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Saúde do Trabalhador

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Prova 1 de Saúde do Trabalhador
Augusto Teixeira Silva – 71
7° período – 2022/2
AULA 01 – 01/08/2022
SAÚDE DO TRABALHADOR E PERÍCIA MÉDICA
Estudo das condições de trabalho que podem causar danos ao trabalhador. O trabalho é uma fonte de renda, mas também de reconhecimento e de honra. É fonte de socialização e de relevância social. Ou seja, uma atividade pela qual o homem transforma a natureza para seu sustento, mas pode ser danosa à saúde. 
· Trabalho assalariado: remunerado por SALÁRIO. Médico que trabalha no consultório particular, por conta própria, não recebe salário, mas sim HONORÁRIOS. Se esse médico for contratado esporadicamente, ele receberá PROLABORE. Se for militarrecebe SOLDO. Se é servidor públicorecebe VENCIMENTOS. Existem diferenças, pois cada termo implica obrigações e direitos diferentes
· Trabalho formal: trabalhador que possui contrato formal de trabalho com o empregador, o qual reconhece obrigações trabalhistas e previdenciárias ou o trabalhador que contribui como autônomo para a Previdência Social
· Trabalho informal: indivíduo que trabalha por conta própria e não recolhe contribuições para a Previdência Social
· Autônomo/individual: pessoa que exerce sua atividade profissional sem vínculo empregatício, por conta própria e com assunção de seus próprios riscos. A prestação de serviços é de forma eventual e não habitual e o trabalhador contribui para a Previdência Social (só ganha se trabalhar)
· Trabalhor avulso: é um trabalhador formal. É um trabalhador que presta serviços a inúmeras empresas, agrupado em entidade de classe, por intermédio desta e sem vínculo empregatício. Caracterizam ainda o trabalhador avulso a intermediação do sindicato ou órgão específico de colocação de mão de obra, a curta duração dos serviços e a utilização da forma de rateio para a remuneração
· Trabalhador doméstico: pessoa que trabalha para família, no âmbito residencial desta. Os direitos são os mesmos de um trabalhador de vínculo empregatício
· Trabalhador temporário: trabalhador contratado para prestação de serviço destinado a atender a necessidade transitória de substituição pessoal regular e permanente ou a acréscimo extraordinário de tarefas de outra empresa. É trabalhador formal! 
· Trabalhador estatuário: funcionalismo público (concursado ou contratado). Não pode ser demitido a qualquer momento
População economicamente ativa: 15 a 65 anos, trabalhando ou procurando emprego. Desalentados: pessoas que desistiram de procurar empregos. Vamos falar nas aulas sobre a PEA. 
Como é o trabalho hoje no mundo?
· Redução da penosidade e insalubridade
· Crescimento dos serviços automatizados
· Maior flexibilização da legislação trabalhista
· Redução e dispersão da atividade sindicial
· Aumento dos postos de trabalho no setor de serviços
· Maior nível de escolaridade dos trabalhadores
· Padrões de doenças relacionadas ao trabalho mudam com o passar do tempo
Ações em saúde do trabalhador:
· Assistência aos trabalhadores
· Procedimentos para acessos aos benefícios previdenciários
· Ações de promoção e proteção à saúde
· Capacitação e treinamento
· Informação e educação
E quem garante a saúde do trabalhador?
· SUScada cidade tem seu CEREST (centro de referência da saúde do trabalhador), fazendo a retaguarda técnica para o SUS nas ações de prevenção, promoção, diagnóstico, tratamento, reabilitação e vigilancia em saúde. 
· INSScompensa financeiramente, desde que a pessoa seja trabalhador formal
· Poder Judiciário
· Constituição Federal e CLTconjunto de leis 
Previdência social:
· Auxílio-doença
· Aposentadoria por invalidez
· Auxílio-acidente
· Pensão por morte
· Reabilitação profissional
· Aposentadoria especial
· Comunicação de acidentes de trabalho (CAT)
Ministério do trabalho:
· Emissão de carteira do trabalho
· Acesso ao seguro-desemprego
· Homologação da rescisão de contrato de trabalho
· Combate ao trabalho escravo, ao trabalho infantil e à discriminação no trabalho
· Fiscalização das relações de trabalho e condições de segurança e medicina do trabalho das empresas
Empregadores e a saúde do trabalhadorobrigados a fornecer equipamentos de proteção individual e ambiente mais seguro e menos danoso possível
Judiciário e Ministério Público e a saúde do trabalhador:
· Responsável pelo cumprimento da Consolidação das Leis do Trabalho
· O processo trabalhista dispensa advogados. Caso a decisão judicial seja desfavorável ao trabalhador, este deve arcar com os custos
· Pode ser acionada pelo trabalhador ou pelo sindicato
Semiologia ocupacionalfaz entrevista e exame físico para determinar a causa!
· Elaborar anamnese ocupacionalsimples e de uso universal. Posso lançar mão de toxicologia, ergonomia, higiene industrial, estudos epidemiológicos. Como fazê-la? Mesma coisa da semiologia. 
