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Asma na infância nenhuma intervenção foi capaz de prevenir o desenvolvimento de asma ou modificar seu curso natural a longo prazo. a atopia está presente na maioria das crianças com asma com > 3 anos de idade a sensibilização específica a alérgenos é um dos fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento de asma. A asma é a doença crônica não transmissível mais comum da infância e a principal causa de morbidade infantil por doença crônica, medida por faltas escolares, visitas ao pronto-socorro e hospitalizações, em geral, ela começa na primeira infância em até ½ das pessoas com asma, os sintomas começam durante a infância, seu início é mais precoce nos homens do que nas mulheres, afeta mais de 260 milhões de pessoas globalmente em 2019. Se a inflamação não é tratada e o processo de inflamação-reparo se perpetua, ele pode evoluir para quadro de remodelamento de vias aéreas, aumentando a chance de morte, a irreversibilidade com tratamento, sequelas e a dependência de oxigênio. L A Y A N E S I L V A Células inflamatórias: mastócitos, eosinófilos, linfócitos T, células dendríticas, macrófagos e neutrófilos - podem haver padrões diferentes de asma (eosinofílico ou neutrofílico) Células brônquicas: estruturas envolvidas na patogenia da asma: células epiteliais, musculares lisas, endoteliais, fibroblastos, miofibroblastos e os nervos. Moduladores inflamatórios: quimiocinas, citocinas, eicosanóides, histaminas e óxido nítrico - na asma, ocorre liberação de citocinas pró-inflamatórias. A fisiopatologia da asma inclui a atuação de fatores como: O estreitamento brônquico intermitente e reversível é causado pela contração do músculo liso brônquico, edema da mucosa e hipersecreção mucosa, além disso, a inflamação crônica da asma é um processo no qual existe um ciclo contínuo de agressão e reparo que pode levar a alterações estruturais reversíveis, como remodelamento das vias aéreas. Em resumo, há uma cascata inflamatória que mantém uma inflamação crônica nas vias aéreas, causando cansaço e dispneia, ademais estão envolvidos vários processos de que acarretam na liberação contínua de citocinas inflamatórias, causando estreitamento dos brônquios, redução da luz brônquica e resistência da passagem do ar, principalmente na expiração. Sintomas recorrentes de asma: (1) dispneia, (2) tosse, (3) chiado, (4) aperto no peito. Caracterizada por inflamação crônica das vias aéreas que cursam com obstrução do fluxo aéreo e pode ser reversível espontaneamente ou com uso do broncodilatador, cursa com história de sintomas respiratórios como sibilos, dispneia, aperto no peito e tosse que variam ao longo do tempo e intensidade, em conjunto com a limitação variável do fluxo aéreo respiratório. É uma doença de base genética (pais com história de atopia + paciente com queixa de dispnéia, tosse, chiado e aperto no peito) que reverte com broncodilatador, e que tem diagnóstico clínico. Caso não ocorra reversão com uso de broncodilatador é importante pensar em diagnósticos diferenciais como fibrose cística, corpo estranho e tuberculose. F I S I O P A T O L O G I A F A T O R E S G E N É T I C O S Os fenótipos de asma estão presentes em 25% dos filhos que têm pelo menos 1 pai com asma, sendo que há maior risco de expressão precoce de doença atópica se atopia materna, além disso há uma herança poligênica por genes localizado nos cromossomos 5q, 6q, 11q, 12q e 13q - os genes envolvidos definem qual tipo de asma a pessoa terá, assim, existem vários fenótipos que determinaram a resposta ao tratamento. F A T O R E S D O A M B I E N T E E E S T I L O D E V I D A Nas crianças com herança atópica, a ausência dos fatores do ambiente pode retardar o início do chiado, mas não os previne, em geral, (1) a sensibilização precoce aumenta em 9 vezes o risco de asma, (2) a presença de de alergia alimentar é fator de risco para sintomas de asma nas crianças > 4 anos, (3) a fumaça do tabaco aumenta o estresse oxidativo e estimula a inflamação das vias aéreas, (4) o fumo materno durante a gestação compromete o crescimento pulmonar fetal e pode estar associado a chiado no início da vida, (5) exposição à poluentes, como dióxido de nitrogênio, ozônio, material particulado, poluentes domésticos, e (6) condições do tempo, como temperaturas extremas e alta umidade, (7) irritantes, como perfumes, cloro, poeira, (8) nutrição, pois o aleitamento materno protege do desenvolvimento da doença atópica e a exposição à proteína do leite de vaca aumenta a chance de asma, (9) exercício físico desencadeada pela perda de água e calor do trato respiratório, necessário para aquecer e umidificar o ar inspirado sob condições de hiperventilação, (10) estresse e distúrbios psicológicos, com crises desencadeadas por fatores emocionais. I N F E C Ç Õ E S Cerca de 30% da crianças < 4 anos têm chiado intermitente associado aos vírus respiratórios, sendo o rinovírus responsável pela maioria das exacerbações da asma, já a VSR é causa comum de sintomas respiratórios graves em lactentes - a bronquiolite grave pelo VSR em idade precoce é fator de risco para persistência de asma mais tardia na infância. Nem tudo que sibila é asma, mas o sibilo que reverte com broncodilatador fala muito a respeito de asma. D E T E R M I N A N T E S D A A S M A O polimorfismo no gene de receptor beta-2 adrenérgico localizado no 5q relaciona-se com a gravidade da doença e com a resposta terapêutica. O diagnóstico de asma pode ser dado a qualquer momento da vida se o indivíduo tiver uma história clínica sugestiva, uma