, condições socioeconômicas e de educação das 
pessoas com quem se tem vínculo, problemas de saúde 
adquiridos intraútero ou na infância, maus tratos etc.
Crescimento
 A relação entre as medidas de peso e de estatura, conhecidas como medidas 
antropométricas, são primordiais para acompanhamento do crescimento, pois permitem 
detectar o estado nutricional da criança, seja apontando as deficiências recentes de peso, 
a desnutrição, bem como o sobrepeso e a obesidade.
Crescimento: peso e estatura
Foto: GIRLS-3273200_960_720.PNG. Fonte: 
<https://cdn.pixabay.com/photo/2018/03/29/18/49/girls-3273200_960_720.png>
Avalia o crescimento linear da criança, medindo-a no sentido longitudinal: 
 Comprimento/altura;
 Centímetros (mais comum em crianças) ou metro;
 Menos variável que o peso;
 Idade da criança x gênero.
Crescimento: estatura 
Foto: Acervo pessoal.
 Avaliar o estado nutricional (um dos parâmetros);
 Identificar algumas doenças;
 Acompanhar a evolução do crescimento;
 É medido em gramas; 
 Determinante variável, porém de rápida detecção.
Crescimento: peso 
Fonte: Acervo pessoal.
Crescimento: peso 
Fotos: Acervo pessoal.
Balança Eletrônica (até 15.000g ou 15K)
Foto: BRASIL, 2002 p.56. Fonte: Adaptado de: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acompanham
ento_crescimento_desenvolvimento_infantil_cab11.pdf
Alinhamento
do braço da
balança e
agulha
Ajuste dos
cursores
Posição
da criança
Criança
despida
Balança Mecânica
 Está intimamente relacionado ao crescimento cerebral e, portanto, à avaliação do 
desenvolvimento neurológico da criança;
 Acompanhamento do PC deve ser feito nas crianças de 0 a 24 meses, período de maior 
crescimento pós-natal da cabeça e cérebro; 
 Entre os 6 meses e o segundo ano de idade o PC e o PT são aproximadamente iguais.
Crescimento: perímetro cefálico
Fonte: Acervo pessoal.
 “A avaliação periódica do ganho de peso permite o acompanhamento do progresso individual 
de cada criança, identificando aquelas com maior risco de morbimortalidade, sinalizando o 
alarme precoce para a desnutrição, causa básica da instalação ou do agravamento da maior 
parte dos problemas de saúde infantil”. (BRASIL, 2012). 
O acompanhamento do crescimento: 
estruturando a atenção à saúde da criança
 As curvas de referências recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) foram 
criadas a partir de estudos multicêntricos, com a participação de crianças sadias de várias 
partes do mundo, inclusive do Brasil.
O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação 
Curvas de crescimento:
 Instrumentos que estabelecem referências de crescimento;
 Permite a avaliação seriada a partir do tempo;
 Proporciona uma análise mais fidedigna do estado nutricional.
O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação 
 Existem várias curvas de referências, de acordo com os índices desejados para a avaliação. 
Índices:
 Faixa etária, gênero e peso;
 Faixa etária, gênero e altura;
 Faixa etária, gênero e Índice de Massa Corporal (IMC).
(BRASIL, 2018).
