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Núcleo de Educação a Distância
GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO
Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino
PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.
O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para 
a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.
O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por 
fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.
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Prezado(a) Pós-Graduando(a),
Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!
Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança 
em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se 
decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as 
suas expectativas.
A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma 
nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-
dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a 
ascensão social e econômica da população de um país.
Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-
de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. 
Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas 
pessoais e profissionais.
Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são 
outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-
ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver 
um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-
ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo 
importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-
rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de 
ensino.
E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) 
nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. 
Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos 
conhecimentos.
Um abraço,
Grupo Prominas - Educação e Tecnologia
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Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!
É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha 
é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-
sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é 
você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-
rança, disciplina e organização. 
Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como 
as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua 
preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo 
foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de 
qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.
Estude bastante e um grande abraço!
Professor: Mauro C. Rezende
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O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao 
longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-
nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela 
conhecimento.
Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes 
importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-
formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao 
seu sucesso profisisional.
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O entendimento de aspectos saudáveis ou patológicos do 
neurodesenvolvimento, bem como o refinamento do entendimento 
sobre o comportamento humano, tem ocupado cada dia mais pes-
quisadores nos centros de pesquisa ao redor do mundo. Por certo, 
mesmo com todo esse movimento ainda é limitado o entendimento 
científico sobre como se organiza o sistema nervoso humano e o por 
que em algumas crianças se inscrevem os transtornos psiquiátricos. 
Vale lembrar que alguns transtornos, principalmente os de aprendiza-
gem, só vão ser evidenciados quando a criança chegar à idade esco-
lar formal, perdendo-se um tempo precioso para intervir e minimizar 
as consequências danosas às crianças, bem como para a família e a 
sociedade, de modo geral. Alguns transtornos psiquiátricos na infân-
cia e adolescência trazem grandes prejuízos para o desenvolvimento 
desses sujeitos. Conhecer algumas características desses transtornos 
e compreender a lógica da semiologia desses transtornos, é relevante 
para o aprimoramento profissional, social e cívico de quem está envol-
vido com esse público.
Neurodesenvolvimento. Transtorno Psiquiátrico. Semiologia. Transtornos
Ansiosos e Somáticos.
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 CAPÍTULO 01
ASPECTOS CLÍNICOS DOS TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS DA IN-
FÂNCIA E DA ADOLESCÊNCIA
Apresentação do Módulo ______________________________________ 11
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39
Transtornos do Neurodesenvolvimento _________________________
Transtorno de Ansiedade Generalizada _________________________
 CAPÍTULO 02
TRANSTORNO DE ANSIEDADE E DE SOMATIZAÇÃO NA INFÂNCIA 
E ADOLESCÊNCIA
Transtorno de Ansiedade de Separação _________________________ 37
32Recapitulando ________________________________________________
Transtorno Obsessivo-Compulsivo ______________________________ 44
41Fobia Social e Transtorno de Ansiedade Social __________________
Recapitulando _________________________________________________ 51
 CAPÍTULO 03
SEMIOLOGIA PSICOPEDAGÓGICA, NEUROPEDIÁTRICA E PSICOLÓ-
GICA
Semiologia Neuropediátrica __________________________________ 54
Semiologia Psicopedagógica __________________________________ 56
Síndrome de Tourette __________________________________________ 47
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Semiologia Neuropediátrica _____________________________________ 58
Semiologia Psicológica _________________________________________ 62
Recapitulando __________________________________________________ 68
Considerações Finais ____________________________________________ 72
Fechando a Unidade ____________________________________________ 73
Referências _____________________________________________________ 77
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O conhecimento sobre os aspectos saudáveis ou patológicos 
do neurodesenvolvimento humano, bem como o entendimento do com-
portamento humano, tem ocupado cada dia mais pesquisadores nos 
centros de pesquisa. Por certo é limitado o entendimento científico so-
bre como é organizado o sistema nervoso humano e o por que algumas 
crianças e adolescentes desenvolvem transtornos psiquiátricos. Vale 
lembrar que alguns transtornos, infelizmente, só vão ser evidenciados 
quando a criança chegar à idade escolar formal, ou seja, perdeu-se um 
tempo precioso para intervire minimizar as consequências danosas, 
tanto para a criança ou adolescente, quanto à família e à sociedade. 
Dessa forma, é importante admitir que, antes da inserção dos sujeitos 
no ambiente escolar, muitas vezes, inabilidades sequer são observa-
das, e outras vão se estruturar exatamente pela inabilidade dos pais 
ou responsáveis, em lidar com as particularidades do neurodesenvolvi-
mento do sistema nervoso dessas crianças e adolescentes.
Nosso sistema nervoso vai se estruturando, a partir do nasci-
mento, e por meio de uma série de estímulos e respostas, a criança vai 
aprendendo sobre ele próprio o mundo a sua volta. E é nesse processo de 
desenvolvimento que alguns dos transtorno psiquiátricos são instaurados.
Nessa unidade será feita a apresentação de alguns dos transtor-
nos do desenvolvimento, assim como algumas características mais cari-
caturadas de cada um, para que profissionais das áreas Neuro-Psi este-
jam com seu olhar clínico mais refinado e apto a captar nuances quanto 
à “forma” como está estruturado na criança, as facilidades e dificuldades 
para socialização, a emissão de comportamentos assertivos, como se dá 
o desenvolvimento da autonomia e a habilidade de orquestrar as ativi-
dades da vida diária. Essas dimensões são potenciais norteadores para 
propor diagnóstico e delinear estratégias mais interessantes para atuar, 
respeitando os limites e possibilidades da criança. Para tal, são utilizados 
referenciais mundiais sobre a identificação de alguns dos diagnósticos do 
neurodesenvolvimento, do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtor-
nos Mentais da American Psychiatric Association - DSM-5- .
Posteriormente, são apresentados alguns transtornos que têm 
impacto direto no humor, como: a ansiedade e a somatização em crian-
ças e adolescentes, que cada dia estão ficando mais prevalentes nessa 
população. Intencionalmente com destaque para alguns quadros como: 
a ansiedade de separação que é muito comum aparecer nos primeiros 
dia de aula, mas que, são necessários alguns critérios semiológicos es-
pecíficos para que o profissional consiga identificar o que é considerado 
normal ou patológico, analisando todo um contexto. Já na ansiedade 
generalizada, alguns sinais são destacados para delinear o transtorno e 
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ampliar a visão do profissional para além do contexto escolar, atingindo 
a família da criança e do adolescentes e a sociedade. 
Cada aspecto ressaltado anteriormente, tem como foco refinar 
a aptidão profissional em levantar uma hipótese diagnóstica mais con-
dizente com o caso, e para tal, a semiologia tem um importante papel. 
Pois, ela ajuda a destacar alguns elementos estruturantes de patologias 
e suas peculiaridades em relação aos múltiplos olhares sintomatológi-
cos dos transtornos psiquiátricos, sob um ponto de vista pedagógico, o 
psicopedagógico, do neuropediatra e psicológico, que em conjunto, so-
mam forças para estabelecer a tratativa mais adequada para lidar com 
portadores de transtorno psiquiátrico. 
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TRANSTORNOS DE NEURODESENVOLVIMENTO
Segundo Boarati e Pantano (2016), os transtornos do neuro-
desenvolvimento são um conjunto de características comportamentais 
bem similares, cuja a espinha dorsal é estarem presentes desde o início 
do desenvolvimento da criança. Todavia, algumas alterações patológi-
cas são identificadas, apesar de já estarem instauradas nas crianças, 
quando alguma habilidade específica é requisitada, como por exem-
plo, a identificação de um transtorno de aprendizagem é mais evidente 
quando se faz a entrada na escola formal. Portanto, ao diagnosticar 
algum transtorno dessa categoria, é importante observar como se deu 
o processo de desenvolvimento da criança antes da entrada na escola.
O impacto no refinamento das habilidades essenciais para o neu-
ASPECTOS CLÍNICOS DO
NEURODESENVOLVIMENTO
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rodesenvolvimento varia de acordo com a gravidade de cada diagnóstico. 
Algumas crianças podem apresentar maiores dificuldades na socialização, 
no comportamento, na autonomia ou em realizar as atividades da vida diá-
ria (AVD), sendo importante o suporte e estímulos individualizados concer-
nentes a cada uma dessas limitações (Boarati & Pantano, 2016).
Tendo como base o Manual Diagnóstico e Estatístico de Trans-
tornos Mentais da American Psychiatric Association mais conhecido no 
Brasil como DSM, que atualmente está na sua quinta edição, apresen-
ta seis diagnósticos distintos dos transtornos do neurodesenvolvimento 
que são (Boarati & Pantano, 2016):
- transtorno do desenvolvimento intelectual (Deficiência inte-
lectual)
- transtorno do espectro autista (TEA)
- transtornos motores do desenvolvimento
- transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)
- transtornos de linguagem 
- transtornos específicos de linguagem
As múltiplas formas de realizar abordagens diagnósticas que 
englobem os transtornos do neurodesenvolvimento carecem de ter um 
fio condutor a observação pormenorizada de vários profissionais ligados 
as abordagens específicas do desenvolvimento humano, bem como de 
outros profissionais como neuropediatras, neurologistas, psiquiatrias, 
psicólogos, pedagogos, dentre outros. Isso ocorre devido a uma mirí-
ade de sinais e sintomas que os transtornos do desenvolvimento apre-
sentam. Esses sinais mostram ter um impacto diretamente proporcional 
sobre a gravidade do caso, crianças e adolescentes que apresentam 
diversos sinais e sintomas, podem indicar um provável quadro de co-
morbidades (Boarati & Pantano, 2016).
