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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CAU - Curso de Arquitetura e Urbanismo DAU 1093 - SOCIEDADE E DIREITO DA CIDADE - 2021/2 Elisa Procopio Brito Laura Laureano Ramos Ramos Michele Carvalho Louzada Relatório Análise e Diagnóstico Urbano e Regional: Distrito Boca do Monte Professores: José Luiz de Moura Filho e Karla Nunes de Barros Coelho Santa maria - RS 2022 Introdução 1 Análise do Distrito 2 Características socioeconômicas e espaciais 2 Legislações 4 Aspectos atuais de oferta do Distrito 10 Serviços de Comunicação 10 Serviço de Energia 12 Serviço de Saneamento Básico 12 Serviço de Educação 13 Infraestrutura e Serviço de Transporte 14 Serviço de Saúde 14 Serviços de Segurança 14 Análise das demandas do Distrito 15 Potenciais 16 Considerações Finais 19 Referências 19 1. Introdução Criada primeiramente como um marco divisório entre os territórios espanhóis e portugueses, o município de Santa Maria (Rio Grande do Sul) passou por diversas mudanças e repartições em seu território, adotando diversas configurações de distritos constituintes até sua última mudança no ano de 2005, quando passa a ser dividido em dez distritos: Santa Maria, Arroio do Sol, Arroio Grande, Boca do Monte, Pains, Palma, Passo do Verde, Santa Flora, Santo Antão e São Valentim. O Distrito Boca do Monte é o sétimo distrito do município de Santa Maria, localizado ao oeste da sede municipal, sendo o segundo maior em área (17,16% do território do município), e o maior em população. Sua origem foi dada através da continuação da colonização de Silveira Martins, na época pertencente a Santa Maria, ainda no século 18, servindo como posto missioneiro para os colonizadores espanhóis. Foi registrado pela primeira vez nos quadros de apuração do recenseamento geral em 1920. O seguinte relatório visa apresentar informações e avaliar a possibilidade do adensamento da área urbana de Boca do Monte, levando em consideração sua infraestrutura existente e capacidade de expansão. 2. Análise do Distrito 2.1. Características socioeconômicas e espaciais Segundo o censo de 2014, Boca do Monte possui 2.941 habitantes, com uma área de 260,51 km², e densidade demográfica de 11,29 habitantes por km². Quanto à classificação e distribuição populacional, temos que: ● 50,19% da população (1.476) é do sexo feminino, para 49,81% (1.465) do sexo masculino; | 1 ● 34,72% (1021) vivem em área urbana, enquanto 65,28% (1920) vivem em áreas rurais; ● 17,95% (528) são jovens e crianças, 66,85% (1966) jovens e adultos em idade de força de trabalho, e 15,20% (447) são idosos; ● Apesar de a razão entre sexos ser menor que 100, ainda á um equilíbrio, principalmente na faixa de força de trabalho. Na faixa dos idosos, as mulheres são maioria. ● 61,44% das pessoas apresentam rendimentos (contando a partir de 10 anos), sendo aquelas com rendimento de meio a um salário mínimo a maioria: 24,82% da população. 27,17% das pessoas nesta mesma faixa etária não tem rendimentos. ● A razão de dependência é de 49,59, sendo 26,86 para a dependência juvenil, e 22,74 para os idosos. | 2 O Distrito Boca do Monte é ainda dividido em cinco zonas, sendo elas: Centro Histórico, Zona 1, Zona 2, Zona 3, Zona 4. Junto dos distritos de Arroio do Só e Arroio Grande, Boca do Monte é um dos únicos distritos divididos em mais de uma zona, cada zona tendo seus próprios regimes urbanísticos: | 3 Em todas as zonas, a predominância é de construções residenciais unifamiliares, com um ou, raramente, dois pavimentos. As unidades se encontram quase sempre à beira da rodovia RS-830, com poucas vias de calibre menor. O distrito possui ainda 18 localidades rurais, sendo elas: Alto das Palmeiras; Canabarro; Cezar Pina; Colônia Pedro Stok; Estância Velha; Lajeadinho; Parada Link; Rincão do Barroso; Porteirinha; Quebra-Dente; Rincão dos Flores; Santo Antônio do Lajeadinho; Quilombo; Passo do Raimundo; Passo da Ferreira; Passo da Taquara; Picada Schuster; Picada Bastos. 