vez que ela tem uma base/determinante genético - se a mãe é asmática existe 50% de chance da criança desenvolver asma, se o pai é asmático existe 25% da criança desenvolver asma, se ambos são asmáticos existe 75% de chance de desenvolver asma. Importante pensar em dispneia suspirosa como indicativo de ansiedade e que melhora a dormir (emocional mais tranquilo). L A Y A N E S I L V A F E N Ó T I P O S D A A S M A Asma induzida pelo exercício físico: desencadeada por brincadeiras, subir escadas, atividade física. Tosse variante de asma: tosse seca recorrente, sem sibilância, desencadeada por aeroalérgenos, com resposta ao broncodilatador. Asma noturna: sintomas noturnos Asma induzida por vírus: sibilância apenas durante os quadros virais. Nas crianças existem os fenótipos de sibilância definidos pelo estudo de Tucson (sibilantes transitórios de início precoce, sibilância persistente e sibilância de início tardio), e os fenótipos da asma que dependem da idade do início dos sintomas e fatores desencadeantes, além de diferentes fatores de risco, prognóstico e resposta ao tratamento. Asma de difícil controle. Chiado: a sibilância é o sintoma mais comum e específico associado à asma em crianças, principalmente se ocorre recorrentemente, durante o sono ou com gatilhos (atividade, riso ou choro) - os pais podem descrever qualquer respiração ruidosa como chiado. Tosse: improdutiva (seca), recorrente e/ou persistente, acompanhada de episódios de sibilos e dificuldades respiratórias, ocorre à noite ou final de tarde e início da manhã (quando a criança está dormindo) ou com algum gatilho (exercício, sorriso e choro), na ausência de infecção respiratória aparente e responde ao broncodilatador. Infecções do trato respiratório recorrente lesam o epitélio das vias aéreas e mesmo após a resolução da infecção a hiperreatividade das vias aéreas inferiores pode permanecer gerando asma. D I A G N Ó S T I C O C L Í N I C O D A A S M A O diagnóstico confiável de asma em crianças com < 5 anos é desafiador, porque sintomas respiratórios episódicos, como sibilos e tosse são comuns em crianças sem asma, principalmente entre 0 e 2 anos e não é possível avaliar rotineiramente a limitação do fluxo aéreo ou responsividade ao broncodilatador nessa faixa etária. Assim, deve-se seguir uma abordagem baseada em probabilidade, com base no padrão de sintomas durante e entre infecções respiratórias virais, além disso, conversar com pais/responsáveis para tomar decisões individuaispara cada criança a fim de evitar tratamento de controle excessivo ou insuficiente. S I N T O M A S S U G E S T I V O S D E A S M A E M C R I A N Ç A S D E < 5 A N O S Pessoas com asma tem mais de um desses sintomas Sintomas ocorrem de forma variável ao longo do tempo e variam em intensidade Sintomas ocorrem ou são piores à noite ou ao acordar Sintomas costumam ser desencadeados por exercício, risos, alérgenos ou ar frio Sintomas ocorrem ou pioram com as infecções virais a sensibilização alérgica precoce aumenta a probabilidade de desenvolvimento de asma em uma criança sibilante persistente. O diagnóstico será baseado em (1) padrões de sintomas, como episódios recorrentes de sibilos, tosse, falta de ar (manifestada por limitação de atividade) e sintomas noturnos ou despertares, (2) presença de fatores de risco para desenvolvimento de asma, como história familiar de atopia, sensibilização alérgica, alergia ou asma, ou história pessoal de alergia alimentar ou dermatite atópica, (3) resposta terapêutica ao tratamento do controlador, e (4) exclusão de diagnósticos alternativos. A frequência e gravidade dos episódios de sibilos e o padrão temporal dos sintomas (apenas com resfriados virais ou também em resposta a outros fatores desencadeantes) devem ser levados em consideração para escolha do tratamento de controle que deve ser revisado a cada 2-3 meses. L A Y A N E S I L V A a rinite alérgica, resfriado comum e outras doenças respiratórias podem estar associada a tosse na ausência de asma. tosse prolongada na infância e a tosse sem sintomas de resfriado estão associadas a asma diagnosticada pelo médico posteriormente relatada pelos pais, independentemente da sibilância infantil. as características da tosse na infância podem ser marcadores precoces de suscetibilidade à asma, particularmente em crianças com asma materna. se esses fatores estiverem presentes, o médico está autorizado nessas circunstâncias a entrar com tratamento de manutenção e 2-3 meses com corticóide inalatório. em bebês e crianças pequenas, chorar e rir são equivalentes ao exercício em crianças mais velhas. Falta de ar: pais também podem usar termos como 'respiração difícil', 'respiração pesada' ou 'falta de ar', ocorre durante exercício e é recorrente aumenta a probabilidade do diagnóstico de asma. Atividade e comportamento social: a atividade física é um importante desencadeador de sintomas de asma em crianças pequena, por isso crianças pequenas com asma não controlada tendem a se abster de brincadeiras ou exercícios extenuantes para evitar sintomas - os pais podem relatar irritabilidade, cansaço e alterações de humor em seus filhos. Antecedentes: se tiver histórico familiar positivo com parentes de primeiro grau ou a criança tendo dermatite atópica ou rinite alérgica, são pontos que favorecem o diagnóstico de asma, não necessariamente é mas é altamente provável que seja asma. E X A M E S C O M P L E M E N T A R E S o IgE específico tem positividade menor até os 4 anos e maior positividade desde a adolescência até a idade de adulto jovem, seguida de