Tais condições comórbidas ressaltam a importância de se pen-
sar o diagnóstico e intervenção precoces, ou seja, quanto mais cedo 
for elaborado um diagnóstico correto, melhores resultados poderão ser 
alcançados com a intervenção. Uma outra questão importante quanto 
ao diagnóstico é a presença de uma grande variedade de condições 
que estão ligadas ao aparecimento desses transtornos como os fatores 
biológicos individuais (genético, agentes pré e pós natais), nutricionais, 
bem como das questões emocionais e ambientais, que precisam ser 
levadas em conta ao lidar com o tratamento de crianças e adolescentes 
(Boarati & Pantano, 2016). 
De acordo com Boarati e Pantano (2016) o tratamento deve sem-
pre ser encarado como uma tarefa que exige esforços dos vários atores 
envolvidos com esse público, do próprio paciente, dos pais, professores e 
vários outros profissionais. De forma bem sucinta, os autores estabelecem 
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um foco diretivo para lidar com esses casos, para eles, no tratamento:
O foco sempre será a estimulação sobre as deficiências presentes e o desen-
volvimento de habilidades globais (p. ex., linguagem, motricidade, aprendiza-
gem, regulação emocional e comportamental, autonomia etc.) e, frequente-
mente, os resultados são observados após longo período de investimento.
Uma outra importante característica do tratamento é a necessi-
dade de se fazer constantes reavaliações do processo, para que o pla-
nejamento terapêutico apresente os melhores resultados, ou seja, assim 
que existe a assimilação de uma habilidade mais básica na criança, ir rea-
daptando as intervenções para que outras aptidões mais refinadas sejam 
consolidadas. Portanto, a troca de informações entre os atores é uma fer-
ramenta importante para a potencialização do tratamento, caso contrário,ações propositivas podem perder eficácia sem uma rede de sustentabilida-
de para que a nova habilidade seja consolidada (Boarati & Pantano, 2016). 
Em casos de déficit intelectual o foco sempre será a esti-
mulação sobre as deficiências presentes e o desenvolvimento de 
habilidades globais (p. ex., linguagem, motricidade, aprendizagem, 
regulação emocional e comportamental, autonomia etc.), e, fre-
quentemente, os resultados são observados após longo período 
de investimento.
Deficiências Intelectuais
A deficiência intelectual DI, é um transtorno caracterizado pela 
presença de déficits ou prejuízos nas aptidões mentais genéricas, como 
por exemplo: o raciocínio coerente, a solução de problemas, o plane-
jamento de ações assertivas, o pensamento abstrato, a capacidade de 
senso crítico. Existe também prejuízos na função adaptativa do sujeito 
à vida diária, bem como no desenvolvimento da independência social e 
ocupacional (Carniel et al., 2018). 
Ainda sobre as limitações da DI, os pacientes mostram rebai-
xamento nas habilidade para assumir responsabilidades sociais, quan-
do são comparadas a outras crianças na mesma faixa etária, classe 
social e cultural. Pacientes com essa deficiência alcançam nos testes 
padronizados de quociente intelectual QI, scores inferiores a 70 pontos. 
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O diagnóstico de DI é feito por meio de uma avaliação combinatória de 
quatro grupos etiológicos: biomédicos, comportamentais, sociais e edu-
cacionais (Boarati & Pantano, 2016; Carniel et al., 2018). 
Quando 01 – Critérios diagnóstico segundo o DSM-5 para o diagnóstico de 
deficiência intelectual.
Fonte: DSM-05
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De acordo com Boarati e Pantano (2016), as deficiências liga-
das ao funcionamento adaptativo das crianças avaliam o grau de fun-
cionalidade que os indivíduos possuem em relação a sua faixa etária e 
envolve três dimensões distintas: conceitual, social e prático. Cada uma 
dessas dimensões requer diferentes habilidades, que aos se relaciona-
rem, complementam assertivamente o funcionamento mais global do 
sujeito. Observe o quadro abaixo:
Quadro 02 - Domínios do funcionamento global
Fonte: Boarati et al., 2016
Ainda segundo Boarati e Pantano (2016), a deficiência intelectual 
pode apresentar ligação com outros quadros comórbidos, como os trans-
tornos do humor, transtorno desafiador opositor, inabilidade social, dentre 
outros. O que traz um impacto negativo importante para o tratamento e que 
não pode ser deixado de lado no período de investigação de transtornos 
em crianças e adolescentes. Por exemplo, nos casos onde é diagnosticado 
o mutismo seletivo, a criança é apta a se expressar adequadamente por 
meio de palavras, mas que em ambiente escolar, não se expressa, e com 
isso, interfere no processo de aprendizagem, pois, podem não falar suas 
dúvidas ou confirmar entendimento de um tema específico. 
É necessário ser trabalhado também com os responsáveis das 
crianças e adolescentes, melhoria nas habilidades parentais de reforça-
mento adequado, de instrução assertiva para as crianças, da estimulação 
precoce e ensinar técnicas de manejo comportamental com destaque na 
habilidade dos pais ou responsáveis de fornecerem reforço positivo de 
comportamentos adequados, de forma correta (Boarati e Pantano, 2016).
Mutismo seletivo
Fonte: ARAÚJO, Álvaro Cabral; NETO, Francisco Lotufo. 
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A nova classificação americana para os transtornos mentais– o 
DSM-5. Revista brasileira de terapia comportamental e cognitiva, v. 
16, n. 1, p. 67-82, 2014.
Transtorno Espectro Autista
De acordo com Ribeiro, Freitas e Olivia-Teles (2013) o trans-
torno do espectro autista TEA é caracterizado por perturbações nos pa-
drões de interação social recíproca de gravidade variável. Utiliza-se a 
denominação “Espectro” para se abarcar uma gama imensa de inefici-
ência sem expressar atitudes sociais adequadas ao estar frente a situa-
ções comportamentais de interação,que seja necessário a utilização de 
habilidade de comunicação. 
No TEA, para Boarati e Pantano (2016), os sintomas são dis-
tribuídos em uma tríade de alterações: da comunicação como citado 
anteriormente, na sociabilidade e de comportamentos estereotipados. 
A prevalência do TEA é altamente variável, meninos apresentam quatro 
vezes mais chances de apresentar o transtorno. Entretanto, as meninas 
com TEA apresentam maior comprometimento cognitivo e menor com-
prometimento social quando comparado com os meninos. 
Estudos neurológicos e neuropsiquiátricos têm demonstrado 
que sujeitos com TEA apresentam atraso mental, coordenação motora 
comprometida, comportamento obsessivo compulsivo e a presença de 
comportamentos auto prejudiciais (bater com a cabeça, arrancar cabe-
los, beliscar-se), bem com padrões de eletroencefalografia alterada ou 
a presença de epilepsia (Ribeiro, Freitas & Olivia-Teles, 2013). 
Estudos em imagiologia demonstram que em 90% dos casos, 
os pacientes apresentam maior volume do córtex e volume superior na 
região das amígdalas e no cerebelo. Esses pacientes apresentam tam-
bém um comprometimento na comunicação não verbal, ou seja, suas 
posturas e expressões gestuais não são adequadamente interpretadas 
por outros interlocutores. Os pacientes apresentam também limitação 
em fazer leituras faciais, manter contato visual restrito e também quan-
do o fazem, é realizado de forma inadequada, por vezes, mostrando 
entonação de fala e postura comportamental incompatível ao contex-
to, aspectos que comprometem de forma intensa a soiciabilidade das 
crianças e adolescentes com TEA (Ribeiro, Freitas e Olivia-Teles, 2013; 
Boarati & Pantano 2016).
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Quadro 03 - DSM-5 Critérios diagnósticos espectro autista
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Fonte: Boarati et al., 2016
Os sintomas do TEA ocorrem desde muito cedo, frequente-
mente antes dos três anos, devido a pouco contato visual com os 
cuidadores, sensibilidade aguçada a sons, cheiros e cores; a tratativa 
com crianças com TEA é bem complexa e exige uma aprofundamento 
e conhecimento sobre o tema para que os pais sejam bons agentes e 
contribuem com as repostas de intervenção com as crianças.
Fonte: MARQUES, M. H.; DIXE, M. dos A. R. Crianças e jo-
vens autistas: impacto na dinâmica familiar e pessoal de seus pais. 
Archivesof Clinical Psychiatry, v. 38, n. 2, p. 66-70, 2011.
Boarati & Pantano (2016) salientam que pacientes com TEA:
Alguns casos apresentam sinais que podem ser observados logo nos pri-
meiros meses de vida, como a ausência de sinais de apego, contato visu-
al, ausência do desenvolvimento da linguagem do bebê (como balbuciar ou 
imitar sons) ou atraso da fala. As crianças não acompanham com a cabeça 
e o olhar o afastamento da mãe e também não apresentam postura antecipa-
tória, como esticar os braços para serem pegas por um adulto de confiança. 