2.2. Legislações Código de obras e edificações O código de obras é um conjunto de leis que determina como as construções devem ser realizadas, e quais parâmetros técnicos ela deve seguir. Para melhor garantir conforto, segurança, eficiência, saúde e acessibilidade. Tendo como referência a lei complementar Nº 119, de 26 de julho de 2018, que dispõe sobre o Código de Obras e Edificações do Município de Santa Maria e dá outras providências. Art. 42. A edificação deve atender a legislação pertinente ao novo uso a qual será destinada, principalmente a LUOS, devendo sofrer as adequações necessárias, se for o caso, para atender a mesma. Art. 43. Para edificações com mais de 20 (vinte) anos de Habite-se ou averbação no Cartório de Registro de Imóveis, podem ser reduzidas as exigências deste Código para a troca de uso do solo, desde que atendam as condições mínimas de higiene, salubridade e segurança. Vistoria Hidrossanitária Art. 45. Todas as edificações localizadas no Município devem ter seus esgotos sanitários ligados à rede coletora pública de esgoto sanitário ou serem dotadas de sistema de tratamento individual. § 1º Havendo rede coletora próxima ao lote a ela devem estar, obrigatoriamente, conectadas as tubulações de esgoto sanitário, sob pena de não ser concedido o Habite-se. | 4 § 2º Inexistindo rede coletora de esgoto sanitário no local o sistema de tratamento individual deve atender o art. 158, desta Lei Complementar. Art. 47. Nos locais onde não existe rede coletora de esgoto sanitário, o proprietário da edificação deve construir/implantar, um sistema de tratamento individual, ou realizar a ligação a um sistema alternativo próximo, baseado nas normas técnicas aplicáveis e acompanhado de ART/RRT, sob pena de não obter a Carta de Habitação. Art. 48. Todas as edificações que sofreram reforma geral, que tenha acréscimo de 50% (cinquenta por cento) da área original ou possua alteração na ligação do sistema hidrossanitário com a rede coletora, devem obter a certidão da concessionária de saneamento para a concessão do Habite-se. Art. 50. Em lotes edificados com área de solo impermeabilizado superior a 500 m² (quinhentos metros quadrados), deverão ser executados reservatórios de retenção de águas pluviais como condição para aprovação de projeto arquitetônico, independente da área de Índice Verde, com volume mínimo de 1000 (mil) litros, a partir daí, 1 (um) litro por metro quadrado de área total construída. Capítulo XI - Do Habite-Se Art. 51. Concluídas as obras, inclusive o passeio público quando as vias forem pavimentadas, o interessado deve solicitar ao Município vistoria para expedição do respectivo Habite-se, sem o qual nenhuma edificação pode ser ocupada. Título I - Das Condições Do Terreno Capítulo I Do Fechamento Art. 65. Os lotes e glebas, localizados na área urbana e rural, podem ser fechados em toda a sua extensão, através de muros, cercas ou telas. Seção I - Do Muros Art. 67. O muro de frente para via pública, quando no recuo de ajardinamento, deve ter altura máxima de 80 cm (oitenta centímetros), não computados os muros de arrimo, desde que atenda o nível natural do terreno. | 5 Art. 68. Os muros de divisas laterais e de fundos, quando construídos em alvenaria, podem ter, após o recuo de jardim, a altura máxima de 3 m (três metros) em relação ao nível natural do terreno, acima disso devem ter aprovação de projeto. Art. 70. Os muros que subdividem uma área de ventilação e iluminação principal ou secundária, aberta ou fechada, não podem ultrapassar a altura de 2,00 m (dois metros). Capítulo II - Do Passeio Público Art. 73. Os terrenos, edificados ou não, situados em vias providas de pavimentação, devem ter os passeios pavimentados e mantidos em perfeito estado de conservação e limpeza pelo proprietário, possuidor ou urbanizador, em conformidade com as normas e padrões estabelecidos pelo órgão municipal competente. § 1º A altura do meio-fio deve se situar entre 15 cm (quinze centímetros) e 17 cm (dezessetecentímetros), exceto nos casos em que esta altura for reduzida por pavimentação executada pelo Poder Público. § 2º O meio-fio deve ter inclinação para possibilitar a condução das águas para a via pública. § 3º Os passeios devem possibilitar o tráfego contínuo de forma que a acessibilidade das pessoas com deficiência (PCD) e/ou portadores