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FACULDADE CENSUPEG PROJETO INOVADOR PROFISSIONAL DE APRENDIZAGEM ANA CLAUDIA ARNDT IASMIM LEIZA BELINO FERNANDES LETÍCIA BEIER JOINVILLE 2022 ANA CLAUDIA ARNDT IASMIM LEIZA BELINO FERNANDES LETÍCIA BEIER A DIVERSIDADE NA APRENDIZAGEM Trabalho de Graduação apresentado como requisito para a disciplina de Projeto Inovador Profissional de Aprendizagem do curso de Licenciatura em Pedagogia, na Faculdade CENSUPEG. Orientadora: Catia Regina Pereira Cardoso JOINVILLE 2022 3 “A diversidade garante que crianças possam sonhar, sem colocar fronteiras ou barreiras para o futuro e os sonhos delas.” - Malala Yousafzai 4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 5 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................... 6 CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 10 REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 11 5 1 INTRODUÇÃO O Presente trabalho busca solucionar os problemas que causam a maior dificuldade de uma criança, aluno, nos dias de hoje no âmbito escolar, sobre a acessibilidade e Inclusão de deficientes físicos e portadores de deficiência. Visando também um olhar mais amplo na acessibilidade em geral nas escolas, garantindo assim através da legislação o direito às pessoas portadoras de necessidades especiais. Entender a forma como se processa a inclusão de pessoas com deficiência na rede regular de ensino, diante de uma sociedade que ainda necessita vencer preconceitos, reavaliar valores, buscar novas referências e indicadores diante de uma educação para todos. Toda pessoa com deficiência, seja ela qual for (física, intelectual, visual, auditiva), tem direito à igualdade de oportunidades asseguradas. A rede regular de ensino deve oferecer educação especial para qualquer aluno com deficiência. Cada escola possui suas características, que estão influenciadas pelas mais diferentes identidades de seus alunos. Num mundo globalizado como nos dias de hoje, onde todos reivindicam seus direitos, chega também nas escolas, não há como ficar distante disso. Dá para concordar que a inclusão de deficientes físicos e portadores de deficiência nas escolas é importante. Palavras-chave: Inclusão. Cadeirante. Acessibilidade. 6 2 DESENVOLVIMENTO A inclusão de deficientes físicos ou portadores de deficiência nas escolas é importante. Respeitando as diferenças, a inclusão social é um movimento de educação para todos. A inclusão garantida por lei ainda está longe de ser de fato, uma realidade. Muitos locais ainda não contam com as adaptações necessárias para atender públicos tão diversificados. Nesse sentido, é importante buscar melhorias o quanto antes para que a inclusão escolar se torne uma realidade comum. No artigo 29, do DECRETO N° 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999, que Regulamenta a Lei n° 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências, dispõe que: “As escolas e instituições de educação profissional oferecerão se necessário, serviços de apoio especializado para atender às peculiaridades da pessoa portadora de deficiência, tais como: I - adaptação dos recursos instrucionais: material pedagógico, equipamento e currículo; II - capacitação dos recursos humanos: professores, instrutores e profissionais especializados; “ Um direito, este, que o cadeirante possui, mas quase sempre não usufrui, porque na prática são atendidos por profissionais não preparados para auxiliá-los, e no momento do recreio, por exemplo, ficam à mercê dos colegas ou dos profissionais sem a menor capacitação, sem conseguir participar das atividades recreativas que geralmente são brincadeiras de correr ou com bolas. A inclusão ganhou força com a Declaração de Salamanca, que se constitui em um importante documento sobre princípios, políticas e práticas relativos às necessidades especiais, resultou da Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, realizada na Espanha em 1994, e, segundo Abenhaim (2005), dentre outras questões, proclama que "as pessoas com necessidades educativas especiais devem ter acesso às escolas comuns que deverão integrá- las numa pedagogia centralizada na criança, capaz de atender a essas necessidades" (p.43). 7 As pessoas com deficiência geralmente não frequentam locais públicos por falta de acessibilidade. Nas escolas não é diferente, conseguimos enxergar a importância da realização de adaptações necessárias para um bom funcionamento como comodidade e segurança para os educandos são evidente que ainda falta estrutura para atender a diversidade, os exemplos são: É na escola onde as dificuldades começam a aparecer de fato, um local onde em teoria deveria estar capacitado e apropriado a receber os alunos portadores de necessidades especiais. Porém nem sempre isso acontece, um exemplo a ser citada, uma escola de educação básica comporta um grande número de alunos, dentro desse os quais cerca de 10% precisa de atendimento especializado, auxilio e adaptações em conteúdo em sala já que o aprendizado do aluno é sempre o foco. Mas sabemos que nem sempre isso acontece pois os educadores tem sucumbido ao comodismo e deixando, infelizmente, por assim dizer excluídos. Sabendo que a escola tem um número elevado de alunos que precisam de suporte, vamos forca em dois em questão, dois alunos cadeirantes, ambos utilizam de um mesmo meio de locomoção, porém com suas particularidades e necessidades de adaptações. O aluno P., é aluno de um 8° ano, ele