· Acompanhar o trabalhador com registros no prontuário para exames admissionais, periódicos, de mudança de função e demissionais
· Realizar vistoria técnica
· Emitir ASO, CAT, etc
· Identificar os nexos adotados pelo INSS
Modelo de anamnese ocupacional:
• O que o trabalhador faz? O cargo ou função • Qual o produto do seu trabalho? Produto ou serviço • Quais insumos, ferramentas, etc. utilizados? Máquina,  veículo, substâncias de qualquer natureza.
• Quais posturas corporais? Quais movimentos dos  segmentos corporais são realizados?
• Onde faz? Ambientes abertos ou fechados • Com quem faz?
• Que quantidade faz? Quantos produtos ou quantos  atendimentos, documentos, etc
• Qual é o tempo da jornada de trabalho? Número  de horas e se é em regime diário ou de plantão. • Existem EPC? Utiliza EPI? Fundamental para  detectar doenças ocupacionais.
• São feitos exames periódicos? Quais exames são  feitos? Auxiliam em doenças ocupacionais. 
• O trabalhador já teve doenças ou acidentes  decorrentes do trabalho?
• Outros colegas de trabalho apresentam quadro  parecido?
Anamnese ocupacional – modelo sugerido pelo INSS
· Identificação: escolaridade, raça, idade
· Queixa principal: relato de como o segurado percebe seu estado de saúde
· História da moléstia atual e história patológica pregressa
· Exame físico
· Dados da vida laboral:
· Profissão/ocupação, relação no mercado de trabalho atual (ativo, desempregado,  desvio de função), experiências, vínculos de trabalho atual e anteriores. 
· Descrição da ocupação atual: cargo, função, carga horária, atividades desenvolvidas. 
· Descrição do ambiente de trabalho: exposição a agentes nocivos físicos, químicos e  biológicos; riscos de acidentes; condições ergonômicas (más posturas, trabalho forçado/repetitivo, ritmo de trabalho penoso, relação com maquinários,  produtos e subprodutos, condição do mobiliário, da iluminação e da ventilação,  processo organizacional 
· trabalho, demandas psicofisiológicas e exigências cognitivas); uso de EPC e/ou EPI
· Tempo na ocupação atual
Se quero tornar a anamnese mais completa, faço a inspeção do ambiente de trabalho. Quando é acidente de trabalho, quase sempre pede exames complementares. Se comprovou que a doença é devido ao trabalho ou ocupação, emite a CAT (comunicaçao de acidente de trabalho). Aí encaminha o paciente para o CEREST. Afasta ele do trabalho para evitar exposição ao fator de risco ou quando for para tratamento. E, por fim, notifica para órgãos fiscalizadores. 
AULA 02 – 08/08/2022
DOENÇA PROFISSIONAL E DOENÇA DO TRABALHO
Doenças que vão surgir de maneira crônica e estão relacionadas ao trabalho. Nem sempre são notificadas. PRECISA SER TRABALHADOR FORMAL. Um trabalhador informal jamais terá acidente de trabalho e doença ocupacional. Como definimos quais são as doenças do trabalho? Pela classificação de Schilling (1894) 
	Grupo
	Exemplos
	I) Trabalho como causa necessária. Raramente são encontradas fora do ambiente de trabalho. 
	Intoxicação por chumbo, silicose, doenças profissionnais reconhecidas legalmente
	II) Trabalho como fator contributivo, mas não necessário. Surgem em função de certas condições de trabalho
	Doença coronariana, doenças do aparelho locomotor, câncer, varizes de membros inferiores
	III) Trabalho como provocador de um distúrbiolatente ou agravador de doença já estabelecida
	Bronquite crônica, dermatite de contato alérgica, asma, doenças mentais
O grupo I de Schillig está relacionado às doenças profissionais, uma vez que o trabalho é a causa necessária, isto é, obrigatório para que a doença se estabeleça. Já os grupos II e III compreendem as doenças em que o trabalho está relacionado, mas não é a causa necessária, constituindo-se fator contributivo ou desencadeante de um distúbio latente, sendo, portanto, conceituadas como doenças do trabalho. 
O que é acidente? Acontecimento CAUSAL, INESPERADO, FORTUITO, qualquer acontecimento DESAGRADÁVEL ou INFELIZ, que envolva dano, perda, lesao, sofrimento ou morte; fato acessório; qualidade particular, pormenor; fenômeno patológico inesperado que sobrevém no curso de uma doença. 
· Lesão corporal: qualquer dano estrutural, anatômico. Por exemplo: fratura, feridas, perda de segmento corporal
· Perturbação funcional: prejuízo ao funcionamento de qualquer órgão ou sentido. Ex: transtorno mental por TCE, dispneia por aspiração de gases tóxicos
· Incapacidade temporária: perda de capacidade por limitado período de tempo
· Incapacidade parcial (porque pode exercer outra função) e permanente: reduçao duradoura da capacidade de determinada alteração física ou função. Pode ser uniprofissional ou multiprofissional (pode trabalhar de outra forma). Por exemplo, amputação de um dedo
· Incapacidade total e permanente: é invalidez. Nesse caso, não há nenhuma condição de trabalho. É omnioprofissional (não consegue trabalhar em mais nada)
COMO É QUE SE DEFINE, ENTÃO, UM ACIDENTE DE TRABALHO?