declínio com a idade. T E S T E T E R A P Ê U T I C O Tentativa de tratamento por pelo menos 2-3 meses com beta2- agonista de curta ação (SABA) conforme necessário e corticosteroides inalatórios de baixa dose regular (CI), co avaliação da resposta a partir do controle dos sintomas (diurno e noturno) e pela frequência de episódios de sibilância e exacerbações - a melhora clínica acentuada durante o tratamento e a piora do quadro quando o tratamento é interrompido apoiam o diagnóstico de asma. T E S T E D E S E N S I B I L I Z A Ç Ã O A L É R G I C A quando solicitado IgE específico, deve-se esclarecer quais agentes devem ser testados, os principais são ácaros (Dermatophagoides pteronyssinus, Dermatophagoides farinae, Blomia tropicalis), poeira doméstica, barata (Periplaneta americana e Blatella germanica), epitélio de cães e gatos, e fungos (Penicillium sp., Aspergillus fumigatus, Alternaria alternata). sensibilização a alérgenos pode ser avaliada por teste cutâneo (prick test) ou imunoglobulina E específica para alérgenos, está presente na maioria das crianças com asma a partir dos 3 anos, mas a ausência de sensibilização não exclui o diagnóstico de asma - mas é o melhor preditor para o desenvolvimento de asma persistente. Raramente indicadas, apenas se houver dúvida sobre o diagnóstico de asma em uma criança com sibilos ou tosse, pode ajudar a excluir anormalidades estruturais, infecções crônicas como tuberculose, corpo estranho inalado, ou outros diagnósticos. R A I O - X D E T Ó R A X Não tem papel importante pois crianças com < 5 anos não tem capacidade de realizar manobras expiratórias, no entanto, aos 5 anos, muitas crianças são capazes de realizar espirometria com um técnico experiente e estímulos visuais. T E S T E D E F U N Ç Ã O P U L M O N A R Medição da concentração fracionária de óxido nítrico exalado (FeNO) não está amplamente disponível para a maioria das crianças nessa faixa etária, mas pode ser medido em crianças pequenas com respiração corrente. Em crianças pré-escolares com tosse e sibilância, um FeNO elevado registrado 4 semanas a partir de qualquer IVAS predisse asma diagnosticada pelo médico na idade escolar e aumentou as chances de sibilância, asma e uso de CI na idade escolar, independentemente da história clínica e presença de IgE específica. Ó X I D O N Í T R I C O E X A L A D O I . E V I D Ê N C I A D E L I M I T A Ç Ã O V A R I Á V E L A O F L U X O D E A R E X P I R A D O Pelo menos uma vez durante o processo diagnóstico (quando VEF 1 é baixo), é importante documentar que a VEF1/CVF está abaixo do limite inferior normal, mas uma espirometria normal não afasta asma, pois se a doença estiver controlada a espirometria pode vir normal. Para que se condicione um diagnóstico a espirometria deve estar associado a uma clínica muito sugestiva, nesse caso, uma espirometria alterada com VEF1 abaixo do limite esperado e se melhorar após o broncodilatador deve-se suspeitar de asma. Se após a inalação de um broncodilatador ou após tratamento anti-inflamatório durante 4 semanas, a VEF aumenta em > 200ml e 12% do valor de base isso indica resposta significativa ao broncodilatador ou reversibilidade, ademais a variabilidade diurna média do PFE se > 10% (em crianças > 13%) indica maior pico de fluxo inspiratório durante o dia do que a noite. PEF (pick flow): consiste em um aparelho no qual a criança assopra e pode medir o fluxo e a quantidade de soluto, sendo capaz de avaliar grandes vias aéreas e esforço dependente, sendo que a medida da avaliação diurna exagerada do pFE é uma forma simples e menos acurada de diagnosticar a limitação ao fluxo aéreo na asma, para isso medidas matinais e vespertinas devem ser obtidas durante 2 semanas, e variações diurnas superiores a 20% são consideradas positivas. Espirometria: na criança pode não dar um resultado fidedigno, é um exame de avaliação de função pulmonar que pode ser usado em patologias obstrutivas (asma, bronquioite, enfisema) e patologias restritivas (doença intersticial pulmonar e L A Y A N E S I L V A Capacidade vital forçada (CVF): diferença em litros de volume entre a inspiração máxima e a expiração rápida completa, como esforço máximo Volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1): medida isolada mais acurada para gravidade da limitação do fluxo do ar e a resposta imediata do uso do broncodilatador. Fluxo expiratório forçado entre 25-75% da CF (FEP 25 - 75%) pneumonia que comprometem a complacência pulmonar - respiração curta). Assim é usado para estimar a gravidade da limitação ao fluxo aéreo, sua reversibilidade e sua variabilidade, e além de confirmação diagnóstica, pode fornecer informações sobre o controle da asma em pacientes acima de 5-7 anos. Quando a história clínica é característica, mas a espirometria é normal, o paciente deve ser considerado como tendo asma e, quando necessário, deve ser tratado. Em casos de dúvidas em relação ao diagnóstico,a observação da variabilidade do pico do fluxo expiratório, a repetição da espirometria durante período sintomático ou um teste de broncoprovocação podem confirmar ou afastar a suspeita de asma. D I A G N Ó S T I C O D I F E R E N C I A L Falha ao prosperar Sintomas neonatais ou de início muito precoce (especialmente se associados a déficit de crescimento) Vômitos associados a sintomas respiratórios Chiado contínuo Falha em responder aos medicamentos para asma (CI, corticosteróides orais ou SABA) Sem associação de sintomas com gatilhos típicos, como IVAS viral Sinais focais pulmonares ou cardiovasculares, ou baqueteamento digital Hipoxemia