necessita de auxílio para locomoção dentro dos ambientes da escola, logo seu intelecto não é prejudicado de forma intensa, precisa de mais tempo para realizá-las apenas, assim participa das aulas dentro de sala copiando, realizando as propostas. Mas por que falarmos dele? Porque a escola deve estar capacitada com profissionais que busquem incluir a todos de modo mais igualitário possível, já que a própria sociedade em si busca isso, logo aulas externas o aluno P. não participa ou aprende algo, ficando apenas a observar seus colegas. Além de faltar algumas rampas para acessos simples do cotidiano escolar, sendo assim sempre é necessário erguer as rodinhas dianteiras para um melhor acesso. A outra aluna que também dispõe do uso de cadeira de rodas é a aluna S., essa aluna tem paralisia cerebral, logo ela depende totalmente de uma professora para auxiliar em tudo, alimenta-la, higiene, locomoção, e na realização das atividades escolares. Dentro de sala a professora regente de turma tem que adaptar as atividades para que a mesma participe com a turma, mas suas propostas devem ser sensoriais e sonoras para que ela sesinta incluída e aprenda a seu modo, e também se sinta à vontade. Ela adora músicas, principalmente a da Dona Aranha esboçando sorrisos quando ouve. Além disso há um acordo com a família em relação a alimentação dela, quando a merenda escolar é sólida, a mão sempre manda comida para que não fiquem sem comer. Não podemos esquecer que a parceria com as famílias é de fundamental importância para a vida escola do aluno, desse modo a família pode cobrar ou colaborar para uma educação mais acessível e aceitável. 8 Desse modo cabe aos profissionais da educação buscar estratégias que busquem trabalhar a diversidade e inclusão dentro da escola. Pois a falta de conhecimento causa em medo, resultando em preconceito, desigualdade, intolerância em diversas áreas, etc. Para ajudar nesse contexto, colaborando e facilitando o trabalho em sala, uma dica para trabalhar diversidade de modo abrangente pode ser trazer um filme que acesse toda a faixa etária escolar, um exemplo é o filme/animação DIA E NOITE, dirigida por Teddy Newton e produzido pelos estúdios DISNEY PIXAR, trazendo de forma bem ilustrada o ponto de vista ajustado da diversidade. Os personagens Dia e Noite, primeiramente se estranham e se enfrentam por conta de suas diferenças. Mas logo eles se fascinam pelas características que não possuem como: o Dia descobre as estrelas e a Noite se fascinam pelo calor da praia. Conhecendo os dias atuais e as dificuldades que os profissionais enfrentam dentro de sala, é uma ótima opção de aplicabilidade, afim de atingir a todos que trarão seus pontos de vista e divergências. Assim conhecendo o outro estimulará o conhecimento e a vivenciar o modo de o outro ser. A Criança tem dificuldade de aprendizagem quando não consegue assimilar o conteúdo, mesmo após diversas explicações do professor e dos pais. É importante olhar para o aluno e para qual é sua barreira real. Nesse caso, não existem culpados, nem a criança, nem os pais e nem a escola, mas todos devem tomar a responsabilidade para resolver a questão. É praticamente impossível incluir um aluno com deficiência numa classe regular sem questionar métodos de avaliação, processos de aceitação dos alunos na escola, conceitos sobre o que é normalidade/anormalidade. Segundo Forest e Pearpoint (1997), inclusão não significa apenas colocar uma criança com deficiência na sala de aula ou na escola regular. O papel da escola vai muito além de apenas passar conteúdo. É preciso abraçar o aluno como indivíduo integral. Quando há dificuldades de aprendizado em sala de aula, todos devem agir para oferecer sustento ao estudante. Juntos, pais, escola e especialistas podem auxiliar a criança a contornar esse obstáculo. Dispondo de um monitor, o trabalho docente fica mais eficiente. Como uma turma tem muitos alunos, algumas vezes o professor não consegue prestar o apoio necessário para o aluno com dificuldades. Nesses casos, o papel do monitor é necessário. Ele dará suporte para o aluno enquanto a aula segue seu curso normal. Os pais devem ser participativos na educação. Eles e o professor são peças-chave na identificação das dificuldades do estudante, pois estão diretamente com a criança e podem perceber mais facilmente os obstáculos na aprendizagem. Quando identificar algum problema, o docente deve comunicar à coordenação para que entre em contato com os responsáveis. https://novosalunos.com.br/a-importancia-da-colaboracao-e-participacao-dos-pais-na-escola/ 9 Vigotski (1997), por outro lado, vê potencialidade e capacidade nas pessoas com deficiência, mas entende que, para estas poderem desenvolvê-las, devem ser-lhes oferecidas condições materiais e instrumentais adequadas. Para o autor, não é a deficiência em si, no que tange ao seu aspecto biológico, que atua por si mesma, e sim, o conjunto de relações que o indivíduo estabelece com o outro e com a sociedade, por conta de tal deficiência. Com isso, deve-se oferecer a tais pessoas uma educação que lhes oportunize a apropriação da cultura histórica e socialmente construída, para melhores possibilidades de desenvolvimento. Além de oferecer o apoio de uma equipe qualificada e contar com a participação dos pais, a escola pode tomar outras medidas. O professor deve incentivar em sala de aula para que o rótulo de “deficiente” ou “insuficiente” seja removido. A criança que