São aqueles que ocorrem no local e horário de trabalho ou fora do mesmo quando o trabalhador está executando ordem a serviço da empresa, viajando a serviço ou prestando espontaneamente serviços ao empregador no sentido de reduzir risco iminente para a empresa. É uma doença profissional. Exemplos: manejo de serra elétrica vendedor pracista que sofre acidente automobilístico, evita furto ou roubo na empresa e é agredido. Ou seja, para ser acidente de trabalho precisa preencher 3 critérios: PRECISA OCORRER NO LOCAL/HORÁRIO DO TRABALHO (ou a mando do empregador), LESÃO CORPORAL OU PERTURBAÇÃO FUNCIONAL e REDUÇÃO DA CAPACIDADE DE TRABALHO. Exemplos:
· Vigia que é agredido por bandidos é acidente de trabalho também! 
· Cirurgião no hospital, puncionando o paciente agulha pega no dedo. Estava no local de trabalho, causou lesão corporal (mínima), mas não reduziu a capacidade de trabalho. O médico limpou a lesão e continuou trabalhando. Logo, isso não é acidente de trabalho. Para ser acidente de trabalho, precisa ter os 3 itens!!!
· Representante comercial viajando, fica em um hotel, onde está dormindo e o ventilador lá no teto cai na cabeça dele. Isso é acidente de trabalho? Sim. Mas por quê, já ele estava no horário de descaso? Porque a empresa assume os riscos do trabalhador quando ele não está dentro dela, a não ser que ele NÃO cumpra o que foi ditado pela empresa, ou seja, se esse representante comercial vai dormir em um hotel mais barato e reembolsa a diferença. Aí não seria acidente de trabalho. E se fosse na casa dele? Seria também. E se ele mexesse no ventilador, fazendo ele cair? Sim, desde que ninguém tenha visto que ele mexeu. Se alguém viu que ele mexeu, não é mais acidente de trabalho. 
· Representante comercial ficou no hotel que empresa mandou. No restaurante, encontrou pessoa, bateu papo, vai para o quarto, estavam no intercurso sexual, quando a cama caiu e a representante se machucou. A mulher alegou acidente de trabalho, foi ou não? Se a empresa descobrir que ela levou um acompanhante dentro do quarto, não é. Mas se não provarem, é acidente sim. 
Todos os deveres e direitos dos acidentes se amplicam à doença profissional (doença surge por causa do trabalho. Exemplo: silicose pulmonar, intoxicação por chumbo) e doença do trabalho (classe II e III, ou seja, tem a doença por condições especiais do trabalho ou por causa que o trabalho precipitou uma condição latente)
· Doença profissional (classe I)adquirida em decorrência do exercício do trabalho. O trabalhador não podia executar o serviço de outra forma e não havia algum equipamento de proteção que pudesse resguardá-lo do risco. O nexo causal é presumido (quando aparece doença como essa, presumo que a causa só pode ter sido pelo trabalho) Exemplos: intoxicação por Pb, silicose
· Doença do trabalho (classe II e III)decorrente das condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relaciona diretamente, mesmo usando EPI. O NEXO DEVE SER COMPROVADO. Exemplo: doenças osteomusculares, varizes de membros inferiores, asma. Nem todo mundo terá essas doenças...
Mas há alguma exceção? Sim. Aí não pode ser doença do trabalho
· Doença degenerativa 
· Inerente ao grupo etário (HAS, quase todo mundo irá ter)
· Que não produza incapacidade laborativa
· Doença endêmica adquirida por segurado (trabalhador que tenha recolhimento da Previdência Social) habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho. Por exemplo: no Norte do país tem malária. Se ele pegou malária, não é doença do trabalho. Mas e se uma pessoa de Barbacena (é residente daqui), vai para Manaus e lá pega malária? Aí sim é doença do trabalho
COVID-19 NÃO é doença do trabalho. Todo lugar tem o vírus, portanto, não se sabe onde pegou. 
Pode acontecer algo no trabalho e não ser culpa da pessoa. Fica no prejuízo? A lei brasileira é uma ‘’mãe’’. O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda de sua capacidade para trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação. O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho em consequência de ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiros ou companheiro de trabalho. ISSO É ACIDENTE DE TRABALHO SIM, POIS É OBRIGAÇÃO DA EMPRESA ASSEGURAR UM AMBIENTE TRANQUILO PARA O TRABALHADOR DESEMPENHAR SUAS FUNCIONALIDADES. Se tiver ofensa física intencional, ato de imprudência, negligência, ato de pessoa privada do uso da razão, desabamento, inundação, incêndio, doença de contaminação acidental...TUDO é acidente de trabalho. É muito fácil sofrer acidente de trabalho. Por isso que diminuiu os trabalhadores domésticos, pois eles não têm direitos.
Situações peculiares
· Horário de descanso, refeição ou satisfazendo necessidades fisiológicas no local de trabalho ou durante esteé acidente de trabalho SIM se houver algum tipo de acidente
· Lanchonete da empresa (1h de almoço), só tem uma esfirra, disputa com o colega. Perde a razão. É acidente de trabalho? Não, porque essa situação nada tem a ver com o trabalho, e sim questão pessoal
E o tal do acidente de trajeto?
