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AULA SISTEMA VIÁRIO E LOTEAMENTOS URBANOS Disciplina: PUP – Intervenção Urbana Prof. Dr. Ricardo Silva Veículos e Vias X Poder econômico da população / país + renda per capta = + taxa de motorização Projeto : levar em conta função da rua. Em alguns casos as vias tem outras funções alem de transitar: aspectos sociais, culturais, de turismo, comércio. Comunidade com grande quantidade de veículos: ruas com declividade suave e raios de curvatura grande. Foto de avenida que corta uma cidade no Japão. Fonte: cptmemfoco.blogspot.com Avenida Perimetral na cidade do Porto. Fonte: jornalvicentino.com.br Perfis e Largura das vias e avenidas • declividade transversal : necessidade de escoar as águas que correm por sua superfície o mais rápido possível. O esquema (a), convencional, privilegia o trânsito de veículos, tendo duas calçadas laterais para pedestres; é o perfil mais adequado para as avenidas e ruas de penetração O esquema (b), quase em desuso atualmente, foi muito utilizado nas cidades medievais; Rua de cidade em Portugal Fonte: hpserra.blogs.sapo.pt Desenho de perfil de rua Fonte: vitruvius .com.br A largura das ruas é determinada de acordo com sua função, com sua taxa de ocupação e do perfil escolhido. Tipologia das vias veiculares • - Sistema Arterial Principal • - Sistema Arterial Secundário • - Sistema de Vias Coletoras • - Sistema Viário Local O Sistema Arterial Principal, embora utilizado para maiores volumes de tráfego, representa, na realidade, em extensão de área, uma percentagem reduzida de quilômetros da rede viária total. E composto de vias expressas primárias, vias expressas secundárias e vias arteriais primárias. • As vias expressas secundárias: Parecida com as Vias Expressas primárias porém apresentam interseções em nível com algumas vias transversais. Estas vias de um modo geral não proporcionam acesso às propriedades adjacentes. Vias Expressas primárias : "freeways“ : controle total de acesso As vias arteriais primárias são aquelas que atendem principalmente ao tráfego direto, geralmente em percurso contínuo, mas não possuem as características técnicas de uma via expressa. A maioria das interseções é em nível, podendo ser permitido o acesso às propriedades adjacentes. Poderá ou não haver um canteiro central e freqüentemente haverá restrições ao estacionamento junto ao meio-fio. O sistema arterial secundário inclui todas as vias artériais não classificadas como primárias e atende aos percursos de viagens com extensões intermediarias. Dá maior no sistema anterior, suplemento e interconecta o sistema arterial principal e distribui o tráfego por áreas de menor densidade urbana, por ter menor espaçamento entre as vias que integram este sistema. O Sistema de Vias Coletoras tem a função de coletar o tráfego das ruas locais e canalizá-Io às vias arteriais. A coletora proporciona acesso às propriedades adjacentes, de modo que é desejável reduzir ao mínimo o volume de tráfego direto. Estesistema acomoda fluxos de tráfego local dentro das áreas residenciais, comerciais e industriais e atende trechos coletores/distribuidores de alguns itinerários de ônibus. O Sistema Viário Local é composto por vias cujo principal finalidade é dar acesso às propriedades particulares, se for bem projetado, irá desestimular todo o tráfego de passagem pela falta de continuidade de seu traçado. Participação no Total (%) Sistema Viário Veículos / Km Extensão (1) Arterial Principal 40-55 05-10 (2) Arterial Secundário 20-55 10-15 (1+2) Arterial Total 65-75 15-25 (3) Vias Coletoras 05-10 05-10 (4) Vias Locais 15-30 65-80 Padrão recomendado de distribuição da hierarquização viária urbana. Setor da cidade Espaçamento entre vias Centro da cidade 200 a 800 m Urbana (áreas centrais e intermediárias exceto o centro da cidade) 201 a 800 m Suburbana 1500 a 3000 m Areas periféricas com baixa densidade de uso do solo 3000 a 4500 m Padrões de espaçamento de vias arteriais. Esquemas Alternativos de Estacionamento. Tipo de Estacionam nto Esquema Aárea Ocupada por automóvel( m²) Redução capacidade da pista adjacente. ( %) Quantidade de pistas com interferencia . Paralelo 15 50 1 45 17,5 70 1 90 12,5 50 2 É importante deixar claro que a largura total da rua não deve ser minimizada; pelo contrário, precisa ser dimensionada em relação às funções