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Fisioterapia em Urologia, Gineco-Obstetrica e Oncologia 
CASOS CLÍNICOS 
CASO 1 
Dona Francisca, 66 anos, fumante, G2P2A0, sedentária, chegou ao consultório de fisioterapia 
apresentando a seguinte queixa: “não consigo controlar a perda do xixi antes de chegar ao 
banheiro. Tenho um forte desejo de urinar, mas não aguento segurar e o líquido sai”. 
Diagnóstico - Incontinência Urinária – Do tipo urgência 
 
Conduta: 
Fortalecimento do musculo perineal com a utilização do/de: 
• PERFect para fortalecimentos das Fibras Tipo I e as Fibras Tipo 2 associado a biofeedback 
(espelho, perineômetro, eletromiográfico) para melhor conscientização da contração da 
musculatura e não contrair músculos parasitas. Caso o poder de contração “P” seja abaixo de 
3 (P<3) de acordo com o escore de AFA ou OXFORD, recomenda-se a utilização de um 
eletroestimulador, para melhor conscientização perineal e da contração dos MAP’s.5 
 
P – Avaliar a força muscular, pelo escore AFA ou OXFORD 
E – Avaliar quantos segundos de contração sustentada, até 10 segundos. 
R – Avaliar número de repetições de contrações sustentadas “C5R4”, até 10 repetições. 
F – Avaliar número de contrações rápidas (1 segundo), até 10 repetições. 
 
• Cones vaginais, com aumento gradativo da carga caso não haja sucesso na contração das 5 
cargas para manter o cone dentro da vagina.4 Primeiro, feito a avaliação, e depois trabalhando 
com a carga necessária para a paciente. (Cones, pesos – 20g, 30g, 40g, 50g e 60g). 
Fibra Tipo 1 – Contração Passiva 
Fibra Tipo 2 – Contração Voluntária 
 
• Cinesioterapia/Kegel - auxiliam no mecanismo de continência por meio da contração 
voluntária dos músculos do assoalho pélvico que ocasionam sua elevação e aproximação, 
resultando no fechamento uretral (Exercícios de elevação da pelve em decúbito dorsal, de 
mobilização do quadril na bola suíça...).1 
 
• Ginástica Hipopressiva (trabalho do CORE, principalmente os MAP’s) - contração ativa da 
musculatura abdominal (manobra de aspiração diafragmática) provocando a elevação dos 
órgãos pélvicos na direção do diafragma respiratório e respectiva contração, supostamente 
reflexa da musculatura do assoalho pélvico (MAP).1 
 
 
CASO 2 
Paciente do gênero feminino, 62 anos, apresentando a seguinte anamnese: G2P2A0, DUM há 12 anos, 
hipertensa crônica há 15 anos, nega uso de Terapia Hormonal. 
Queixa Principal: perda de urina aos mínimos esforços há 2 anos (rir, tossir, andar mais rápido). 
Faz uso de absorventes para sair durante o dia. Refere noctúria, urgência miccional associadas, nega 
sensação de esvaziamento incompleta, peso na vagina e disúria. 
Exame ginecológico: Perda objetiva de urina durante a manobra de Valsava à posição litotômica, 
rotura perineal, musculatura do AP apresentando tônus normal e trofismo diminuído. 
PERFECT: 3/3/4/3 
Pad test: antes do teste (2,40g); depois do teste (3.40g) 
Contração da musculatura parasita durante os testes. 
 
Conduta: 
Sessões por Semana: 2 
1º A 4ª SESSÃO 
Reeducação Muscular – Massagem perineal e alongamento do pubovaginal. A massagem perineal 
aumenta a elasticidade e o suprimento de sangue ao períneo.2 
Fortalecimento do musculo perineal com a utilização do/de: 
• PERFect para fortalecimentos das Fibras Tipo I e as Fibras Tipo 2 associado a biofeedback 
(espelho, perineômetro3, eletromiográfico3) para melhor conscientização da contração da 
musculatura e não contrair músculos parasitas.5 
P3E3R4F3 
P3 = Contração Moderada / Sem resistência 
Trabalhar E3R4F3 
Fibra Tipo 1 – 4x 3on 6off Fibra Tipo 2 – 3x 1on 1off 
Relação trabalho/repouso: 1:2 1:1 
Não será adicionado uma carga maior (+1segundo) pelo recrutamento de musculatura parasita. Somente quando o Endurance for 
maior que 4, E>4. 
Na 4ª ou 5ª Sessão, 1ª reavaliação do PERFect e trabalhar com os novos dados obtidos. Caso a 
paciente apresente evolução durante as contrações. 
 