· Se for habitual e sofre acidenteé acidente de trabalho
· Se desviar do trajeto habitualnão é acidente de trabalho
Como é que surge um acidente?
· Condições inseguras. Exemplo: construções e instalações precárias, máquinas com defeitos ou sem proteção de partes móveis, EPI defeituoso, horários de trabalho distribuídos de forma inadequada
· Atos inseguros diretos e indiretos: ação ou omissão que, contrariando um preceito de segurança, pode causar ou favorecer a ocorrência de acidentes. São comportamentos do trabalhador que podem levá-lo a sofrer um acidente. Fatores: desconhecimento das regras de segurança, emprego impróprio e sem habilitação de ferramentas, uso impróprio de EPI, excesso de confiança, descuido, pressa, distração, insegurança, etc
· Fator pessoal de insegurança: ‘’problemas pessoais’’. Ex: problemas de saúde não tratados, conflitos familiares, uso de substâncias tóxicas, falta de interesse pela atividade
Teve acidente de trabalho. Como faz?
COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO (CAT)quem preenche é a empresa. A empresa será obrigada a informar à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo que nãohaja afastamento das atividades, até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência. Se for morte, a comunicação será imediata. Poderá ser emitida por qualquer ente relacionado ao trabalho, ou seja, empregador, médico, autoridade pública, funcionário da empresa, representante de sindicato. 
O que importa para nós é isso aqui:
Se não sabe se é acide de trabalho ou não, NÃO preenche. Preenche só se tiver certeza de que foi um acidente. NÃO pode cobrar para preencher. Se o paciente chega no pneumologista e fala que teve fibrose intersticial, não preenche, porque pode ser que não tenha sido desenvolvida no trabalho. Já se o médico diagnosticou uma silicose pulmonar, aí sim preenche, porque é uma doença profissional. 
Como que caracteriza o elo entre acidente, doença e trabalho?
Chamamos de NEXO. Quando tem doença profissional, doença do trabalho ou acidente do trabalho, isso dá mais benefícios se comparado a quem teve doença comum. Temos 3 nexos:
· Nexo técnico profissional ou do trabalho: decorrente da constatação de uma doença profissional, ou seja, aquela que o trabalho obrigatoriamente causou. Exemplo: agentes químicos (arsênio, asbesto ou amianto, benzeno, berílio, bromo, cádmio, chumbo, etc), agentes físicos (ruído e afecções auditivas, vibrações, ar comprimido, radiações ionizantes), agentes biológicos (microrganismos e parasitas infecciosos vivos e seus produtos tóxicos), agentes físico-químicos (poeiras orgânicas, algodão, linho, sisal)
· Nexo técnico individual: decorrente da constatação de uma doença do trabalho, ou seja, aquela adquirida em função das condições especiais em que o trabalho é realizado. Também chamado de nexo individual e aplica-se aos acidentes de trabalho. Exemplo: pedreiro com lombalgia. Nem todo pedreiro terá lombalgia, mas o trabalho pode agravar. PRECISO PROVAR QUE O TRABALHO TEM PARTICIPAÇÃO
· Nexo técnico epidemiológico previdenciário: reconhecimento, no âmbito do INSS, das incapacidades decorrentes de significância estatística, entre diversos tipos de doenças e uma determinada atividade econômica, significando o excesso de risco em cada área econômica, uma vez que admite prova em sentido contrário. Se o trabalhador desenvolve doença, a empresa que ele trabalha tem código de atividade econômica. Na hora que faço perícia coloco codificação, sistema já tem memorizado combinações epidemiológicas e, imediatamente, já caracteriza como doença profissional e do trabalho. Tipo: motoristas com tuberculose não tem tanta relação, mas pode ocorrer
Riscos:
· Físicos: ruído, vibrações, pressões anormais, radiações ionizantes, radiaçõesnão ionizantes (micro-ondas, ultrassom, radiofrequências, etc.), calor, etc.
· Químicos: diversas substâncias químicas sob qualquer forma ou estado físico.
· Biológicos: bactérias, vírus, fungos, etc.
· Decorrentes da organização do trabalho: jornadas longas, trabalho penoso, ritmo intenso, trabalho noturno, monotonia, excesso de responsabilidade, falhas de treinamento, equipamentos, máquinas ou mobiliário inadequados, más condições de ventilação, posições desconfortáveis, etc.
