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A PRÁTICA DOS ESTUDOS INTERNACIONAIS, AS LINHAS DE FORÇAS DA AÇÃO INTERNACIONAL NO BRASIL

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FACULDADE INTERNACIONAL SIGNORELLI
Pós-Graduação (EAD)
COMÉRCIO EXTERIOR E NEGÓCIOS INTERNACIONAIS
Economia Política e Internacional Contemporânea
Marvin Monteiro Nascimento Ferreira
RJ3180622001
A PRÁTICA DOS ESTUDOS INTERNACIONAIS, AS LINHAS DE FORÇAS DA AÇÃO INTERNACIONAL NO BRASIL E O MULTILATERALISMO POLÍTICO E ECONÔMICO.
Rio de Janeiro
2022
MARVIN MONTEIRO NASCIMENTO FERREIRA
A PRÁTICA DOS ESTUDOS INTERNACIONAIS, AS LINHAS DE FORÇAS DA AÇÃO INTERNACIONAL NO BRASIL E O MULTILATERALISMO POLÍTICO E ECONÔMICO.
Trabalho apresentado no
curso de pós-graduação
 da Faculdade 
Internacional Signorelli.
Orientadora: Simone Menezes
Buregio De Lima.
Rio de Janeiro
2022
No que se refere à Economia Política Internacional, podemos afirmar que desde o fim da Segunda Guerra Mundial e a formação da Organização Mundial do Comércio (OMC) em 1995, o mundo testemunhou o vigoroso renascimento do multilateralismo e do multilateralismo regional e cooperação econômica. Essa cooperação trouxe a interação da política para o cenário do comércio mundial, resultando em maior cooperação entre os estados para concessões de acesso a mercados. O sistema multilateral de comércio é em si um processo político, que se baseia em negociações e na aceitação de regras comerciais para governar o comportamento dos Estados em relação uns aos outros e abrir seus mercados às exportações uns dos outros por meio do processo de barganha. As instituições, inicialmente a Secretaria de Acordos Gerais de Tarifas e Comércio (GATT), e agora a OMC, fornecem as regras, facilitam as negociações e promovem a cooperação de forma mais geral. O comércio se expandiu tão rapidamente desde a Segunda Guerra Mundial, em grande parte porque os governos usaram o sistema de comércio multilateral para eliminar progressivamente as barreiras nacionais ao comércio internacional. A política do comércio internacional só pode ser compreendida através da compreensão da dinâmica política do sistema multilateral de comércio.
Implicações da economia política garantem que as negociações se concentrem na implementação de uma série de princípios universais para definir os incentivos corretos, que se concentram em boas práticas de governança e no estabelecimento de instituições transparentes de apoio ao comércio. Isso envolve simular incentivos para mudanças nas práticas de negócios ou construir confiança entre regimes comerciais, instituições comerciais e governos por meio de negociações concessionais sobre diferentes pacotes, incluindo acesso a mercados e negociação com regimes de trânsito para acesso a corredores de trânsito. Também se concentra em forjar acordos e parcerias mutuamente benéficos com as instituições interessadas, incluindo o apelo a reformas e intervenção política por parte dos governos, a fim de melhorar a estrutura política e econômica relativa ao comércio.
Os governos se preocupam com as consequências políticas e de eficiência das políticas comerciais. Modelos de negociação de economia política argumentam que os governos moldam sua política comercial não apenas em busca de eficiência econômica, mas também em relação às consequências políticas de sua seleção tarifária, a fim de evitar a subversão do interesse nacional que poderia resultar em conluio dentro do setor privado. Os governos negociam acordos comerciais com o objetivo de maximizar o bem-estar nacional e a eficiência de Pareto, que está sujeita à contínua restrição política sob a qual os governos operam, ou seja, a reeleição. Eles têm que responder às demandas dos cidadãos e das empresas que fornecem os votos e os fundos, respectivamente, para sua reeleição. Os governos negociarão políticas comerciais que maximizem uma soma ponderada das contribuições oferecidas por indivíduos e empresas, bem como sua probabilidade de reeleição. As tarifas são escolhidas para equilibrar a oferta e a demanda de proteção no mercado político, assim como os preços equilibram a demanda e a oferta no mercado de bens. Os governos precisam combater as influências de grupos de lobby setoriais e as preocupações de competitividade relacionadas, e equilibrar as perspectivas de negócios com considerações de economia política no interesse de promover o crescimento, a equidade e o emprego doméstico. Demandas por concessões tarifárias baseadas na influência política de grupos de interesse domésticos influenciam os resultados das negociações, que muitas vezes refletem o poder de lobby desses grupos.
