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Impresso por Lan House Didi, E-mail lanhousedidi104@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 17/06/2022 12:07:56 C O N H E C IM E N T O S E S P E C ÍF IC O S : S E G U R ID A D E S O C IA L 345 Até a reforma trabalhista, Lei 13.467/17, era necessário que o benefício fosse concedido a todos os empregados e dirigentes da empresa. A reforma trabalhista retirou a necessidade de que a cobertura abranja a totalidade dos empregados; r) o valor correspondente a vestuários, equipamen- tos e outros acessórios fornecidos ao empregado e utilizados no local do trabalho para prestação dos respectivos serviços; Verba que não tem natureza remuneratória; s) o ressarcimento de despesas pelo uso de veículo do empregado e o reembolso creche pago em con- formidade com a legislação trabalhista, observado o limite máximo de seis anos de idade, quando devi- damente comprovadas as despesas realizadas; Súmula 310 do Superior Tribunal de Justiça (STJ): O auxílio-creche não integra o salário de contribuição; t) o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que vise à educação básica de empregados e seus dependentes e, desde que vinculada às ativida- des desenvolvidas pela empresa, à educação pros- sional e tecnológica de empregados, nos termos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e: 1. não seja utilizado em substituição de parcela salarial; e 2. o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, considerado individualmente, não ultrapas- se 5% (cinco por cento) da remuneração do segu- rado a que se destina ou o valor correspondente a uma vez e meia o valor do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição, o que for maior; u) a importância recebida a título de bolsa de aprendizagem garantida ao adolescente até qua- torze anos de idade, de acordo com o disposto no art. 64 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990; Norma em confronto com a Constituição, já que a idade mínima para o aprendiz passou a ser de 14 anos com a EC 20/1998; v) os valores recebidos em decorrência da cessão de direitos autorais; Verba de natureza indenizatória; x) o valor da multa prevista no§ 8º do art. 477 da CLT; Inobservância do prazo para pagamento das ver- bas indenizatórias; y) o valor correspondente ao vale-cultura; Benefício oferecido pelas empresas participantes do Programa Cultura do Trabalhador; z) os prêmios e os abonos A reforma trabalhista, Lei 13.467/17, prevê que os abonos, mesmo habituais, não sofrerão incidência de contribuição previdenciária; aa) os valores recebidos a título de bolsa-atleta, em conformidade com a Lei n 10.891, de 9 de julho de o 2004. Essas verbas são consideradas indenizatórias. Exemplos de situações em que há incidência de contribuição previdenciária: z Gorjetas (pagas por terceiros/clientes – espontâ- neas ou compulsórias); z Adicionais de periculosidade, insalubridade e noturno; z Utilidades habituais (o salário não pode ser pago apenas em utilidades, 30% devem ser pagos em dinheiro); z Décimo terceiro salário (Súmula 688 do STF consi- derou a cobrança legítima). Observação: não inte- gra o cálculo do salário de benefício. Pago quando do crédito da última parcela ou quando da resci- são contratual; z Comissões (regra do art. 457 da CLT) – Súmula 458 do STJ: A contribuição previdenciária incide sobre a comissão paga ao corretor de seguros; z Terço constitucional das férias (novo entendimen- to STF – Tema 985); z Horas extras; z Salário do aposentado. Dica Pelo entendimento do Superior Tribunal de Jus- tiça, não incide contribuição nas férias indeni- zadas, inclusive o valor correspondente a dobra das férias e aviso prévio indenizado (RESP 1.230.957/RS). Limites mínimo e máximo O salário de contribuição deve obedecer a limites mínimo e máximo. O limite corresponde ao mínimo piso salarial, legal ou normativo, da categoria ou, ine- xistindo este, ao salário mínimo, tomado no seu valor mensal, diário ou por hora, de acordo com o contra- to e o tempo de trabalho efetivo durante o mês. Para o menor aprendiz, o limite mínimo corresponde à remuneração mínima xada em lei. O limite é o máximo teto previdenciário, xado por portaria, atualizado todos os anos pelos mesmos índices que reajustam os benefícios previdenciários em manutenção. A Reforma da Previdência (EC 103/19) estabelece, no § 14 do art. 195 da Constituição Federal, que o segu- rado somente terá reconhecida como tempo de contri- buição ao RGPS a competência cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima mensal