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Transtornos de personalidade - RESUMO

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Transtornos deTranstornos de
personalidadepersonalidade
 Referências: DALGALARRONDO.
Psicopatologia e semiologia dos
transtornos mentais. Cap. 25
Começam a surgir no final da infância e adolescência
e, no período adulto, costumam estar configurados.
Tendem a permanecer ao longo da vida, a ser
relativamente constantes no ciclo vital, com
atenuação de alguns traços apenas na velhice. Assim,
o padrão anormal de comportamento é persistente e
consideravelmente estável.
Manifestam um conjunto amplo de comportamentos 
 assim como reações afetivas e cognitivas que são
desarmônicas, envolvendo vários aspectos da vida e
da experiência. Assim, o padrão anormal de
experiências não é restrito a apenas a uma área do
psiquismo.
 O psicopatólogo alemão Kurt Schneider estudou
intensamente os TPs, por ele chamados de
“personalidades anormais ou psicopáticas”, e influenciou
toda a psiquiatria, até os tempos atuais. 
 Schneider concebia as personalidades anormais como
desvios estatísticos de uma norma mediana estimada.
Isso incluía pessoas com personalidades anormais tanto
no sentido negativo (com muitas dificuldades e problemas
pessoais e interpessoais) como no sentido positivo, ou
seja, pessoas muito criativas, sagazes e produtivas.
 As personalidades anormais relevantes para a
psiquiatria seriam as chamadas personalidades
psicopáticas, que incluiriam as pessoas cuja anormalidade
de personalidade lhes faria sofrer e causaria sofrimento à
sociedade. É importante frisar que, para Schneider, as
personalidades anormais, inclusive as psicopáticas, não
são doenças mentais (que para ele deveriam ter substrato
corporal conhecido ou suposto); são apenas variações de
normas populacionais.
 Os TPs, embora de modo geral produzem consequências
muito penosas para o indivíduo e as pessoas próximas, não
são facilmente modificáveis por meio das experiências da
vida (não aprende com a experiência). Além disso, embora
muitas vezes o indivíduo com TP não reconheça suas
dificuldades e problemas comportamentais e emocionais,
padece de limitações em sua vida.
 Segundo as classificações atuais de transtornos mentais,
a Classificação internacional de doenças e problemas
relacionados à saúde (CID-11) e o DSM5, os TPs são
definidos pelas seguintes características:
O padrão comportamental é mal-adaptativo, produz
uma série de dificuldades para o indivíduo e/ou para as
pessoas que com ele convivem. 
São condições, de modo geral, não relacionadas
diretamente a lesão cerebral evidente ou a outro
transtorno psiquiátrico. 
O TP leva a diferentes graus de sofrimento (solidão,
sensação de fracasso pessoal, dificuldades nos
relacionamentos, vividos com amargura, dor psíquica). 
Em geral, o TP contribui para pior desempenho
ocupacional (no trabalho, nos estudos, etc.) e social
(com familiares, amigos, colegas de trabalho ou
estudo). Entretanto, tal desempenho precário não é
condição obrigatória.
Estudos realizados nas últimas décadas, com
seguimento de grupos de indivíduos com TP, têm
identificado algumas mudanças relacionadas ao
envelhecimento. Nos TPs do Grupo B, pode haver certa
atenuação; sobretudo a impulsividade e a instabilidade
afetiva podem diminuir de intensidade. Já os TPs dos
Grupos A e C parecem revelar menor mudança com a
idade, tendendo a ser mais estáveis.
Classificações atuais
 Segundo o DSM-5, os TPs podem ser agrupados em três
grandes subgrupos com semelhanças descritivas. Padrão
A, esquisitos e ou desconfiados; Padrão B, instáveis ou
manipuladores e Padrão C ansiosos e controladores. 
 Um dos principais problemas de todo o capítulo de TP é
que tais transtornos se sobrepõem muito frequentemente,
uns com os outros. Assim, pessoas que preenchem
critérios para um TP com muita frequência também
preenchem critério para outro (ou outros). É a chamada
coocorrência de diagnósticos de TP e limitação da validade
discriminativa de tais categorias. 
 Outra questão bastante problemática com essa área de
diagnósticos é que, em muitas diretrizes, critérios
específicos, há marcante presença de elementos
valorativos, com implicações morais ou moralizantes.

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