de mobilidade reduzida (PMR) seja facilitada, garantindo o perfeito deslocamento, com segurança e tranquilidade, podendo o Poder Público Municipal, a qualquer momento, constatada a necessidade, solicitar as alterações necessárias, de forma a contemplar de maneira mais prática, objetiva e segura a acessibilidade. Art. 79. Os passeios situados em vias provindas de pavimentação devem apresentar, coincidindo com as faixas de segurança, rebaixamento de meio-fio destinado ao acesso de portadores de necessidades especiais, conforme. Parágrafo único. Nos passeios com largura menor ou igual a 3 m (três metros) todo o trecho do passeio onde houver o acesso para portadores de necessidades especiais deverá ser rebaixado, conforme Figura 2. | 6 Das Edificações Para Usos Residenciais Art. 134. O atendimento às condições projetuais de salubridade, higiene, conforto, iluminação, impermeabilização e segurança, na parte interna das unidades autônomas residenciais, é de competência do responsável técnico e do proprietário, não sendo necessária à análise desta área privativa por parte do Órgão Público Municipal competente. Seção I - Das Residências Unifamiliares Art. 135. As habitações unifamiliares devem ter, no mínimo, sala, dormitório e cozinha, que podem estar em ambiente único, e sanitário. Parágrafo único. A residência unifamiliar deve possuir caixa receptora de correspondências e, onde não houver coleta de lixo conteinerizado, lixeira, localizadas inteiramente sobre o lote a partir do alinhamento previsto. Art. 136. As habitações unifamiliares em madeira, além de atenderem às disposições deste Código que lhes forem aplicáveis, devem manter um afastamento mínimo de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) em relação às divisas do terreno, exceto quando as paredes externas forem de alvenaria ou material equivalente ou 3 m (três metros) em relação a qualquer economia construída no mesmo lote. Uso e Ocupação do Solo. Referente a LEI COMPLEMENTAR Nº 117, DE 26 DE JULHO DE 2018, Institui a Lei de Uso e Ocupação do Solo, Parcelamento, Perímetro Urbano e Sistema Viário do Município de Santa Maria. Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece as normas e as condições para o Uso, ocupação, parcelamento do solo, perímetro urbano e sistema viário do Município de Santa Maria. Buscamos citar as normas e condições mais cabíveis em geral tanto ao município, quanto ao distrito. | 7 Capítulo II - Dos Afastamentos, Recuos, Ventilação E Iluminação Art. 22. Terreno de esquina é aquele que possui duas ou mais faces contíguas voltadas para logradouro público, sendo as demais faces consideradas como divisas para fins de regime urbanístico. Art. 23. Nenhum lote no perímetro urbano está dispensado do recuo viário. Art. 24. Em terreno de esquina, os recuos de ajardinamento poderão ser reduzidos para possibilitar que o mesmo não fique com dimensão inferior a 8 m (oito metros). Art. 25. Nos terrenos de esquina, em uma das frentes, a partir do piso do segundo pavimento, a edificação pode avançar no recuo de jardim. § 1º Em qualquer caso, o recuo de jardim não pode ser inferior a 2 m (dois metros) em relação ao alinhamento. § 2º Os terrenos de esquina localizados nas zonas 3.a e 3.b, independente do tamanho da testada, tem IA = 4. Art. 26. Em edificações unifamiliares, o afastamento mínimo das divisas é de 1,50 m (um metro e cinquenta centímetros) quando houver esquadrias. Art. 27. Nas residências unifamiliares, com até 6,5 m (seis metros e cinquenta centímetros) de altura são dispensados os afastamentos de divisas, em qualquer face da edificação, desde que não possua esquadrias. Plano Diretor De Mobilidade Urbana LEI COMPLEMENTAR Nº 098, DE 10 DE JUNHO DE 2015. Institui o Plano Diretor de Mobilidade Urbana do Município de Santa Maria e dá outras providências. Art.1º A Política de Mobilidade Urbana, executada pelo Poder Público Municipal conforme as diretrizes gerais fixadas nesta lei, tem por objetivo principal propor atuações que | 8 garantam um sistema de mobilidade urbana com acessibilidade, onde os meios de transporte sustentáveis sejam prioritários e majoritários. Art. 4º A Política de Mobilidade Urbana do Município deve seguir as premissas de sustentabilidade, mediante as seguintes diretrizes gerais: §1º Os meios de transporte não motorizados (pedestres e bicicletas) e o transporte público coletivo são prioritário em relação aos demais meios de transporte. §2º A política de mobilidade deve garantir a integração entre os diversos meios de transporte:integração com a política de desenvolvimento urbano e respectivas políticas setoriais. 