Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Catabolismo dos ácidos graxo Ácido graxo • Principal fonte energética, trata-se de um lipídio ou gordura composta por cadeia carbônica e carbono carboxílico; • Geralmente apresenta nº par de carbonos; ↪ Sua síntese se dá por condensação sucessivas de 2 carbonos, na forma de acetato. • Segue um padrão de localização da insaturação. ↪ Monoinsaturados → Entre C9 e C10 (Δ9); ↪ Poli-insaturados → Δ9, Δ12, Δ15, EXCETO ÁC. ARAQUIDÔNICO; ↪ Poli-insaturados → não ocorre de forma conjugada; ↪ Ácido graxo de ocorrência natural → Cis; ↪ ⁄⁄ oriundo de laticínios e carnes → Trans. • Uso do triacilglicerol (glicerol + ácido graxo) para armazenamento de combustível. ↪ A oxidação de 1g de TG libera mais que o dobro de energia quando comparado a mesma quantidade de polissacarídeo; ↪ São hidrofóbicos, então não armazena simultaneamente água, resultando em menos peso corporal. Introdução • A oxidação do ácido graxo, ou seja, a sua quebra para gerar energia, produz acetil-CoA; ↪ Via central de geração energética; ↪ Os elétrons liberados durante a oxidação passam para a cadeia respiratória, para gerar ATP; ↪ Destino do acetil-CoA, vide esquema a seguir. • Os triglicerídeos são insolúveis; ↪ Precisa-se emulsioná-los, pois na as configuração não podem ser usados como substratos para ação das lipases; ↪ Na circulação sanguínea, são transportados por proteínas plasmáticas como a albumina, que neutraliza sua insolubilidade, permitindo que cheguem até os tecidos, onde serão oxidados ou armazenados. • A ligação C-C é altamente estável. ↪ A ligação da coenzima A ativa o grupo carboxila; ↪ Essa ativação leva a oxidação do acil-graxo na posição C-3 ou β. Digestão • Obtenção do ácido graxo: • Absorção das gorduras da dieta Fonte: Leningher, 7a ed., 2019 1- Solubilização do triglicerídeo; ↪ Como? → formando micelas; ↪ Agente? → Sais biliares. Ácido taurocólico 2- Ação das lipases ↪ As lipases hidrossolúveis hidrolisam os TG, isto é, quebra a ligação Glicerol-ácido graxo; ↪ Produtos. 3- Difusão pela membrana; ↪ Os produtos da hidrólise do triglicerídeo atravessam a membrana celular epitelial intestinal. 4- Reconversão e empacotamento ↪ Tais produtos são reconvertidos a triglicerídeo e empacotados, formando QUILOMÍCRONS COLESTEROL + APOLIPOPROTEÍNA → LIPOPROTEÍNA 5- Absorção de quilomícrons ↪ Os quilomícrons alcançam o sistema linfático, chegando à circulação sanguínea; ↪ Possui a Apoc-II, que é reconhecida pelas células do tecido adiposo. 6- Ativação da lipoproteína-lipase; ↪ O quilomícron chega nos tecidos alvos; ↪ São reconhecidos pelo ApoC-II; ↪ A ApoC-II ativam as enzimas lipases, nos capilares desses tecidos; ↪ Estas enzimas hidrolisam os seus TG, liberando ácidos graxos e glicerol. 