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Paciente crítico

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▀ INTRODUÇÃO 
 
►A resposta metabólica à doença grave caracteriza-se por catabolismo 
acelerado do corpo magro e da massa esquelética, o que, clinicamente, resulta 
em balanço nitrogenado negativo e desgaste muscular, e envolve ambas as 
fases de choque e de fluxo. 
►Fase de choque 
• Associada com hipovolemia, choque e hipóxia. 
►Fase de fluxo 
• Segue à ressuscitação por aplicação de soros e à restauração do 
transporte de oxigênio, nela ocorre aumento do débito cardíaco, do 
consumo de oxigênio, da temperatura corporal, do dispêndio de energia 
e do catabolismo total das proteínas corporais. 
 
▀TRIAGEM E AVALIAÇÃO NUTRICIONAL 
 
►Triagem devem ser realizada em até 48 horas após a admissão hospitalar. 
Se possível, nas primeiras 24 horas e uma avaliação mais detalhada naqueles 
que apresentam risco nutricional. 
►A triagem utiliza esses parâmetros: 
• Perda ponderal recente 
• Baixo índice de massa corporal 
• Alteração da ingestão alimentar 
►Principais formas de triagem: 
• NUTRIC = Risco Nutricional no Doente Crítico 
- Análise mais efetiva da gravidade 
• NRS-2002 
- Ponto de corte de APACHE II > 10 
• ASG = Avaliação Nutricional Subjetiva Global 
• MAN = Miniavaliação Nutricional 
• MST = Triagem de desnutrição 
• MUST 
 
 
 
▀ MÉTODO PARA AVALIAR NECESSIDADE ENERGÉTICA NO PACIENTE 
CRITICO 
 
►Calorimetria indireta (padrão ouro) 
►Na terapia intensiva, o GER sofre a influência de: 
• Gravidade da doença 
• Resposta Inflamatória 
• Comorbidades existentes 
 
▀ RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS NOS PACIENTES CRÍTICOS 
 
►Iniciar com uma oferta energética de 15 a 20kcal/kg/dia e progredir para 25 a 
30kcal/kg/dia após o quarto dia dos pacientes em recuperação. 
►Caso disponha de CI, ofertar na fase inicial entre 50 e 70% do gasto 
energético aferido. 
►As recomendações de proteína para o doente crítico giram em torno de 1,2 
até 2g/ptn/kg/dia. 
►Em pacientes com diarreia persistente que estejam hemodinamicamente 
compensados e não tenham dismotilidade, o uso de fibras solúveis pode ser 
considerado. 
 
▀ DIARREIA NO PACIENTE CRÍTICO 
 
►Pode ser causada por vários fatores: 
• Medicamentos 
• Infecções 
• Doenças de base 
• Fatores relacionados à dieta enteral 
►Fórmulas com quantidades elevadas de Fodmaps podem contribuir para 
episódios de diarreia. 
 
▀ CONTROLE GLICÊMICO NO PACIENTE CRÍTICO 
 
►A meta de glicemia deve ser estabelecida entre 140 e 180mg/de para 
pacientes clínicos sob cuidados intensivos. 
 
 
►Níveis glicêmicos acima de 180mg/de associam-se de forma crescente a 
maior comorbidade. 
 
▀ PACIENTE CRÍTICO OBESO 
 
►São mais suscetíveis a complicações associadas ao overfeeding 
(hiperglicemia, esteatose hepática e resistência à insulina). 
►A dieta hipocalórica e hiperproteica objetiva minimizar essas complicações e 
favorecer um anabolismo adequado, preservando a massa magra. 
►Utilização de 25-30kcal/kg/peso real ou ideal pode levar a overfeeding. 
►Sem calorimetria indireta: 
• 11-14 kcal/kg/dia do peso real para pacientes com IMC entre 30-50kg/m² 
• 22-25 kcal/kg/dia do peso ideal para IMC eutrófico, se IMC >50kg/m² 
►Proteína: 
• 2g/kg/peso ideal por dia, caso IMC entre 30-40kg/m² 
• Até 2,5g/kg/peso ideal por dia, se IMC > 40kg/m² 
►Fórmula de TNE: 
• Dar preferência às de baixa densidade calórica e hiperproteica, com 
reduzida relação nitrogênio: calorias não proteicas e não 
imunomoduladoras 
►Parâmetros a serem monitorados: 
• Hiperglicemia/hiperlipemia 
• Hipercapnia/ Balanço hídrico 
• Esteatose hepática 
 
