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Classe Trematoda

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Classe Trematoda 
 Letícia Terres Queiroz- Med. Veterinária, UFMS 
 
 
❖ Família Fasciolidae 
 
A espécie de maior importância é a 
Fasciola hepatica. São responsáveis pela 
Fasciolose hepática, também chamada de 
Distomatose. É a principal trematidiose 
dos ruminantes, responsável por perda de 
peso, queda de fertilidade e produção. 
 
 
 
➔ Morfologia: 
- Foliáceo com coloração vinho; 
- Extremidade cônica e presença de 
espinhos; 
- Ventosa oral e ventral (acetábulo); 
- Cecos ramificados. Como o sistema 
digestório é incompleto, o alimento 
que não é absorvido é ingurgitado; 
- Hermafroditas; 
- Os ovos são grandes, amarelos e 
operculados. 
 
 
 
 
➔ Hospedeiro definitivo: bovinos e 
ovinos, principalmente, mas também 
podem parasitar equinos, coelhos, 
suínos e homens. 
➔ Hospedeiro intermediário: caramujo 
aquático do gênero Lymnaea 
(concha helicoidal para o lado 
direito). 
 
 
 
 
➔ Ciclo evolutivo: 
 
 Letícia Terres Queiroz- Med. Veterinária, UFMS 
 
Ovos são eliminados nas fezes do HD em um 
local próximo a água. São 26 dias, 
aproximadamente, para o desenvolvimento 
da larva. Após eclodir, libera um miracídio, 
o qual é ciliado e nada a procura de um HI. 
O miracídio penetra no caramujo e forma 
um esporocisto, o qual dará origem a 
quatro rédias, que darão origem a quatro 
cercárias cada uma. 
As cercárias abandonam o HI e saem à 
procura de vegetação nas margens da 
lagoa, onde irão se aderir e formar uma 
metacercária. Essas não possuem cauda, 
apenas uma cutícula de proteção aderida a 
vegetação. O HD se infecta ingerindo-a. 
No intestino, a metacercária se libera da 
cutícula e entra na circulação. As formas 
jovens se alojam no fígado e as formas 
adultas nos ductos biliares. 
Os ovos compactam as veias e a parede do 
intestino, o que causa irritação e úlceras. 
 
➔ Diagnóstico: é feito pela técnica de 
tamisação, a qual é feita por um 
tamis, formado por quatro 
“peneiras”. Nela, as fezes são 
retidas em cada tamis, até que no 
último sobre apenas os ovos. 
Também pode ser feito por 
necropsia. 
 
 
❖ Família Paramphistomatidae 
 
Nessa família há dois gêneros de 
importância veterinária: Paramphistomum 
cervi e Balanorchis anastrophus. 
 
● Paramphistomum cervi: 
 
É um trematódeo responsável pela 
Paramfistomose, a qual acomete 
principalmente ruminantes. 
 
 
 
➔ Morfologia: 
- Corpo cônico; 
- Presença de ventosa oral e 
acetábulo; 
- Tegumento sem espinhos; 
- São hermafroditas; 
- Coloração rosa; 
- Ovos são menores que os de Fasciola 
hepatica, claros e operculados. 
 
 
 Letícia Terres Queiroz- Med. Veterinária, UFMS 
 
 
 
 
➔ Hospedeiro definitivo: ruminantes 
➔ Hospedeiro intermediário: 
Caramujos aquáticos do gênero 
Planorbis e Bulinus. 
 
➔ Ciclo evolutivo: 
 
É semelhante ao da Fasciola hepatica. 
Após ingestão da metacercária, ocorre 
desenvolvimento no rúmen, retículo e 
duodeno. As formas jovens se alojam no 
duodeno, sendo esse o período de sinais 
clínicos, no qual o animal apresenta 
diarréia fétida e escura, anorexia, sede 
intensa e até morte. 
As formas adultas retornam o tubo 
digestivo para se alojarem no rúmen e no 
retículo, onde reproduzem e liberam os ovos. 
Essa fase é assintomática. 
 
➔ Diagnóstico: também é feito pela 
tamisação, diagnosticado apenas 
durante a fase assintomática, pois 
ocorre a liberação dos ovos nas 
fezes. 
 
 
❖ Família Dicrocoeliidae 
 
Nessa família há dois gêneros de 
importância veterinária: Eurytrema 
coelomaticum e Platynosomum sp. 
 
● Eurytrema coelomaticum: 
 
A espécie Eurytrema coelomaticum é a 
responsável por causar Euritrematose em 
ruminantes nas regiões Centro-Oeste, Sul e 
Sudeste do Brasil. No restante, pode-se 
encontrar o Eurytrema pancreaticum como 
correspondente. São encontrados dos 
ductos pancreáticos de seus hospedeiros. 
 
➔ Morfologia: 
- Tegumento liso; 
- Ventosa oral e acetábulo, o qual 
fica no terço médio do corpo; 
- Faringe delgada e cecos sinuosos 
- Bolsa de cirro grande. 
- Ovos pequenos, escuros e 
operculados; 
- Hermafroditas. 
 