• Cinesioterapia/Kegel - auxiliam no mecanismo de continência por meio da contração 
voluntária dos músculos do assoalho pélvico que ocasionam sua elevação e aproximação, 
resultando no fechamento uretral (Exercícios de elevação da pelve em decúbito dorsal, de 
mobilização do quadril na bola suíça...).1 
 
Orientações para AVD’s: Contração perineal ao subir escadas, espirar, ao se abaixar para pegar peso, 
levantar da cadeira. Técnicas para inibir a urgência – contração dos MAP’s, relaxamento induzido, 
respiração profunda e distração mental. Fortalecimento do musculo perineal, esquema PERFect com 
uso de biofeedback (espelho) se necessário e Cinesioterapia/Kegel1. Evitar a manobra de valsava 
(esforço) durante as micções. Orientações sobre ingestão de água, a não ingestão noturna, educação 
alimentar, higiene íntima (evitar infecções), registros das micções no diário miccional (quantidade de 
ingestão de líquido, de micções, de urina, de perdas de urina...). 
 
5ª A 7ª SESSÃO 
Massagem perineal e alongamento do pubovaginal. A massagem perineal aumenta a elasticidade e o 
suprimento de sangue ao períneo.2 Caso ainda apresente tensão, pontos de gatilho... 
Fortalecimento do musculo perineal com a utilização do/de: 
• PERFect para fortalecimentos das Fibras Tipo I e as Fibras Tipo 2. 5 
Na 4ª ou 5ª Sessão, 1ª reavaliação do PERFect e trabalhar com os novos dados obtidos. Caso 
a paciente apresente evolução durante as contrações. Caso ainda não haja conscientização 
perineal, continuar associando a técnica com o biofeedback (espelho, perineômetro3, 
eletromiográfico3). 
Na 7ª ou 8ª Sessão, 2ª reavaliação do PERFect e trabalhar com os novos dados obtidos. Caso 
a paciente apresente evolução durante as contrações. 
 
• Exercícios com Cones vaginais, com aumento gradativo da carga. 4 Primeiro, feito a avaliação, 
e depois trabalhando com a carga necessária para a paciente. (Cones, pesos – 20g, 30g, 40g, 
50g e 60g). Caso o poder de contração da paciente, após reavaliação de acordo com o escore 
AFA ou OXFORD seja de P>4, ou seja, apresente contração com resistência. 
Fibra Tipo 1 – Contração Passiva 
Fibra Tipo 2 – Contração Voluntária 
 
• Cinesioterapia/Kegel - auxiliam no mecanismo de continência por meio da contração 
voluntária dos músculos do assoalho pélvico que ocasionam sua elevação e aproximação, 
resultando no fechamento uretral (Exercícios de elevação da pelve em decúbito dorsal, de 
mobilização do quadril na bola suíça...).1 
 