O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação 
O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação
Idade peso
1 m 27 d 6000gr
3m19d 5595gr
8m 8760gr
1 ano 2 anos
idade (meses) idade (meses)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
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1
P
e
s
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k
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)
3
2
0
-2
-3
O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação
< Escore-z -2 Peso baixo para a estatura
> Escore-z -2 e
< Escore-z +2
Peso adequado ou eutrófico
> Escore-z +2 Peso elevado para a estatura
O acompanhamento do crescimento: gráficos de avaliação de acordo com o 
gênero (menino/menina) e idade (0-5 anos) – modelos
Fonte: Adaptado de: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
caderneta_saude_crianca_menino.pdf e
http://portalms.saude.gov.br/saude-para-
voce/saude-da-crianca/pre-natal-e-
parto/caderneta-de-saude-da-crianca
GRÁFICO DE PESO X IDADE - DE 0 A 2 ANOS
ACOMPANHE
TAMBÉM A
SAÚDE DE SEU
FILHO PELO
GANHO DE PESO
Ótimo
Seu filho está com
o peso ideal
Atenção
Seu filho está
um pouco abaixo
do peso ideal
Cuidado
Seu filho está com o
peso acima do ideal
Cuidado
Seu filho está com
o peso muito abaixo
do ideal
OBSERVE A LINHA
DE SEU FILHO
BOM
PERIGO
GRANDE
PERIGO
PESO X IDADE
ZERO A 2 ANOS
1 ano 2 anos
idade (meses) idade (meses)
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
18
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11
Miguel, 6 meses, comparece à Unidade de Saúde para consulta de puericultura. Está 
acompanhado de sua mãe, a Sra. Jane e de sua avó materna. Você é a(o) enfermeira(o) que 
irá avaliá-lo. É inverno e faz frio. Após realizar a entrevista com a família, você inicia o exame 
físico no colo da mãe, pois o bebê está dormindo. Ao colocá-lo na mesa de avaliação, Miguel 
acorda, no entanto, fica tranquilo, pois sua mãe está ao seu lado. Você percebe que a Sra. 
Jane demonstra preocupação quanto à retirada das roupas para avaliação. Então, você retira 
parcialmente as roupas e protege as partes que não estão sendo examinadas com o cobertor. 
Após finalizar o exame físico, você verifica as medidas antropométricas. 
Quais medidas antropométricas são importantes para avaliar 
o crescimento de uma criança aos 6 meses de idade? Relacione 
qual equipamento será utilizado para cada uma das medidas 
antropométricas indicadas.
Interatividade
Quais medidas antropométricas são importantes para avaliar o crescimento de uma criança 
aos 6 meses de idade? Relacione qual equipamento será utilizado para cada uma das medidas 
antropométricas indicadas.
 Peso: balança pediátrica;
 Comprimento: régua antropométrica;
 Perímetro cefálico: fita métrica;
 Gráficos de crescimento (peso por idade, comprimento por idade e perímetro cefálico por 
idade) são adequados à idade e gênero da criança.
Resposta
 Parte do desenvolvimento humano. 
 Processo único de cada criança, que tem como finalidade a inserção na sociedade
em que vive. 
 Expresso por continuidade e mudanças nas habilidades motoras, cognitivas, psicossociais e 
de linguagem, com aquisições progressivamente mais complexas nas funções da vida diária.
Desenvolvimento infantil
(SOUZA; VERÍSSIMO, 2018).
 O período pré-natal e os primeiros anos de vida são o alicerce deste processo, que decorre 
da interação de características biopsicológicas herdadas geneticamente de experiências 
oferecidas pelo meio ambiente. 
 As experiências são constituídas pelo cuidado que a criança recebe e pelas oportunidades 
que ela tem para exercitar ativamente suas habilidades. 
 O cuidado voltado às necessidades de desenvolvimento possibilita à criança alcançar todo 
o seu potencial em cada fase do seu desenvolvimento, com repercussões positivas na sua
vida adulta.
Desenvolvimento infantil
(SOUZA; VERÍSSIMO, 2018).
Problemas de desenvolvimentopodem ser:
 Genéticos. Ex.: Síndrome de Down. 
 Biológicos. Ex.: Prematuridade, hipóxia 
neonatal, meningites, hormonais. 
 Ambientais. Ex.: Fatores familiares 
(privação emocional, maus tratos), 
ambiente físico, fatores sociais.
Desenvolvimento
Linguagem
Motor
Social
Cognitivo
Fonte: OPAS (2005).
 A sequência do desenvolvimento pode 
ser feita pela verificação das referências 
esperadas de acordo com a idade
(marcos do desenvolvimento).
Avaliação do desenvolvimento da criança
Linguagem
Motor
Social
Cognitivo
Fonte: OPAS (2005).
 Presença das respostas esperadas para a idade: a criança 
está se desenvolvendo bem; o enfermeiro deve seguir o 
calendário de consulta.
 Falha em alcançar algum marco do desenvolvimento para 
a idade: antecipar a consulta seguinte, investigar a situação 
ambiental da criança, a relação com a mãe, a oferta de 
estímulos (ambientais e emocionais). 
 Persistência do atraso por mais de duas consultas: 
encaminhar a criança para referência ou serviço de maior 
complexidade.
