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Lesões Celulares Reversiveis Acúmulos Celulares

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▪ Reversível (dentro da célula): proteínas e lipídios 
▪ Irreversível (fora da célula): proteínas 
Proteínas 
O acúmulo de proteínas é chamado de degeneração hialina, sendo um 
processo degenerativo de metabolismo proteico alterado, podendo causar 
acúmulo intracelular ou extracelular. 
Degeneração hialina propriamente dita – irreversível 
É o depósito em excesso de tecido conjuntivo fibroso nos tecidos ou na 
parede dos vasos. Ou seja, excesso de colágeno 
Tecido fibroso: é um tecido muito denso, com pouca célula e muita fibra 
colágenas, quanto mais fibra colágeno, mais resistente é o tecido 
Quando se tem um tecido fibroso, quer dizer que tem muita proteína, pois é 
rica em colágeno 
Corticoides estimula a quebra das fibras colágenas. 
o colágeno fica organizada de forma irregular com excesso de cicatrização. 
 Ex: Queloide, é uma cicatrização exacerbada. Queimaduras, 
incisões cirúrgicas 
 
Degeneração hialina amiloidose – irreversível 
síndrome que agrupa processos patológicos diferentes e que tem como 
características comum o acúmulo intercelular (entre células de qualquer 
tecido) e endotelial (abaixo do endotélio) de substância hialina, amorfa, 
proteinácea e patológica, que com o acúmulo progressivo induz a atrofia 
celular por compressão e/ou isquemia no órgão, pois ela vai crescendo e 
comprimindo os vasos, causada uma isquemia por pressão. 
Qualquer indivíduo com uma doença crônica descontrolada por vir a 
depositar amilóide 
Controlando a doença de base, é possível controlar a evolução da 
deposição dos amilóide 
Lo cais frenquentes de amiloidose 
Baço: acúmulo em volta dos folículos, podendo levar o rompimento do 
baço. 
Fígado: acúmulo no espaço de Disse (é o espaço entre os hepatócitos e os 
sinusóides), causando falência hepática. 
Rim: acúmulo nos glomérulos intertubular, impedindo a filtração do 
sangue causando insuficiência renal. 
Co ração: sistema de condução do impulso elétrico, causando uma 
disritmia, descompassando o coração. 
Mo rfologia 
os amilóide se depositam nos interstícios e nas paredes dos vasos, causando 
um aumento de volume, porém vai atrofiando as células por compressão 
e/ou isquemia 
macroscopia 
Aumento de volume 
Pálido 
Consistência firme 
Microscopia 
Substância amorfa intercelular 
Atrofia por compressão/isquemia 
Vermelho-Congo 
Degeneração hialina goticular – reversível 
É o acúmulo de proteínas sob forma de pequenos grânulos dentro das 
células. 
Essa degeneração acontece nos casos de insuficiência renal 
Proteinúria: perda de proteínas pelos rins, onde as proteínas passam pela 
barreira de filtração glomerular. E o túbulo renal tenta reabsorver essas 
proteínas. 
Na tentativa de perder o mínimo possível de proteína na urina, o túbulo 
renal proximal começa a aumentar sua absorção, acumulando proteína em 
seu interior em forma de gotículas de hialina. 
Lesões celulares reversíveis 
Acúmulos celulares Acúmulos celulares 
Lesões celulares reversíveis 
Retirando a causa da proteinúria, os túbulos voltam a sua função normal, 
por isso é considerada reversível. 
Pode ocorrer também no epitélio intestinal dos recém-nascidos durante a 
absorção do colostro, pois ocorre um acúmulo proteico fisiológico no 
epitélio. Pois o colostro contém muita proteína 
Degeneração hialina corpúsculo de russel – reversível 
Não é considerado uma lesão, e sim um metabolismo acelerado. 
Acúmulo de proteínas sob a forma de pequenos grânulos dentro das células 
Sempre que o plasmócito está sofrendo estímulo antagônico prolongado, 
onde ele é estimulando a produzir anticorpos por muito tempo, leva um 
acúmulo de imunoglobulina (proteína) dentro da célula. 
O excesso de anticorpos (proteínas) produzidos fica cristalizado e 
acumulado dentro da célula 
Degeneração cérea de Zenker – reversível 
 É o acúmulo de proteínas sob a forma de pequenos grânulos dentro das 
células. 
Acontece com as proteínas de músculo estriado 
Músculo estriado: actina e miosina estão organizadas em sarcômeros 
Ocorre quando o próprio organismo passa a degradar as proteínas 
(coagulação das proteínas) que estão organizadas em sarcômeros. O 
músculo acaba perdendo as estrias. 
Normalmente ocorre em doenças febris (sintoma de febre), Leptospirose, 
Septicemia. 
se a célula não for rompida, ela volta a sintetizar a proteína e as estrias 
se formam novamente. Caso a célula se rompa, o músculo não volta a 
formar estrias. 
 Inclusões virais – reversível 
Os vírus interferem na síntese proteica da célula, acumulando proteína. 
Todo corpúsculo viral é um acúmulo de proteína dentro da célula. 
Degeneração gordurosa ou esteatose – reversível 
É o acúmulo de lipídeos no citoplasma de células parenquimatosas. 
A esteatose não necessariamente vai matar os hepatócitos, por isso é 
reversível. Basta retirar a causa. 
O principal órgão afetado é o fígado. Mais de 90% dos casos os hepatócitos 
são comprometidos, pois eles fazem parte do metabolismo normal das 
gorduras, logo são as principais células afetadas 
Metabolismo normal dos lipidios 
As gorduras da dieta são quebradas no intestino delgado pelos sais biliares 
e formam a micela mista. 
 