alternativas que as comunidades de diferentes níveis de renda podem lhe dar. Não se deve confundir a minimização da faixa pavimentada (que é cara) com a minimização indevida da largura da via, pois a rua toda não precisa ser necessariamente pavimentada. Vias para pedestres/ Ciclovias e de uso misto. As vias de pedestres e bicicletas, assim como as de uso veicular, devem ser desenhadas para um trânsito seguro e confortável, tendo suas faixas determinadas em função do fluxo esperado, das declividades a serem vencidas, da presença de .mobiliário urbano, das redes de infra-estrutura aérea e subterrânea, da arborização, do comércio de ruas, etc. Largura das vias para pedestres Passeio Tr. Pedestre 2 mãos Mob. urbano Espaço morto . Entre circ x edif. medidas 2,4m 1,2m 0,6 0,6 Medidas ( def) 2,60 / 2,70 +0,20 / 0,30 cm Vias Cicláveis - alargamento de vias veiculares: consiste no tráfego compartilhado de veículos motorizados e biciclos leves. - ciclofaixa: apresenta uma faixa exclusiva para tráfego de biciclos leves, separada das outras faixas de tráfego por uma linha pintada no pavimento. A ciclofaixa deve ser sempre unidirecional. - ciclovia: é o caso de uma faixa de tráfego exclusiva para a circulação de biciclos leves separada, fisicamente, das faixas de tráfego motorizado por um canteiro. Pode ser unidirecional ou bidirecional. - ciclovia independente: nela uma ciclovia é inteiramente desvinculada do sistema viário existente. Esta solução é utilizada somente em situações nais, sendo necessário um cuidado especial nas áreas onde ela interceptar o sistema viário, minimizando os problemas de travessia. Largura das vias cicláveis Medida Alarg. vias Mín. 1,50m ciclofaixa 2m ( 1,0 m red) Ciclovia unidirecional 2m Ciclovia Bidirecional 3m Declividades e outras ca racterísticas das vias cicláveis -A declividade lateral mínima é de O,S% e o raio mínimo de curvatura, de 30,00m. As declividades longitudinais máximas Inclinação (%) Comp. Maximo (m) Comp. Desejável (m) 2 Até 450 Até 150 5 Até 90 até30 10 Rampa máxima permitida em pequenos trechos de "vias cicláveis" Espaços urbanos de uso misto Analisando o espaço urbano de toda uma cidade, se perceberá que haverá ruas onde a segregação é importante: as artérias por onde o tráfego deve fluir rapidamente e com segurança. São as avenidas e algumas ruas estruturadoras, uma minoria no espaço urbano de uma cidade, que foram analisadas no capítulo anterior. Haverá outro grupo de ruas, como as residenciais, vicinais, largos, praças, parques, etc., onde será Importante fomentar que os usuários se apropriem do espaço, incorporando-o às suas vidas, fazendo dele um lugar de encontros. Uma condição básica é a diminuição do tráfego motorizado. -ruas com desenhos que dificultem sua circulação. -ampliação dos passeios na proximidade dos cruzamentos, criando, por exemplo, orelhas que facilitem o estacionamento com segurança e sistemas que priorizem a travessia de pedestres. - criar, na faixa para pedestres, uma sobre elevação que coloque-a a nível superior ao leito carroçável. Declividade das vias e do sítio Declividade das ruas para veículos O movimento de terra, com seus cortes e aterros, é um dos itens mais caros das pavimentações. Cortes e aterros em vias urbanas deverão ser um recurso utilizado só em casos onde não exista outra alternativa. Declives acentuados só são admissíveis em vias secundárias. Tipo de pavimento Declividade (%) Min Max Concreto cimento mold. “in loco” 0,3 a 0,4 10 a 20 Asfalto com guias e sarjetas pré-mold 0,4 a 0,510 a 20 Blocos art. Concreto/ paralelepipedo 0,5 a 0,6 8 a 12 Pedra irregular acomodada a mão 0,6 a 0,8 8 a 12 Pedrisco sem penerar 0,6 a 0,8 6 a 8 Declividades máximas recomendáveis para não dificultar o tráfego nas diferentes categorias de vias urbanas de veículos. Tipo de via Dec lividades máximas rec omendáveis (%) Arteriais 5 Coletoras 7 Locais 15 Interiores de Lotes 20 Posicionamento dos lotes em terrenos de grande declividade Em terrenos com forte declividade, o posicionamento dos lotes em relação às ruas é fundamental para a economia da construção. A localização das mesmas deve seguir um critério que facilite sua implantação no terreno. Do mesmo modo, a implantação dos lotes nas quadras, com o mesmo critério, deveria facilitar a construção dos edifícios.
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