Avaliação do desenvolvimento da criança
Linguagem
Motor
Social
Cognitivo
 Decúbito ventral: mantém-se fletido, gira a cabeça de um lado para o outro.
 Decúbito dorsal: membros fletidos e rígidos, geralmente.
 Fixa um ponto de luz.
Avaliação do desenvolvimento: período neonatal
Fonte: Acervo pessoal.
 Tem alguma discriminação olfativa.
 Percebe alguns sabores (tendo predileção pelo doce). 
 Capaz da percepção de alguns sons. 
 Fase crítica: adaptações extra uterinas, além da imaturidade (renal, hepática, 
gastrointestinal) e imunidade sendo desenvolvida.
Avaliação do desenvolvimento: período neonatal
 Alguns reflexos primitivos estão presentes ao nascimento e inibidos ao longo dos primeiros 
meses, quando surgem os reflexos posturais. 
 Principais reflexos: de Moro, Preensão, de Busca,
Babinski, Marcha.
Período neonatal e os reflexos primitivos
Fonte: Acervo pessoal.
16 semanas (4º mês)
 Decúbito ventral: eleva a cabeça e o tórax, com os braços estendidos, a cabeça acima do 
plano do corpo (eixo vertical);
 Decúbito dorsal: estende as mãos para apanhar os objetos, conseguindo pegá-los; traz os 
objetos até a boca; quando o objeto cai não consegue apanhá-lo;
 Sustentação da coluna cervical.
Avaliação do desenvolvimento: 
período lactente de 29 dias a 2 anos de idade
28 semanas (7º mês)
 Decúbito ventral: rola o corpo, podendo girar em torno do próprio eixo;
 Senta-se momentaneamente com o apoio da pelve;
 Posição vertical: permanece sustentando o peso do corpo, em pé com apoio; pula com 
apoio; pode iniciar, com a intenção de se deslocar, a se rastejar.
Avaliação do desenvolvimento:
período lactente de 29 dias a 2 anos de idade
40 semanas (10 mês)
 Pode mudar do decúbito ventral para a posição sentada; 
 Senta-se sozinha e sem apoio, com o dorso permanecendo reto;
 Permanece em pé na posição ereta, e levanta um dos pés, como iniciando e treinando para 
dar um passo; 
 Pode engatinhar;
 Procura o objeto que abandonou a algum tempo no local;
 Entende e demonstra comportamento perante um comando: “não”.
Avaliação do desenvolvimento:
período lactente de 29 dias a 2 anos de idade
1º ano
 Caminha com uma das mãos, segurada ou sozinha; 
 Consegue segurar um objeto com polegar e indicador, descobre brinquedos escondidos; 
 Vira as páginas de um livro (muitas de uma só vez);
 Fala das primeiras palavras: “papai, mamãe, papá”;
 Entende as sentenças simples: “pega a boneca”.
Avaliação do desenvolvimento:
período lactente de 29 dias a 2 anos de idade
Fonte: Acervo pessoal.
2º ano
 Aprendizado linguístico acelerado: capaz de nomear 300 objetos; 
 Brinca de faz de conta; 
 Começa a desenvolver o controle dos esfíncteres,
podendo começar aos poucos a retirar o uso das fraldas.
Avaliação do desenvolvimento:
período lactente de 29 dias a 2 anos de idade
Fonte: Acervo pessoal.
Mariana tem 4 meses. Compareceu à Unidade de Saúde para acompanhamento. Ao examiná-la, 
o profissional percebeu que Mariana não fazia interação com as pessoas. Indagando à mãe se ela 
não sorria, a mãe respondeu que Mariana era muito séria, não gostava de ficar no colo, preferindo 
ficar no berço olhando para um brinquedo que ela pendurava. Também referiu que, como trabalhava 
muito, tinha pouco tempo para brincar com Mariana. Quanto a sua gestação, parto e nascimento, a 
mãe informou que transcorreu tudo bem. Fez pré-natal, o parto foi normal, Mariana pesou 3.200g e 
não apresentou nenhuma intercorrência. Indagada se tinha algum grande parentesco com o pai de 
Mariana, a mãe informou que eram primos de primeiro grau. O profissional verificou que Mariana 
não apresentava alterações fenotípicas e seu perímetro cefálico era adequado para idade. 
Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento infantil 
apresentados na história de saúde de Mariana?
Interatividade
Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento infantil apresentados na história de 
saúde de Mariana?
Pouco tempo de interação com os pais/cuidadores e parentesco entre os pais.
Resposta
 Marcado por descobertas e atividades intensas;
 Acentuado desenvolvimento físico e da personalidade; 
 Amplos desenvolvimentos: motor, da linguagem e social; 
 É esperado que adquiram autocontrole, consciência de dependência e independência.
Avaliação do desenvolvimento – Período inicial da infância: Período de 
infantes, ou Toddlers (2 a 3 anos) e Período pré-escolar (3 a 6 anos)
 Buscam o convívio fora do grupo familiar (amigos).
 Avanço no desenvolvimento físico, mental e social, principalmente as habilidades
(Ex.: esporte, música e arte). 
 O desenvolvimento moral também é verificado.
Avaliação do desenvolvimento:
período intermediário da infância (idade escolar)
 Tumultuado período de maturação (biológicas e de personalidade); 
 Alterações físicas rápidas, desordem física e emocional; 
 Busca concentrada de uma identidade individual, própria; 
 Maturação sexual.
Avaliação do desenvolvimento – Período tardio da infância: 
Período Pré-púbere (de 10 a 13 anos) e Adolescência (de 13 a 18 anos)
Instrumento de Vigilância do Desenvolvimento
INSTRUMENTO DE VIGILÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DE ZERO A 12 MESES
Registre na escala: P = marco presente A = marco ausente NV = marco não verificado Idade (meses)
Marcos do
desenvolvimento
Como pesquisar 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Postura: barriga para cima,
pernas e braços fletidos,
cabeça lateralizada
Deite a criança em superfície plana, de costas; observe se seus braços e pernas ficam
flexionados e sua cabeça lateralizada.
Observa um rosto
Posicione seu rosto a aproximadamente 30 cm acima do rosto da criança e observe se ela olha
para você, de forma evidente.
Reage ao som
Bata palma ou balance um chocalho a cerca de 30 cm de cada orelha da criança e observe se ela
reage com movimentos nos olhos ou mudança da expressão facial.
Eleva a cabeça
Posicione a criança de bruços e observe se ela levanta a cabeça, levantando (afastando) o queixo
da superfície, sem se virar para um dos lados.
Sorriso social
quando estimulada
Sorria e converse com a criança; não lhe faça cócegas ou toque sua face. Observe se ela
responde com um sorriso.
Abre as mãos Observe se em alguns momentos a criança abre as mãos espontaneamente.
Emite sons
Observe se a criança emite algum som que não seja choro. Caso não seja observado, pergunte
ao acompanhante se ela faz em casa.
Movimenta ativamente
os membros
Observe se a criança movimenta ativamente os membros superiores e inferiores.
Resposta ativa ao
contato social
Fique à frente do bebê e converse com ele. Observe se ele responde com sorriso e emissão de
sons como se estivesse “conversando” com você. Pode pedir que a mãe/cuidador o faça.
Segura objetos
Ofereça um objeto tocando no dorso da mão ou dedos da criança. Essa deverá abrir as mãos
e segurar o objeto pelo menos por algunssegundos.
Emite sons Fique à frente da criança e converse com ela. Observe se ela emite sons (gugu, eeee etc.).
De bruços, levanta a
cabeça, apoiando-se
nos antebraços
Coloque a criança de bruços, em uma superfície firme. Chame sua atenção à frente com objetos
ou seu rosto e observe se ela levanta a cabeça apoiando-se nos antebraços.
Busca ativa
de objetos
Coloque um objeto ao alcance da criança (sobre a mesa ou na palma de sua mão) chamando
sua atenção para o mesmo. Observe se ela tenta alcançá-lo.
Leva objetos à boca Coloque um objeto na mão da criança e observe se ela o leva à boca.
Localiza o som
Faça um barulho suave (sino, chocalho etc.) próximo à orelha da criança e observe se ela vira
a cabeça em direção ao objeto que produziu o som. Repita no lado oposto.
Muda de posição
ativamente (rola)
Coloque a criança em superfície plana de barriga para cima. Incentive-a a virar para a posição
de bruços.
