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APG 2 – HAS OBJETIVOS: 1. Compreender a fisiopatologia da HAS e seus valores de referência; 1.1 Como do corpo tenta regular uma HAS; 1.2 Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento da HAS; 2. Entender como ocorre o remodelamento cardíaco e a ICC em casos de HAS; 2.1 Qual a importância de aderir o tratamento em casos de HAS; fisiopatologia da HAS - Condição prolongada de elevação da pressão arterial; - Fator de risco primário para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares; etiologia e patogênese hipertensão primária - Condição desenvolvida por fatores de risco não modificáveis, como idade, sexo, raça, histórico familiar e genética; - Hábitos de vida; fatores de risco não modificaveis - Mais comum em adultos devidos ao enrijecimento das paredes arteriais (pressão sistólica) e diminuição da capacidade renal de excretar sódio; - Atualmente crianças e adolescentes possuem uma maior incidência de HAS primaria devido a obesidade e diabetes mellitus; - A incidência torna-se maior em pessoas afrodescendentes e mulheres, no entanto a prevalência é maior em homens; - 50% das HAS ocorrem por influência genética e histórico familiar; no entanto não está comumente relacionada sozinha a alta incidência; fatores de risco modificaveis - Dieta, níveis de lipídios séricos, consumo de tabaco e álcool, nível de condicionamento físico e atividades, sobrepeso/obesidade e controle glicêmico no diabetes melito; - As vias que normalmente são prejudicadas pelo estilo de vida incluem: sistema renina-angiotensina-aldosterona, alterações dos mecanismos dos peptídeos natriuréticos, ativação do SNS e alteração da função das células endoteliais; - O sal é um dos principais fatores ligados a alimentação já que humanos são sensíveis ou resistentes ao sal, o que desencadeia o aumento da pressão para maior eliminação renal; - A ingestão de gorduras e colesterol também contribui pelo processo de dislipidemia (condição em que se forma placas de gordura nos vasos o que aumenta a pressão sanguínea pelo aumento da resistência); Níveis baixos de HDL possui um maior risco para a HAS - O uso de tabaco pode condicionar aterosclerose por processos inflamatórios, mas ainda não há um processo causal bem definido; - O consumo elevado de álcool é responsável por 10% dos casos de hipertensão (o consumo moderado demonstra o oposto); - O hábito de realizar atividade física mantem níveis pressóricos e séricos baixos e diminui o risco de doenças cardiovasculares; - Pessoas com obesidade central (cintura-quadril) possuem maior risco de desenvolvimento de HAS já que causa mais resistência à insulina, intolerância à glicose, dislipidemia, hipertensão e doença renal crônica do que a gordura subcutânea; leptina: hormonio liberado pelo tecido adiposo que age diretamente no hipotálamo ativando o sns; angitensinogênio liberado pelos adipocitos e sua capacidade de aumenatr os niveis de aldosterona é capaz de ativar o sistema raa - Apneia obstrutiva do sono influencia diretamente na queda normal da pressão devido a interrupção continua do ciclo circadiano noturno; manifestações clínicas - Assintomático; - Sintomas estão associados a uma condição de longo prazo e efeitos em órgãos-alvo (coração, rins, olhos e vasos sanguíneos); hipertensão secundária - Elevação da pressão arterial em consequência de outra condição patológica; - Pode ser corrigida com cirurgia ou tratamento clinico; - Maior acometimento em pessoas abaixo de 30 e maiores de 50 anos; fatores de risco - Principais causas: Cocaína, anfetaminas e outras drogas ilícitas; agentes simpaticomiméticos (descongestionantes, anorexígenos), a eritropoetina e o alcaçuz (incluindo alguns tipos de tabaco para mascar contendo alcaçuz como um dos ingredientes). Entre as causas mais comuns de hipertensão, estão a doença renal (i. e., hipertensão renovascular), os distúrbios dos hormônios corticais suprarrenais, o feocromocitoma, a coarctação da aorta e o uso de anticoncepcionais orais. doença renal - Maior causa de hipertensão secundaria; - Principais consequências: diminuição do volume urinário, retenção de sais e agua e hipertensão; - É comumente associada a pielonefrite crônica, doença renal policística, nefropatia diabética e doença renal terminal; - Em idosos: o inicio repentino de hipertensão secundaria está normalmente associada a doença aterosclerótica nos vasos renais (liberação excessiva de renina); 1. displasia fibromuscular: afeta as artérias renais e seus ramos, mais comum em mulheres com habito tabagista; 2. estenose aterosclerótica: mais