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CIRURGIAS ONCOLÓGICAS E RECONTRUTORAS IMPORTANTE · Realizar planejamento cirúrgico com diversas possibilidades · Não banalizar esses pacientes O QUE SÃO NEOPLASIAS? É o termo que designa alterações celulares que acarretam um crescimento exagerado destas células, ou seja, proliferação celular anormal, sem controle, autônoma, na qual reduzem ou perdem a capacidade de se diferencias, potencial angiogênese. · Neo = novo + plasia = formação PRINCIPAIS NEOPLASIAS EM CÃES E GATOS · Neoplasias cutâneas e subcutâneas- 70 a 50% · Neoplasias de mama – 50% · Mastocitomas – 7 a 21% · Sarcomas – 9 a 17% · Osteossarcomas – 5% (85% dos casos entre os tumores ósseos) · Neoplasias da cavidade oral – 6% (20% melanoma) · Neoplasias urogenitais - 1,5 a 2,5% · Neoplasias perineais · Lipoma · Linfoma QUESTIONAMENTOS: · O que eu estou tratando? Tem característica de metástase? Qual a via hematogena ou linfática? · Qual é o comportamento desta neoplasia? · É possível a obtenção da cura? · Qual a melhor técnica cirúrgica? · Quais são as outras alternativas de terapia? Quimioterapia, radioterapia, citorredução... · O animal irá ter qualidade de vida? · O tutor terá condições financeiras? Não propor algo que tutor não pode arcar, mas sempre dar opções para não negligenciar o caso. TRATAMENTO Cirúrgica: · Diagnóstico · Curativa · Paliativa ou citorredutora · Profilática: histórico genético · Reconstrutiva Quimioterapia: · Curativa · .... PLANEJAMENTO CIRÚRGICO PUNÇÃO ASPIRATIVA COM AGULHA FINA (PAAF) · Minimamente invasiva · Sensibilidade e especificidade citológica de 89% e 98%, respectivamente · Guiado por US, TC ou ECO · Possibilidade de realizar com agulha e aspiração ou vácuo BIÓPSIA COM AGULHA · Agulha de “Tru Cut” – agulha de disparo (imagem) · Nódulos ou órgãos sólidos · Sedação + bloqueio local · Histopatológico (1 a 2 mm) BIÓSPIA COM PUNCH · Anestesia: sedação + bloqueio local ou anestesia geral · Necessário cortar fragmento que o punch irá cortar para que o fragmento seja retirado BIÓPSIA INCISIONAL · Anestesia: sedação + bloqueio local ou anestesia geral · Mais invasiva · Complicações: hemorragia, infecção e deiscência de pontos · Utilizado caso biópsia aspirativa tenha resultado inconclusivo CIRURGIA EXCISIONAL · Remove neoformação com margem de segurança* para mandar para análise · Realizar PAAF antes para saber se é maligno ou benigno · Cirurgia curativa ou paliativa *Retirar com borda macroscopicamente normal em largura, comprimento e profundidade com mm a mais de segurança Estadiamento neoplásico (TNM) - Tamanho do tumor - Linfonodo comprometido - Metástase: raio x (3 projeções - laterolateral dos dois lados e ventro-dorsal), US e TC VIAS DE METÁSTASE Neoplasias epiteliais: · Carcinomas e adenocarcinomas -> preferencialmente via linfática Neoplasias mesenquimais: · Sarcomas -> preferencialmente via hematógena Neoplasias de células redondas/melanoma: · TVT, mastocitoma, linfoma, neoplasias de origem histiócito?, plasmocitoma -> via linfática/hematógena SLIDE ESTADIAMENTO (T, N, M) · Tamanho do tumor · Comprometimento dos linfonodos regionais (inspenção ,plapação, tamanho, cons? mobilidade SLIDE https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23894435/ TNM – TUMOR PRIMÁRIO T0: sem evidências de neoplasia T1: tumor <1 cm - não invasivo T2: tumor 1 a 3 cm - localmente invasivo T3: tumor > 3 cm ou evidência de ulceração ou invasão local (no tecido) TNM – LINFONODO N0: sem envolvimento linfático N1: linfonodo comprometido (chance de metástase) TNM - METÁSTASE M0: sem evidências de metástase M1: Metástase de para um órgão M2: Metástase para mais de um órgão PLANEJAMENTO CIRÚRGICO · Espécie, raça, histórico do paciente · Localização da formação · Conhecimento de anátomo-cirúrgico PRINCÍPIOS DA CIRURGIA ONCOLÓGICA · Assepsia · Direção da incisão · Margem de segurança de 2 a 3 cm em 3D: possibilidade de realizar congelamento e visualização das margens durante a cirurgia para não deixar células neoplásicas · Ligadura vascular - primeiro das veias e depois das artérias: para não soltar células tumorais na circulação) · Troca de luvas, panos de