fora do contexto de doença viral Qualquer uma das características abaixo sugere diagnóstico alternativo e indica necessidade de investigações adicionais: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. I N D I C A Ç Õ E S P A R A I N V E S T I G A Ç Ã O D I A G N Ó S T I C A A D I C I O N A L T R A T A M E N T O Em crianças pequenas incluem: (1) obter um bom controle dos sintomas e manter os níveis normais de atividade, (2) minimizar os riscos futuros, que é reduzir o risco de surtos, manter a função pulmonar e o desenvolvimento pulmonar próximo do normal e minimizar os efeitos colaterais da medicação. A manutenção de níveis normais de atividade é particularmente importante em crianças pequenas, porque brincar é importante para seu desenvolvimento social e físico normal. Os objetivos serão alcançados a partir de avaliação (diagnóstico, controle de sintomas, fatores de risco, técnica inalatória, adesão, preferência dos pais), ajuste do tratamento (medicamentos, estratégias não farmacológicas e tratamento de fatores de risco modificáveis) e revisão da resposta (eficácia da medicação e efeitos colaterais). Esse ciclo deve estar associado à educação dos pais/responsáveis e da criança (a depender da idade), treinamento de habilidades para uso eficaz de dispositivos inaladores e incentivo à boa adesão, monitoramento dos sintomas pelos pais/responsáveis, e um plano de ação personalizado por escrito. O B J E T I V O S A V A L I A Ç Ã O D A C O N T R O L E D A A S M A Para assegurar o tratamento é importante avaliar se a criança tem sintomas todo dia, sintomas noturnos, limitação à atividade física e uso de medicações de alívio (beta-2 agonista, ou seja, perguntar se faz uso de Salbutamol, Aerolin, etc.) para avaliar se a asma está bem controlada ou não. O controle das manifestações com ou sem tratamento é avaliado pelo estado de asma da criança nas últimas 4 semanas (controle atual) e como ela pode afetá-los no futuro (risco futuro). Sintomas (tosse, sibilo, respiração pesada) por < 10 dias durante infecções do trato respiratório L A Y A N E S I L V A A definição de controle satisfatório dos sintomas em crianças com < 5 anos depende de informações derivadas dos cuidadores, para avaliação é usado o Teste de Controle da Asma na Infância em crianças de 4-11 anos. O Teste de Controle Respiratório e da Asma (TRACK) é um questionário validado para preenchimento de cuidadores para crianças em idade pré-escolar com sintomas consistentes com asma, inclui controle dos sintomas e cursos de corticosteroides sistêmicos no ano anterior. se o CI for administrado através de uma máscara facial ou nebulizador, a pele do nariz e ao redor da boca deve ser limpa logo após a inalação para evitar efeitos colaterais locais, como erupção cutânea. A relação entre controle de sintomas e risco futuro de resultados adversos, como exacerbações, é pouco estudada, sabe-se que as crises podem ocorrer em crianças após meses de controle dos sintomas. O risco futuro de danos devido a doses excessivas de corticosteroides inalatórios ou sistêmicos também deve ser evitado, garantindo que o tratamento prescrito seja apropriado e reduzido à dose mais baixa que mantenha o controle satisfatório dos sintomas e minimize as exacerbações. Além disso, a altura da criança deve ser medida e registrada pelo menos anualmente, pois a velocidade de crescimento pode ser menor nos primeiros 1-2 anos de tratamento com CI, pois a asma mal controlada pode afetar o crescimento. Se houver diminuição da velocidade de crescimento, outros fatores devem ser considerados, incluindo asma mal controlada, uso frequente de corticosteroides orais e nutrição inadequada, e considerar encaminhamento. TRACK (teste para avaliar o estado respiratório e da asma em crianças): critério que foi implantado no Brasil, que além de considerar as últimas 4 semanas para frequência de sintomas, sintomas noturnos e limitação de atividade, ele considera nos últimos 3 meses o uso de B2 (broncodilatador) e nos últimos 6 meses o uso de corticoides. Assim, quanto mais a pessoa usou, menos ela pontua, ou seja, se ele pontuar acima de 80 significa que ele está bem e se for abaixo de 80 significa que o paciente está mal. Existe uma diferença que, em menores de 5 anos são questionados sintomas diurnos mais do que 1 vez na semana, já em crianças maiores de 5 anos, sintomas diurnos devem acontecer mais de 2 vezes na semana, ou seja, em maiores do que 5 anos onde teria 1x por semana serão 2 x por semana. A V A L I A Ç Ã O D E R I S C O F U T U R O 2-3 episódios por ano Ausência de sintomas entre os episódios Sintomas (tosse, sibilo, respiração pesada) por > 10 dias durante infecções do trato respiratório > 3 episódios por ano ou episódios severos e/ou despertar noturno Entre os episódios pode haver tosse ocasional, sibilo ou respiração pesada Sintomas (tosse, sibilo, respiração pesada) por > 10 dias durante infecções do trato respiratório > 3 episódios por ano ou episódios severos e/ou despertar noturno Entre os episódios pode haver tosse ocasional, sibilo ou respiração pesada durante brincadeiras ou risadas Sensibilização alérgica, dermatite atópica, alergia alimentar ou história familiar de asma Poucos tem asma Alguns tem asma A maioria tem asma PADRÃO DE SINTOMAS (podem mudar ao longo do tempo) L A Y A N E S I L V A Os espaçadores são usados porque essas bombinhas não devem ser usadas na boca, e a criança geralmente não sabe fazer a técnica correta, com o espaçador, ela pode agitar a bombinha, encaixar o espaçador e pode deixar a criança fazer qualquer