Entretanto, casos mais leves sem o comprometimento da fala e sem movi-
mentos estereotipados podem passar despercebidos por muitos anos, mas 
tornam-se evidentes no início da vida escolar, quando a interação com os 
pares da mesma faixa etária impõe a necessidade de habilidades sociais e 
comunicativas que a criança não possui e não desenvolverá naturalmente.
Pacientes com TEA mostrammuita dificuldade para lidar com 
mudança de rotina, mesmo as mais simples como mudanças de horá-
rios. Tendem a mostrar hiper ou hiporreatividade a estímulos sensoriais 
como sons altos, luzes intensas ou odores fortes; para Boarati e Panta-
no (2016) "muitas crianças se irritam com determinados sons agudos ou 
demonstram fascinação extrema por luzes e cores”. 
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Estudos neurológicos e neuropsiquiátricos têm demonstra-
do que nos sujeitos com TEA apresentam atraso mental, coorde-
nação comprometida, comportamento obsessivo compulsivo e au-
to-prejudicial (bater com a cabeça, arrancar cabelos, beliscar) bem 
com padrões de eletroencefalografia alterada ou epilepsia. Estudos 
em imagiologia demonstram que em 90% dos casos apresenta maior 
volume do córtex e volume superior na região das amígdalas e no 
cerebelo. Esses pacientes tem também comprometimento na comu-
nicação não verbal, ou seja, posturas e gestos não são adequada-
mente interpretados. Apresentam limitação em fazer leituras faciais, 
tem contato visual restrito e inadequado, por vezes mostrando ento-
nação de fala e postura comportamental incompatível ao contexto.
Transtorno de Linguagem
Existe muita discussão ainda em relação a classificação dos 
transtornos de linguagem, no que tange às características envolvidas. A 
aptidão para criar símbolos e signos é vista como uma habilidade ligada 
ao neurodesenvolvimento humano. Portanto, para se comunicar, o homem 
necessita utilizar um sistema simbólico dos signos compartilhados por um 
grupo específico, que é denominada Linguagem (Boarati & Pantano, 2016). 
Quanto à utilização da linguagem, existem aspectos caractero-
lógicos ligadas à forma de emissão da mensagem, que pode ser: oral 
(emissão oral e recepção auditiva), escrita (envolve aspectos de controle 
motor voluntário e recepção visual), gestual, musical dentre outras. Es-
sas formas servem para expressar sensações, informações, sentimen-
tos e com isso, tecer uma extensa rede de dados que se combinados 
adequadamente e interpretados corretamente, formam a comunicação 
eficiente em um determinado contexto social (Boarati & Pantano, 2016).
De acordo com Muskat e Mello (2009), na aquisição da linguagem 
existe o envolvimento de quatro sistemas interdependentes, que são:
- Fonológico: ligado à produção e percepção dos sons para 
formas palavras. Compreendendo as regiões corticais do lobo fronto-
-temporal.
- Pragmático: relacionado ao uso adequado da linguagem em 
determinados contextos, ligado a como a mensagem precisa ser adap-
tada e situações sociais bem específicas (comunicar com pessoas co-
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nhecidas e com pessoas desconhecidas, exige uma maior polidez ou 
refino para que a comunicação seja adequada). Ligado ao córtex pré-
-frontal, aproximadamente nas áreas opercular, orbital e triangular, no 
hemisfério esquerdo na maioria da população.
- Semântico: atribuído ao significado das palavras. Envolvendo 
áreas corticais temporo-parietal, próximos às áreas do giro angular e 
supramarginal no lobo temporal, a conhecida área de Wernicke.
 - Morfológico ou gramatical: combinação das regras sintáticas 
para elaborar frases compreensíveis. 
A linguagem ainda possui uma característica bem singular, 
ela é entendida como uma estrutura de base filogenética, mas que se 
adapta constantemente por questões ontogenéticas. Conforme Muskat 
e Mello (2009) destacam:
A linguagem é a atividade humana de maior plasticidade e também a de 
maior ambiguidade, subjetividade, fazendo a ponte entre a percepção media-
da pelos sentidos, e a experiência simbólica integrada pela memória e o pen-
samento. Se antes do desenvolvimento da linguagem verbal o pensamento 
traduz-se em fragmentos sensório motores, carregados de emocionalidade, 
com a mediação da linguagem, este proto-pensamento transcende a níveis 
mais complexos de abstração e metacognição.
Segundo Ribeiro(2003), por muitos anos as pesquisas na área 
da aprendizagem centravam-se nas capacidades cognitivas e nos as-
pectos motivacionais como pontos cruciais para o bom desempenho 
em aprendizagem. Entretanto, novas descobertas das áreas do neuro-
desenvolvimento identificaram outras categorias que estão envolvidas 
na aprendizagem, como os processos metacognitivos que, segundo os 
autores, “coordenam as aptidões cognitivas envolvidas na memória, lei-
tura, compreensão de textos”. O autor aponta que:
[...] em termos de realização escolar, para além da utilização de estratégias, 
é importante o conhecimento sobre quando e como utilizá-las, sobre a sua 
utilidade, eficácia e oportunidade. A este conhecimento, bem como à faculda-
de de planificar, de dirigir a compreensão e de avaliar o que foi aprendido [...].
Metacognição é também entendida sobre o conhecimento 
sobre o conhecimento, que envolve aspectos ligados à tomada de 
consciência dos processos e competências essenciais para reali-
zar adequadamente uma determinada tarefa.
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Fonte: RIBEIRO, C. Metacognição: um apoio ao processo 
de aprendizagem. Psicologia: reflexão e crítica, v. 16, n. 1, p. 109-
116, 2003.
Para Boarati & Pantano (2016) o diagnóstico adequado para 
os transtornos de linguagem precisa ser feito utilizando inventários pa-
dronizados, levando em conta a história clínica, a observação direta da 
compreensão e a produção da linguagem nas crianças e adolescentes.
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH
O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento cujo o diag-
nóstico é predominantemente clínico. O paciente apresenta sinais de 
comprometimento comportamental diante de situações do dia a dia e a 
presença de sintomas de desatenção, hiperatividade e impulsividade. A 
prevalência desse transtorno é cerca de 5% das crianças, com um des-
taque maior sobre a presença de índice mais acentuado de desatenção. 
E esta é uma condição que persistirá ao longo da vida da criança e do 
adolescente. A medida que o tempo passa, a presença de impulsividade 
tende a diminuir na maioria dos casos, mas a desatenção tende a per-
manecer mais constante (Boarati & Pantano, 2016).
Fundamentalmente nesse transtorno é preciso que haja prejuízo 
significativo no funcionamento global e no desenvolvimento e que os sin-
tomas se manifestem em pelo menos dois ambientes. Portanto, a escola 
é um desses locais sobremaneira relevante (Boarati & Pantano, 2016).
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Quadro 04 Critérios diagnósticos para o TDAH
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Fonte: Boarati et al (2015)
É Importante ressaltar que o não diagnóstico ou tratamento equi-
vocado aumentam as chances do aparecimento de comorbidades psiqui-
átricas, de problemas associados ao uso abusivo de substâncias ilícitas e 
problemas de comportamento disruptivo (Boarati & Pantano, 2016).
Transtorno Específico de Aprendizagem 
O diagnóstico do transtorno específico de aprendizagem na 
criança e adolescente é definido pela presença de prejuízos significati-
vos na leitura. Nesse quadro, existem falhas no processo de decodifica-
ção da escrita decorrente por vezes, pela presença de falhas na veloci-
dade, na fluência ou na compreensão da leitura. Um ponto relevante é 
que a dificuldade é persistente mesmo com a escolarização adequada. 
De acordo com Boarati & Pantano (2016):
O transtorno de aprendizagem é considerado específico, uma vez que não 
pode ser atribuído a fatores externos,como questões econômicas, sociais ou 
educacionais, transtorno do desenvolvimento intelectual e transtornos mo-
tores ou deficiências visual ou auditiva. O diagnóstico só pode ser realizado 
após a entrada da criança na educação formal. Nos anos escolares, é co-
mum a presença de transtornos atencionais, de linguagem ou de habilidades 
motoras. O componente familiar deve ser considerado nesses transtornos. 
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- Dislexia: Transtorno da Linguagem Escrita
Rota e Pedroso (2015) ao estudarem os transtornos de apren-
dizagem, mais especificamente a dislexia, encontram falas de dois 
grandes expoentes da sociedade moderna que mesmo disléxicos, são 
referências mundiais de inteligência e articulação das ideias, que foram: 
Winston Churchill e Albert Einstein, que disseram respectivamente: 
Fui totalmente desestimulado em meus dias de escola. E nada é mais de-
sencorajador do que ser marginalizado em sala de aula, o que nos leva a 
sentirmo-nos inferiores em nossa origem humana.