campo, compressas, instrumental · Lavar ferida cirúrgica: soro estéril aquecido · Evitar o uso de fios multifilamentados · Aproximação adequada do subcutâneo: para evitar formação de seroma e meio de cultura PLAJAMENTO CIRÚRGICO Slide REMOÇÃO DOS LINFONODOS SENTINELAS · Azul patente ou de metilênio: intradérmico ao redor do tumor · Metástase · Avaliação prognóstico · Angiogênese pode levar conteúdo de um linfonodo para outro IMAGEM – mapa linfonodos - questão de prova LINFADENECTOMIA · A linfadenectomia de forma aleatória induz a graves erros terapêuticos e prognósticos · Morbidades: linfadema, neuropatias, atrofias musculares, ombro dolorido, restrição dos movimentos do braço afetado, seroma, infecção · Tamanho, mobilidade e formação LINFONODO SENTINELA SLIDE Imagem · se não corar ou está indo para outro linfonodo ou não está metastizado Imagem, quaestão de prova – vental · M3, m3 e m5 tente a ir para os inguinais (NORMAL) · EM DOENÇA pode ter m4 deranando para axial por exemplo · SLIDE TÉCNICAS · Corantes vitais como azul patente V 2,5% · Dose (2mg/kg) · Regiões periauricular, sub..... SLIDE · Chance de anafilaxia, urina nas primeiras 24 hrs pode fixar de cor azul e esclera também (avisar tutor) · Mapeamento é fator prognóstico, para diagnosticar linfonodos que drenam aquele local, o correto é enviar linfonodo para histológico e verificar se há metástase, realizar quimioterapia para metástase IMPORTÃNCIA DO LINFONODO Slide CIRURGIA PALIATIVA · Slide CIRURGIA CURATIVA Mutilante: ex: amputação para melhorar qualidade de vida, pensar se animal tem afecção ortopédica e se irá conseguir se adaptar a 3 patas CIRURGIAS RECONTRUTIVAS Vároas técnicas Primeira image: Sacoma em gato: somente introdução de agulha pode gerar, não necessariament a vacina (sarcoma vacinal) ou medicação ONCOLOGIA - CAMILA CIRURGIA ONCOLÓGICA Ainda é a principal terapia no tratamento do câncer. Com exceções: linfomas, leucemias e mieloma múltiplo · Técnica cirúrgica minuciosa: cuidado para espalhar células neoplásicas e ocorrer recidiva · Resseção em bloco: todas camadas juntas (ex.: músculo, pele, serosa) · Margens de ressecção adequada: para saber margem de segurança e terapias adequadas para cada tumor · Operabilidade: conceito inerente ao paciente · Ressecabilidade: conceito inerente ao tumor (pode ser removido? De que forma pode ser removido? CIRURGIÃO ONCOLÓGICO · Conhecer a evolução da doença · Conhecer a fisiopatologia · Conhecimento profundo da anatomia · Capacidade de enxergar o procedimento cirúrgico como parte do processo de tratamento · Colocar o tratamento cirúrgico na melhor sequência (Realizar quimioterapia antes ou depois? Reduzir tumor com radioterapia?) PRINCIPIOS BÁSICOS NO TRATMANETO DO CÂNCER · Cura · Aumentar a sobrevida · Melhorar a qualidade de vida CIRURGIA ONCOLÓGICA Vantagens: · Pode ser curativa em casos de doença localizada · Não tem efeitos carcinogênicos (induzir a novos tumores) · Não causa resistência biológica · Avaliação local · Auxilia no estadiamento (localizada ou disseminada) · Maior chance de cura na primeira cirúrgia Desvantagens: · Não atua de forma específica em tecidos comprometidos, com aderência em outras estruturas ou ausência de margens de segurança · Riscos e morbidade · Pode levar à perda das funções orgânicas · Não curativa em casos de doenças metastáticas DIAGNÓSTICO TARDIO · Menores taxas de cura e sobrevida · Maior morbidade · Aumento dos custos Causas: · Ausência de sintomas · Falta de informação · Dificuldade de acesso ao tratamento · Despreparo do médico veterinário CANCER · Maior causa de morte em cães e gatos · Pacientes idosos são os mais acometidos · Quanto mais se vive _> maior a exposição aos agentes carcinogênicos do meio ambiente ou a combinação de fatores intrínsecos · Aumento de probabilidade do organismo acumular alterações moleculares responsáveis pela multiplicação celular desordenada · Tabaco, poluição,quimioterápicos são carcinogênicos CONCEITOS Neoplasia: novo crescimento, crescimento excede e não é coordenado com o tecido normal. Tumor: aumento de volume, não se restringe à neoplasia. Câncer: forma maligna de neoplasia. Hiperplasia: aumento do número de células. Hipertrofia: aumento do tamanho das células. Metaplasias: quando uma célula adulta, seja epitelial ou mesenquimal, é substituída por outra de outro tipo celular. NEOPLASIA: NOVO CRESICMETNO · Célula normal: equilíbrio entre proliferação celular, diferenciação e apoptose (morte celular programada) · Célula neoplásica: alteração entre proliferação, diferenciação e apoptose CÂNCER · Origem em uma única célula · Múltiplas mutações no DNA · Crescimento celular desordenado · Diminuição do apoptose · Capacidade de metástase NEOPLASIAS MAMARIAS Epidemiologia: Em cadelas: · Mais comum (aprox. 