▀ SEPSE 
 
►Septicemia ou Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica (SRIS) 
►Disfunção orgânica fatal. Quando há uma invasão da corrente de sanguínea 
ou dos tecidos por micro-organismos. 
►Critérios utilizados na definição de choque séptico: 
• Anormalidades circulatórias 
• Celulares 
• Metabólicas 
 
 
►Escore Sequencial de Avaliação de Falha de Órgão (SOFA). Se tiverem pelo 
menos dois dos seguintes critérios clínicos que juntos constituem um novo 
escore clínico à beira do leito, denominado SOIFA rápida (qSOFA): 
• Frequência respiratória de 22/min ou superior 
• Alteração da mentação ou pressão arterial sistólica de 100mmHg ou 
menos 
►Metas do suporte nutricional 
• Minimização da inanição 
• Prevenção ou correção da deficiência de nutrientes específicos 
• Provisão de calorias adequadas para atender as necessidades calóricas 
• Restabelecer o equilíbrio hidroeletrolítico, para manter adequada a 
diurese e homeostase normal. 
►O suporte nutricional deve começar logo que o paciente se mostre 
hemodinamicamente estável (primeiras 48 horas) 
►Quando o paciente está hemodinamicamente instável, é aquele que 
ultrapassou as primeiras 6 a 24 horas de intervenção do choque séptico e vem 
recebendo drogas vasoativas para adequação da oferta tecidos de oxigênio, 
mantendo-se, ainda, com sinais de hipoperfusão tecidos. 
►A calorimetria indireta é a melhor forma de estimar as necessidades calóricas 
desse paciente. 
►Na fórmula de bolso, utiliza-se 25 a 30kcal/kg de peso por dia. 
►Essas estimativas vão evitar a hiperalimentação. 
►A nutrição enteral é a via de primeira escolha, ela proporciona melhor 
controle da glicemia, diminuição das complicações infecciosas, menor tempo 
de internação e menores custos. Depois, à nutrição parenteral. 
►Recomenda se emprego de glutamina endovenosa na dose de 15-
40gramas/dia (0,2-0,5g/kg/dia). Por solução de NP ou infusão individual, por 
período de 4 a 24 horas. 
►Não se recomenda a suplementação nutricional com arginina. 
 
▀ TRAUMA 
 
►O Trauma Cranioencefálico (TCE) é o principal determinante de óbito e 
sequelas em politraumatizados. 
►Pacientes com Traumatismo Craniano (TC) são gravemente 
hipermetabólicos e catabólicos. 
 
 
►Quanto mais grave for o trauma, maior será a liberação de catecolaminas, de 
cortisol, e maior será a resposta metabólica. 
►Mesmo com bom estado nutricional antes do traumatismo, sem um suporte 
nutricional agressivo, podem ocorrer rápida perda de massa corporal magra e 
imunossupressão. 
►A instalação da desnutrição aguda propicia o aparecimento de infecções, 
distúrbios respiratórios e dificuldade de cicatrização. 
►A fosforilação oxidativa respiratória mitocondrial e o transporte do cálcio 
ficam comprometidos pelo traumatismo cranioencefálico. 
►O uso de calorimetria indireta ajuda na determinação das necessidades 
calóricas desses pacientes. 
►O objetivo da terapia nutricional é: 
• Minimizar o catabolismo 
• Impedir que o paciente se desnutra 
• Se a desnutrição estiver instalada, que ela não se agrave 
• Minimizar a perda de massa magra e, ao mesmo tempo, fornecer 
calorias para o organismo 
►Quando a via oral é permitida, deve ser preferencialmente suplementação 
com fórmulas enterais adequadas. 
►A determinação da necessidade de energia pode ser obtida pela fórmula de 
Harris-Benedict, corrigida pelos fatores de atividade, estresse e fator térmico. 
►Estimativa de energia e proteínas para pacientes em estado grave, conforme 
condição clínica: 
CONDIÇÃO CLÍNICA ESTIMATIVA DE 
ENERGIA 
ESTIMATIVA DE 
PROTEÍNAS 
SEPSE/SIRS GEB X (1 a 1,2) ou 
utilização de fórmulas 
que considerem a 
quantidade de energia 
por quilograma de peso 
corporal: 20 a 
30kcal/kg/dia 
1,25 a 2g/kg/dia 
Traumatismo com lesão 
moderada à grave 
GEB X (1,2 a 1,4) ou 25 
a 30kcal/kg/dia 
1,25 a 2g/kg/dia 
TCE 1,25 a 2g/kg/dia 
 
►A quantidade de calorias entre 20 e 25kcal/kg de peso/dia preenche as 
necessidades nutricionais da maioria dos pacientes com Trauma moderado a 
grave, nos primeiros dias, quando a SIRS é sobrepujante. 
►Pacientes mais estáveis devem receber 25-30kcal/kg/dia. 
 