exi- gida para sua categoria, assegurada a complementa- ção das contribuições, o agrupamento ou a utilização do excedente de uma contribuição em outra. COMPETÊNCIA DO INSS E DA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL Na forma como dispõe o art. 2º da Lei 11.457/2007: cabe à Secretaria da Receita Federal do Brasil pla- nejar, executar, acompanhar e avaliar as atividades relativas à tributação, scalização, arrecadação, cobrança e recolhimento das contribuições sociais. Desse modo, a competência tributária, ou seja, relativa às contribuições previdenciárias, é da Receita Federal, cabendo ao INSS, autarquia pública federal, a gerência e gestão dos benefícios e serviços devidos pelo sistema. Impresso por Lan House Didi, E-mail lanhousedidi104@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 17/06/2022 12:07:56 346 EXERCÍCIOS COMENTADOS: 1. (CESPE-CEBRASPE – 2016) Julgue o próximo item, relativo ao custeio da seguridade social. A contri- buição do segurado empregado e a do trabalhador doméstico recaem sobre o valor dos seus salários de contribuição, até um teto máximo xado por lei. ( ) CERTO ( ) ERRADO A base de incidência da contribuição dos emprega- dos e empregados domésticos, cuja alíquota é pro- gressiva, de acordo com o valor da remuneração, é o salário de contribuição. Resposta: Certo 2. (NOVA CONCURSOS - 2021) A empresa Thera Yz Ltda é obrigada, por norma coletiva, a complementar os valores pagos pela Previdência Social a título de auxí- lio por incapacidade temporária para os funcionários do setor de vendas. Nessa situação, não há incidência de contribuição previdenciária sobre essas verbas. ( ) CERTO ( ) ERRADO Para que não incida contribuição previdenciária na complementação do auxílio por incapacidade tem- porária (antigo auxílio doença), esse benefício deve ser extensível a todos os funcionários e não apenas a um setor especíco. Resposta: Errado. 3. (CESPE-CEBRASPE – 2016) Segundo a legislação vigente, deve haver incidência de contribuição previ- denciária sobre importância recebida a título de incen- tivo a demissão voluntária e abono de férias. ( ) CERTO ( ) ERRADO Não incide contribuição previdenciária sobre as importâncias pagas a título de incentivo a demissão voluntária. Resposta: Errado INFRAÇÕES À LEGISLAÇÃO PREVIDENCIÁRIA Conforme dispõe o art. 92 da Lei 8.212/91, a infra- ção a qualquer dispositivo desta lei, para o qual não exista penalidade expressamente determinada, sujei- ta o responsável a multa, xada conforme a gravida- de da infração, variável entre Cr$100.000,00 (cem mil cruzeiros) e Cr$10.000.000,00 (dez milhões de cruzei- ros), conforme disposições do regulamento. Os referi- dos valores são atualizados anualmente por portarias do Ministério da Economia. Isso signica que, para as hipóteses de descumpri- mento das obrigações estabelecidas na legislação que regulamenta o custeio da Previdência, serão estabele- cidas multas quando não houver penalidade já xada. Por exemplo: nos casos de pagamento em atraso de contribuição previdenciária por iniciativa do deve- dor, a multa e juros de mora estão xados no art. 35 da Lei 8.212/91. O Regulamento (Decreto 3.048/99) estabelece, em seus arts. 282 a 289, o seguinte: Art. 282 Aseguridade social, por meio de seus órgãos competentes, promoverá a apreensão de comprovantes de arrecadação e de pagamento de benefícios, bem como de quaisquer documentos pertinentes, inclusive contábeis, mediante lavratu- ra do competente termo, com a nalidade de apu- rar administrativamente a ocorrência dos crimes previstos em lei. Parágrafo único. O Instituto Nacional do Seguro Social e a Secretaria da Receita Federal estabelece- rão normas especícas para: I – apreensão de comprovantes e demais documentos; II – apuração administrativa da ocorrência de crimes; III – devolução de comprovantes e demais documentos; IV – instrução do processo administrativo de apuração; V – encaminhamento do resultado da apuração refe- rida no inciso IV à autoridade competente; e VI – acompanhamento de processo judicial. Com a Lei 11.457/2007, passa a ser da Secretaria da Receita Federal do Brasil a competência para planejar, executar, acompanhar, arrecadar, scalizar e cobrar as contribuições previdenciárias. Art. 283 Por infração a qualquer dispositivo das Leis n 8.213, ambas de 1991 10.666, de 8 º 8.212 e , e de maio de 2003, para a qual não haja penalidade expressamente cominada neste Regulamento, ca o responsável sujeito a multa variável de R$ 636,17 (seiscentos e trinta e seis reais e dezessete centa- vos) a R$ 63.617,35 (sessenta e três