 Primeiro passo do metabolismo dos lipídeos ocorre dentro do intestino 
delgado onde o alimento é emulsificado pelos sais biliares e formam a 
micela mista 
Ainda dentro do intestino, a micela sofre ação da lipase que quebra a 
micela em triglicerídeos, que é formado por por 3 moléculas de ácido graxo 
e 1 de glicerol. 
O ácido graxo livre, é absorvido pelos enterócitos (células intestinais). 
Após ser absorvido, ele volta a ser triglicerídeo. 
 
O ácido graxo livre, é absorvido pelos enterócitos (células intestinais). 
Após ser absorvido, ele volta a ser triglicerídeo. 
O quilomicron que sai da célula do intestino. 
Dentro da vilosidade intestinal, o quilomicron cai na circulação linfática 
e depois passa para a circulação sanguínea. 
A partir da corrente sanguínea, ele pode ir para: 
▪ Tecido adiposo 
▪ Fígado 
 
 
As apoproteínas do quilomicron ativam as lipases que estão nos adipócitos, 
quebrando os triglicerídeos, formando o ácido graxo livre entrando nos 
adipócitos onde são absorvidos. 
O ácido graxo volta a ser triglicerídeo (lugar onde a energia é estocada) 
 
Para o quilomicron entrar nos hepatócitos, também se quebra se dividindo 
ácido graxo formando o metabolismo energético. 
O triglicerídeo se junta ao colesterol e uma apoproteína formando uma 
lipoproteína, que é a chamada VLDL (deposita triglicerídeo como fonte de 
energia) 
LDL = colesterol + proteina 
HDL = retira o colesterol dos tecidos 
Lipase sempre faz a quebra de triglicerídeos em ácido graxo e glicerol. 
Os triglicerídeos são a forma de estoque de gordura. 
Quando é preciso mandar a gordura para fora ou dentro da célula, a 
gordura é em forma de ácido graxo livre 
OBS: Esteatose - acúmulo de triclicerídeo dentro da célula. Lipidose - 
acúmulo triglicerídeo e colesterol dentro da célula. 
Et iologia e patogenese 
1. Entrada excessiva de ácido graxos livres 
Causas dietéticas: 
▪ Ingestão excessiva de gorduras, leva o acúmulo de triglicerídeo 
e para retirar o triglicerídeo, é preciso formar uma 
lipoproteína 
▪ Desequilíbrio qualitativo por conta de uma alimentação pobre 
em proteína. 
2. Decréscimo na síntese proteica 
Causas tóxicas ou tóxico-infecciosas 
Causa de radicais livres → Causam uma lesão em Retículo Endoplasmático 
Rugoso → Reduzindo a síntese proteica → Causando a Esteatose, pois 
não forma lipoproteína 
3. Diminuição da oxidação de ácidos graxos – lesão de mitocôndria 
Causas anômicas. 
Redução da oxigenação → causa redução da função mitocondrial → que 
reduz a oxidação de ácidos graxos → aumentado os triglicerídeos. 
Se não tem oxidação, cão vira ácido graxo livre. Vai virar triglicerídeo. 
Ou seja, animal em hipóxia pode ter esteatose, pois não vai ter oxigênio 
para transformar o TG em ácido graxo livre. Acumulando assim TG, causando 
esteatose.4. Lipidólise excessiva 
Animais de alta produção - alimentação é insuficiente (pois a necessidade 
energética do animal é muito grande) 
Final de geração e lactação 
Se muita gordura do tecido adiposo é quebrada em pouco tempo, acaba 
acumulando essa gordura no fígado. 
LIPIDÓLISE É A QUEBRA DE GORDURA DO TECIDO ADIPOSO. 
Lipidose felina (idiopática) - acúmulo de Triglicerídeo e Colesterol, os gatos 
precisam exclusivamente da alimentação para sintetizar proteína. 
5. Obstáculo na liberação de lipoproteínas hepáticas 
Álcool impede AGL (+) de proteínas e lipoproteínas → levando um 
aumentado TG hepático → Causando a esteatose hepática. 
Se morre mais hepatócitos do que consegue regenerar, vai ocorrer a 
cicatrização que é a chamada Cirrose hepática. 
Macroscopia 
Aumento do volume e peso 
Cor amarelada 
Consistência amolecida 
Bordas arredondadas 
chamado de Fígado amanteigado 
O Foie Gras é feito com o fígado do ganso 
em esteatose 
Microscopia 
Esteatose microgoticular 
▪ Pequenos vacúolos citoplasmáticos próximos ao núcleo 
Esteatose macrogoticular 
▪ Grandes vacúolos citoplasmáticos deslocando o núcleo para a 
periferia. 
Esteatose 
Quando retirada a causa da esteatose, é classificada em reversível. 
Caso não retirada a causa, ocorre a morte celular causando a cirrose 
hepática.

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