2.3. Aspectos atuais de oferta do Distrito Somado à importância de conhecer as legislações que regem o Distrito da Boca do Monte, é relevante ter conhecimento daquilo que realmente é ofertado tanto para aqueles que residem ali, quanto para aqueles que apenas visitam. Com o objetivo de atingir essa finalidade, o Subprefeito de Boca do Monte, Tiago Schuster, foi entrevistado. Dessa forma, Schuster, que prefere ter um diálogo com a população de uma maneira mais direta, além de demonstrar grande preocupação com saúde, saneamento básico, educação, segurança e desenvolvimento da população, explicitou algumas questões a respeito do distrito. 2.3.1. Serviços de Comunicação No aspecto dos serviços de comunicações, é informada a existência de recepção de rádio FM e AM, que embora o distrito não possua estação de rádio local, felizmente, possui acessos às mesmas rádios do Distrito Sede. Além disso, tem-se o conhecimento a respeito da cobertura de internet e canais de televisão, das quais são possibilitadas devido a presenças de empresas particulares como a Zumpnet e GPSnet. Já em relação aos serviços postais, o subprefeito lamenta pela falta de posto de correios em Boca do Monte, uma vez que a população precisa ir até o Distrito Sede para ter o serviço. Ademais, um serviço de extrema importância na atualidade são as coberturas móveis, necessárias tanto para o desenvolvimento quanto comunicação da comunidade. De maneira positiva, conforme Mapas de cobertura disponibilizados pela Anatel, boa parte da região é suprida com o serviço de cobertura 2G, 3G e 4G. | 9 >100 <0 Cobertura 2G - Mapa de distribuição de cobertura - Anatel Cobertura 3G - Mapa de distribuição de cobertura - Anatel | 10 Cobertura 3G - Mapa de distribuição de cobertura - Anatel 2.3.2. Serviço de Energia Em relação à Distribuição de energia em Boca do Monte, Tiago Schuster explica que é predominantemente executada pela Cooperativa de Eletrificação Rural Vale do Jaguari Ltda. (CERVALE), uma sociedade de pessoas, de natureza civil, com sede na cidade de Santa Maria, Estado do Rio Grande do Sul, cujo principal objetivo é o desenvolvimento socioeconômico, através da distribuição de energia elétrica e serviços de interesses de seu quadro de associados. Dessa maneira os associados são amparados por essa entidade (regida pela Lei nº 5.764, de 16 de dezembro de 1971). De qualquer forma, uma parcela crescente da população do distrito utiliza a energia solar. Rua Presidente Vargas - Foco na distribuição de energia - Street View do Google Maps | 11 Somado a isso, é observado algumas questões interessantes como a presença de iluminação pública, a prevalência de rede monofásica nas áreas urbanas de Boca do Monte e de rede trifásica nas áreas rurais. 2.3.3. Serviço de Saneamento Básico No âmbito do saneamento básico, segundo o subprefeito existe um grande esforço por parte da subprefeitura e da prefeitura para atender a população residente. A respeito da Distribuição e tratamento de água potável, é explicadoo apoio de uma associação capacitada, a SOCIEDADE DA REDE DE ÁGUA DE BOCA DO MONTE. A principal atividade dessa empresa é a Captação, Tratamento e Distribuição de Água para aqueles que não possuem conexão com a rede pública de distribuição ou fornecimento natural de água. Outra alternativa oferecida é a distribuição de água pela Defesa Civil por meio de caminhões pipas. Ademais, é citada a utilização de poços artesianos e vertentes por uma grande parcela do distrito. E, conforme coletas de Schuster, há apenas 4 pessoas que não possuem acesso à água com maior frequência. No que diz respeito à coleta e tratamento de esgoto, é informada a presença de rede de esgoto e drenagem de água pluvial na VRS-230 apenas. Já nas demais localidades de Boca do Monte, é majoritariamente utilizado o sistema individual de esgotamento, as fossas sépticas. Por fim, Tiago comenta sobre a sistemática da coleta de lixo. Essas coletas são feitas pela mesma empresa responsável pela coleta do 1° Distrito, na periodicidade semanal nas localidades urbanas e quinzenal no interior rural. 