 
►O peso corporal a ser adotado deve considerar a investigação do diagnóstico 
nutricional antes da lesão. 
• Paciente eutrófico: peso atual, habitual ou ideal 
• Paciente subnutrido: peso habitual ou ideal 
• Pacienteacima do peso: peso ajustado 
►O suporte alimentar precoce é essencial e pode ajudar a diminuir a 
permeabilidade intestinal para toxinas e manter a área intestinal absortiva em 
funcionamento. 
►No Trauma, ocorre escassez de glutamina e a sua adição à TN visa melhorar 
a imunidade e a barreira mucosa do intestino, para evitar translocação 
bacteriana. 
►A glutamina torna-se um aminoácido condicionalmente essencial nas 
situações de lesão aguda. A dose indicada é de 0,3 a 0,5g/kg/dia. 
 
▀ QUEIMADURAS 
 
►Etiologia 
• Térmicas, elétricas, químicas e por radiação 
• Influenciadas por fatores como duração e intensidade ao calor, 
espessura da pele e área exposta, vascularidade e idade. 
►Classificações de acordo com a profundidade: 
• De espessura parcial superficial: são aquelas de primeiro grau e/ou de 
segundo grau superficial (atinge a epiderme, camada mais externa da 
pele) 
• De espessura parcial profunda: são aquelas de segundo grau profundo 
(algum grau de envolvimento dérmico) 
• Espessura total: são aquelas de terceiro grau (epiderme e derme com 
danos profundos) 
• Quarto grau: atingem o fáscia, músculos, tendões, articulações, ossos e 
cavidades) 
►Gravidade da queimadura 
• Leves (1°grau, 2°grau abaixo de SCQ ou de 3°grau abaixo de 2% de 
SCQ) 
• Moderadas (2°grau entre 10% e 20% de SCQ e 3°grau entre 3% e 5% 
de SCQ) 
• Graves (2°grau acima de 20% de SCQ e 3°grau acima de 10% de SCQ) 
►Queimaduras extensas (que são maiores a 30% da superfície corporal 
queimada) resultam em Trauma grave, que são traumas de origem térmica, 
 
 
resultante da exposição ou contato com chamas, líquidos quentes, superfícies 
quentes, eletricidade, frio, substâncias químicas, radiação, atrito e fricção. 
►Os pacientes gravemente enfermos queimados são caracterizados por: 
• Estresse oxidativo 
• Intensa resposta inflamatória 
• Resposta hipermetabólica e catabólica 
►Catabolismo exagerado de proteína e a excreção aumentada de nitrogênio 
urinário acompanham o hipermetabolismo desse trauma. 
►Fatores que favorecem a sepse nos queimados: 
• Imunossupressão decorrente da lesão térmica 
• Possibilidade de translocação bacteriana gastrointestinal 
• Internação prolongada 
• Uso inadequado dos antibióticos que leva ao aparecimento de bactérias 
multirresistentes 
►As primeiras 24 horas de tratamento para pacientes queimados são 
destinadas à recolocação de fluidos e de eletrólitos. Os fluidos necessários são 
baseados na idade, peso e na extensão da queimadura do paciente. 
►Nos pacientes queimados as necessidades de energia e proteína são 
aumentadas. 
►Mensuração indireta do consumo energético via calorimetria indireta é 
método confiável para avaliar o consumo calórico do paciente queimado. Se 
não, é recomendado a equação de Toronto para adultos e Fórmula de 
Schoffield para crianças. 
►As necessidades energéticas aumentadas desses pacientes variam de 
acordo com a extensão da queimadura e da Área Superficial Corporal 
Queimada (ASCQ). 
►Fórmula de Curreri: 
• Energia = 24kcal X peso corporal normal + 40kcal X ASCQ queimada 
►A alimentação via oral ou por sonda terá início imediatamente após a 
internação (dentro de 12 horas após a lesão). Dar prioridade a via enteral 
►Critérios para instituição do suporte nutricional enteral no paciente queimado: 
• Adulto com ASCQ superior à 20% e criança com ASCQ superior à 15% 
• Necessidade de suporte ventilatório 
• Múltiplas intervenções cirúrgicas 
• Estado nutricional comprometido anterior a queimadura 
• Perda de peso superior à 10% durante o tratamento 
• Idosos com mais de 20% de área corporal queimada 
 