Quando leio, somente escuto o que estou lendo e sou incapaz de lembrar da 
imagem visual da palavra escrita
Muitos autores investigaram essa complexa entidade nosoló-
gica – Dislexia- que é restrita a uma inabilidade do sujeito em realizar a 
leitura ou escrita de forma coerente e organizada. Pacientes com esse 
transtorno, de acordo com Bryant e Bradley como citado por Rotta e 
Pedroso (2015) ressaltaram que crianças disléxicas apresentam déficits 
significativos quando estão na fase de aprender a ler e escrever. Toda-
via, mesmo com essa dificuldade, possuem nível intelectual dentro da 
média, ou até superior a outras crianças da mesma idade; elas apresen-
tam também aptidão para reter a atenção e memorização de conteúdos 
verbais adequadamente, não apresentam deficiência visual ou auditiva, 
não apresentarem deficiência neurológica ou física significativa. Na ver-
dade estudos apontam que essa dificuldade está ligada a uma deficiên-
cia no componente fonológico da linguagem (Rotta & Pedroso, 2015).
De acordo com Rotta e Pedrosos (2015), como a dislexia apre-
senta um comprometimento na leitura, faz-se necessário definir esse 
termo, nas palavras deles:
Leitura de forma ampla, é entendida como interpretação de qualquer sinal 
que, chegando aos órgãos dos sentidos, conduza o pensamento a outra si-
tuação além dele próprio. A leitura [...], refere-se à interpretação de sinais 
gráficos que uma comunidade convencionou utilizar para substituir os sinais 
linguísticos da fala, ou seja, quando se trata de substituir, pela fala ou men-
talmente, um conjunto de sinais gráficos que formam palavras.
De acordo com a Associação Internacional de Dislexia, ele é 
um transtorno específico do aprendizado com origem neurobiológica. 
No DSM-5, essa origem biológica ocorre por meio da interação de fato-
res: genéticos, epigenéticos e ambientais. Muito embora o diagnóstico 
preciso de dislexia seja de caráter clínico-neurológico, psicopedagógico 
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e fonoaudiólogo, em alguns casos é necessário a utilização de exames 
complementares. Com destaque para os novos métodos de imagiologia 
que permitem a avaliação das regiões corticais e dos padrões de ativa-
ção neuronal via tarefas cognitivas complexas (Rotta & Pedroso, 2015).
Quanto aos achados de imagiologia foram encontradas pistas 
sobre o entendimento do funcionamento cortical “anormal” em pacien-
tes disléxicos. Exames de ressonância magnética funcional RNMf por 
exemplo, mostraram que pacientes disléxicos tem uma menor ativação 
cortical na região do giro angular (área de Wernicke) e uma ação com-
pensatória de ativação mais intensa da área do giro frontal inferior es-
querdo (área de Broca) (Rotta & Pedroso, 2015).
Um outro aspecto relevante é que os neurônios em pacientes 
disléxicos são em média menores em algumas áreas do cérebro (ex.: 
tálamo) quando comparados a outras crianças da mesma idade e não 
disléxicas; mostram ainda alterações na cito arquitetura do tálamo e 
do córtex temporal e do cerebelo. Essas condições podem ter como 
origem, possíveis “agressões” no tecido neural em estágios iniciais do 
desenvolvimento (Rotta & Pedroso, 2015). 
- Áreas Responsáveis pela Leitura no Cérebro
Dados têm mostrado que o processamento da linguagem envolve 
a ativação da área temporal esquerda, bem como das regiões parietais es-
querda, incluindo os giros angular e supramarginal (área de Wernicke). Na 
região do córtex frontal, nota-se a ativação do giro frontal inferior (área de 
Broca), do giro pré-frontal dorsolateral e o giro orbital. Já no lobo temporal 
destaca-se e giro temporal superior e médio. Quanto ao lobo parietal uma 
maior ativação nas regiões extra estriada (Rotta & Pedroso, 2015).
Assim sendo, em períodos de avaliação diagnóstica é importan-
te questionar sobre os períodos pré-peri e pós-natal, bem como sobre o 
desenvolvimento neuropsicomotor ou de antecedentes mórbidos. Um ou-
tro aspecto importante a ser investigado é a respeito da noção de esque-
ma corporal, mais precisamente se a criança tem ou não problemas de 
lateralidade; pois, quando está presente tal dificuldade, pode ser uma das 
razões para a inversão das letras em disléxicos. Enfim, todas as funções 
corticais superiores devem ser investigadas, considerando nos exames 
as gnosias, praxias, atenção e memória (Rotta & Pedroso, 2015).
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- Prevalência da Dislexia
A prevalência desse transtorno é considerada alta. O DSM-5 
apresenta incidência entre 5 a 15 % de crianças na idade escolar. No 
Brasil, de acordo com Silva e Pedroso como citado por Rotta e Pedroso 
(2015) foi identificado 12,1% das crianças em idade escolar, utilizando 
nas análises estatísticas o intervalo de confiança de 95% entre 7,4 e 
19%. Em relação a gênero, estudos apontam ser maior em meninos, 
que em meninas (Rotta & Pedroso,215).
Intervalo de confiança
Ao realizar trabalhos de pesquisa, mesmo utilizando os 
melhores desenhos metodológicos e possível que haja erro de 
amostragem de forma aleatória. A margem de erro é a distância da 
estatística estimada para cada valor de intervalo de confiança.
Fonte: suporte minitab
Disponível em: https://support.minitab.com/pt-br/mini-
tab/18/help-and-how-to/statistics/basic-statistics/supporting-topi-
cs/basics/what-is-a-confidence-interval/
Acesso em: 03/19
- Classificação da Dislexia
Segundo Rotta e Pedroso (2015), dentre as várias formas de 
classificar a dislexia, a que tem maior consenso nos centros de pesqui-
sa dizem respeito a percepções e as memória visuais ou auditivas que 
estão relacionados a três formas: memória auditiva pobre e visual boa, 
memória visual boa e auditiva pobre e com déficits em ambas.
Questões diagnósticas precisam levar em consideração as 
premissas do DSM-5, que apresentam uma divisão de quatro critérios 
descritos no quadro abaixo:
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Quadro 05- Critérios diagnósticos DSM-5 (Rotta & Pedroso, 2015)
Fonte: DSM-5; Rotta e Pedroso (2015)
Ainda sobre as limitações da Dislexia, Rotta e Pedroso (2015) 
destacam que as crianças e adolescentes podem apresentar em suas 
produções acadêmicas:
- Leitura e escrita sem a compreensão correta;
- inversão de letras em relação a orientação espacial (invertem 
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o p/q; b/d);
- mostram desordem de letras com sons semelhantes (b/p; d/t; g/j);
- Fazem mudanças em palavras ou sílabas (prato/grto;lata/tala);
- Fazem substituições de palavras com estrutura semelhante 
(grato/quadro);
- Fazem adição ou supressão de letras ou de sílabas (caalo/
cavalo; vela/bela);
- realizam repetições de palavras ou sílabas (eu jogo jogo bola; 
sorvet de amemeixa);
- fazem incorretamente fragmentação das palavras (macarrão/ 
queroabola);
- têm dificuldades para entender textos lidos.
Transtorno Motores
É um transtorno do neurodesenvolvimento ligado ao desenvol-
vimento da coordenação, marcado por atraso na aquisição das habili-
dades motoras finas logo no início da vida, e pela presença de transtor-
no do movimento estereotipado, caracterizado por tiques (movimentos 
motores ou vocalizações súbita, recorrente e não ritmada), incluindo a 
Síndrome de Tourette (Boarati & Pantano, 2016).
Movimentos involuntários, súbitos, rápidos, recorrentes, 
não rítmicos e estereotipados. Aparecem também na forma de voca-
lizações. Ocorrem de forma contínua ou em acessos. Às vezes são 
precedidos por uma sensação desconfortável, chamada de sensa-
ção premonitória e, frequentemente, seguidos por uma sensação de 
alívio. Geralmente desaparecem durante o sono e diminuem quando 
da ingestão de álcool e durante atividades que exijam concentração. 
Ao contrário, são exacerbados pelo estresse, fadiga, ansiedade e 
excitação. Podem ser suprimidos pela vontade, mas ao custo de ele-
vada tensão emocional (Hounie & Petribí, pg. 21-22, 1999).
Fonte: HOUNIE, A.; PETRIBÚ, K. Síndrome de Tourette -re-
visão bibliográfica e relato de casos. RevBrasPsiquiatr, v. 21, n. 1, 
p. 50-63, 1999.
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QUESTÕES DE CONCURSOS
QUESTÃO 01
Ano: 2012 Banca: CESPE Órgão: TJ-AL Prova: CESPE - 2012 - TJ-
-AL - Analista Judiciário - Medicina – Psiquiátrica
No que se refere a transtornos do desenvolvimento da linguagem, 
assinale a opção correta.
(A) No transtorno expressivo de linguagem, a compreensão da lingua-
gem se encontra além dos limites normais de compreensão. 
(B) No transtorno misto da linguagem receptivo-expressiva, as disfun-
ções da linguagem, em geral, não excedem aquelas associadas a re-
tardo mental. 
(C) No diagnóstico do transtorno da linguagem expressiva, o uso de au-
diograma é adequado para crianças muito pequenas ou com aparente 
comprometimento da acuidade auditiva. 
(D) Em geral, o prognóstico da linguagem expressiva é desfavorável. 
(E) Em crianças pequenas, o transtorno misto da linguagem receptivo-
-expressiva é, em geral, mais positivo que o prognóstico do transtorno 
isolado da linguagem expressiva.