7- Entrada dos produtos da hidrólise nas células; ↪ Ácidos graxos e glicerol são absorvidos pelo tecido alvo. 8- Oxidação e reesterificação. ↪ Nos músculos → ácidos graxos são oxidados para obter energia; ↪ No tecido adiposo → são reesterificados, isto é, formam mais triglicerídeos, que são armazenados. Quilomícrons • Lipoproteína mais usada, trata-se de agregado de triglicerídeo, proteínas específicas (Apolipoproteína) e o colesterol proveniente da dieta; • Anfipática; ↪ Porção interior → Apolar ↪ Porção mais externa → Polar • Em sua superfície se encontra algumas Apolipoproteína que atuam no reconhecimento de alguns tecidos a lipoproteína; • Função ↪ Transportar o triglicerol da dieta para o tecido adiposo. Mobilização de triglicerol armazenados • Mobilização estritamente regulada; • Respondem a ação dos hormônios de sinalização, excretados em resposta a baixos níveis de glicose ou atividade iminente; ↪ Hormônios →Adrenalina e glucagon. • Mobilização se dá para serem usados pelos órgãos, isto é, eles irão oxidá-los para gerar energia; ↪ Músculo esquelético; ↪ Fígado; ↪ Córtex renal; ↪ Coração. - O hormônio se liga ao seu receptor, ativando Adenil- ciclase; - Adenil-ciclase produz AMP cíclico (cAMP); -. cAMP ativa PKA, que por sua vez fosforila a lipase sensível ao glucagon, que por sua vez promove a quebra dos TG armazenados dentro do adipócito; -. Os ácidos graxos liberados do adipócito retornam para a circulação sanguínea, onde se ligam a albumina para serem transportados; ↪ Uma albumina transporta até 10 AG; ↪ Sem albumina, são insolúveis. F on te : L en in gh er , 7 a ed ., 20 19 Fonte: Leningher, 7 a ed., 2019 - O glicerol liberado é fosforilado e oxidado a dihidroxiacetona ↪ Glicerol entra na via glicolítica. - Se desligam da albumina atravessando a membrana do miócito; -. Dentro da mitocôndria sofrem β-oxidação; - Passam pelo ciclo do ácido cíclico, pela cadeia respiratória, formando energia. Transporte pela mitocôndria • As enzimas da oxidação de ácidos graxos encontram- se dentro da mitocôndria; • Caso o ácido graxo seja formado por até 12 carbonos, não precisa de transportador para entrar na mitocôndria; • > 14 carbonos → passam pelo CICLO DA CARNITINA ↪ Tal ciclo é responsável pelo transporte do ácido graxo para o interior da mitocôndria; ↪ 1 REAÇÃO (MEMBRANA MITOCONDRIAL EXTERNA): o ácido graxo se combina a CoA, gastando 1 ATP, para formar acil-CoA graxo, que consegue entrar na mitocôndria; ↪ 2 REAÇÃO (MEMBRANA MITOCONDRIAL EXTERNA): ACIL-CoA graxos perdem a coenzima, para poder se ligar a carnitina, formando acil-graxo-carnitina; ↪ 3 REAÇÃO (MEMBRANA MITOCONDRIAL INTERNA): Acil-graxos são transferidos para uma nova CoA, formando Acil-CoA graxo. Oxidação do ácido graxo • Ocorre em 3 estágios; F on te : L en in gh er , 7 a ed ., 20 19 ACIL-CoA GRAXO Acil-CoA- graxo Retorno da carnitina ao espaço intermembrana Acil graxo carnitina CoA- intramitocondrial β-oxidação • Consiste na remoção sucessiva oxidativa de unidades com 2 carbonos na forma de acetil-CoA; • Cada ciclo da β-oxidação libera um acetil-CoA do ácido graxo; • Produz NADH, que será usado na cadeia respiratória; • Inicia-se na extremidade carboxílica da cadeia acil- graxo; • Ex: Ácido palmítico (16C); ↪ Passa-se 7 vezes pela sequência oxidativa; ↪ Produto → conversão da cadeia de 16 C em 8 grupos acetil; • Cada reação é análoga a uma reação do ciclo do ácido cítrico; • Realizada em 4 