coisa, que independentemente ela irá absorver a medicação. Assim, espaçador melhora a técnica inalatória e faz com que as partículas grandes sejam depositadas dentro da bombinhas e apenas as partículas respiráveis passam para a criança, logo irá reduzir a deposição na boca de remédio e, consequentemente, irá reduzir os efeitos colaterais - preferencialmente, os espaçadores devem ser de alumínio. fatores como sensibilização alérgica e/ou hemograma periférico podem ajudar a identificar melhor quais crianças são mais propensas a ter uma resposta de curto prazo ao CI. As medicações podem ser feitas por nebulização ou por inalador dosimetrado com espaçador ou bucal ou outros dispositivos, sendo que a crise é caracterizada por hiperreatividade brônquica e uma via aérea extremamente inflamada, que deve ser tratada para evitar evolução com remodelamento e redução da função pulmonar. Os medicamentos constituem um componente do manejo da asma em crianças pequenas, deve estar associado à educação, treinamento de habilidades para uso de dispositivos inaladores e adesão, estratégias não farmacológicas, incluindo controle ambiental, e, quando apropriado, monitoramento regular e revisão clínica. O tratamento gradual com base nos padrões de sintomas, risco de exacerbações e efeitos colaterais e resposta ao tratamento inicial, que inclui uso diário e prolongado de medicamentos de controle para manter a asma bem controlada e medicamentos de alívio para alívio dos sintomas conforme necessário. Os medicamentos de alívio incluem: beta 2-agonista de curta duração (salbutamol), também chamado de SABA, que só devem ser utilizados para resgate de crise, não é tratamento de manutenção. Já, os medicamentos de controle são (1) corticoides inalatórios, (2) antagonista de leucotrienos (anti- leucotrieno),(3) beta 2-agonistas de longa duração (LABAs) - raramente, podem ser utilizados teofilina, corticosteróides sistêmicos de longo prazo, tiotrópio, omalizumabe (anti-IL5) e outras anti-interleucinas. M E D I C A M E N T O S P A R A C O N T R O L E C O R T I C O I D E S I N A L A T Ó R I O S Medicação de primeira escolha para tratamento da asma, pois além de tratar a inflamação, ele aumenta a expressão dos beta- adrenérgicos, ou seja, aumenta a resposta ao B2 e diminui a expressão de citocinas inflamatórias (ações anti-inflamatórias amplas). É uma droga de excelência no tratamento da asma, que promove estabilidade da doença, prevenção de crises, melhora de sintomas e melhora da função pulmonar. Não pode-se usar o corticoide inalatório com qualquer nebulizador, o nebulizador básico a jato é a melhor opção porque nele é possível fazer CI ou salbutamol. Não pode-se fazer o corticoide no nebulizador ultra-sônico porque ele esquenta as partículas e interfere na eficácia, por isso é eficaz apenas apenas para soluções (broncodilatadores) e não para as suspensões (corticoides). A N T A G O N I S T A S D E L E U C O T R I E N O S L A Y A N E S I L V A LEUCOTRIENOS: substâncias pró-inflamatórias, causa liberação de quimiotaxia, broncoconstrição, edema e produção de muco. MONTELUKASTE: por ser de uso oral, é a principal droga utilizada por pediatras - ótimo perfil de segurança, relatos esporádicos de efeitos no comportamento; uso associado com CE inalatório em pacientes com asma não controlada com monoterapia. Medicação que vai agir na cascata do leucotrieno, agem no bloqueio da liberação de citocinas inflamatórias com redução de broncoconstrição e edema, mas causa agitação, pesadelos e desenvolve ideação suicida, ou seja, alterações comportamentais sérias - a FDA emitiu um alerta em 2019, então não se deve abusar de leucotrieno pois ele não é tão efetivo para tratamento e tem esse efeito colateral. Salbutamol, fenoterol - Berotec, terbutalina. Medicamentos de alívio dos sintomas agudos, cujo uso frequente é um marcador de controle inadequado da asma, assim quando o paciente desenvolve o costume de usar medicação para aliviar os sintomas constantemente para tratar, mas o processo inflamatório está aumentando, e quanto mais o paciente usa, ocorre mais inflamação eosinofílica, o que aumenta o número de morte por asma. B E T A - A G O N I S T A S D E C U R T A D U R A Ç Ã O O Berotec já é proibido em 119 países porque ele tem forte associação com arritmias e morte por asma, por isso também parou de ser produzido no Brasil. O uso de SABA isolado não é recomendado porque a asma é uma doença inflamatória e não apenas uma doença de broncoconstrição, e esse processo inflamatório ocorre na maioria dos pacientes com asma, mesmo naqueles com sintomas intermitentes ou pouco frequentes. O SABA além de fornecer alívio rápido dos sintomas, está associado a maior risco de exacerbações e piora da função pulmonar, seu uso regular aumenta as respostas alérgicas e a inflamação das vias aéreas, e o uso excessivo (> 3 canisters por ano) está associado a um risco aumentado de exacerbações graves - a utilização de > 12 canisters por ano está associado a risco aumentado de morte. Salmeterol, formoterol, vilanterol. Permitido na faixa etária acima de 4 anos de idade, a diferença para o beta-2 de curta duração é o tempo de duração, o de longa duração age por 12 horas, o formoterol age durante 24 horas mantendo o indivíduo dilatado, já o de curta duração age durante 4-6 horas. O uso de LABA deve ser diário em combinação com corticosteróides inalatórios, ou seja, ele não pode ser usado sozinho, e deve-se tentar melhorar o controle da asma com menores doses de corticoesteróides. B E T A - A G O N I S T A S D E L O N G A D U R A Ç Ã O