· Mecânicos e de acidentes: ordem e limpeza do ambiente, proteção de maquinário, sinalização de situação de perigo, rotulagem de produtos químicos
Prevenção de acidentes:
· Inspeções de segurança e campanhas de segurançamodos mais eficazes de se praticar a prevenção
Normas regulamentadoras:
1) CIPA (Comissão interna de prevenção de acidentes)
· Caracterizada pela NR 5
· Objetivo: prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador
· Constituição: representantes dos empregados
· Mandato de 1 ano
· Identificar os riscos do processo de trabalho, realizar verificação do ambiente de trabalho, requisitar informações ao empregador, pedir mudanças em equipamentos ou no ambiente de trabalho, realizar anualmente a semana interna de prevenção de acidentes de trabalho. são essas as atribuições
2) PPRA (Programa de prevenção de riscos ambientais)
· Caracterizada pela NR 9
· Objetivo: preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais
· Atua para reduzir o risco ambiental! Adota protocolos para fazer com que não tenha exposição nociva 
· Atribuições:
· Antecipação e reconhecimento dos riscos
· Estabelecimento de prioridade e metas de avaliação e controle
· Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores
· Implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia
· Monitoramento da exposição aos riscos
· Registro e divulgação dos dados
· Quem faz? Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)
CIPAFEITA PELO TRABALHADOR. PPRAFEITA PELO SERVIÇO DE MEDICINA DO TRABALHO
AULA 03 – 18/08/2022
RISCO BIOLÓGICO
Relembrando que para ser doença profissional ou doença do trabalho precisa ser no ambiente do trabalho ou por ordem do empregador, lesão funcional/orgânica e incapacidade (não poder trabalhar). Qualquer ambiente de trabalho vai ter mais ou menos risco biológico. Bactérias, vírus e fungos são agentes prováveis. 
NR 32: o que o governo determina como deve ser o trabalho (capacitação contínua dos trabalhadores, determinação das medidas de proteção contra riscos, definição de programas que abordam os riscos ocupacionais). Deve-se respeitar isso. Considera risco biológico a probabilidade da exposição ocupacional a agentes biológicos. 
Individual: 1 trabalhador isolado. Coletivo: surto. 
	Classe de risco
	Individual 
	Coletivo 
	Efeito
	1
	Baixo 
	Baixo 
	Baixa probabiidade de causar doenças
	2
	Moderado 
	Baixo 
	Podem causar doenças que têm prevenção e tratamnto
	3
	Alto 
	Moderado 
	Podem causar doenças graves de difíceis prevenção e tratamento
	4
	Alto 
	Alto 
	Podem causar donças graves sem profilaxia e sem tratamento
No Brasil não tem classe I. Ou seja, todas as doenças infecciosas ocorridas em ambiente de trabalho são, no mínimo, classe II. Classe IV só tem vírus: Ebola, varíola, SARS-COV2. Essa classificação importa porque mostra como devo me precaver. Para se infectar, é preciso de contato prolongado íntimo. Como sei se a pessoa desenvolveu a doença? E como faço para evitar o surgimento? Preciso levantar as fontes, ou seja, de onde que vem? Se está dentro de um CTI, onde que tem mais bactérias? No paciente. No caso, ele é a fonte. O médico precisa se proteger. Presume a presença desses agentes. Há mais bactérias e vírus nos seres humanos. Se tem fungo, há algo de errado. AVALIA AS FONTES, E NÃO OS MICRORGANISMOS EM SI. 
Acidente perfurocortantese a condição permitir (pronto socorro não permite), para o procedimento e vê o que ocorreu. Procura a parte de eventos adversos do hospital e serviço de medicina do trabalho. exemplo: o vírus da hepatite B é MUITO transmissível (até mais que o HIV). O que vai determinar se um profissional de saúde vai se infectar é: a fase evolutiva da infecção, tipo de espécie do agente e a circunstância em que o acidente ocorreu. A medida mais relevante para proteção é a LAVAGEM DE MÃOS. As mãos têm muita bactéria. Perfurocortantes também, porque os seres vivos gostam de se multiplicar em ambientes tipo o sangue. Vamos supor que o médico se cortou, tem sangue visível. Precisa avaliar a fonte da contaminação (paciente). 
· O paciente fonte tem sorologia conhecida? Tranquilo. 
· Paciente fonte com sorologias desconhecidas, mas disponível para exame? Tranquilo também. Colhe sangue dele e faz sorologia para hepatite B, C e HIV
· Paciente fonte conhecido, mas não disponível para realização de exames: avaliar dados epidemiológicos
· Paciente fonte desconhecido: avaliar perfil de atendimento do local
Os dois últimos são menos comuns (ainda bem). 
· Transmissão por aerossol: preocupar com os vírus
· Transmissão por gotículas: preocupar comcoronaviroses
· Transmissão por sangue indireto: hepatite B, C e HIV (profissionais de saúde a cada 6 meses, em média, precisam realizar sorologias para esses vírus)
· Contato com as mãos: todos os microrganismos possíveis. É muito criminosa a mão
· Contato direto: não é comum. Tem o Staphylo aureus e o Strepto pyogenes
· Legionella pneumophila: sistemas de ar condicionado
· Enterovírus: água e alimentos contaminados
· Algumas cepas de Candida: sabonetes
· Pseudomonas: mesa fórmica 
A circunstância é gradativa. Quanto mais volume de secreção, maior o risco. Se for mais profundo, maior o risco também. É grave quando ocorre contaminação por via percutânea, se há envolvimento de agulha de grosso calibre, se compromete mucosas, etc. Ou seja, A CIRCUNSTÂNCIA DEPENDE DA INTENSIDADE. Existe uma diferença entre cuidados de saúde entre PREVENÇÃO e PRECAUÇÃO.