etapas, cada uma catalisada por um tipo de enzima; 1a REAÇÃO: ANÁLOGA À DESIDROGENAÇÃO DO SUCCINATO ↪ Formação do trans-Δ²-enoil-CoA; ↪ Forma uma dupla ligação entre C-α (C-2) e C- β (C-3) do ácido carboxílico; ↪ Catalisada por 3 isoenzimas da acil-Coa- desidrogenase, a depender do tamanho da cadeia, sendo estas flavoproteínas com FAD como grupo prostético: 4 – 8 carbonos: SCAD 4 – 14 carbonos: MCAD 12 a 18 carbonos: LCAD ↪ A enzima encontra-se ligada à membrana mitocondrial. 2a REAÇÃO: ANÁLOGA A FUMERASE ↪ Adiciona-se água a trans-Δ²-enoil-CoA, formando β-hidroxiacil-CoA; ↪ Catalisada por enoil-Coa-hidratase. 3a REAÇÃO; ANÁLOGA A MALATO- DESIDROGENASE ↪ Ocorre a desidrogenação do β-hidroacil-CoA, para formar β-cetoacil-CoA; ↪ Catalisada por β-hidroxiacil-CoA-desidrogenase, Enzima específica para isômeros L.; ↪ Receptor de elétron → NAD+ 4a REAÇÃO: ANÁLOGA À HIDRÓLISE ↪ Catalisado por acil-CoA-acetiltransferase, chamada de tiolase; ↪ Produto: → Liberação de Acetil CoA e Acil-CoA graxo; • Equação geral da β-oxidação ↪ Ex: palmitoil (16C) 1 NAD = 2,5 ATP = 1 MOL DE H2O 1 FADH2 = 1,5 ATP = 1 MOL DE H2O Oxidação de ácidos graxos insaturados • Ácidos graxos insaturados encontram-se na configuração cis; • Para que a hidratase exerça sua função, é precisoque o ácido graxo esteja na configuração Trans; • Para oxidá-los, usa-se duas enzimas auxiliares, que alteram a configuração e posição da dupla para Δ2; ↪ Isomerase; ↪ Redutase • Monoinsaturados → Isomerase; •Poli-insaturados → Isomerase + redutase Oxidação de ácidos graxos ímpares • São absorvidos pelo sangue e oxidados pelo fígado; • Ex: propionato (3C); ↪ São metabolizados, produzindo succinil-CoA • Cadeia longa: ↪ Succinil-CoA é usado no ciclo do ácido cíclico. ↪ São oxidados da mesma forma que o de cadeia par; ↪ Produzem acetil-CoA e propionil-CoA; ↪ O acetil-CoA segue para o ciclo do ácido cíclico; ↪ O propionil-CoA produz 3 enzimas, tendo biotina e B12 como cofatores. Regulação da β-oxidação • O acetil-CoA formado pode sofrer oxidação ou ser acumulado na forma de triacilgliceróis; • Dieta rica em carboidratos ↪ Dieta rica em carboidrato produz malonil-CoA; ↪ Este intermediário inibe a enzima carnitina acetil- CoA transferase, responsável pela passagem do ácido graxo para o interior da mitocôndria; ↪ Se não atravessa a mitocôndria, a β- oxidação é inibida. • Excesso de NADH e de acetil-CoA inibem a β- oxidação. ↪ NADH inibe a hidroxiacil CoA desidrogenase; ↪ Acetil-CoA inibe a tiolase. Corpos cetônicos • Em condições normais e saudáveis, os corpos cetônicos são produzidos em pequena quantidade; • São produzidos no fígado, com a finalidade de produzir energia; • Acetona; ↪ Volátil, são exaladas. • Acetoacetato e β-hidroxibubutirato ↪ Exportados para outros tecidos extra hepáticos, onde serão usados como combustível; ↪ São convertidos em acetil-CoA, entram no ciclo do ácido cítrico e liberam energia. • Síntese; ↪ Ocorre na matriz mitocondrial; ↪ Jejum prolongado ou diabetes não tratadas; • Produção de energia a partir de corpos cetônicos • Cetoacitose metabólica. De modo geral:
Compartilhar