Uso contínuo isolado de LABAs não é recomendado, ocorre em fenômeno de down-regulation com redução da expressão de receptores beta-adrenérgicos, promove maior risco de sensibilização alérgica e aumento da hiperresponsividade brônquica - além de piores desfechos de exacerbações, crises graves, admissões hospitalares e aumento de óbitos por asma. A N T A G O N I S T A S M U S C A R Í N I C O S D E A Ç Ã O P R O L O N G A D A Antimuscarínico/anticolinérgico de ação prolongada, utilizado quando a associação entre CI e LABA não funciona, as indicações de uso são: (1) incluir a combinação ICS-LABA-LAMA, se a asma for persistentemente não controlada, apesar de ICS-LABA - o brometo de tiotrópio, na dose de 5 ug/dia (dose fixa), está indicado como terapia adjuvante para asmáticos com idade > 6 anos com asma não controlada nas etapas IV e V da GINA. (2) adicionar LAMA a dose média ou alta de ICS-LABA melhora modestamente a função pulmonar, mas sem sintomas. Em alguns estudos, o LAMA adicional aumentou modestamente o tempo para exacerbação severa, exigindo CO (corticoide oral), para pacientes com exacerbações, é importante garantir que o paciente receba CI suficiente, ou seja, pelo menos uma dose média de ICS-LABA, antes de considerar a adição de um LAMA. I N D I C A Ç Ã O D E T R A T A M E N T O R E G U L A R D E C O N T R O L E o tratamento de controle pode ser indicado em uma criança com episódios menos frequentes, porém mais graves, de sibilos induzidos por vírus O tratamento inicial da sibilância é SABA a cada 4-6 horas, conforme necessário, até que os sintomas desapareçam, geralmente dentro de 1 a 7 dias, mas em caso de incerteza da natureza do episódio pode-se usar tratamento adicional. 1. Se a história e o padrão de sintomas sugerirem um diagnóstico de asma e os sintomas respiratórios não são controlados e/ou episódios de sibilos são frequentes, o tratamento regular de controle deve ser iniciado e a resposta deve ser avaliado. 2. Se tiver dúvida sobre o diagnóstico de asma e o uso de antibiótico e SABA inalatório precisarem ser repetidos mais do que a cada 6-8 semanas, deve-se considerar uma tentativa de tratamento regular de controle para confirmar se os sintomas são devidos à asma, além de encaminhar para um especialista. E T A P A S D O T R A T A M E N T O Confirmar se os sintomas são devido à asma e não a uma condição concomitante ou alternativa Verificar e corrigir a técnica do inalador Confirmar a boa adesão à dose prescrita Considerar experimentar uma das outras opções de tratamento para essa etapa, pois muitas crianças podem responder a uma das opções Informar-se sobre fatores de risco como exposição a alérgenos ou fumaça de tabaco O tratamento da asma em crianças pequenas segue uma abordagem gradual, se o controle dos sintomas for ruim e/ou as exacerbações persistirem apesar de 3 meses de terapia de controle adequada, antes de se intensificar o tratamento deve- se considerar: 1. 2. 3. 4. 5. As tabelas são divididas em menor que 5 anos, 6-11 anos e adolescentes e adultos, elas tem algumas diferenças, sendo a principal diferença a indicação do LABA (beta-2 de longa) que não deve ser feita para menores que 4 anos e no GINA só é indicado para maiores de 5 anos. L A Y A N E S I L V A se um bom controle da asma não for alcançado com uma determinada terapia, recomenda-se testar as terapias alternativas da Etapa 2 antes de passar para a Etapa 3. Opção alternativa: em crianças pequenas com asma persistente, o tratamento regular com um antagonista do receptor de leucotrienos (LTRA) reduz modestamente os sintomas e a necessidade de corticosteróides orais. Outra diferença é o step 1, que em menores de 5 anos se a criança tem sibilância infrequente pós síndromes virais (<3 vezes por ano) é composto na via preferencial por beta-2 de curta se necessário. Pode-se considerar ao colocar o beta-2 de curta adicionar CI dose baixa por um curto período de tempo se a criança tem > 3 crises por ano, após reavaliação, se houve melhora, manter medicação por 3 meses, se não melhorou checar a técnica inalatório, dose correta, adesão ao tratamento, outras comorbidades e questionar diagnóstico, se tudo estiver correto e não houver melhora, step 3 deve-se oferecer dosedobrada, e se não melhorar mandar para o especialista. Logo, até o step 3 é de responsabilidade do clínico geral. Existe ainda a via alternativa (menos potente e tem efeito colateral) que pode ser o uso de um antileucotrieno, mas existem outras alternativas como usar o corticóide quando necessário, principalmente para pacientes que não aceitam medicação, é melhor usar de forma intermitente. Uma alternativa para dobrar a dose do medicamento será manter a dose baixa de CI e associar um antileucotrieno. O esquema de tratamento para 6-11 anos, a principal diferença é que não informa quando entrar em qual step (frequência dos sintomas, número de crises), apenas informa que no step 1 (episódios raros de sibilância) serão usados CI em dose baixa e beta-2 de curta se necessário - uma alternativa é usar diariamente o CI. O step 2 se mantém igual (baixa dose) e o step 3 muda com a entrada do LABA, ou seja, no lugar de dobrar a dose, deixaria o CI na dose baixa e associaria o LABA porque uma das máximas do tratamento da asma é tentar evitar dose alta de corticóide - só usar dose alta se de fato não houver melhora mesmo seguindo todos os passos corretos. Além disso, no step 3 surgem várias alternativas, ou usar dose baixa de CI + LABA ou dose média de CI ou dose baixa + formoterol na estratégia terapia de manutenção e resgate, porque