QUESTÃO 02
Ano: 2012 Banca: FCC Órgão: TRE-SP Prova: FCC - 2012 - TRE-SP 
- Analista Judiciário - Medicina - Psiquiátrica
Condição caracterizada por uma seletividade marcante e emocio-
nalmente determinada na fala, tal que a criança demonstra a sua 
competência de linguagem em algumas situações, mas falha em 
falar em outras. 
(A) a hipótese diagnóstica quando ocorre na infância é de linguagem social. 
(B) mutismo social. 
(C) transtorno específico do desenvolvimento da fala e da linguagem. 
(D) linguagem seletiva.
(E) mutismo seletivo.
QUESTÃO 03
Ano: 2016 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: EBSERH Prova: INSTI-
TUTO AOCP - 2016 - EBSERH - Médico - Psiquiatria da Infância e 
Adolescência (HU-UFJF)
O prognóstico do transtorno de linguagem expressiva está relacio-
nado com a
(A) incidência 
(B) epidemiologia. 
(C) sua gravidade. 
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(D) Prevalência 
(E) confidencialidade.
QUESTÃO 04
Ano: 2016 Banca: Prefeitura de Fortaleza - CE Órgão: Prefeitura de 
Fortaleza - CE Prova: Prefeitura de Fortaleza - CE - 2016 - Prefeitura 
de Fortaleza - CE - Médico Psiquiatra
Lançada em maio de 2013, a quinta edição do Manual de Classifica-
ção de Doenças Mentais da Associação Americana de Psiquiatria 
(DSM –V) trouxe algumas alterações no diagnóstico de autismo. 
Entre essas alterações, é correto afirmar que:
(A) o transtorno de Asperger e o transtorno invasivo do desenvolvimento 
ficaram restritos a idades inferiores a 10 anos. 
(B) as categorias autismo clássico, o transtorno de Asperger, o trans-
torno invasivo do desenvolvimento, a Síndrome de Rett e o transtorno 
global do desenvolvimento passaram a ser vistos como entidade única. 
(C) no novo DSM, o diagnóstico de autismo tem apenas duas áreas 
principais: déficits na comunicação social e padrões restritos e repetiti-
vos de comportamento. 
(D) os atrasos de linguagem passaram a fazer parte do diagnóstico.
(E) autismo hoje não é mais um transtorno que envolve aspectos da 
comunicação.
QUESTÃO 05
Ano: 2016 Banca: UFSC Órgão: UFSC Prova: UFSC - 2016 - UFSC - 
Pedagogo - Educação Infantil
“Respeitar a criança não é limitar suas oportunidades de desco-
berta, é conhecê-la verdadeiramente para proporcionar-lhe expe-
riências de vida ricas e desafiadoras, é procurar não fazer por ela, 
auxiliando-a a encontrar meios de fazer o que quer, é deixá-la ser 
criança” (HOFFMANN; SILVA, 1995, p. 14).
De acordo com a citação acima, assinale a alternativa que apre-
senta CORRETAMENTE o aspecto mais visado pela ação educativa 
segundo a concepção descrita por Hoffmann e Silva.
(A) Tornar as crianças cada vez mais dependentes em relação aos adultos. 
(B) Tornar a criança mais comedida, auxiliando-a a controlar seus impul-
sos e sua curiosidade. 
(C) Encorajar as crianças a solicitarem auxílio e mediação para resolver 
conflitos que ocorram entre elas. 
(D) Encorajar as crianças a ter confiança para expressar suas ideias 
com convicção. 
(E) Estimular as crianças a reproduzir as ideias já construídas sobre as 
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coisas e o mundo.
QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE
Tem aumentado o número de casos diagnósticos de transtorno de défi-
cits de atenção com hiperatividade TDAH, uma das razões talvez seja o 
refinamento dos profissionais envolvidos com saúde e educação quanto 
ao olhar sobre o que é realmente desviante da norma. Pensando nisso, 
quais são os indicadores do transtorno?
TREINO INÉDITO
Tendo como base o Transtorno do Espectro Autista TEA, leia as 
afirmativas abaixo e marque a opção correta:
I - O transtorno do espectro autista TEA é caracterizado por per-
turbações nos padrões de interação social recíproca de gravidade 
variável. Utiliza-se a denominação “Espectro” pela gama de situa-
ções comportamentais quanto à habilidade de comunicação.
II - Pacientes com TEA apresentam limitação em fazer leituras faciais, 
têm contato visual restrito e inadequado, por vezes mostrando ento-
nação de fala e postura comportamental incompatível ao contexto.
III - Estudos neurológicos e neuropsiquiátricos têm demonstra-
do os sujeitos com TEA apresentam atraso mental, coordenação 
comprometida, comportamento obsessivo compulsivo e auto pre-
judicial (bater com a cabeça, arrancar cabelos, beliscar) bem com 
padrões de eletroencefalografia alterada ou epilepsia.
São consideradas opções corretas apenas o que se afirma em:
(A) I
(B) I e III
(C) II
(D) Todas as afirmativas são verdadeiras.
(E) N.D.A. Nenhuma das alternativas anteriores.
NA MÍDIA
AUTISMO: UM UNIVERSO PARTICULAR
O transtorno do espectro autista TEA tem o aparecimento dos primeiros 
sinais ainda nos primeiros anos de vida, sua prevalência na população é 
algo no âmbito de 1%. É importante para que práticas inclusivas sejam 
implementadas nas escolas e que seja um tema para ser constante-
mente discutido desde a reuniões das escolas, de encontro de pais e 
responsáveis. Com essas práticas muita da interação social da criança 
pode ser trabalhado, contando com os colegas de aula, com os pais dos 
alunos e a sociedade em geral.
Fonte: http://tvbrasil.ebc.com.br/caminhos-da-reportagem/autismo
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NA PRÁTICA
NEURODESENVOLVIMENTO INFANTIL E SUAS IMPLICAÇÕES NA 
ESCOLA
O estudo do neurodesenvolvimento infantil é muito importante para o 
aprimoramento das práticas educativas. É alvo do estudo neurodesen-
volvimental as habilidades sensoriais (por exemplo: audição e visão), a 
aptidão para manipulação de objetos, na comunicação e a linguagem, 
dos afetos, dos comportamentos e as emoções da criança. Sempre te-
mos que ter em mente a força que o ambiente tem sobre o neurodesen-
volvimento, locais com estímulos adequados tendem a contribuir para 
a estruturação das competências necessários para o desenvolvimento 
das habilidades para aprendizagem.
Fonte:https://neurosaber.com.br/neurodesenvolvimento-infantil-e-suas-
-implicacoes-na-escola/
Data: 03/19
PARA SABER MAIS
SÓ DESCOBRI QUE TINHA AUTISMO DEPOIS DE ADULTA
Maura 50 anos, só descobriu que tinha o espectro autista depois que 
teve seu filho e precisou se envolver mais com o tratamento. Segundo 
ela foi como tirar um espartilho mental que o paciente sequer sabia 
que estava usando, ela relatava que sempre foi mais tímida mas o que 
ninguém reparava era o sofrimento que ela tinha ao se colocar em situa-
ções sociais. A experiência dela serviu para escrever um livro que narra 
o que foi sua vida com o TEA sem saber que o possuía.
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/geral-43549847
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De acordo com Castillo (2000) a ansiedade, é um termo deriva-
do do latim anxietus, que se refere a alguém que tem a “mente perturba-
da”. Ela é caracterizada pela presença de intensos sentimentos de des-
conforto ou forte tensão, oriundo da antecipação e da forte convicção 
de uma eminência de algum risco ou perigo, e que não possui aptidão 
para lidar com essas possíveis catástrofes. Dentre as várias respostas 
de ansiedade manifestas, o autor destaca nas crianças e adolescentes, 
a presença de uma alteração na frequência cardíaca, na respiração, 
inquietação, sudorese, sensação de aperto no peito, dentre outras. A 
etiologia da ansiedade na infância é multifatorial, integrando agentes 
ambientais diversos e fatores biopsicológicos. O transtorno não sendo 
diagnosticado adequadamente e nem tratado, o quadro pode evoluir 
para um curso crônico, mesmo que episódico ou flutuante.
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
E DE SOMATIZAÇÃO NA INFÂNCIA E 
ADOLESCÊNCIA
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TRANSTORNO ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO
De acordo com Assumpção (2014), o transtorno de ansiedade de 
separação-TAS é caracterizado pela presença de resposta de ansiedade 
na criança em situações em que ela precisa distanciar-se de locais familia-
res, ou precise afastar de pessoas que tenha apego afetivo importante. A 
resposta ansiogênica precisa ser avaliada como inadequada para o nível 
do desenvolvimento da criança ou adolescente, e geradora de sofrimento 
intenso, bem como, de prejuízo significativo em várias áreas da vida. 
Com frequência as crianças apresentam sintomas como pesa-
delo, dificuldade de sono, ideias recorrentes de que algo perigoso possa 
acontecer com os responsáveis. Portanto identificar os traços que carac-
terizam a patologia ansiosa, de um comportamento “normal” é primordial 
para o início de qualquer processo de melhoria da qualidade de vida das 
crianças. Estudos têm apontado que a presença de TAS na infância, tem 
um forte impacto para o aparecimento de outros tipos de transtornos du-
rante a vida como a depressão e a ansiedade (Assumpção -Jr, 2014). 