Brinca de
esconde-achou
Coloque-se à frente da criança e brinque de aparecer e desaparecer, atrás de um pano ou de
outra pessoa. Observe se a criança faz movimentos para procurá-lo quando desaparece, como
tentar puxar o pano ou olhar atrás da outra pessoa.
Transfere objetos de
uma mão para a outra
Ofereça um objeto para a criança segurar. Observe se ela o transfere de uma mão para outra.
Se não fizer, ofereça outro objeto e observe se ela transfere o primeiro para a outra mão.
Duplica sílabas
Observe se a criança fala “papa”, “dada”, “mama”. Se não o fizer, pergunte à mãe/cuidador
se ela o faz em casa.
Senta-se sem apoio
Coloque a criança em uma superfície firme, ofereça-lhe um objeto para ela segurar e observe
se ela fica sentada sem o apoio das mãos para equilibrar-se.
Imita gestos
Faça algum gesto conhecido pela criança como bater palmas ou dar tchau e observe se ela o
imita. Caso não o faça, peça à mãe/cuidador para estimulá-la.
Faz pinça
Coloque próximo à criança uma jujuba ou uma bolinha de papel. Chame a atenção da criança
para que ela o pegue. Observe se, ao pegá-la, ela usa o movimento de pinça, com qualquer parte
do polegar associado ao indicador.
Produz “jargão”
Observe se a criança produz uma conversação incompreensível consigo mesma, com você ou
com a mãe/cuidador (jargão). Caso não seja possível observar, pergunte se ela o faz em casa.
Anda com apoio Observe se a criança consegue dar alguns passos com apoio.
Fonte: Adaptado de: FIGUEIRAS, M.; 
HALPERN, R.; ARAÚJO, R. Manual de 
Crescimento do Ministério da Saúde (2002).
Nota: As áreas amarelas indicam as faixas 
de idade em que é esperado que a criança 
desenvolva as habilidades testadas.
Instrumento de Vigilância do Desenvolvimento
INSTRUMENTO DE VIGILÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DE 12 MESES A 3 ANOS
Registre na escala: P = marco presente A = marco ausente NV = marco não verificado Idade (meses)
Marcos do
desenvolvimento
Como pesquisar 1
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Mostra o que quer
A criança indica o que quer sem que seja pelo choro, podendo ser com palavras ou sons,
apontando ou estendendo a mão para alcançar. Considere a informação do acompanhante.
Coloca blocos
na caneca
Coloque 3 blocos e a caneca sobre a mesa, em frente à criança. Estimule-a a colocar os blocos
dentro da caneca, mediante demonstração e fala. Observe se a criança consegue colocar,
pelo menos, um bloco dentro da caneca e soltá-lo.
Fala uma palavra
Observe se, durante o atendimento, a criança diz, pelo menos, uma palavra que não seja nome
de membros da família ou de animais de estimação. Considere a informação do acompanhante.
Anda sem apoio Observe se a criança já anda bem, com bom equilíbrio, sem se apoiar.
Usa colher ou garfo
A criança usa colher ou garfo, derramando pouco fora da boca. Considere a informação
do acompanhante.
Constrói torre
de 2 cubos
Observe se a criança consegue colocar um cubo sobre o outro sem que ele caia ao retirar
sua mão.
Fala 3 palavras
Observe se, durante o atendimento, a criança diz pelo menos três palavras que não sejam nome
de membros da família ou de animais de estimação. Considere a informação do acompanhante.
Anda para trás Peça à criança para abrir uma porta ou gaveta e observe se dá dois passos para trás sem cair.
Tira a roupa
Observe se a criança é capaz de remover alguma peça do vestuário, tais como: sapatos que
exijam esforço para a sua remoção, casacos, calças ou camisetas. Considere a informação
do acompanhante.
Constrói torre
de 3 cubos
Observe se a criança consegue empilhar 3 cubos sem que eles caiam ao retirar a sua mão.
Aponta 2 figuras Observe se a criança é capaz de apontar 2 de um grupo de 5 figuras.
Chuta a bola Observe se a criança chuta a bola sem se apoiar em objetos.
Veste-se com
supervisão
Pergunte aos cuidadores se a criança é capaz de vestir alguma peça do vestiário, tais como:
cueca, meias, sapatos, casaco etc.