Tudo isso tem ramificações importantes para a abordagem e estratégia de negociação. As negociações comerciais internacionais podem ter uma certa seriedade que pode ser aproveitada por eleitorados de mentalidade reformista para superar a resistência à liberalização por parte de interesses internos arraigados. Perspectivas de reformas voltadas para um melhor interesse do país, mas contestado por eleitorados domésticos politicamente poderosos, pode melhorar quando a pressão externa é aproveitada e exercida. As negociações comerciais também podem se tornar altamente politizadas no cenário doméstico, como ficou claro no Brasil no caso, por exemplo, do fechamento do acordo entre o Mercosul e a União Europeia que, desde 2012, decidiu-se reativar o processo de negociação, ainda com o retorno de consultas ao setor privado acerca de potenciais interesses ofensivos e defensivos em relação ao acordo que estava em negociação. Esse interesse em reavivar as discussões sobre a agenda comercial bilateral surge num momento em que, com a crise financeira e econômica internacional que vinha se desenvolvendo desde 2008, houve um aumento do uso de medidas de restrição ao comércio internacional e de proteção de setores domésticos nos mais diversos países, inclusive naqueles que formam o Mercosul e a UE.
Embora os acordos comerciais tenham um papel a desempenhar na consolidação e amortecimento das reformas domésticas da motivação política subsequente, as negociações também podem fazer com que os países recuem das reformas que poderiam realizar unilateralmente, uma vez que um único país pode estar mais disposto a liberalizar quando o faz em seus próprios termos, com o conhecimento de que, se o empurrão acontecer, eles podem reverter o cenário desejado.
Podemos concluir, portanto, que a cooperação e negociação internacional eficaz e sustentável se baseia em uma estrutura institucional previsível que incorpora um pré-compromisso dos governos com determinadas posições políticas. A política econômica internacional não deve tratar apenas da proteção comercial, pois o tratamento dos fluxos internacionais de capital e as políticas cambiais também exercem forte influência em seus resultados. De acordo com a OMC, os governos se envolvem em negociações comerciais para colher os benefícios do livre comércio para os consumidores e estão dispostos a oferecer acesso aos seus mercados para que seus exportadores se beneficiem em outros mercados livres. Existe uma série de decisões políticas e interesses especiais que controlam e impactam todos os aspectos dos acordos comerciais que estão sendo feitos. A política está no centro de todos os aspectos do comércio, tanto no nível doméstico quanto no internacional. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA, Armando J. D. (2013) Economia Internacional. Biblioteca Pearson
GILPIN, Robert. (2001) Global Political Economy: understanting the international economic order. New Jersey: Princeton University Press.
KRUGMAN,Paul R., OBSTFELD. Maurice. (2009) Economia Internacional. Biblioteca Pearson.
MCGINNIS, John O. (2000) "The Political Economy of Global Multilateralism," Chicago Journal of International Law: Vol. 1: No. 2, Article 17.
Disponível em: https://chicagounbound.uchicago.edu/cjil/vol1/iss2/17
SENHORAS, E. M. (2006). A economia política internacional entre o regionalismo e o multilateralismo. Carta Internacional, 1(2), 59–68. 
Disponível em: https://www.cartainternacional.abri.org.br/Carta/article/view/393

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