mil, seiscentos e dezessete reais e trinta e cinco centavos), conforme a gravidade da infração, aplicando-se-lhe o dispos- to nos arts. 290 a 292, e de acordo com os seguintes valores: I – a partir de R$ 636,17 (seiscentos e trinta e seis reais e dezessete centavos) nas seguintes infrações: a) deixar a empresa de preparar folha de pagamen- to das remunerações pagas, devidas ou creditadas a todos os segurados a seu serviço, de acordo com este Regulamento e com os demais padrões e nor- mas estabelecidos pelo Instituto Nacional do Segu- ro Social; b - deixar a empresa de se matricular no Institu- to Nacional do Seguro Social, dentro de trinta dias contados da data do início de suas atividades, quando não sujeita a inscrição no Cadastro Nacio- nal da Pessoa Jurídica; c - deixar a empresa de descontar da remunera- ção paga aos segurados a seu serviço importân- cia proveniente de dívida ou responsabilidade por eles contraída junto à seguridade social, relativa a benefícios pagos indevidamente; d - deixar a empresa de matricular no Instituto Nacional do Seguro Social obra de construção civil de sua propriedade ou executada sob sua respon- sabilidade no prazo de trinta dias do início das res- pectivas atividades; e - deixar o Titular de Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais de comunicar ao Instituto Nacio- nal do Seguro Social, até o dia dez de cada mês, a ocorrência ou a não-ocorrência de óbitos, no mês imediatamente anterior, bem como enviar informa- ções inexatas, conforme o disposto no art. 228; f - deixar o dirigente dos órgãos municipais compe- tentes de prestar ao Instituto Nacional do Seguro Social as informações concernentes aos alvarás, “habite-se” ou documento equivalente, relativos a construção civil, na forma do art. 226; e g - deixar a empresa de efetuar os descontos das con- tribuições devidas pelos segurados a seu serviço; Impresso por Lan House Didi, E-mail lanhousedidi104@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 17/06/2022 12:07:56 C O N H E C IM E N T O S E S P E C ÍF IC O S : S E G U R ID A D E S O C IA L 347 h - deixar a empresa de elaborar e manter atualiza- do perl prossiográco abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e de fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia autêntica deste documento; e II – a partir de R$ 6.361,73 (seis mil trezentos e sessenta e um reais e setenta e três centavos) nas seguintes infrações: a - deixar a empresa de lançar mensalmente, em títulos próprios de sua contabilidade, de forma dis- criminada, os fatos geradores de todas as contri- buições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da empresa e os totais recolhidos; b - deixar a empresa de apresentar ao Instituto Nacional do Seguro Social e à Secretaria da Receita Federal os documentos que contenham as informa- ções cadastrais, nanceiras e contábeis de interesse dos mesmos, na forma por eles estabelecida, ou os esclarecimentos necessários à scalização; c - deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir docu- mento comprobatório de inexistência de débito, quando da contratação com o poder público ou no recebimento de benefício ou de incentivo scal ou creditício; d - deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir o docu- mento comprobatório de inexistência de débito, quando da alienação ou oneração, a qualquer títu- lo, de bem imóvel ou direito a ele relativo; e - deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir a apresentação do documento comprobatório de inexistência de débito na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem móvel incorporado ao ati- vo permanente da empresa, de valor superior a R$ 15.904,18 (quinze mil novecentos e quatro reais e dezoito centavos); f - deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir docu- mento comprobatório de inexistência de débito no registro ou arquivamento, no órgão próprio, de ato relativo a baixa ou redução de capital de rma individual, redução de capital social, cisão total ou parcial, transformação ou extinção de entidade ou sociedade comercial ou civil e transferência de con- trole de cotas de sociedades de responsabilidade limitada; g - deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir docu- mento comprobatório de inexistência de débito do proprietário, pessoa física ou jurídica, de obra de construção civil, quando da averbação de obra no Registro de Imóveis; h - deixar o servidor, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial de exigir docu- mento comprobatório de inexistência de débito do incorporador, quando