o formoterol tem um início de ação rápido e persistente (prolongado). As vias alternativas incluem antileucotrienos ou baixa dose do CI, e o tiotrópio que é chamado de LAMA. E T A P A 1 episódios iniciais de sibilos em crianças com < 1 ano geralmente ocorrem na bronquiolite infecciosa, e isso deve ser tratado de acordo com as diretrizes locais de bronquiolite - SABAs são ineficazes para bronquiolite. a terapia broncodilatadora oral não é recomendada devido ao início de ação mais lento e maior taxa de efeitos colaterais Todas as crianças com sibilância devem receber SABA inalado para alívio dos sintomas - se uso > 2 vezes por semana por 1 mês indica necessidade de teste de medicação de controle. Opção alternativa: em crianças com sibilos intermitentes induzidos por vírus e sem sintomas de intervalo, principalmente com atopia, podem ser consideradas doses altas intermitentes de CI, mas há alto risco de efeitos colaterais. E T A P A 2 Recomenda-se o uso regular diário de CI em dose baixa como tratamento inicial preferencial para controlar a asma em crianças < 5 anos por pelo menos 3 meses para estabelecer sua eficácia no alcance de um bom controle de asma. E T A P A 3 Se não houver controle dos sintomas após 3 meses de terapia inicial com dose baixa de CI ou se as exacerbações continuarem a ocorrer, deve-se: (1) confirmar se os sintomas são devidos à asma e não uma condição concomitante ou alternativa, (2) verificar e corrigir a técnica do inalador, e considerar tratamentos alternativos, (3) confirmar boa adesão à dose prescrita, e (4) informe-se sobre fatores de risco como exposição a alérgenos ou fumaça de tabaco. Posteriormente, pode-se dobrar a dose inicial baixa de CI e avaliar a resposta após 3 meses, se os sintomas/crises persistirem e surgirem efeitos colaterais suspeitos, a criança deve ser encaminhada para avaliação especializada. Opção alternativa: adição de LTRA + CI em dose baixa pode ser considerada, com base em dados de crianças mais velhas. Para crianças de 6-11 anos, a opção é tomar CI sempre que o SABA for tomado ou CI regular com SABA Para crianças de 6-11 anos, a opção preferencial é CI de baixa dose regular com SABA conforme necessário, e o tratamento alternativo será feito com CI em baixa dose sempre que SABA é administrado ou antileucotrieno diário. Não é recomendado uso de CI-LABA em crianças com < 4 anos. Para crianças de 6-11 anos, após verificar a técnica inalatória, adesão e tratar fatores de risco modificáveis, há 3 opções: aumentar o CI para dose média ou alterar para CI-LABA, ambos com uso do SABA de alívio conforme necessário, ou mudar para dose muito baixa de CI-formoterol de manutenção e de alívio. Outras opções: adicionar antileucotrieno. E T A P A 4 Se após dobrar a dose de CI, a asma permanecer não controlada, deve-se reavaliar a técnica inalatória e a adesão à medicação, abordar o controle de fatores ambientais e reconsiderar o diagnóstico de asma Opção alternativa: se o diagnóstico de asma for confirmado, com aconselhamento especializado, as opções serão: (1) aumentar a dose de CI por algumas semanas até melhorar o controle da asma, (2) adicionar antileucotrieno, (3) adicionar LABA com o CI, (4) adicionar corticóide oral em dose baixa por algumas semanas até melhorar o controle da asma, e (5) adicionar CI de alta dose intermitente no início de doenças respiratórias ao CI diário regular se as exacerbações forem preocupantes. Para crianças de 6-11 anos, aumentar para dose média de CI- LABA, usar budesonida-formoterol como terapia de manutenção e de alívio - se a asma não estiver bem controlada com doses médias de CI, a recomendação é encaminhar a criança para avaliação e aconselhamento especializado. Outras opções: aumentar para dose pediátrica alta de CI-LABA, considerando efeitos adversos, como o tiotrópio inalatório como terapia adjuvante ou acrescentar antileucotrieno. L A Y A N E S I L V A L A Y A N E S I L V A T R A T A M E N T O D E C O N T R O L E I N I C I A L E M C R I A N Ç A S D E 6 - 1 1 A N O S C O M A S M A Uso curto de corticoide oral pode ser necessário para pacientes com asma severamente descontrolada Sintomas menos do que 2 vezes por mês Sintomas menos do que > 2 vezes por mês, mas <4-5 dias por semana Sintomas na maioria dos dias, ou despertar noturno por asma 1 ou mais vezes por semana Sintomas diários ou despertar noturno 1 ou mais vezes por semana a função pulmonar baixa TRATAMENTO INICIAL Crianças de 6-11 anos com diagnóstico de asma PRIMEIRO AVALIAR COMEÇAR AQUI SE: PRIMEIRO AVALIAR: SE: COMEÇAR COM: CONFIRMAÇÃO DE DIAGNÓSTICO CONTROLE DE SINTOMAS E FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS COMORBIDADES TÉCNICA INALATÓRIA E ADESÃO PREFERÊNCIAS E METAS DO PACIENTE Sintomas diários, despertar noturno 1 ou mais vezes por semana e função pulmonar baixa? Sintomas na maioria dos dias, ou despertar noturno por asma 1 ou mais vezes por semana? Sintomas mais do que 2 vezes por mês? Uso curto de corticoide oral pode ser necessário para pacientes com asma severamente descontrolada Uso de CI sempre que usar SABA CI em dose baixa em uso diário CI-LABA em dose baixa OU CI em dose média OU baixa dose de CI-LABA de manutenção e se crise CI-LABA em dose média OU CI-LABA de manutenção e se crise Referenciar para especialista STEP 1 Uso de CI sempre que usar SABA STEP 3 CI-LABA em dose baixa ou CI em dose média ou CI- formoterol em dose muito baixa de manutenção e de alívio STEP 4 CI-LABA em dose média ou CI-formoterol em dose baixa de manutenção e de alívio. Referenciar para aconselhamento com especialista