· Prevenção: medidas quando os riscos envolvidos são conhecidos, ou seja, já sabe de tudo. Tomo medidas específicas 
· Precaução: medidas quando existe a certeza de que todos os riscos envolvidos NÃO SÃO TOTALMENTE CONHECIDOS, ou seja, não sei o que tem ali envolvido
Sofreu acidente perfurocortantepara o serviçolava com água e sabão ou soroprocurar serviço de medicina do trabalho. Se for um acidente perfurocortante, o risco de transmitir hepatite B e C e HIV são grandes (se o paciente fonte tiver sorologia positiva), daí tem que realizar as sorologias no profissional que sofreu o acidente. Se por acaso o anti-HBS (anticorpos) estiverem com títulos baixos, tem que revacinar. 
Antes da exposição:
- PPRA: feito por todo mundo
· Avaliação do risco biológico: qualitativa. Faz estudo do ambiente, da iluminação, do imobiliário, da limpeza, a fim de reduzir o risco. Se usa um material que atrai muito fungo, por exemplo, devo reduzir a quantidade utilizada, pois assim terá menos casos 
· Medidas de prevenção: precauções padrão e por via de transmissão
- PCMSO:
· Só médico, enfermeiro, técnico de enfermagem do trabalho fazem
· Tomam condutas MÉDICAS de prevenção e precaução. Orientar lavagem das mãos, criação de protocolos para fazer procedimentos invasivos com maior segurança, orientar a realização de sorologias periodicamente 
Depois da exposição:
- PPRA:
· Identificação mais precisa do agente
· Medidas de prevenção específicas para evitar disseminação do agente (acidentes)
- PCMSO:
· Profilaxia pós-exposição
· Tratamento
· Condutas frente a eventuais danos permanentes (adaptaçao e/ou reabilitação)
AULA 04 – 22/08/2022
AGRAVOS À SAÚDE DO TRABALHADOR – LER/DORT E PAIRO
LER (lesões por esforços repetitivos) e DORT (doenças osteomusculares relacionadas ao trabalho) podem ser causados e desencadeados pelo trabalho. NÃO ADVÉM DE DOENÇA PROFISSIONAL, APENAS DE DOENÇA DO TRABALHO. São condições que resultam do desequilíbrio entre exigências das tarefas por parte da organização e as capacidades motoras do trabalhador. Exemplos: tendinites, tenossinovites, síndrome do túnel do carpo, cervicalgia, lombalgia, etc. 
· Grau I: sensação de peso e desconforto no membro afetado. Sinais clínicos ausentes
· Grau II: dor mais persistente e intensa e surge no trabalho. Consegue trabalhar, mas exacerbação piora. Sinais clínicos, em geral, ausentes
· Grau III: dor persistente e forte com irradiação definida. Repouso somente atenua a dor. Sinais clínicos presentes
· Grau IV: dor forte, contínua e, por vezes, insuportável. Há componentes psíquicos. Afasta um pouco do trabalho. Se melhorar, tem relação com o trabalho
Não existe nada patognomônico para dizer que esses fenômenos ergonômicos estejam atrelados ao trabalho. O diagnóstico vale-se da anamnese ocupacional, principalmente. Exames complemenatares podemos pedir os de imagem, mas também não têm nexo com o trabalho. O diagnóstico pode ser feito por qualquer médico: assistente, do trabalho, perito previdenciário. Pode ser necessária a vistoria no local de trabalho, quando se tem dúvida sobre o trabalho que o indivíduo exerce. Se comprovada a relação com o trabalho, tem que preencher a CAT. Fazendo a vistoria, pode encontrar alguns elementos que podem ajudar a fechar o nexo:
· Organização do trabalho: monotonia, ritmo acelerado, ausência de pausas
· Ambiente de trabalho: mobiliário e equipamentos inadequados
· Condições ambientais: iluminação, temperatura, ruído
· Condições psicossociais: estresse no trabalho, no cotidiano, dificuldades de socialização (é mais difícil de caracterizar)
LER e DORTmuito difícil de fazer diagnóstico precoce. Existem fatores que fazem os trabalhadores não procurarem o médico: medo de ser demitido, receio de ser marginalizado (medo de achar que é frescura), medo de ficar afastado do trabalho. Exemplos de LER e DORT: tenossinovite dos dedos das mãos, tenossinovite de De Quervain, bursites, epicondilites, síndrome do túnel do carpo (ocorre por uma super utilização de grupos tendíneos e articulares. O indivíduo terá dor e parestesia apenas na metade da mão. Como diagnóstico, podemos usar o Sinal de Tinel e manobra de Phalen), síndromes cervicobraquiais (compressão de raízes nervosas. Paciente sente dor, hipoestesia e paresia de acordo com a raíz acometida)
FibromialgiaNADA tem a ver com o trabalho. Caracteriza por dor muscular difusa. É uma síndrome de dor crônica nociplástica. Costuma estar associada a transtornos psiquiátricos. Mais comum em mulheres. Se chegar um trabalhador for em um reumato e ele falar que ele tem fibromialgia, NÃO pode falar que a doença tem nexo com o trabalho. 
ERGONOMIA NÃO TEM PREVISÃO LEGAL DE SER CONSIDERADO NOCIVO COMO AGRAVO À SAÚDE DO TRABALHOR. 