53% de todas as neoplasias · Média: 7-12 anos, raro em animas com menos de 4 anos · Literatura: 60% são malignos Em gatas: · 3 tumores mais comum · Média 10-12 anos · Mais de 80% são malignos, com alto ponto metastáticos Fatores de risco: Idade: · Meia idade a mais velhos · Tumores malignos x tumores benignos · Raças grandes x raças pequenas (células se multiplicam da mesma forma, mas mesmo tumor pode ter margem cirúrgica diferenciada dificultando em animais menores) Etiologia: Exposição hormonal: · OSH precoce (antes do 1 cio) · Efeito carcinogênico -> tumores em várias glândulas · Estrógenos e progestágenos exógenos (risco 2,3 vezes maior em cadelas e 3,4 veze maior em gatas) · Estrógeno e progesterona induzem o desenvolvimento e maturação da glândula mamaria · Efeito miogênico sobre o epitélio das glândulas, induzindo proliferação do epitélio ducto e desenvolvimento dos ductos e lóbulos -> crescimento da glândula mamária · Influência na carcinogênese · Em todo cio ocorre multiplicação de células e fisiologia hormonal do cio, nesse ciclo fisiológico pode ocorrer erro e causar produção de células neoplásicas (por isso castrar após o primeiro cio) Influência hormonal - cadelas: · Diminui com a OSH (expressão de estrógeno e progesterona) - cadelas · Prevenção de 99,5% antes do 1º cio · Prevenção de 92% após o 1º cio · Prevenção de 74% após o 2º cio · Aumenta a chance com o uso de contraceptivos Influência hormonal - gatas: · Diminui com a OSH · Prevenção de 91% antes dos 6 meses · Prevenção de 86% entre 7 – 12 meses · Prevenção de 11% entre 13 – 24 meses · Sem benefício após 2 anos · 85 – 95% são malignos (crescimento rápido, alta velocidade de proliferação e capacidade de fazer metástase em linfonodos regionais e à distância) · Exposição a hormônios ovarianos · Gatas intactas possuem 7 vezes mais risco que gatas castradas · Aumenta a chance com o uso de contraceptivos – 3,4x mais chance ANAMNESE · Há quanto tempo observou? · Crescimento lento ou rápido? · Medicações utilizadas? · Mastectomias/nodulectomias prévias? Histórico reprodutivo sempre: OSH, regularidade dos cios, número de partos (nulípara, primípara e plurípara), uso de anticoncepcionais (quantas vezes?), pseudociese EXAME FÍSICO · Localização: M1, M2, M3, M4 E M5 – uma ou ambas as cadeias · Quantos nódulos? Único x múltiplo? · 70% das cadeias inteiras possuem mais de um tumor no diagnóstico · Aderências? Aderidos x não aderidos · Ulceração? Ulcerados x não ulcerados · Secreção? Serosa/sanguinolenta/purulenta, tecido necrótico?, odor? · Consistência? Firme x macia x flutuante · Palpar todas as mamas: nódulos únicos, múltiplos (maioria) e mais de um nódulo na mesma mama · Avaliar linfonodos: tamanho e consistência · Avaliar cicatrizes anteriores INDICAÇÃO · Cadelas menores castrar após o 1º cio · Cadelas maiores castrar após 2º cio CITOLOGIA ASPIRATIVA - CAAF Lesões em pele na região de mama se benigno, único e pequeno é necessário diagnóstico diferencial para outras afecções além do mastocitoma. Auxilia a diferenciação de: · Processos inflamatório · Neoplasias benignas · Neoplasias malignas · Outras neoplasias · Avaliar linfonodos NEOPLASIAS MALIGNAS · Crescimento rápido e infiltrativo · Pode haver necrose e ulceração · Forma e volume variados · Pode ocorrer metástase METÁSTASE Cadelas: pode ocorrer metástase para pulmão, linfonodos, fígado, baço, pele e ossos. Gatos: metástases para pulmão e linfonodos. DRENAGEM LINFÁTICA O padrão de drenagem linfática existe desde não haja neoplasia, pois, tumor faz linfagiogênese. · M1, M2 e M3 drenam para o linfonodo