• Ginástica Hipopressiva (trabalho do CORE, principalmente os MAP’s) - contração ativa da 
musculatura abdominal (manobra de aspiração diafragmática) provocando a elevação dos 
órgãos pélvicos na direção do diafragma respiratório e respectiva contração, supostamente 
reflexa da musculatura do assoalho pélvico (MAP). 1 
Orientações para AVD’s, caso necessário fixar: Contração perineal ao subir escadas, espirar, ao se 
abaixar para pegar peso, levantar da cadeira. Técnicas para inibir a urgência – contração dos MAP’s, 
relaxamento induzido, respiração profunda e distração mental. Fortalecimento do musculo perineal, 
esquema PERFect com uso de biofeedback (espelho) se necessário, Ginástica Hipopressiva1, Cones 
Vaginais4 (caso a paciente apresente P>4) e Cinesioterapia/Kegel1. Evitar a manobra de valsava 
(esforço) durante as micções. Orientações sobre ingestão de água, a não ingestão noturna, educação 
alimentar, higiene íntima (evitar infecções), registros das micções no diário miccional (quantidade de 
ingestão de líquido, de micções, de urina, de perdas de urina...). 
8ª A 10ª SESSÃO 
Fortalecimento do musculo perineal com a utilização do/de: 
• PERFect para fortalecimentos das Fibras Tipo I e as Fibras Tipo 2. 5 
Na 7ª ou 8ª Sessão, 2ª reavaliação do PERFect e trabalhar com os novos dados obtidos. 
Caso a paciente apresente evolução durante as contrações. 
Caso ainda não haja conscientização perineal, continuar associando a técnica com o 
biofeedback (espelho, perineômetro3, eletromiográfico3). 
Na 10ª Sessão,3ª reavaliação do PERFect e trabalhar com os novos dados obtidos. Caso a 
paciente apresente evolução durante as contrações. 
 
• Exercícios com Cones vaginais. 4 
Na 7ª ou 8ª Sessão, reavaliação da carga dos cones vaginais e trabalhar com os novos dados/pesos 
obtidos. Caso a paciente apresente evolução, aumentar o peso dos cones vaginais. 
Fibra Tipo 1 – Contração Passiva 
Fibra Tipo 2 – Contração Voluntária 
Na 10ª Sessão, reavaliação da carga dos cones vaginais e trabalhar com os novos dados/pesos 
obtidos. Caso a paciente apresente evolução, aumentar o peso dos cones vaginais. 
 
• Cinesioterapia/Kegel - auxiliam no mecanismo de continência por meio da contração 
voluntária dos músculos do assoalho pélvico que ocasionam sua elevação e aproximação, 
resultando no fechamento uretral (Exercícios de elevação da pelve em decúbito dorsal, de 
mobilização do quadril na bola suíça...).1 
 
• Ginástica Hipopressiva (trabalho do CORE, principalmente os MAP’s) - contração ativa da 
musculatura abdominal (manobra de aspiração diafragmática) provocando a elevação dos 
órgãos pélvicos na direção do diafragma respiratório e respectiva contração, supostamente 
reflexa da musculatura do assoalho pélvico (MAP). 1 
Orientações para AVD’s, caso necessário fixar: Contração perineal ao subir escadas, espirar, ao se 
abaixar para pegar peso, levantar da cadeira. Técnicas para inibir a urgência – contração dos MAP’s, 
relaxamento induzido, respiração profunda e distração mental. Fortalecimento do musculo perineal, 
esquema PERFect com uso de biofeedback (espelho) se necessário, Ginástica Hipopressiva1, Cones 
Vaginais4 (caso a paciente apresente P>4) e Cinesioterapia/Kegel1. Evitar a manobra de valsava 
(esforço) durante as micções. Orientações sobre ingestão de água, a não ingestão noturna, educação 
alimentar, higiene íntima (evitar infecções), registros das micções no diário miccional (quantidade de 
ingestão de líquido, de micções, de urina, de perdas de urina...). 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
1. Berbam LW. Exercícios de Kegel e ginástica hipopressiva como estratégia de atendimento 
domiciliar no tratamento da incontinência urinária feminina: relato de caso. Monografia 
[Graduação em Fisioterapia] – Unijuí, 2011. 
 
2. Shahoei R; Zaheri F; Nasab LH; Ranaei F. The effect of perineal massage during the second 
stage of birth on nulliparous women perineal: A randomisation clinical trial. Electron 
Physician, 2017. 
 
3. Knorst MR; Resende TL; Santos TG; Goldim JR. The effect of outpatient physical therapy 
intervention on pelvic floor muscles in women with urinary incontinence. Braz J Phys Ther, 
2013. 
 
4. Matheus LM; Mazzari CF; Mesquita RA; Oliveira J. Influência dos exercícios perineais e dos 
cones vaginais, associados à correção postural, no tratamento da incontinência urinária 
feminina. Rev. bras. Fisioter, 2006. 
 
5. Berlezi EM; Martins M; Dreher DZ. Programa individualizado de exercícios para incontinência 
urinária executado no espaço domiciliar. Sci Med, 2013.

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