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Peixe Betta Peixe Betta Um peixinho bastante resistente e também conhecido como peixe de briga. Na natureza apresenta cor discreta (castanha) para não atrair predadores. A variação de cores é devida a cruzamentos seletivos. Utiliza o gás oxigênio, por possui um órgão chamado labirinto, não necessitando de bomba de oxigênio no aquário. Podem viver em águas pobres em oxigênio, mas não poluídas. Peixe Betta É carnívoro e de água doce. Extremamente territorialista com seu semelhante, tanto o macho quanto a fêmea, tendo que viver isolado. As fêmeas podem até viverem juntas, porém sempre em número ímpar. Betta Macho São sempre maiores, possuem coloração mais forte e vibrante e sempre precisam estar sozinhos. Possuem barbatanas nas regiões: superior, inferior e na cauda. As barbatanas caudais e superiores se inclinam. São os machos quem constroem o ninho com bolhas para receber os ovos da fêmea no acasalamento. Betta Fêmea As fêmeas possuem tonalidades opacas e com pouco brilho, são bem menores, possuem tubo ovipositor (ponto branco na parte inferior de seu corpo). Barbatanas curtas e cauda bem reduzida. Quando estressadas mais forte ficará o brilho de seu corpo. Reprodução Natureza Um procura o outro na fase madura. O macho ao sentir a presença da fêmea começa a montar o ninho feito de bolhas de ar. A fecundação é externa, o macho dá um tipo de abraço na fêmea fazendo com que ela deposite os ovos no ninho, em seguida o macho libera os gametas no local, a fecundação ocorre imediatamente e caem. O macho os leva até as bolhas de ar onde irão eclodir em até 48 horas. Cativeiro A fêmea deve ficar a vista do macho, mas separados por uma divisória. Com isso ele começará a construir o ninho de bolhas, depois os dois devem ser juntados, depois a fêmea deve ser retirada pois o macho a enxerga como uma ameaça e pode atacar. Algumas fêmeas ajudam o macho a carregar os ovos até o ninho de bolhas, outras comem os ovos. O aquário deve estar limpo e sem acessórios para que não entrem em contato com o ninho. Alimentação Como são animais pequenos as porções devem ser proporcionais à sua capacidade de digerir. 4 bolinhas de ração de manhã e de noite são suficientes. Podem se alimentar também de pequenos animais vivos ou congelados. Raramente pode ser ofertada uma pequenina porção de carne (um pequeno pedaço, uma vez ao dia, depois alimentação com ração). Aquário O aquário deve ficar longe do calor e de correntes de ar frio, não deve ser muito apertado pois prejudica o bem estar do animal, podendo causar atrofia na cauda. A troca da água deve ser feita um vez por semana, nunca troque a água toda, pois isso pode causar um choque. Na hora da troca armazene um pouco da água e coloque o peixe enquanto limpa, depois encha com água limpa e junte o restante com a água anterior. Antes de colocar a água antiga, pingue duas gotas de pH. Lave o aquário somente com água corrente, nunca utilize algum produto. Nunca utilize aquários redondos, pois os peixes ficam tontos. Coloque enfeites mas não exagere, eles gostam muito de plantas e lugares para esconderijo. Dê sempre prioridade ao espaço, em beteiras muito pequenas o animal pode sofrer de caudofagia (automutilação da própria cauda devido ao estresse). Doenças Observe o comportamento e o corpo de seu peixe. Fique atento a esses sinais: Mudanças de coloração ou desbotamento Manchas pelo corpo Olhos saltados Mudanças comportamentais Feridas Barbatanas com desgastes Inchaço Falta de apetite Ventre retraído Alterações no nado Coceira (o peixe fica se arrastando nas bordas do aquário) Hidropsia Ocorre a retenção de líquidos no abdômen. Causa inchaço, problemas respiratórios, falta de apetite e eriçamento das escamas. Pode ser causada por obstrução intestinal ou insuficiência renal ou cardíaca. É uma condição e não uma doença, pode ser causada por bactérias, micobactérias, vírus, protozoários, propensão genética ou más condições da água. Não tem cura. O único exame é o de necropsia para determinar o patógeno. O peixe encaminhado para eutanásia em seguida será necropsiado. Se o aquário tiver outros peixes devem-se adotar medidas, porém a hidropsia é contagiosa, e os peixes sintomáticos falecerão. É uma condição extremamente lenta. A falta de apetite acontece quando o estômago, intestino ou fígado são esmagados. A morte acontece por profunda anemia (nos peixes as hemácias são produzidas nos rins), esmagamento do coração ou rompimento interno dos tecidos que inunda de líquido a carne. Doença dos Pontos Brancos Também conhecida como íctio, é uma doença parasitária. As manchas brancas costumam se espalhar por todo o seu corpo e se atingirem as brânquias ocorre dificuldade na respiração. Elas causam coceira e irritação. Quase sempre está associada a introdução de acessórios ou peixes contaminados e também devido à mudança dos parâmetros da água. O