RUÍDO: de longe, o agente mais prevalente do ambiente de trabalho. Menor ou maior intensidade, mas vai ter. Precisa ser ruído ARTIFICIAL (barulho de trãnsito, por exemplo, é ruído ambiental. Logo, não justifica a perda da acuidade auditiva), que aí o trabalhador desenvolve a PAIRO – perda auditiva induzida por ruído ocupacional. PAIRO é, então, diminuição gradual da acuidade auditiva decorrente da exposição continuada em níveis elevados de pressão sonora. Tenho que medir a intensidade do som, que é dado em decibéis. Para ser PAIRO, tem que ser acima do limite permitido. Existe uma PAIRO aguda: o trauma acústico, que é uma perda auditiva súbita decorrente de uma única exposição à pressão sonora intensa ou devido à trauma físico do ouvido, crânio ou coluna cervical. Se constitui em um acidente de trabalho. 
PAIRO, segundo o Colégio Americano, é neurossensorial (lesão dos órgãos de Corti), bilateral (quase sempre) e irreversível. Leva o trabalhador à intolerância por sons mais intensos, não há progressão da perda auditiva com a cessação da exposição. Ou seja, se sai do ambiente do trabalho, não vai melhorar, mas retarda a progressão. Já no Brasil, a PAIRO é neurossensorial, irreversível, bilateral e progressiva com o tempo de exposição ao ruído
Esse é um exame de audiometria NORMAL. Essa curva é a intensidade de decibéis. 
Essa é uma audiometria alterada, pois tem uma ‘’rampa em ski’’. Indica lesão neurossensorial. Não é patognoômico de doença ocupacional. Mas, a depender do que o trabalhador diz na anamnese, pode falar que tem nexo causal com o trabalho desempenhado
· Até 5/3/1997nocivo até 80 dB
· De 1997 até 2003nocivo a partir de 90 dB (foi mudado para o Brasil acompanhar os outros países)
· De 2003 em diantenocivo até 85 dB
Existem 4 modalidades de confirmação diagnóstica. A mais usada é audiometria. A audiometria de tronco cerebral (BERA) é usada para quando a pessoa não sabe falar, tipo crianças OU em indivíduos em que não consegue fazer diagnóstico certeiro. Tem também a imitanciometria, que é uma técnica objetiva (como o BERA), pois não preciso que a pessoa fale se ouviu ou não. 
· PAIRO é prevenível (empresas podem fornecer tampões, por exemplo)
· Exames médicos periódicos (audiometria)pagos pela empresa
· Existe arcabouço legal para controle de risco e da saúde do tabalhador
POR QUE HÁ NOVOS CASOS? POR QUE HÁ PROGRESSÃO DE PERDA?
· O ruído é inerente ao trabalho e não é percebido como um problema sério
· A perda auditivanão é incapacitante e nem resulta em morte
· A presunção de que medidas de controle de ruído na fonte são caras
· Uso de EPI é desconfortável e ineficaz
· Excessiva dependência de empresas na prestação de serviços na área da saúde ocupacional impede amplitude de informações e atuação transversal na solução dos problemas
RADIAÇÃO IONIZANTE: pode ter exposição alta ou baixa, exposições agudas ou crônicas e parte do corpo exposta. Existem síndromes radiológicas de acordo com a dose e forma de exposição. A medida é dada em ‘’grey’’, que é a quantidade de energia absorvida por um tecido. Quanto mais perene é a célula, mais tem que impor radiação. Ou seja, SNC > TGI > sangue. Em ordem decrescente, os tecidos que necessitam de maior radiação para adquirirem patologias. Precisa proteger a fertilidade! Homens e mulheres em idade fértil precisam proteger as gônadas. Síndromes agudas vão causar tipo uma ‘’gripe’’ no início. O que faz o trabalhor brasileiro ser protegido da radiação? É uma das legislações mais rigorosas do mundo. Todo país que produz material nuclear, precisa estar atrelado à Agência Internacional de Energia Atômica. E ela tem protocolos que dizem como devem ser manuseados esse material, qual fim dar, etc. 
AULA 05 – 29/08/2022
AGRAVOS: RISCO QUÍMICO 
1) CHUMBO
Doenças causadas pelo chumbo100% de certeza que foi pelo trabalho. Ocasiona uma síndrome clínica chamada de ‘’saturnismo’’. Não existe sinais patognomônicos que falam a favor dessa síndrome. É uma doença profissional. Maioria das vezes é inalação. Pode levar à morte, inconsciência. Padrão ouro para diagnóstico: dosagem de Pb++ sanguíneo. Avaliação por imagem é acessória. Faz radiografia, que diferencia se a exposição é por longo ou curto período. Material radiopaco nos ossosmuitos anos de intoxicação. 