2.3.4. Serviço de Educação A questão educacional do 7° Distrito é amparada por 5 unidades de ensino, de acordo com dados da Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul. Há 3 unidades de ensino fundamental como: a E.E.E.F. de Boca do Monte, localizada na sede do distrito; a E.M.E.F. João Hundertmark, localizada na Vila Passo da Ferreira; e a E.E.E.F. Almiro Beltrame, localizada em Estância Velha. Além dessas unidades, existe uma unidade de ensino infantil, a E.M.E.I Boca do Monte, localizada na sede do distrito. E ainda, existe uma unidade de ensino superior particular, a ULBRA Santa Maria, localizada na BR-287. | 12 E.E.E.F. de Boca do Monte (Foto arquivo pessoal Elisa Brito) Tendo em vista essa amplitude de redes de ensino disponíveis, o subprefeito deixa muito claro o apoio da população a respeito da educação e da subprefeitura, considerando que na época de isolamento da pandemia foram feitos acordos com as linhas de transporte escolar com a finalidade de levar e buscar as tarefas das crianças, e assim, facilitar os estudos. 2.3.5. Infraestrutura e Serviço de Transporte A questão da infraestrutura urbana é um motivo de orgulho para o representante de Boca do Monte, uma vez que esse é o distrito com maior quilômetro de vias pavimentadas, após o Distrito Sede. No entanto, se preocupa com a falta de passeio público e mobiliário urbano na região. Já no âmbito dos serviços de transporte, tem-se o conhecimento dele ser feito pela empresa Expresso Medianeira. A empresa disponibiliza 1 linha para o distrito, considerando 8 horários do Distrito 1 para o Distrito 7, 8 horários do Distrito 7 para o Distrito 1, 2 horários da sede do Distrito 7 para o interior, e 2 horários do interior para a sede do Distrito 7. O subprefeito ainda explica que as linhas e horários são reduzidos devido ao uso majoritário do transporte particular pelos moradores. 2.3.6. Serviço de Saúde Na atualidade, os serviços de saúde atendem a população residente do distrito, informação assegurada por Tiago. Isto porque é disponibilizado ao distrito uma Unidade Básica de Saúde, localizada na sede de Boca do Monte, e ainda uma unidade móvel de atendimento para localidades mais distantes. Ademais, compartilha a respeito da equipe presente na unidade: 1 médica, 1 técnica de enfermagem, 1 dentista, 2 recepcionistas e 1 enfermeira chefe. | 13 Unidade Básica de Saúde Boca do Monte - Street View do Google Maps 2.3.7. Serviços de Segurança A questão da segurança demonstra ser uma preocupação de Schuster, tendo vista que o único posto de policiamento da região existiu a 15 anos atrás. Atualmente, o posto da brigada está inativo e abriga temporariamente a subprefeitura de Boca do Monte. Além disso, é observado que a guarda municipal faz ronda com uma certa frequência na região e já a brigada militar faz rondas com frequências mais espaçadas. Antigo Posto da Brigada Militar (Foto arquivo pessoal Elisa Brito) | 14 2.4. Análise das demandas do Distrito Diante dos serviços ofertados e das legislações vigentes, nota-se a demanda por melhoria dos serviços de comunicação, principalmente o serviço de cobertura móvel. Isto porque, na contemporaneidade, a internet móvel tem sido cada vez mais importante para a educação, trabalho e demais questões de desenvolvimento da sociedade. Além disso, os mapas de distribuição de sinal de cobertura demonstraram falta de cobertura em uma parcela significativa do Distrito 7, por conseguinte, mostram a demanda por mais antenas distribuídas. Na questão do saneamento básico é observada a necessidade de atenção por parte do Governo estadual e municipal. Uma vez que o subprefeito cita a existência de uma rede coletora na via estadual a mais de 20 anos, além de o Código de Obras exigir a eficiência das conexões com a rede coletora. Assim, percebe-se