íctio possui tratamento com parasiticidas. Deve ser colocado no aquário em intervalos de 48 horas, use sempre nos períodos de menor incidência de luz. Após cada aplicação suspenda a filtragem sem desligar o oxigenador e se possível eleve a temperatura entre 28°C e 32°C. Temperaturas elevadas atrapalham o ciclo do parasita. Fungos na boca Diferente do nome a doença é causada por uma bactéria (Flexibacter columnaris). Surgem tufos brancos principalmente na boca e nas brânquias. O tratamento é com um antibiótico típico para peixes. Doença do Veludo Também conhecida como Oodiniose devido à sua causa ser pelo protozoário Oodinium pilullaris. Surgem pontinhos brilhantes que formam um véu no corpo do peixe, normalmente afetam a pele, as nadadeiras e as brânquias. É altamente contagiante. O parasita tem como hospedeiro o peixe e depois de um tempo deixa o corpo do animal para se multiplicar no fundo do aquário, que em pouco tempo esses procurarão outros hospedeiros recomeçando o ciclo. O tratamento consiste em manter o aquário escuro por no mínimo 48 horas, utilizar medicação própria e manter a aeração ligada. Se não houver tratamento o peixe poderá ir a óbito pois suas brânquias ficam infestadas desses parasitas e com isso causam dificuldade na respiração e também o deixam fraco. Se o tratamento não tiver efeito deve-se deixar o aquário sem peixes por 30 dias para que extermine o período do ciclo do parasita e aumentar a temperatura para 30°C, mas com cautela pois se o aquário tiver plantas ou outros animais pode prejudicá-los. Cuidados com o Betta doente Primeiramente verifique a temperatura da água através dos testes de aquário: Temperatura pH KH Amônia Devem ser feitos regularmente e não apenas em suspeita de doenças. Utilizar o aquário hospital durante o tratamento. Os medicamentos podem alterar a biologia do aquário, por ser pequeno o viveiro terapêutico ajuda a reduzir a dosagem do medicamento. Ele deve conter: Termômetro e Termostato Mecanismo de aeração Itens de manutenção (redes, mangueiras, etc) para não ocorrer contaminação A iluminação só deve ser utilizada se o aquário estiver em um local muito escuro, mas deve ser fraca, apenas para visualizar o peixe, pois alguns medicamentos apresentam degradação na presença de luz. No aquário hospital deve-se evitar: Plantas Não sobrevivem devido a falta de luz, uso do medicamento e ausência de nutrientes, além de se contaminarem. Troncos, Rochas e Enfeites Podem afetar as condições da água reagindo com o medicamento e liberando substâncias tóxicas causando inativação do princípio ativo. Substrato Retêm sujeira e pode abrigar organismos patogênicos. Filtragem Química Retém a maioria dos medicamentos, impedindo a cura. Filtragem Biológica A maioria dos medicamentos extermina bactérias nitrificantes e a decomposição dessa biologia prejudica a qualidade da água. Fazer o uso de TPA (Troca Parcial Diária) diária. Ela garante: Remoção de substâncias tóxicas liberadas no metabolismo do peixe (amônia, nitrito, etc). Redosagem da medicação, garantindo meia-vida maior do medicamento Remoção de grande parte dos patógenose controle deles. A água limpa evita o estresse fisiológico e possibilita que o organismo do peixe possa focar na cura. Concluído o tratamento, o aquário e todos os materiais utilizados devem ser desinfectados com água sanitária diluída em água ou potássio a 2%. Testes de Aquário Indispensáveis para qualidade e condições de vida dos peixes. São quatro testes: Temperatura Utiliza-se um termômetro flutuante de vidro ou digital dentro do aquário A temperatura deve ser entre 24°C e 28°C, podendo variar 2 graus para cima da temperatura máxima ou 2 graus para baixo da temperatura mínima. Essa condição não é o padrão. Ph Potencial Hidrogeniônico, indica se a água é ácida ou básica. Determina quais espécies de plantas ou peixes poderão ser criados no aquário, pois cada organismo possui uma faixa ideal de pH que suporta. Ácida: Menor que 7 Básica: Maior que 7 É feito por testes químicos ou por um pHmetro, aparelho que faz a leitura do pH através de eletrodos e o valor aparece na tela. KH Dureza Carbonatada ou alcalinidade, capacidade da água neutralizar um ácido, não deixando o pH diminuir com facilidade. Recomendado KH acima de 3, águas com baixo KH sofrem muito mais rápido alteração do pH, principalmente aquários que possuem plantas, pois precisamos inserir CO2 e qualquer erro nessa quantidade (CO2) pode acidificar a água. O teste é feito através de testes químicos. Amônia Pode ser fatal para os peixes e é naturalmente produzida através da ação das bactérias decompositoras de restos de ração, plantas mortas e fezes dos peixes. Primeiramente a amônia deve ser reduzida em nitrato, isso é feito por bactérias no filtro. O teste para amônia é feito através de testes químicos. Criado por Alana Canha (Autista)
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