Os sintomas do TAS trazem prejuízos na formação do senso 
de autonomia da criança, aumentam as dificuldade de aprendizagem e 
geram grande estresse pessoal e familiar. Vale destacar a seriedade de 
quadros patológicos na infância oriundos do estresse tóxico que causa 
um prejuízo irreparável na formação e na maturação cognitiva infantil 
(Assumpção- Jr, 2014).
Segundo Linhares (2016), algumas das características mais 
prevalentes e que evidenciam o estresse tóxico são:
caracterizado por uma reatividade forte do organismo, frequente e de pro-
longada ativação do corpo ao sistema de reposta ao estímulo estressor [...]
Além desse maior nível de ativação, o estresse tóxico ocorre na ausência dos 
relacionamentos de um suporte protetor para a criança por parte dos adultos 
cuidadores [...] 
Ainda segundo Linhares (2016), alguns fatores são potenciais 
fatores de risco para o estresse tóxico, bem como o TAS, o abuso infantil, 
abuso de substâncias, a presença de depressão materna dentre outros. 
As crianças que experienciam qualquer desses fatores, podem apresen-
tar como reposta um comportamento mais introspectivo, medroso e terem 
baixa autoestima. Características que vão impactar o processo de apren-
dizagem de forma significativa (Assumpção- Jr, 2014; Linhares, 2016).
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Estresse tóxico
De acordo com Linhares (2016, experiências estressoras 
envolvem um potente estímulo estressor, impacto na avaliação 
cognitiva do sujeito sobre eventuais ameaças; esse estresse cau-
sa forte impacto sobre a saúde do indivíduo. Segundo o Shonkoff 
como citado por Linhares (2016) existem três tipos de estresse: 
- Positivo: estado psicológico de ativação de respostas de 
alerta de duração breve de leve a moderada. É um importante me-
canismo de aprendizado para o desenvolvimento de comportamen-
tos mais adaptados frente a eventos potencialmente estressores.
- Tolerável: está ligado ao envolvimento e a exposição a 
experiências atípicas como morte de familiar, doenças graves na 
família, desastres naturais dentre outros.
- Tóxico: é o que apresenta maior impacto prejudicial ao 
desenvolvimento, gerando consequências negativas em várias 
áreas da vida do indivíduo a curto, médio e longo prazo.
Fonte: LINHARES, M. B. M.. Estresse precoce no desenvol-
vimento: impactos na saúde e mecanismos de proteção. Estudos 
de Psicologia, v. 33, n. 04, p. 587-599, 2016.
A abordagem terapêutica no TAS envolve em alguns casos tra-
tamento psicofarmacológico, como os inibidores seletivos da recepta-
ção da serotonina (com alvo no alívio dos sintomas de desconforto) e a 
psicoterapia. Atualmente a psicoterapia considerada padrão ouro para o 
tratamento da TAS é a Terapia Cognitivo-Comportamental, pois, ela de-
senvolve técnicas de estratégias para promover um aumento no suporte 
parental, para que o ambiente mais familiar da criança seja um grande 
reforçador para comportamentos assertivos (Assumpção- Jr, 2014). 
Dentre as várias estratégias de intervenção para o TAS, Linha-
res (2016) destaca:
Quadro 06 – Estratégias de intervenção no TAS
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Fonte : Assumpção 2014
TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA
Segundo Fu-I, Boarati, Nogueira-Lima (2014) qualquer criança ou 
adolescente pode apresentar sintomas de ansiedade em alguns momen-
tos específicos do desenvolvimento. Já aquelas crianças com ansiedade 
generalizada em um nível patológico, são indivíduos que permanecem 
grande parte do tempo sempre em alerta ou tensas. É importante que pro-
fissionais atuantes diretamente com crianças tenham muita atenção com 
as sutilezas desse transtorno, pois, algumas crianças podem ter compor-
tamentos no dia a dia, bem diferentes do que realmente estão sentindo, 
ou seja, algumas crianças com TAG podemse mostrar calmas, tranquilas, 
mas, cognitivamente estão em uma produção acelerada de ideias catas-
tróficas que causam desgaste físico, psíquico e emocional. Portanto, é im-
portante que não seja desprezada nenhuma queixa de medo em crianças, 
para que intervenções possam ser utilizadas quando se fizer necessário 
e assim, impedir complicações mais graves no futuro. Uma marca bem 
prevalente em pacientes com TAG e que é uma das maiores geradoras 
de sofrimento é que eles têm uma alta expectativa de resultados positivos 
(algumas vezes inalcançáveis) e uma baixa auto eficácia.
Em relação à manifestação do TAG, as crianças e adolescen-
tes podem apresentar queixas como dores de cabeça recorrentes, dor 
de estômago, tontura, suor e inquietação. Estudos epidemiológicos 
mostram a prevalência dos transtornos ansiosos ocorrem em torno de 6 
a 20%, sendo mais prevalente em meninas do que em meninos. Para 
Fu-I, Boarati, Nogueira-Lima (2014):
as crianças intrinsecamente cautelosas, silenciosas e tímidas são mais pro-
pensas a desenvolver um transtorno de ansiedade. Fatores de risco ambien-
tais, como estilo parental, combinam com os fatores de risco biológicos da 
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genética e temperamento para fazer uma criança mais ou menos predisposta 
a desenvolver um transtorno de ansiedade.
Algumas crianças com TAG podem se mostrar calmas, 
tranquilas, mas cognitivamente estão em uma produção acelerada 
que causa desgaste físico, psíquico e emocional. Portanto, é im-
portante que não seja desprezada nenhuma queixa de medo.
De acordo com Vianna, Campos, Landeira- Fernandes (2009) 
crianças e adolescentes com TAG são entendidos como “mini adultos” 
em razão de apresentarem uma constante preocupação com riscos e pe-
rigos, envolverem-se em excesso com compromissos, têm dificuldades 
em seguir regras pela insegurança. Crianças com TAG tendem a ser mui-
to pontuais, perfeccionistas, a têm preocupação com a saúde dos pais e 
de pessoas próximas. Um grave agente dificultador para o diagnóstico 
mais preciso de TAG, é que essas características citadas muitas vezes 
são muito reforçadas e valorizadas pelos pais, professores e familiares. 
Entendendo erroneamente que esse perfil “preocupado” (grifo nosso) 
como alguém com responsabilidades, e com isso, demorando a perceber 
prejuízos que as crianças e adolescentes estão sentindo.
A ansiedade e o medo são prevalentes em todos os se-
res, podendo ser vistos como fruto de processos básicos do com-
portamento humano ao se deparar com situações que envolvem a 
avaliação de riscos e tomada de decisão. Todavia, quando quadros 
representam prejuízos para o homem, são tidos como psicopatoló-
gicos, pois, acarretam grande impacto negativo no funcionamento 
sócio funcional do indivíduo e trazem prejuízos na qualidade de 
vida e devem ser considerados. Tendo como referência a terapêu-
tica com o paciente, os transtornos de ansiedade em crianças e 
adolescentes devem ser abordados no processo de educação e re-
alizados intervenções familiares por meio do esclarecimento (Fu-I, 
Boarati, Nogueira-Lima, 2014).
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FOBIA SOCIAL OU TRANSTORNO DE ANSIEDADE SOCIAL TAS
Segundo Vianna, Campos e Landeira- Fernandes (2009), a fobia 
social -FB- é caracterizada como a presença de sintomas somáticos (sin-
tomas no corpo) expressos em momentos de antecipação e exposição a 
alguma situação social. O paciente apresenta uma ansiedade exagerada 
e persistente ao estar com pessoas estranhas. É importante ressaltar que 
esse comportamento é esperado em crianças de dois a cinco anos, que 
evitem comunicação com pessoas estranhas, porém, persistindo este 
quadro acima dessa idade, ou se a resposta for muito acentuada de des-
conforto diante de outras pessoas, é relevante prestar mais atenção, pois, 
um quadro patológico pode começar a ser instaurado. 
Dentre as características mais marcantes do transtorno, pode-
-se destacar a presença de: medo acentuado e persistente, constante 
em uma ou mais situações sociais, forte desconforto em relação à ex-
pectativa quanto a fazer alguma exposição diante de pessoas estra-
nhas. Mostram ter fortes respostas de ataques de pânico ao perceber 
chegada de um número alto de pessoas estranhas. O mais interessante 
desse transtorno é que o paciente reconhece que o medo apresentado 
é desproporcional e irracional, mas nem por isso consegue evitar tais 
sintomas (Vianna, Campos & Landeira - Fernandes, 2009).
Para Nadi et al. (1996), a ansiedade pode se manifestar em al-
guns pacientes com apenas sintomas cardiovasculares, somente sin-
tomas gastrintestinais ou somente sudorese excessiva. Mas nem por 
isso deixa de caracterizar uma ansiedade patológica. Pois, a sensa-
ção de ansiedade pode ser dividida em dois aspectos fundamentais:
(i) A consciência de sensações físicas e de preocupação 
excessiva com problemas pequenos ligados em três áreas: a) ten-
são motora, manifesta por meio de tremores, incapacidade de re-
laxar e fadiga; b) hiperatividade autonômica, com dificuldade para 
respirar, presença de palpitações. Tonteira, ondas de frio e calor, 
náuseas e etc.; c) hipervigilância, incluindo insônia, irritabilidade, 
preocupação excessiva.