axiliar · M4 e M5 drenam para o linfonodo inguinal · M3 e M4 têm drenagem linfática inconstante O linfonodo inguinal é retirado junto com a cadeia mamária, já o linfonodo axilar deve ser retirado separadamente. Neoplasias causam mudança no padrão de drenagem. O linfonodo sentinela é o primeiro linfonodo a receber a drenagem linfática do tumor. Nem sempre o linfonodo sentinela é o linfonodo regional. Linfonodo regional é o de habitual drenagem linfática, o linfonodo sentinela é pra onde está sendo drenado, mesmo em outra região (faz primeira drenagem). Observações: · Síndrome paraneolplasica: são alterações sistêmicas no paciente que são causadas pelas neoplasias · Para avaliar esses nódulos pode ser feito tomografia · Linfonodo metastático não necessariamente está aumentado LINFONODO SENTINELA Cadelas: · Sem metástase em linfonodo: 21% morrem em decorrência da doença · Com metástase em linfonodo: 86% morrem em decorrência da doença em menos de 2 anos Gatas: · Metástase em linfonodo é mais frequente que em cadelas · Com metástase em linfonodo: sobrevida menor que 9 meses EXAMES COMPLEMENTARES · Avaliação pré-operatória · Diagnóstico de síndromes paraneoplásicas · Hemograma completo · Perfil de coagulação · Perfil hepático: ALT, FA, albumina · Perfil renal: uréia, creatinina · Rastreamento de metástase: rx toráx (sempre 3 projeções)* · Ultrassom abdominal: fígado, baço e linfonodos abdominais · Rastreamento de metástase: tomografia computadorizada · CAAF (citologia por agulha fina): linfonodo regional e nódulos *Em raio x só aparecem nódulos maiores que 0,6 cm (informar tutor, nódulo pode evoluir). ESTADIAMENTO CLÍNICO – TNM Cadelas: Gatas: TRATAMENTO · Tratamento cirúrgico sempre, com exceção do carcinoma inflamatório · Escolha do procedimento de acordo com tamanho do tumor, número de nódulos, presença ou não de metástase e localização · Gatas: mastectomia radical/unilateral CARCINOMA INFLAMATÓRIO · Não tem indicação cirúrgica · Apresentação clínica única · Crescimento muito rápido · Envolvimento de linfonodos · Evolução agressiva · Metástase no diagnóstico · Acometimento de múltiplas glândulas + pele · Edema, eritema, dor · Linfedema membros · Literatura: 7,6% das neoplasias mamárias · Sem tipo histológico característico · Prognóstico desfavorável · Qualquer carcinoma pode virar inflamatório · Metástase linfonodos inguinais e ilíacos, pulmão... · Embolização em vasos linfáticos da derme · Primário · Pós-mastectomia anterior TRATAMENTO Tratamento paliativo: analgesia, eletroquimioterapia, quimioterapia (Doxorrubicina 30mg/m² ou 1mg/kg e Carboplatina 300mg/m²) e AINE – inibidores de COX-2 (Piroxicam 0,3mg/kg SID) TÉCNICAS CIRÚRGICAS · Tratamento de elição com exceção do carcinoma inflamatório · Pode ser curativa em alguns casos · Deve ser feita com margem de segurança DIAGBÓSTICO dele é descrito nos histopatológico como: · Tumores agressvos de grau 3 · Presença de embolos tumorais em casos linfáticos (carcinomatose linfática) ACOMPANHAMENTO Não acompanhar tumores peqeunos, quanto antes operar melhor TÉCINIAS - NODULEC · Nódulos com menos de 0.5cm CIRURGIA PALEATIVA: realizada em casos de tumroes unicos, grandes, regionais/locais INDICADO REALIZAR MASTEC BILATERAL EM GATAS pois é mais agressivo e unilateral em cadelas (em vez de realizar parcial – de 2 a 3 mamas) COMPLICAÇÕES · Hemorreagia: artérias para realizar ligadura · Edema de membros pélivicos pode ocorrer IQH - imunohistoquímica MASTOCITOMA - APRESENTAÇÃO Nódulos arrendondados roseos, avermelhados, com prurido Não administrar muit corticoidepois pode deixar animal pode ficar resistente a droga e dificultar trtamanteo Em mastocitomas de grau alto aplicar anti-histaminico antes de realiazar citologia se não pode granular e espalhar células tumorais MASTOCITOMA – CIRURGIA Margem de um plano profundo abaixo · Pedir margens oara biposia (profunda ou não, tamanho da marge ou bordas) para não deixar que bipopsia de falso negativo CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS · Lesão de carcinoma “in situ” - está localizado e não ultrapassou a varreira basal ( não faz metástase)
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