enfrenta mais dificuldades certamente é competente. Porque, mesmo com seus obstáculos, ela está determinada a aprender. E é isso que a escola deve facilitar. Envolver os demais alunos também é uma boa forma de garantir a interação da turma. Dessa forma, a criança não se sente excluída da sua turma e pode contar com o apoio dos outros colegas. O professor também deve adaptar sua metodologia de ensino para suprir essas barreiras enfrentadas. Trazer atividades diferenciadas, como jogos, atividades lúdicas e aparatos tecnológicos é uma forma de fazer isso. Os professores do ensino regular apontam como principais dificuldades e impasses gerados pelo atual modelo de inclusão: a eficácia da metodologia aplicada; a falta de recursos e de infra-estrutura; as péssimas condições de trabalho; as jornadas de trabalhos excessivas; os limites da formação profissional; o número elevado de alunos por sala de aula; os prédios mal conservados; o despreparo para ensinar seus alunos. Na Resolução n°4 de 02 de outubro de 2009, Institui Diretrizes Operacionais para o atendimento Educacional Especializado na Educação Básica Modalidade Educação Especial. Foi aprovado o Projeto de Lei 7699/06, que cria a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, com a previsão de diversas garantias e direitos às pessoas nessa condição. É classificada como pessoa com deficiência aquela que tem impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual, ou sensorial que podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. A educação especial, lugar para onde é encaminhada a criança que não se adaptam à escola regular, é, no Brasil, marcada por políticas sociais e educacionais que apresentam um véis assistencialista bastante forte. https://www.sebsa.com.br/ https://novosalunos.com.br/a-importancia-do-uso-de-jogos-no-aprendizado-para-as-novas-geracoes/ 10 A criança com deficiência física não pode estar em um mundo à parte para desenvolver habilidades motoras. É preciso que ela receba os benefícios tecnológicos e de reabilitação em constante interação com o ambiente ao qual ela pertence. É muito mais significativo à criança desenvolver habilidades de fala se ela tem com quem se comunicar. Da mesma forma, é mais significativo desenvolver habilidade de andar se para ela está garantido o seu direito de ir e vir. O ambiente escolar é para qualquer criança o espaço por natureza de interação de uns com os outros. É nesse espaço que nos vemos motivados a estabelecer comunicação, a sentir a necessidade de se locomover, entre outras habilidades que nos fazem pertencer ao gênero humano. O aprendizado de habilidades ganha muito mais sentido quando a criança está imersa em um ambiente compartilhado que permite o convívio e a participação. A inclusão escolar é a oportunidade para que de fato a criança com deficiência física não esteja à parte, realizando atividades meramente condicionadas e sem sentido. TODA CRIANÇA IMPORTA. 11 2 CONCLUSÃO Mesmo a nossa população tendo uma porcentagem muito alta de pessoas portadoras de necessidade especiais, e infelizmente sabemos que apesar dos dias atuais e das leis que o nosso país tem, as escolas recebem pouco apoio e permanecem sem modificação adequada para receberem os alunos com necessidades especiais. A constituição fala que todas as escolas tem que ser adaptada, mas as escolas não tem verbas o suficiente. A falta de verbas é uma das causasmais comuns, nossos governadores são incapazes de ajudar as escolas na estrutura para o acesso dos alunos cadeirantes, pois as mudanças são em todos os cômodos da escola e não apenas na pavimentação. Para que haja uma educação de qualidade, nada como um professor que recebe seu público estudantil com qualidade e aceitação. O professor necessita de todo o conhecimento especializado, e sempre se manter atualizado e buscando informações. Cada deficiência tem suas particularidades, mesmo que ela seja múltipla, o cadeirante precisará de espaço adequado para sua locomoção, atenção muitas vezes maior de seu professor, e, para tanto o professor que estiver em sala um aluno especial antes de tudo com sua aceitação deve ter também amor, carinho, respeito, buscando envolvê-lo respeitando suas limitações e sempre incluindo nas tarefas do dia a dia. Algumas tarefas exigem do professor um esforço maior, pois já cabe uma classe lotada de crianças e ainda um em especial que necessite dele a maior atenção, e para tanto o professor procura trabalhar de forma harmoniosa e com eficácia buscando a construção do conhecimento com a participação de todos no processo educativo. 12 REFERÊNCIAS Pensador Malala Yousafzai. – Disponível em: https://www.pensador.com Acesso em 03/04/2022. http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/lei10098.pdf Acesso em 23/04/2022. VIGOTSKI, L.S. Obras escogidas V: Fundamentos de defectología. Madrid: Visor Distribuciones, 1997. https://www.deficienteciente.com.br/deficiencia-e-questao-do_06.html Acesso em 07/05/2022. DECRETO Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999, ART 29 – Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htm> Acesso em 09/05/2022. http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf Acesso em 09/05/2022. http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/lei10098.pdf https://www.deficienteciente.com.br/deficiencia-e-questao-do_06.html http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf
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