(ii) Consciência de estar nervoso ou amedrontado. 
NARDI, A. E. et al. Transtorno de ansiedade generalizada: 
questões teóricas e diagnósticas. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 
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v. 45, n. 3, p. 173-178, 1996.
Segundo Nardi et al. (1996) o TAG é um transtorno crônico, 
que traz muito comprometimento na qualidade de vida das crianças e 
adolescentes, prejudicando o bom desempenho escolar, familiar e so-
cial. Dentro das explicações biológicas para a manifestação do TAG, os 
autores ressaltam a possibilidade de haver anormalidade no sistema 
de receptores cerebrais benzodiazepínicos. No lobo occipital, no siste-
ma límbico, nos gânglios da base e no córtex pré-frontal, existem uma 
maior concentração de receptores benzodiazepínicos, sendo assim, 
áreas muito importantes de serem estudadas para compreender melhor 
a neurobiologia do TAG e a Fobia Social -FS-.
Para Vianna, Campos e Landeira - Fernandes (2009), os pa-
cientes com quadro de FS e TAG, constantemente usam a evitação 
como forma de enfrentamento, ou vivenciam a experiência com intenso 
desconforto. Esses aspectos trazem impacto negativo para o estabe-
lecimento de segurança e de desenvolvimento de habilidades sociais, 
elementos importantes à socialização e ao aprendizado.
Atualmente um dos atributos mais valorizados em escolas in-
fantis é o trabalho em grupo. Portanto a FS e TAG, podem ser transtor-
nos que vêm se arrastando desde tenras idades, e trazendo incapaci-
tações ou o rebaixamento das aptidões para aprender com pares. Com 
isso, crianças e adolescentes tornando-se pessoas mais introspectivas, 
mais reservadas e com tendência ao recato. Um aspecto relevante des-
ses transtornos é que os sujeitos são capazes de perceber que este é 
um comportamento “inadequado”, eles próprios desejam agir de outra 
forma, porém, não dão conta de vencer os medos irracionais de risco e 
perigo diante de pessoas estranhas ou situações de exposição (Nardi, 
1996; Vianna, Campos &Landeira- Fernandes, 2009).
Para Assumpção et al. (2014) o DSM define a FS como um 
transtorno de evolução crônica, marcada por intensa resposta de an-
siedade frente a pessoas ou situações sociais. Ao considerar o grau de 
comprometimento, a FS pode ser classificadas por dois tipos:
(i) FS discreta e específica, usualmente restrita a algumas situ-
ações sociais (por exemplo: medo de fazer apresentações em público, 
falar ao microfone e etc.) Esse caso é entendidocomo de fobia social 
não generalizada.
(ii) FS complexa, existe a presença mais grave de sintomas 
sendo muito mais limitante e de longa duração.
Segundo Assumpção et al. (2014) o tratamento da FS consis-
te na associação de psicofármacos e psicoterapia em especial a tera-
pia cognitivo-comportamental TCC. Os principais critérios diagnósticos 
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para fobia social na infância e na adolescência segundo o DSM-5 são 
apresentados no quadro abaixo:
Quadro 07 - Critérios diagnósticos da FS
Fonte: DSM-5; Assumpção, 2014
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TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO
Para Assumpção et al. (2014) o transtorno obsessivo-compul-
sivo -TOC- é o mais complexo dos quadros envolvidos nos transtornos 
da ansiedade, para o autor o TOC é “caracterizado por obsessões ou 
compulsões recorrentes graves a ponto de consumirem tempo ou cau-
sarem sofrimento acentuado ou prejuízo significativo ao paciente”. 
A descrição da síndrome obsessiva compulsiva já vem sendo 
alvo de pesquisas há muito tempo. Portanto, alguns passos importantes 
já foram descritos, a despeito da consideração inicial que o TOC é um 
transtorno raro em crianças e adolescentes, as taxas de prevalência 
são semelhantes aos de adultos (Assumpção et al., 2014) 
Pesquisas evidenciam que no período antes da puberdade há 
um predomínio maior de diagnóstico de TOC em meninos; já na ado-
lescência há um aumento de casos de TOC entre meninas. O início 
do quadro pode ser abrupto ou de início discreto e pode ou não estar 
relacionado a algum fator precipitante. O início do quadro habitualmen-
te é silencioso, de forma que a criança só vai ser levada ao tratamento 
quando a situação se tornar insuportável. Todavia, essa demora acaba 
permitindo a instauração de outros quadros combórbidos e de maior 
gravidade dos casos (Rosário-Campos, 2001; Assumpção et al. 2014). 
Segundo Rosário-Campos (2001) entre os sintomas mais fre-
quentes do TOC são:
[...] medo de contaminação, de ferir-se ou ferir outras pessoas, obsessões se-
xuais e de simetria, compulsões de lavagem, verificação, repetição, contagem, 
ordenação/arranjo e compulsões semelhantes a tiques ("tic-like"). Apesar de a 
maioria das crianças apresentar múltiplas obsessões e compulsões, é comum 
as compulsões precederem o início das obsessões, além de ser mais comum 
encontrar compulsões sem obsessões em crianças do que em adolescentes.
Apesar de a maioria das crianças apresentarem múltiplas 
obsessões e compulsões, é comum as compulsões precederem o 
início das obsessões, além de ser mais comum encontrar compul-
sões sem obsessões em crianças do que em adolescentes.
O tratamento do TOC se dá pela inserção de estratégias mul-
tiprofissionais, incluindo a psicofarmacologia e a psicoterapia cognitivo-
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-comportamental. A terapia busca intervir sobre as síndrome dos com-
portamentos compulsivos, principalmente atuando sobre as compulsões 
(apego exagerado a alguma ideia) pois, são elas que levam o paciente a 
realizar alguns rituais, que tem o objetivo de diminuir o incomodo gerado 
pelos pensamentos intrusivos e recorrentes; por exemplo, ter a ideia 
que o mundo é cheio de germes, então é importante estar constante-
mente limpo e livre dos germes, o que não está de todo errado. Toda-
via, no TOC, o pensamento intrusivo de que está contaminado induz ao 
comportamento de lavar as mãos, corpo ou objetos. Entretanto, como 
os germes são invisíveis, e a ideia intrusiva de que não está limpo o 
suficiente, faz com que a frequência das lavagens aumente cada vez 
mais, se tornando um ritual para dar maior segurança de estar protegido 
contra os germes (Rosário-Campos, 2001). 
Cabe ressaltar que o próprio paciente tem na maioria das ve-
zes, principalmente na adolescência, a convicção que seus rituais são 
descabidos de lógica, mas mesmo assim não consegue controlar as 
ideias intrusivas (Rosário-Campos, 2001; Assumpção,2014).
O TOC segundo o DSM-5 passa a ser considerado uma en-
tidade específica, sendo distinta dos transtornos de ansiedade, e isso 
foi um importante passo para a delimitação do tratamento, principal-
mente nos casos onde se faz a necessidade do uso de psicofármacos 
em crianças ou adolescentes. As questões diagnósticas envolvem os 
aspectos destacados no quadro abaixo:
Quadro 08 - TOC questões critérios diagnósticos DSM-5
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Fonte: DSM-5; Assumpção, 2014
- Características que Apoiam o Diagnóstico
O conteúdo específico das compulsões é bem variado nos su-
jeitos. Todavia, algumas temáticas ou dimensões são muito comuns, 
podendo ser de:
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- limpeza (ideias recorrentes de contaminação por germes e 
compulsão por higienização); 
- simetria (ideias de que existe uma forma única e correta da 
disposição das coisas ou lugares delimitados e compulsão por conta-
gem, repetição e organização); 
- pensamentos proibidos ou tabus (receio de causar risco a si 
ou a terceiros, tendo obsessões sexuais, agressivas ou religiosas) e 
- danos (compulsão por checagem e verificação de presença 
de riscos ou perigos, paranoia).
Em alguns casos existe também a compulsão por acumular 
objetos, isso se dá por uma obsessão de que algum dia poderá precisar 
utilizar os objetos, esses pacientes têm uma dificuldade intensa em se 
livrar de objetos, pois, sempre acreditam que em algum momento aque-
le objeto fará falta. Alguns casos experimentam uma vasta gama de res-
postas afetivas quando confrontados com situações que desencadeiam 
as compulsões (Rosário-Campos, 2001). 
É frequente a tentativa por parte dos pacientes por evitar as 
situações, lugares e coisas que podem precipitar a compulsão. Pensa-
mentos suicidas podem ocorrer em metade dos pacientes com TOC. As 
tentativas de suicídio são relatadas em um quarto dos pacientes. Ambas 
devido ao intenso sofrimento causado pelas obsessões e compulsões 
(Rosário-Campos, 2001).
SÍNDROME DE GILLES DE LA TOURETTE 
Loureiro, Guimarães, Santos, Fabri, Rodrigues e Castro (2005) 
apresentam que a Síndrome de Tourette é uma patologia que traz com-
prometimento psicossocial e importante impacto na vida dos portadores do 
transtorno e dos familiares. Até pouco tempo atrás o quadro era considera-
do raro, com incidência baixa na população. Entretanto, estudos mais atu-
ais mostram uma prevalência de 1 a 2,9% da população, esse transtorno 
acomete cerca de quatro vezes mais o sexo masculino, que o feminino. O 
refinamento dos índices de prevalência se dão pela divulgação de traba-
lhos científicos falando sobre o tema em várias áreas da saúde.