comum em idosos; disturbios dos hormonios adrenocorticais - Retenção de sal; - Pode ser causado por: Doença de Cushing (níveis excessivos de glicocorticoides) e hiperaldosteronismo primário (produção excessiva de aldosterona que gera um adenoma); feocromocitoma - Tumor no tecido cromafínico responsável pela produção de catecolaminas; - Pode estar presente na medula renal e em gânglios simpáticos; coarctação da aorta - Estreitamento do arco aórtico com aumento da pressão no ventrículo direito; - Pressão alta nos membros superiores e baixa ou normal nos membros inferiores; - Pode ser corrigido cirurgicamente; anticoncepcionais orais - Causa mais comum de hipertensão em mulheres jovens; - Retenção de sódio devido ao estrogênio e progesterona; - Corrigida com a interrupção do uso. MANIFESTAÇÕES CLINICAS - Sintomas estão associados a uma condição de longo prazo e efeitos em órgãos-alvo (coração, rins, olhos e vasos sanguíneos) e sintomas relacionados a condição patológica primária que ocasionou a hipertensão secundária; emergencia hipertensiva - Elevações acentuadas e súbitas da pressão arterial; - Maiores que 180/120 mmHg; - Lesão aguda de órgãos-alvo: Acidente vascular encefálico isquêmico, encefalopatia hipertensiva, isquemia cardíaca e hemorragia retiniana; classificação has na gestação, crianças e idosos gestação - O aumento da pressão arterial materna dificulta a perfusão placentária; · Pré-eclampsia: acredita-se que é ocasionada por uma diminuição do fluxo placentário que desencadeia uma disfunção endotelial em todos os vasos sanguíneos do corpo e fatores adicionais como genética, perturbações no sistema renina-angiotensina e possíveis fatores antiangiogênicos; - Hipertensão, com pressão arterial sistólica ≥ 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica ≥ 90 mmHg - Trombocitopenia, com contagens de plaquetas ≤ 100.000 mℓ - Comprometimento da função hepática, refletida por uma elevação das transaminases hepáticas (até o dobro dos níveis normais) - Insuficiência renal de início recente, evidenciada por elevação dos níveis de creatinina para ≥ 1,1 mg/dℓ ou o dobro dos níveis normais - Edema pulmonar - Distúrbios visuais ou cerebrais (ambos com início recente). complicaçoes podem ocasionar: hipoperfusão de órgãos vitais, coagulação intravascular disseminada (CID), hemorragia cerebral, insuficiência hepática e insuficiência renal aguda · Eclampsia: fase marcada por convulsões e problemas neurológicos e síndrome HELLP, um fenômeno de risco à vida caracterizado pela combinação de hemólise, elevação de enzimas hepáticas e contagem baixa de plaquetas; · Hipertensão gestacional: pode se normalizar após o parto ou se desenvolver em um estágio crônico; crianças - Aumento da prevalência de hipertensão primária em decorrência doa hábitos de vida e obesidade infantil; - Hipertensão secundária é a mais comum em lactantes e crianças; idosos - O enrijecimento das artérias de grande calibre (substituição das fibras de elastinas por fibras de colágeno), em particular da aorta; a diminuição da sensibilidade dos barorreceptores; o aumento da RVP; e a diminuição do fluxo sanguíneo renal; - Elevação da pressão sistólica e diminuição ou normalidade da diastólica; importancia de aderir ao tratamento - HAS sem tratamento pode levar a diversos quadros cardiovasculares, como cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca, acidente vascular encefálico isquêmico, doença arterial periférica, aneurisma aórtico, doença vascular renal, retinopatia (leva a cegueira) e disfunção sexual;- Diminuir a morbidade e mortalidade que está relacionada diretamente com a lesão de órgãos-alvo; - Evitar casos de demência e comprometimento cognitivo pela hipoperfusão, perda da autorregulação do fluxo sanguíneo e comprometimento da barreira hematoencefálica, finalmente levando à desmielinização da substância branca (alterações que permanecem irreversíveis sem o tratamento adequado); remodelamento cardíaco e ICC - Ocorre devido a necessidade do ventrículo esquerdo de bombear com mais força para vencer a alta pressão arterial; - Hipertrofia das paredes internas para gerar mais força; - O ICC ocorre pela diminuição do débito cardíaco pela diminuição do volume interno da câmara; - Pode ocasionar: cardiopatia coronariana, arritmias cardíacas, morte súbita e insuficiência cardíaca congestiva; referencias Norris, T. L. Porth - Fisiopatologia. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2021. 9788527737876. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737876/. Acesso em: 07 Aug 2022
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