 Letícia Terres Queiroz- Med. Veterinária, UFMS 
 
 
➔ Hospedeiro definitivo: ruminantes. 
➔ Hospedeiro intermediário: neste 
gênero encontram-se dois 
hospedeiros necessários para 
completar o ciclo, sendo o primeiro 
um caramujo terrestre, 
Bradybaena similares, e um 
gafanhoto, Conocephalus sp. 
 
➔ Ciclo evolutivo: 
 
Os caramujos terrestres Bradybaena 
ingerem os ovos que são liberados na fezes. 
Eclodem os miracídios, os quais dão origem 
a esporocistos mães, que dão origem a 
esporocistos filhos (cercárias) após 3 a 5 
meses. Essas são ingurgitados pelo 
caramujo, aderidos à vegetação e ingeridos 
pelo gafanhoto. Não há formação de 
rédias. 
 
 
Dentro do tubo digestivo do gafanhoto, 
ocorre a formação das metacercárias. O 
hospedeiro definitivo se infecta ingerindo o 
gafanhoto. 
 
A infecção, em geral, é subclínica. Pode 
causar Pancreatite intersticial crônica, 
ligeira caquexia, debilidade e condenação do 
pâncreas. 
 
➔ Diagnóstico: sedimentação. 
 
● Platynosomum concinnum: 
 
É um verme que parasita os ductos bilares 
de felinos, responsável por causar 
Platinosomose. 
 
 
 
➔ Morfologia: 
- Corpo achatado e elipsóide; 
- Testículos volumosos; 
- Ovos pequenos; 
- Hermafroditas; 
 
 
 Letícia Terres Queiroz- Med. Veterinária, UFMS 
 
➔ Hospedeiro definitivo: gatos. 
➔ Hospedeiro intermediário: 
caramujos terrestres da espécie 
Subulina octona, isópodes 
terrestres (tatuzinho de jardim) e 
lagartixa doméstica ou anuros. 
 
➔ Ciclo evolutivo: 
 
Os ovos são eliminados nas fezes e 
ingeridos pelo caramujo Subulina octona. 
Nele, eclode um miracídio, que forma duas 
gerações de esporocistos e depois são 
liberados e aderidos na vegetação. O 
segundo hospedeiro, o isópode terrestre, 
ingere a cercária e em seu tubo digestivo 
desenvolvem as metacercárias dentro dos 
ductos biliares. 
Esse é ingerido pela lagartixa ou anuro, o 
qual é ingerido pelo gato, infectando-o. No 
gato, os vermes parasitam os ductos 
biliares, atingem a maturidade sexual e 
produzem ovos. 
OBS: Todo o ciclo acontece de 2 a 3 meses, 
sendo que o gato não irá se infectar se 
ingerir o segundo hospedeiro intermediário, 
apenas o terceiro. Por isso, o isópode é 
intermediário, e não paratênico. 
 
O animal pode ou não apresentar sintomas 
clínicos, mas pode ter letargia, 
emagrecimento, icterícia e anorexia. 
 
➔ Diagnóstico: exames de fezes e 
complementares (alterações 
hepáticas). 
 
❖ Família Schistosomatidae 
 
A principal espécie é o Schistosoma 
mansoni, o qual parasita os vasos 
mesentéricos e hepáticos. É responsável por 
causar a Esquistossomose, também 
conhecida como Barriga d’água e Doença 
do Caramujo, é muito presente em regiões 
litorâneas e com baixo saneamento básico. 
 
 
 Letícia Terres Queiroz- Med. Veterinária, UFMS 
 
 
➔ Morfologia: 
- Possuem sexos separados e 
dimorfismo sexual; 
- As fêmeas são finas e maiores que 
os machos, que são mais robustos, 
mas menores. Os machos formam 
um canal ginecóforo, onde a fêmea 
ficará. Cercárias possuem um furco 
na cauda. 
- Os ovos são pequenos e apresentam 
um espinho. Não operculados. 
 
 
 
 
➔ Hospedeiro definitivo: homem, mas 
existem alguns casos em bovinos. 
➔ Hospedeiro intermediário: caramujo 
aquático do gênero Biomphalaria 
(B. glabatra, B. straminea e B. 
tenagophila). 
 
 
➔ Ciclo evolutivo: 
 
Os ovos são eliminados nas fezes e ocorre a 
eclosão do miracídio (já com 
desenvolvimento germinativo). O caramujo é 
infectado pela penetração da larva em suas 
partes moles. Ocorre formação de duas 
gerações de esporocisto, o qual liberam as 
cercárias. 
Essas são ingurgitadas e nadam 
livremente, sem formação de metacercária. 
As cercárias penetram na pele do homem, 
mas também podem ser ingeridas. 
No organismo, a cercária perde sua cauda 
e agora é chamada de esquistossômulo.O 
 
 Letícia Terres Queiroz- Med. Veterinária, UFMS 
desenvolvimento sexual ocorre nas veias 
hepáticas e a oviposição nas veias 
mesentéricas, após 45 dias de infecção. Os 
ovos impactam as paredes dos vasos para 
alcançarem o lúmen intestino e, assim, são 
eliminados nas fezes. 
As cercárias podem causar dermatite 
cercariana e provocar uma reação 
inflamatória. Em crianças, pode afetar 
funções cognitivas. Roedores podem ser 
reservatórios.

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