De acordo com Loureiro et al. (2005), a síndrome é um distúr-
bio genético, de natureza neuropsiquiátrica, onde o paciente apresenta 
uma série repetitiva de tiques motores (simples ou complexos) ou vo-
calizações impulsivas. Geralmente os pacientes apresentam os tiques 
denominados mais simples, podendo evoluir para quadros mais com-
plexos. Veja abaixo:
Aspectos Motores podem ser classificados quanto ao grupo 
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muscular envolvido, sendo: 
- Simples: movimentos abruptos repetidos e sem propósito. O 
paciente realiza contrações de grupos musculares funcionalmente rela-
cionados, por exemplo, fazer torções no nariz, na boca, piscar os olhos 
repetidas vezes,coçar a garganta e fungar o nariz)
- Complexos: envolvem grupos musculares não relacionados 
funcionalmente e aparentemente são propositais, incluem imitação de 
gestos realizados por outra pessoa, podendo ser chamados de comuns 
(ecocinese) ou fazer gestos obscenos (ecopraxia) ou fazer gestos obs-
cenos (copropraxia) verbalizar palavras obscenas (coprolalia).
Coprolalia : GOLDENBERG, James N.; BROWN, Stuart B.; 
WEINER, William J. Coprolalia in younger patients with Gilles de 
la Tourette syndrome. Movement disorders: official journal of the 
Movement Disorder Society, v. 9, n. 6, p. 622-625, 1994.
Vale ressaltar que a presença de tiques não se caracteriza o 
Tourette, em torno de 10% da população infantil apresenta alguma for-
ma de tique. O Tourette tem uma forte ligação com os estados de ansie-
dade. Pacientes ao estarem diante de situações que envolvem estres-
se social, podem exacerbar os tiques, e considerável redução deles em 
locais mais calmos, próximo de pessoas com ligação afetiva e ao dormir 
(Loureiro et al., 2005).
Na Síndrome de Tourette os sinais podem ser classifica-
dos como: 
Simples, marcados por movimentos abruptos repetidos e 
sem propósito. O paciente realiza contrações de grupos muscula-
res funcionalmente relacionados, por exemplo, fazendo torções no 
nariz, na boca, piscar os olhos repetidas vezes, coçar a garganta e 
fungar o nariz.
Complexos, que envolve grupos musculares não relaciona-
dos funcionalmente e são realizados pelo paciente aparentemente 
propositais, nesses comportamentos inclui fazer a imitação de ges-
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tos realizados por outra pessoa, podendo ser chamados de comuns 
(ecocinese) ou fazer gestos obscenos (ecopraxia) ou fazer gestos 
obscenos (copropraxia) verbalizar palavras obscenas (coprolalia).
O diagnóstico desse transtorno é realizado pela presença dos 
sinais e sintomas descritos anteriormente e pela coleta do histórico do 
surgimento dos primeiros sintomas. Por conta do Tourette não apresen-
tar uma sintomatologia única, mas um conjunto de sinais e sintomas, 
dificulta um diagnóstico precoce, se comparado a outras patologias que 
mantêm certa similaridade como a Coréia de Huntington e etc. Os diag-
nósticos demorados ou errôneos podem levar o paciente a ser subme-
tido a tratamentos desnecessários e gerar maior comprometimento do 
paciente. (Loureiro et al.,2005)
Segundo Loureiro et al. (2005) coletar acuradamente os aspec-
tos que estão diretamente relacionados aos sintomas, como a localiza-
ção, a intensidade, a frequência, a complexidade, os impactos na vida 
diária, estes devem ser criteriosamente avaliados antes de iniciar qual-
quer estratégia terapêutica. Esse transtorno até onde se sabe, não tem 
cura, mas vem sendo utilizado alguns psicofármacos que contribuem 
para a redução e melhoria de controle por parte do paciente; por exemplo 
a Olanzapina tem sido uma droga que apresenta uma grande melhoria da 
qualidade de vida do paciente, cerca de 50% dos pacientes já observam 
melhoria a partir da oitava semana de uso (Loureiro et al., 2005).
No Brasil existe desde 1996 a Associação de Pacientes com 
Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno obsessivo-compulsivo -AS-
TOC-, seu objetivo é tornar público questões relacionadas a esses 
transtornos, para pacientes, classe médica, de psicólogos, pedagogos, 
e sociedade, de um modo geral. 
Conhecer esse transtorno é condição primordial para que alu-
nos de escolas possam ser devidamente observados e encaminhados 
para profissionais competentes, para fornecer amparo ao paciente e 
familiares de forma precoce, e também ser agente de divulgação social 
quanto a aspectos ligados ao respeito ao paciente, aos familiares, evi-
tando um quadro muito comum que impacta no aprendizado dos alunos 
portadores de Tourette, como os apelidos jocosos e chacota; nas pala-
vras de um paciente com Tourette:
“Vocês, ‘normais’, que têm os transmissores certos nos lugares 
certos, nas horas certas, em seus cérebros, têm todos os sentimentos, 
todos os estilos disponíveis o tempo todo – seriedade, leviandade, o 
que for adequado. Nós que temos a Tourette, não, somos forçados à 
leviandade pela síndrome e forçados à seriedade quando tomamos o 
remédio. Vocês são livres, têm um equilíbrio natural: nós temos de nos 
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contentar com um equilíbrio artificial...”
O DSM-5 apresenta os critérios diagnóstico da Síndromes de 
Tourette, conforme o quadro abaixo:
Quadro 09 Critérios diagnósticos: Síndrome de Tourette
Fonte: DSM-5
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QUESTÕES DE CONCURSO
QUESTÃO 01
Ano: 2018 Banca: CESPE Orgão: MPE-I Prova: CESPE - 2018 - MPE-
-PI - Analista Ministerial – Medicina.
Uma professora de 45 anos de idade está em um restaurante al-
moçando com a família. Tudo estava correndo bem quando a 
professora, quase não podendo falar, disse que não estava mais 
conseguindo engolir a comida. Muito ansiosa e angustiada, repen-
tinamente refugia-se no banheiro. Alguns minutos depois, ela re-
torna à mesa, pedindo desculpas pelo vexame. Idêntica situação 
num restaurante havia ocorrido há três meses. Em nenhuma outra 
ocasião o fato tinha se repetido. Sempre foi uma pessoa muito res-
ponsável e preocupada com sua imagem social. O mais provável 
diagnóstico para essa professora pode ser: 
(A) Transtorno de Ansiedade Social.
(B) Transtorno de Ansiedade Generalizada. 
(C) Ataque de Pânico. 
(D) Personalidade histriônica.
(E) Transtorno conversivo.
QUESTÃO 02
Ano: 2017 Banca: UFMT Órgão: UFSBA Prova: UFMT - 2017 - UFS-
BA - Médico Psiquiatra 
A respeito de transtorno de pânico, é correto afirmar:
(A) Há preocupação persistente de que ocorram ataques adicionais e 
sobre as implicações desses ataques. 
(B) Os ataques de pânico começam de forma gradual até atingir uma 
intensidade máxima e cessam de forma abrupta. 
(C) Há um medo intenso e exagerado de locais fechados, de escuro, de 
contato social, que são centrais no diagnóstico. 
(D) É necessário para o diagnóstico de transtorno de pânico a presença 
de agorafobia.
(E) Transtorno do pânico é muito raro em ambientes escolares pois os 
alunos se sentem bem a vontade com suas turmas.
QUESTÃO 03
 Ano: 2015 Banca: FGV Órgão: TJ-RO Prova: FGV - 2015 - TJ-RO - 
Médico Psiquiatra
Dentre os sintomas essenciais para diagnóstico do transtorno de 
ansiedade generalizada, encontram-se:
(A) ansiedade e insônia;
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(B) preocupações e inquietação; 
(C) preocupações e ansiedade; 
(D) ansiedade e tensão muscular; 
(E) dificuldade de concentração e tensão muscular.
QUESTÃO 04
Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: CESPE - 2015 - FUB - 
Médico do Trabalho
Julgue o próximo item, com relação a transtornos mentais.
Pacientes com ansiedade generalizada apresentam ansiedade pa-
tológica excessiva e preocupações, que são, na maior parte do 
tempo, associadas a eventos ou atividades — como as relaciona-
das ao trabalho —, o que compromete seu desempenho funcional. 
(A) Certo 
(B) Errado
QUESTÃO 05
Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: FUB Prova: CESPE - 2015 - FUB - 
Médico do Trabalho
Julgue o próximo item, com relação a transtornos mentais.
O estado misto, ansioso e depressivo, é raro em pacientes com 
transtornos mentais, pois os sintomas típicos de ansiedade e de 
depressão geralmente se manifestam isoladamente. 
(A) Certo 
(B) Errado
QUESTÃO 06
Ano: 2014 Banca: IESES Órgão: TRT - 14ª Região (RO e AC) Prova: 
IESES - 2014 - TRT - 14ª Região (RO e AC) - Analista Judiciário - 
Medicina
A síndrome do pânico é um transtorno que é caracterizado:

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