Constrói torres
de 6 cubos
Observe se a criança consegue empilhar 6 cubos sem que eles caiam ao retirar sua mão.
Fala frases com
2 palavras
Observe se a criança combina, pelo menos, 2 palavras formando uma frase com significado,
que indique uma ação. Considere a informação do acompanhante.
Pula com ambos
os pés
Observe se a criança pula com os dois pés, atingindo o chão ao mesmo tempo,
mas não necessariamente no mesmo lugar.
Brinca com
outras crianças
Pergunte ao acompanhante se a criança participa de brincadeiras com outras crianças
de sua idade.
Imita linha vertical
Observe, após demonstração, se a criança faz uma linha ou mais (no papel) de, pelo menos,
5 cm de comprimento.
Reconhece 2 ações
Observe se a criança aponta a figura de acordo com a ação, por exemplo: “quem mia?”,
“quem late?”, “quem fala?”, “quem galopa?”.
Arremessa
a bola
Observe se a criança arremessa a bola acima do braço.
Fonte: Adaptado de: FIGUEIRAS, M.; 
HALPERN, R.; ARAÚJO, R. Manual de 
Crescimento do Ministério da Saúde (2002).
Nota: As áreas amarelas indicam as faixas 
de idade em que é esperado que a criança 
desenvolva as habilidades testadas.
Avaliação do desenvolvimento: 
 Orientação para a tomada de decisão.
Dados da avaliação Impressão diagnóstica Conduta
 Perímetro cefálico < -2 escores z ou 
> +2 escores z, ou presença de 3 
ou mais alterações fenotípicas, ou 
ausência de 2 ou mais marcos para 
a faixa etária anterior.
PROVÁVEL ATRASO
NO DESENVOLVIMENTO
 Referir para avaliação
neuropsicomotora.
 Ausência de 1 ou mais marcos para 
a sua faixa etária.
ALERTA PARA O
DESENVOLVIMENTO
 Orientar a mãe/cuidador
sobre a estimulação da criança.
 Marcar retorno em 30 dias.
 Todos os marcos para a sua faixa 
etária estão presentes, mas 
existem 1 ou mais fatores de risco.
DESENVOLVIMENTO
ADEQUADO COM
FATORES DE RISCO
 Informar a mãe/cuidador sobre os 
sinais de alerta*.
 Todos os marcos para a sua
faixa etária estão presentes.
DESENVOLVIMENTO
ADEQUADO
 Elogiar a mãe/cuidador.
 Orientar a mãe/cuidador.
para que continue estimulando a 
criança.
 Retornar para acompanhamento
conforme a rotina do serviço de saúde.
 Informar a mãe/cuidador sobre os 
sinais de alerta*.
 Convido vocês a participarem do chat após a aula!
Convite para participação do chat
 BRASIL. Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Casa Civil, Presidência da República, DF, 13 jul. 1990. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 9 ago. 2022. 
 BRASIL. Lei n. 13.257, de 8 de março de 2016. Secretaria-Geral, Presidência da República, DF, 8 mar. 
2016. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm. Acesso em: 9 ago. 2022.
 BRASIL. Atenção à saúde do recém-nascido: guia para os profissionais de saúde: cuidados com o 
recém-nascido pré-termo. 2. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. v. 4. p. 61. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_saude_recem_nascido_profissionais_v4.pdf. Acesso 
em: 9 ago. 2022. 
 ORGANIZACAOPAN-AMERICANA DE SAUDE (OPAS). Manual para a vigilância do desenvolvimento 
infantil no contexto do AIDPI. Washington: OPAS, 2005.
 SOUZA, J. M.; VERISSIMO, M. L. O. R. Desenvolvimento infantil: 
analise de um novo conceito. Rev. Latino Americana de Enfermagem, 
Ribeirão Preto, v. 23, n. 6, p. 1.097-1.104, nov./dez. 2015. Disponível 
em: http://www.revistas.usp.br/rlae/article/view/108021/106364. Acesso 
em: 9 ago. 2022.
 UNICEF. Informe Anual da Unicef 2001. Genebra: Unicef, 2001. 
Disponível em: https://www.unicef.org/reports/annual-report-2001. 
Acesso em: 9 ago. 2022.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

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