 
• Traumatismo cranioencefálico- lesões faciais graves – incapacidade de 
deglutição 
• Sempre que as condições clínicas demonstrarem necessidade 
►A melhor composição da dieta é 50 a 60% do valor energético total na forma 
de carboidratos, 20 a 30% na forma de lipídios: 
• 10% de ácidos graxos poli-insaturados 
• 10 a 15% de ácidos graxos monoinsaturados 
• 8 a 10% de ácidos graxos saturados 
►A proteína é a principal fonte de energia na fase aguda 
• Alanina e glutamina para a gliconeogênese 
• Reposição proteica de 1,5 a 2,0 g/kg/dia para adultos e 1,5 a 3,0g/kg/dia 
para crianças 
• Relação energia: gramas de nitrogênio de 100:1 e 150:1 
►As vitaminas A, B1, C e E, selênio, zinco e cobre devem ser suplementares 
• Vitamina A dose de 5.000UI/1.000kcal 
• Vitamina C dose de 500mg 2 vezes ao dia 
• Selênio dose de 500mcg/dia 
• Zinco dose de 220mg/dia 
►Glicose e controle glicêmico: 
• Recomenda a suplementação de glutamina, mas a de arginina não 
• Manter os níveis de glicose abaixo de 8mmol/l (e acima de 4,5mmol/l), 
usando via intravenosa contínua infusão de insulina. 
 
▀ PRÉ E PÓS OPERATÓRIO 
 
►Cirurgia em si leva à Inflamação correspondente à extensão do Trauma 
cirúrgico e leva uma resposta metabólica ao estresse. 
 
Cirurgias 
 
Mediadores inflamatórios 
(Citocinas) 
 
Resposta das citocinas 
 
Síndrome da resposta inflamatória 
sistêmica 
 
 
 
Impacto no metabolismo 
 
►A Síndrome causa catabolismo de glicogênio, gordura e proteína com 
liberação de glicose, ácidos graxos livres e aminoácidos na circulação, de 
modo que os substratos são desviados de sua finalidade normal de manter a 
massa proteica periférica (especialmente muscular), para as tarefas de cura e 
resposta imune. 
►A consequência do catabolismo proteico é a perda de tecido muscular, que é 
uma carga de curto e longo prazo para a recuperação funcional, considerada o 
alvo mais importante. 
►Mecanismos para poupar os estoques de proteína: 
• Lipólise 
• Oxidação de lipídios 
• Diminuição da oxidação de glicose 
►A terapia nutricional na fase pós operatório imediata pode neutralizar apenas 
minimamente o catabolismo muscular, ou não neutralizar. 
►Suporte nutricional, ingestão e exercícios físicos são essenciais para 
reconstruir a massa proteica periférica e a massa celular corporal. 
►A Inflamação grave pré existente na cirurgia e a sepse influenciam 
negativamente a cura e diminuem o beneficio da terapia nutricional. 
►Pacientes gravemente desnutridos podem apresentar uma forma adinâmica 
de sepse com hipotermia, leucopenia, sonolência, dificuldade de cicatrização 
de feridas e produção de pus, que leva a lenta deterioração e mortalidade. 
Nesses casos, a TN poderá restaurar uma resposta adequada ao estresse, 
para aumentar as chances de recuperação. 
►Pacientes gravemente comprometidos precisam de TN pré-operatória de 
maior duração. 
►Principais aspectos dos cuidados pré-operatórios: 
• Integração da nutrição na gestão geral do paciente 
• Evitar longos períodos de jejum pré-operatório 
• Restabelecimento da alimentação oral o mais cedo possível após a 
cirurgia 
• Início precoce da terapia nutricional, assim que o risco nutricional se 
tornar aparente 
• Controle metabólico 
• Redução de fatores que exarcebam o catabolismo relacionado ao 
estresse ou prejudicam a função gastrointestinal 
• Minimizar o tempo em agentes paralíticos para gerenciamento de 
ventilação no período pós operatório 
 