2) BENZENO
É um hidrocarboneto que pode fazer mal à saúde. Existe com frequência no ambiente de trabalho e pode causar doenças. É aromático, bem como tolueno e xileno. Pode causar síndromes mielodisplásicas, principalmente leucemia mieloide aguda. Se um trabalhador comprovar que ele estava exposto continuamente ao benzeno, ele consegue sim se aposentar mais cedo. Intoxicação é por aspiração (ex: frentista em posto de combustíve). Clínica: não tem nada de patognomônico. Apenas suspeito pela clínica. Dois principais sistemas acometidos: fígado e sistema hepatopoiético (medula óssea). LMAleucemia mieloide aguda. Basta haver exposição baixa para que um indivíduo predisposta desenvolva essa doença. Período de latência: quando o benzeno entra no corpo até quando aprece sintomas. Para as neoplasias, esse período é curto, cerca de 4 a 5 anos. Então, se aparecer um trabalhador que manipule coisas com benzeno, frentistas de postos de gasolina com LMAdoença foi causada pela exposição ao benzeno! Quanto maior a exposição, maior o risco de contrair doenças. Mieloma múltiplo, policitemia vera, câncer de bexiga, perda gestacional, doença degenerativa do SNC. Onde há benzeno? Trabalhadores do setor elétrico, da cadeia do petróleo, alguns trabalhadores da metalurgia, indústrias de calçados, de plásticos, da borracha e da madeira, siderurgia, refinaria de petróleo, postos de combustível, alguns tipos de indústria metalúrgica. 
3) DERMATOSES OCUPACIONAIS
Alteração das mucosa, pele e seus anexos que seja direta ou indiretamnte causada, condicionada, mantida ou agravada por agentes presentes na atividade ocupacional ou no ambiente de trabalho. Fatores de risco: 
· Jovens
· Pele clara
· Atopia
· Tegumento pouco adaptado
· Mulheres (mãos)
· Ambientes quentes e úmidos (lembrar dos fungos)
· Uso incorreto de EPI
· Ostostatismo prolongado (muito tempo de pé)
Não tem nenhum fator principal e importante. Pode ter associação deles. 
· Agentes físicos: radiações
· Agentes biológicos: bactérias e fungos
· Agentes químicos: cimento, solventes, óleos, detergentes, ácidos, bases, aditivos metabólicos, etc
Diagnótico: nada patognomônico. Mas, melhora com o afastamento e piora com a volta ao trabalho. Na dúvida, faz o teste epicutâneo. Faz diagnóstico diferencial, pois algumas dermatoses não estão relacionadas ao trabalho, como herpes, psoríase. 
A clínica é muito variável, bem como o tratamento. 
4) PNEUMOCONIOSES
Doenças que acometem as vias aéreas causadas por poeiras orgânicas e inorgânicas inseridas, geralmente, no ambiente do trabalho. Essas poeiras irão causar reação inflamatória exacerbada que se não for interrompida, irá se converter em fibrose e insuficiência respiratória. Felizmente, temos alguns mecanismos de proteção. Podem se manifestar de modo nodular e não nodular. As pneumoconioses são distúrbios RESTRITIVOS (fibroseredução da complacência pulmonarhióxia tecidual)
· Silicosesílica. Causa pneumoconiose fibrótica de aspecto nodular
· Asbestoseamianto, mas precisa ser o crisotila, presente em caixas d’água, telhas, etc
· Antracosecarvão mineral. Fibrose em níveis variados
· Bissinosetecidos
Nosso corpo nos defende quando inalamos poeira. Um exemplo disso é o sistema mucociliar da traqueia e vias aéreas mais calibrosas (brônquios). Há produção de muco, cuja função é realizar o claarence. Se produz mais mucotosse ou deglute. Ou faz reação inflamatória. Se for MUITAS partículas pequenas o corpo não defende. Logo, é necessário proteger o trabalhador com EPI, exames de rotina, etc. 
Diagnóstico:
· Anamnesesinais e sintomas, quando começou, com o que trabalha
· Raio X de tórax ‘’especial’’precisa colocar no pedido ‘’suspeita de pneumoconiose’’
· TC de alta resolução 
Dois exames que NÃO diagnosticam, mas pode pedir: biópsia pulmonar (encontra fibrose) e provas funcionais (espirometria)
SILICOSE: forma nódulos silicóticos que se agrupam formando grumos de fibrose. Substância envolvida é o SiO2. Diagnóstico pela anamnese. Se tem silicose, tem risco três vezes maior de desenvolver tuberculose, micose pulmonar, câncer de pulmão e mesotelioma. Tratamento: tirar da exposição à sílica. Mas tratamento específico não tem
ASBESTOSE: pneumopatia fibrótica intersticial causada pela exposição ao asbesto/amianto. Precisa ser o asbesto chamado ‘’crisotila’’. Tempo de latência para causar câncer: 20 a 40 anos, mas o mais comum é acometer a PLEURA. Encontro nos trabalhos de fabricação de telhas, caixa d’água, construção civil. Diagnóstico é pela anamnese e radiologia. No RX vê uma espécie de ‘’pl’ca'’. Tratamento: não tem, só minimizo as complicações com O2, ATB
ANTRACOSE: forma fibrótica. Susbtância envolvida: carvão mineral. Diagnóstico pela história ocupacional. Ao raio-X, vemos nódulos. Posso ter destruição do parênquima alvéolo-capilar e, a partir disso, forma-se uma síndrome obstrutiva. Nódulosfibrosecavitações. Sem tratamento também
BISSINOSE: ‘’mal das segundas-feiras’’. É quando a pessoa inala substâncias de tecido. Causa fibrose, nodulação e síndromes obstrutivas. Período de latência é 10 anos, ou seja, mais precoce, porque aqui tem envolvimento de bactérias. ‘’asma do trabalho’’, ‘’asma dos tecelões’’.

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