a relevância da liberação de recursos para a reforma da rede existente na VRS-230. Em vista da garantia da educação acessível a todos, vê-se a demanda por uma unidade de ensino médio. Esse fato é consequência da ausência de escolas de ensino médio nas proximidades do Distrito. No âmbito da infraestrutura, observa-se uma demanda por passeio público na região. Isto devido à ausência dessa infraestrutura tanto nas vias pavimentadas quanto nas não pavimentadas. Essa demanda merece atenção, uma vez que é exigida pelo código de obras, além de sua ausência demonstrar risco para a população que anda pelas vias públicas. Ademais, no âmbito dos serviços de segurança, há uma demanda já notada pelo subprefeito, o cercamento eletrônico ao longo do distrito. Em vista do aumento de roubos de gado, da patrulha ineficiente da polícia e da carência de cerca e câmera nas residências, faz-se necessário a instalação de câmeras ao longo do distrito para facilitar a procura por criminosos e justiça às vítimas. 2.5. Potenciais O distrito à um tempo atrás já foi mais movimentado e povoado. Pela ferrovia, armazéns, linhas de ônibus com maior frequência e a população mais jovem, movimentando assim o distrito. Devido a procura por trabalho e escolas, a maioria da população por necessidade teve que se encaminhar para a cidade. Diante disso, no local se manteve a população idosa, fazendo com que Boca do monte não tivesse uma evolução significativa. Mesmo com a saída da maioria dos jovens essa área rural se mantém ativa em importantes setores como: Piscicultura; Fabricação de vinho; Óleos essenciais, artesanato, confecção de vassouras. | 15 Além disso, também conta com um Centro de Pesquisa (estação experimental), que utiliza grande faixa de terra para pesquisa, área na qual não é permitido loteamento. A Estação Experimental de Silvicultura foi fundada, em 1941, com o objetivo de centralizar os estudos de Silvicultura experimental no estado, assim tornando - se referência na produção de semente e mudas de árvores nativas. Ela teve enorme importância no fornecimento de mudas para reflorestamento. Nele são armazenados em torno de 700 a 800 kg de sementes das mais variadas espécies. Fonte: https://diariosm.com.br/ A estação ferroviária da boca do monte foi inaugurada em 1890, mas atualmente os trens de passageiros deixaram de passar ali desde 02/02/1996. "Boca do Monte é um distrito retirado da zona urbana. Lá restam apenas os vestígios de que havia mais linhas e desvios para manobras na estação, mas só ficaram mesmo as pedras remexidas" (Daniel Taschetto, 09/2005). | 16 fonte: Cruzamento de trens no pátio da estação de Boca do Monte (Foto Alfredo Rodrigues). O Criadouro são Braz, localizado no Passo dos Ferreiros, tem como proprietário o Sr. Santos de Jesus Braz da Silva, que resgata os animais do trafego ilegal, e animais criados sem autorização, procurando devolvelos ao seu habitat natural. fonte: olgamaiadeazevedo.blogspot.com/ Balneário Timbauva-Comunidade Estância Velha | 17 http://olgamaiadeazevedo.blogspot.com/ fonte: Balneário Timbaúva/FacebookULBRA Fonte: Ulbra Santa Maria/Facebook No distrito também tem vário outros pontos atrativos que trazem um número maior de pessoas a passeio para a área rural: Igreja Santo Antonio 1ª Estação Férrea Cantina Boca do Monte-Vinícola Dom Roberto FEPAGRO Florestas Balneário Beira Rio-Comunidade de Canabarro Departamento Tradicionalista Noite de Ronda Clube Recreativo Concórdia | 18 3. Considerações Finais Destarte, devido ao potencial turístico e de desenvolvimento de Boca do Monte, nota-se a importância de atender as tais demandas destacadas e investir em atrativos para o chamamento da população jovem de Santa Maria para o Distrito, com a finalidade de evoluir a capacidade dos serviços ofertados, e por consequência, atender não somente a população residente nas áreas urbanas e rurais como também a população visitante. Por fim, diante das informações encontradas e a observação de concentração de esforços na sede de Boca do Monte, percebe-se um adensamento urbano nas Zonas 1, 2, 3, 4 e Centro Histórico. 4. 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