 
• Mobilização precoce para facilitar a síntese de proteínas e função 
muscular 
►Protocolos de cuidados nutricionais para paciente cirúrgico devem incluir: 
• Histórico nutricional e médico detalhado que inclui avaliação da 
composição corporal 
• Plano de intervenção nutricional 
• Alteração do plano de intervenção, quando necessário 
• Avaliação de documentação clara e precisa do resultado nutricional e 
clínico 
• Exercício de resistência sempre que possível 
►Fazer sempre NRS na triagem, com os itens: 
• IMC <20,5kg/m² 
• Perda de peso > 5% em 3 meses 
• Diminuição da ingestão alimentar 
• Gravidade da doença 
►A perda de peso resulta em uma perda de massa livre de gordura induzindo 
um risco metabólico que deve ser mantido em mente para pacientes 
submetidos a cirurgiasde grande porte. 
►A Inflamação crônica de baixo grau pode ser um componente da desnutrição. 
►Critérios de diagnóstico para desnutrição: 
• IMC <18,5kg/m² 
• Combinado: perda de peso >10% ou >5%, ao longo de 3 meses e IMC 
reduzido ou um índice de massa livre de gordura baixo. 
►A albumina sérica pré-operatória é um fator prognóstico para complicações 
após a cirurgia e associada a estado nutricional prejudicado. Pode ser 
considerada também para definir pacientes cirúrgicos com risco nutricional 
grave, pela presença de, pelo menos, um dos seguintes critérios: 
• Perda de peso > 10-15% em 6 meses 
• IMC <18,5kg/m² 
• Avaliação Subjetiva Global (SGA) Grau C ou NRS >5 
• Albumina sérica pré-operatória <30g/l (sem evidência de disfunção 
hepática ou renal) 
►O condicionamento metabólico tem como foco prevenção e tratamento da 
resistência à insulina, e complicações após grandes cirurgias. 
►Terapia nutricional no jejum pré-operatório 
• Cirurgias sem risco de aspiração > Beber líquidos claros até duas horas 
antes da anestesia > que esvaziam o estômago dentro de 60-90 minutos 
> minimizam o desconforto da sede e dores de cabeça por conta do 
jejum. 
 
 
• Os sólidos devem ser permitidos até seis horas antes da anestesia 
►Tratamento com carboidratos nos pacientes eletivos para preparo metabólico 
pré operatório 
• Para impactar a resistência à insulina pós operatória e o tempo de 
internação hospitalar, os carboidratos pré-operatórios podem ser 
considerados em pacientes submetidos a cirurgias de grande porte. 
• Ingestão de bebida a base de carboidratos no pré e pós operatório 
- Ingestão no pré de uma bebida com carboidratos com 800ml na noite 
anterior + 400ml antes da cirurgia = Não aumenta o risco de aspiração 
- Limonada à base de frutas pode ser considerada uma alternativa 
segura, sem diferença no tempo de esvaziamento gástrico 
- Carboidratos orais melhoram o bem estar pós-operatório 
- Em pacientes colorretais, a ingestão de uma bebida hiposmolar rica em 
carboidratos a 12,5% reduziu a resistência à insulina pós-operatória 
• A bebida de carboidrato não deve ser dada a pacientes com diabetes 
graves. 
►Indicação da avaliação nutricional e terapia nutricional no paciente cirúrgico 
• Avaliar o estado nutricional antes e após uma cirurgia de grande porte 
• A TN perioperatória é indicada em pacientes desnutridos e em risco 
nutricional 
• Deve ser iniciada, por mais de cinco dias, no período perioperatório 
• Indicado em pacientes com baixa ingestão oral e que não conseguem 
manter acima de 50% da ingestão recomendada por mais de sete dias 
• Recomendações 
 
Parâmetro Recomendação 
Energia 25-30kcal/kg 
Proteína 1,5g/kg de peso 
corporal ideal 
• A indicação da TN é para prevenção e tratamento da desnutrição 
• Para paciente cirúrgico, a NP é benéfica quando: 
- Em pacientes desnutridos, quando a NE não é viável ou tolerada 
- Em pacientes com complicações pós-operatórias que prejudicam a 
função gastrointestinal e que não sejam capazes de receber nutrição 
oral ou enteral por 7 dias 
• Se o período esperado de NP durar entre 4 e 7 dias, a nutrição pode ser 
hipocalórica com 2g de carboidratos e 1g de aminoácidos/kg de peso 
corporal administrados por um cateter periférico, e se for por mais de 7 a 
10 dias é melhor por um cateter venoso central. 
►Cirurgia 
• Após a cirurgia abdominal, o íleo pós-operatório pode inibir a ingestão 
oral precoce de alimentos 
 