da averbação de obra no Registro de Imóveis, independentemente do docu- mento apresentado por ocasião da inscrição do memorial de incorporação; i - deixar o dirigente da entidade da administração pública direta ou indireta de consignar as dotações necessárias ao pagamento das contribuições devi- das à seguridade social, de modo a assegurar a sua regular liquidação dentro do exercício; j - deixar a empresa, o servidor de órgão público da administração direta e indireta, o segurado da previdência social, o serventuário da Justiça ou o titular de serventia extrajudicial, o síndico ou seu representante, o comissário ou o liquidante de empresa em liquidação judicial ou extrajudicial, de exibir os documentos e livros relacionados com as contribuições previstas neste Regulamento ou apre- sentá-los sem atender às formalidades legais exigi- das ou contendo informação diversa da realidade ou, ainda, com omissão de informação verdadeira; l - deixar a entidade promotora do espetáculo des- portivo de efetuar o desconto da contribuição pre- vista no §1º do art. 205; m - deixar a empresa ou entidade de reter e recolher a contribuição prevista no § 3º do art. 205; n - deixar a empresa de manter laudo técnico atua- lizado com referência aos agentes nocivos existen- tes no ambiente de trabalho de seus trabalhadores ou emitir documento de comprovação de efetiva exposição em desacordo com o respectivo laudo; e § 1º Considera-se dirigente, para os ns do dis- posto neste Capítulo, aquele que tem a competên- cia funcional para decidir a prática ou não do ato que constitua infração à legislação da seguridade social. § 2º A falta de inscrição do segurado sujeita o res- ponsável à multa de R$ 1.254,89 (mil, duzentose cinquenta e quatro reais e oitenta e nove centavos), por segurado não inscrito. § 3º As demais infrações a dispositivos da legisla- ção, para as quais não haja penalidade expressa- mente cominada, sujeitam o infrator à multa de R$ 636,17 (seiscentos e trinta e seis reais e dezessete centavos). A obrigação principal da empresa é a de fazer o pagamento da contribuição, da sua cota e da cota retida do trabalhador (art. 30 da Lei 8212/91). Mas existem, ainda, as obrigações acessórias, relativas à documentação (art. 32 da Lei 8.212/91). Art. 284 A infração ao disposto no inciso IV do caput do art. 225 (obrigações acessórias) sujeitará o res- ponsável às seguintes penalidades administrativas: I – valor equivalente a um multiplicador sobre o valor mínimo previsto no caput do art. 283, em fun- ção do número de segurados, pela não apresenta- ção da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social, independentemente do recolhimento da con- tribuição, conforme quadro abaixo: 0 a 5 segurados ½ valor mínimo 6 a 15 segurados 1 x o valor mínimo 16 a 50 segurados 2 x o valor mínimo 51 a 100 segurados 5 x o valor mínimo 101 a 500 segurados 10 x o valor mínimo 501 a 1000 segurados 20 x o valor mínimo 1001 a 5000 segurados 35 x o valor mínimo acima de 5000 segurados 50 x o valor mínimo II – cem por cento do valor devido relativo à con- tribuição não declarada, limitada aos valores pre- vistos no inciso I, pela apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social com dados não correspondentes aos fatos geradores, seja em relação às bases de cálculo, seja em relação às informações que alterem o valor das contribui- ções, ou do valor que seria devido se não houvesse Impresso por Lan House Didi, E-mail lanhousedidi104@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 17/06/2022 12:07:56 348 isenção ou substituição, quando se tratar de infra- ção cometida por pessoa jurídica de direito pri- vado benecente de assistência social em gozo de isenção das contribuições previdenciárias ou por empresa cujas contribuições incidentes sobre os respectivos fatos geradores tenham sido substituí- das por outras; e III – cinco por cento do valor mínimo previsto no caput do art. 283, por campo com informações ine- xatas, incompletas ou omissas, limitada aos valo- res previstos no inciso I, pela apresentação da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social com erro de preenchimento nos dados não relacionados aos fatos geradores. § 1º A multa de que trata o inciso I, a partir do mês seguinte àquele em que o documento deveria ter sido entregue, sofrerá acréscimo de cinco por cento por mês calendário ou fração. § 2º O valor mínimo a que se refere o inciso I será o vigente na data da lavratura do auto-de-infração. Art. 285 A infração ao disposto no art 280 sujeita . o responsável à multa de