STEP 5 Referenciar para definição de fenótipo. Considerar dose alta de manutenção de CI-LABA. Acrescentar anti- IgE, anti-IL5/5R, anti-IL4R, anti- TSLP MEDICAÇÃO DE ALÍVIO: quando necessário beta2-agonista de ação curta ( ou CI-formoterol em dose baixa) STEP 2 CI em dose baixa de manutenção Considerar CI em dose baixa diariamente Antileucotrieno em dose baixa de manutenção ou CI em dose baixa sempre que for usado SABA CI-LABA em dose baixa + antileucotrieno Acrescentar tiotrópio ou antileucotrieno Acrescentar anti- IL5 ou, por último, corticóide oral de baixa dose TRATAMENTO PREFERENCIAL Para prevenir exacerbações e controlar os sintomas Outras opções de controle (indicações limitadas ou poucas evidências de eficácia e segurança TRATAMENTO DE ALÍVIO Confirmação de diagnóstico Controle de sintomas e fatores de risco modificáveis (incluindo função pulmonar) Comorbidades Técnica inalatória e aderência Preferências e metas da criança e dos pais L A Y A N E S I L V A L A Y A N E S I L V A R E V I S Ã O E R E A J U S T E Em todas asconsultas realizar checagem da técnica inalatória: verificação de controle ambiental; avaliação do nível de controle - quando controlado , após 03 meses, iniciar desmame das medicações para manter a criança com a menor dose possível de corticoide inalatório. Além disso, um registro anual da altura das crianças porque o CI usado por mais de 1 ano em doses altas pode comprometer o crescimento, fornecer plano de ação por escrito das condutas em caso de crise. Nunca reduzir a medicação se o paciente for viajar ou se estiver gripado ou se o controle ambiental estiver inadequado. Não parar completamente o CI em pacientes com diagnóstico de asma, a menos que seja temporariamente para confirmado diagnóstico de asma. R E D U Ç Ã O D O T R A T A M E N T O Uma vez que o bom controle da asma tenha sido alcançado e mantido por 2 a 3 meses e a função pulmonar tenha atingido um platô, o tratamento muitas vezes pode ser reduzido com sucesso, sem perda do controle da asma, com objetivo de (1) encontrar o tratamento mínimo eficaz, ou seja, manter bom controle dos sintomas e exacerbações, e minimizar os custos do tratamento e o potencial de efeitos colaterais, e (2) incentivar o paciente a continuar o tratamento do controlador. ANTES DE REDUZIR: qualquer redução deve ser considerada como ensaio terapêutico, com a resposta avaliada em termos de controle de sintomas e frequência de exacerbação, e o paciente deve receber um plano de ação sobre como e quando retornar o tratamento anterior se os sintomas piorarem. S I N T O M A S E X A C E R B A Ç Õ E S E F E I T O S C O L A T E R A I S F U N Ç Ã O P U L M O N A R S A T I S F A Ç Ã O D O P A C I E N T E E F A M I L I A R E S C O N F I R M A Ç Ã O D E D I A G N Ó S T I C O S E N E C E S S Á R I O C O N T R O L E D E S I N T O M A S E F A T O R E S D E R I S C O M O D I F I C Á V E I S C O M O R B I D A D E S T É C N I C A I N A L A T Ó R I A E A D E S Ã O P R E F E R Ê N C I A S E M E T A S D O P A C I E N T E E F A M I L I A R E S T R A T A M E N T O D E F A T O R E S D E R I S C O M O D I F I C Á V E I S E C O M O R B I D A D E S E S T R A T É G I A S N Ã O F A R M A C O L Ó G I C A S M E D I C A Ç Õ E S P A R A A S M A ( A J U S T E D E A U M E N T O E R E D U Ç Ã O ) E N S I N A R E T R E I N A R T É C N I C A I N A L A T Ó R I A L A Y A N E S I L V A Sendo que os fatores associados a maior risco de exacerbação após a redução incluem: histórico de exacerbações e/ou visita ao departamento de emergência por asma nos últimos 12 meses e VEF1 basal baixo - outros preditores são hiperresponsividade das vias aéreas e eosinofilia no escarro. Deve-se reduzir a dose do CI em 25-50% em intervalos de 2-3 meses, se a asma está bem controlada em CI dose baixa ou LTRA, conforme a necessidade de dose baixa CI-formoterol é uma opção de redução ou CI baixa dose formada, quando SABA é formada (ou combinação de inaladores separados). L A Y A N E S I L V A Não deve-se parar completamente CI em pacientes com diagnóstico de asma a menos que seja temporariamente necessário para confirmar o diagnóstico de asma. TRATAMENTO INICIAL Crianças menores de 5 anos com diagnóstico de asma T R A T A M E N T O D E C O N T R O L E I N I C I A L E M C R I A N Ç A S D E < 5 A N O S C O M A S M A STEP 1 Considerar uso curto intermitente de CI durante infecções virais STEP 3 Dose baixa de CI STEP 4 Continuar o tratamento de controle e encaminhar para um especialista STEP 2 Dose baixa de corticoide inalatório Antileucotrieno de uso diário ou uso intermitente de CI durante infecções respiratórias Dose baixa de CI + LTRA Encaminhar para especialista Adicionar LTRA, aumentar frequência de CI ou uso intermitente de CI MEDICAÇÃO DE ALÍVIO: quando necessário beta2-agonista de ação curta Sibilância infrequente em infecções virais e pouco intervalo entre os sintomas Padrão de sintomas inconsistente com asma mas episódios de sibilância que requerem uso frequente de SABA (> 3 vezes por ano) Padrão de sintomas consistente com asma e sintomas de asma não controlados ou > 3 exacerbações por ano Diagnóstico de asma e asma não controlada com CI em dose baixa Asma não controlada com dose dobrada de CI Antes de aumentar o step, checar alternativas diagnósticas, técnica inalatória, adesão e exposição TRATAMENTO PREFERENCIAL Outras opções de controle (indicações limitadas ou poucas evidências de eficácia e segurança TRATAMENTO DE ALÍVIO CONSIDERAR ESSE STEP PARA CRIANÇAS COM: OPÇÕES DE MEDICAMENTO PARA ASMA Ajustar o tratamento para cuidados individuais com as crianças