 
• O cirurgião deve prever a capacidade do paciente para alimentação oral 
pós-operatória adequada 
►Gestão pós-operatória do metabolismo e função intestinal 
• Algum grau de resistência a insulina se desenvolve, após todos os tipos 
de cirurgia, mas a gravidade vai depender do tipo de cirurgia e 
desenvolvimento de complicações 
• Medidas que podem ser adotadas para contribuir na redução a 
resistência à insulina: 
- Alivio da dor 
- Analgesia peridural contínua com anestésicos local 
- Preparo do paciente com carboidratos pré-operatórios 2-3 horas antes 
da cirurgia 
• Vômitos e/ou meteorismo abdominal, acompanhados por uma elevação 
dos parâmetros inflamatórios como a PCR, podem ser os primeiros 
sinais de um curso complicado 
• A razão PCR/albumina é um parâmetro prognóstico promissor 
►Ingestão nutricional oral pós operatória 
• Deve ser continuada após a cirurgia, sem interrupções 
• Deve ser iniciada horas após a cirurgia na maioria dos pacientes: 
- Primeiro ou segundo dia do pós operatório 
- Apresenta uma redução significativa do tempo de internação hospitalar 
►Hiperglicemia 
• Tem sido recomendada terapia intensiva com insulina para pacientes 
criticamente enfermos para evitar hiperglicemia 
• A quantidade de calorias à base de glicose na NP deve ser reduzida no 
caso de níveis glicêmicos superiores a 180mg/dl 
►Imunonutrientes no paciente cirúrgico: 
• Glutamina 
- É segura em uma dose padrão 
- Sua suplementação parenteral pode ser considerada em pacientes que 
não podem ser alimentados de forma enteral adequada 
• Arginina 
- As evidências são insuficientes para sugerir o uso de arginina sozinha 
• Ácidos graxos ômega-3 
- Deve ser considerada apenas em pacientes que não podem ser 
alimentados adequadamente por via enteral e precisam de nutrição 
enteral 
• Fórmula específica enriquecida com imunonutrientes 
- Deve ser dada a pacientes desnutridos submetidos à cirurgia de câncer 
de grande porte 
►Simbióticos 
 
 
• O conceito de “ecoimunonutrição” refere-se à fórmulas, contendo 
simbióticos com fibra e Lactobacillus. 
 
▀ NUTRIÇÃO EM TRANSPLANTE DE ORGÃOS 
 
►Nutrição enteral antes do transplante de órgãos sólidos 
• A desnutrição é um dos principais fatores que influenciam o resultado 
após o transplante 
• O balanço energético negativo é altamente prevalente entre os 
pacientes na lista de espera para o transplante de fígado e está 
associado a gravidade da doença hepática 
• A obesidade continua sendo um fator de risco metabólico significativo 
para o resultado de pacientes submetidos a transplante de órgãos. 
• O monitoramento nutricional e o tratamento também devem incluir a 
obesidade e a síndrome metabólica, a fim de se obter perda de peso e 
minimização de riscos 
►Indicação da Terapia nutricional após o transplante de órgãos sólidos 
• Após o transplante de coração, pulmão, fígado, pâncreas e rim, a 
ingestão precoce de alimentos normais ou nutrição enteral é 
recomendada dentro de 24 horas 
• Mesmo após o transplante do intestino delgado, a nutrição enteral pode 
ser iniciada precocemente, mas deve ser aumentada com muito cuidado 
na primeira semana 
• Se necessário, deve se combinar nutrição enteral e parenteral. 
Monitoramento nutricional de longo prazo aconselhamento dietético 
qualificado para todos os transplantes 
• Em caso de desnutrição, deve ser combinado com nutrição parenteral, 
se a oferta enteral de nutrientes for inadequada 
►Cirurgia bariátrica 
• A ingestão oral precoce pode ser recomendada 
• A avaliação pré-operatória deve incluir rastreamento de desnutrição e 
deficiência de vitaminas e oligoelementos 
• Pacientes super obesos podem se beneficiar da perda de peso pré-
operatória 
• Recomenda-se a ingestão alimentar precoce no pós-operatório e 
sugere-se a suplementação com proteína em pó para atender as 
necessidades diárias de 60g de proteína/dia 
• Os suplementos orais padrão contém altas concentrações de glicose e 
são problemáticos em pacientes bariátricos, pois podem causar a 
síndrome de dumping 
 
 
• A nutrição parenteral não é necessária na cirurgia bariátrica não 
complicada. Não há necessidade de nutrição parenteral suplementar 
 
REFERENCIAS 
 
Trechos retirados dos livros Residência em nutrição e Nutrição clínica da sanar 
saúde

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