cinqüenta por cento das quantias que tiverem sido pagas ou creditadas, a partir da data do evento. A empresa em débito com o sistema não pode dis- tribuir bonicação ou dividendo aos acionistas e nem atribuir cota ou participação nos lucros a sócios e diretores (art. 280 do Decreto 3.048/99). Art. 286 A infração ao disposto no art. 336 (Omis- são da empresa – deixa de emitir a cat/comunica- ção de acidente do trabalho) sujeita o responsável à multa variável entre os limites mínimo e máximo do salário-de-contribuição, por acidente que tenha deixado de comunicar nesse prazo. § 1º Em caso de morte, a comunicação a que se refere este artigo deverá ser efetuada de imediato à autoridade competente. § 2º A multa será elevada em duas vezes o seu valor a cada reincidência. §3º A multa será aplicada no seu grau mínimo na ocorrência da primeira comunicação feita fora do prazo estabelecido neste artigo, ou não comunica- da, observado o disposto nos arts 290 a 292.. Art. 287 Pelo descumprimento das obrigações con- tidas nos incisos V e VI do caput do art. 225, e veri- cado o disposto no inciso III do caput do art. 266, será aplicada multa de R$ 99,74 (noventa e nove reais e setenta e quatro centavos) a R$ 9.974,34 (nove mil, novecentos e setenta e quatro reais e trinta e quatro centavos), para cada competência em que tenha havido a irregularidade. Parágrafo único. O descumprimento das disposi- ções constantes do art. 227 e dos incisos V e VI do caput do art. 257, sujeitará a instituição nanceira à multa de: I – R$ 22.165,20 (vinte e dois mil, cento e sessenta e cinco reais e vinte centavos), no caso do art. 227; e II – R$ 110.826,01 (cento e dez mil, oitocentos e vin- te e seis reais e um centavo), no caso dos incisos V e VI do caput do art. 257. Art. 288 O descumprimento do disposto nos §§ 19 e 20 do art. 225 sujeitará o infrator à multa de: I – R$ 173,00 (cento e setenta e três reais) a R$ 1.730,00 (um mil setecentos e trinta reais), no caso do § 19; e II – R$ 345,00 (trezentos e quarenta e cinco reais) a R$ 3.450,00 (três mil quatrocentos e cinqüenta reais), no caso do § 20. Art. 289 O dirigente de órgão ou entidade da admi- nistração federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal responde pessoalmente pela multa aplicada por infração a dispositivos deste Regu- lamento, sendo obrigatório o respectivo desconto em folha de pagamento, mediante requisição dos órgãos competentes e a partir do primeiro paga- mento que se seguir à requisição. Parágrafo único. Ao disposto neste artigo não se aplica a multa de que trata o inciso III do art. 239. EXERCÍCIO COMENTADO 1. (NOVA CONCURSOS - 2021 – Adaptada) Nos termos do Regulamento da Previdência Social, no capítulo destinado a tratar das infrações à legislação, resta estabelecido que, em eventual omissão da empresa, na ocorrência de acidente de trabalho, deixando de emitir a correspondente CAT (Comunicação de Aciden- te do Trabalho), a multa deve ser xada, desde logo, no patamar máximo, dada a gravidade da situação. ( ) CERTO ( ) ERRADO Na primeira infração, por ausência de comunicação ou comunicação fora do prazo, a multa será xada no patamar mínimo. Resposta: Errado. RECURSO DAS DECISÕES ADMINISTRATIVAS O processo administrativo é composto por um con- junto de atos emanados pela autarquia administrati- va a quem o pedido do segurado é submetido e, após a necessária instrução probatória e recursos próprios, será proferida a decisão denitiva. O processo, portanto, é iniciado com o pedido de benefício, passando pela fase de instrução, com a apresentação de documentação, exigências, perícia médica, perícia social, justicação administrativa etc., chegando à fase decisória. Das decisões administrativas proferidas pela autar- quia previdenciária (INSS), que devem ser fundamen- tadas sob pena de nulidade, cabem recursos a serem interpostos perante o CRPS (Conselho de Recursos da Previdência Social). FASE INICIAL E PROBATÓRIA 1ª instância INSS RECURSO ORDINÁRIO 2ª instância Juntas de Recurso RECURSO ESPECIAL 3ª instância Câmaras de Julgamento O Conselho de Recursos da Previdência Social, como vimos, compreende: 29 Juntas de Recursos (1ª instância) e 4 Câmaras de Julgamento (2ª instância), as quais são responsáveis por julgar recursos, e o Con- selho Pleno – responsável pela uniformização de juris- prudência, mediante emissão de Enunciados. Impresso por Lan House Didi, E-mail lanhousedidi104@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 17/06/2022 12:07:56 C O N H E C IM E N T O S E S P E C ÍF IC O S : S E G U R ID A D E S O C IA L 349 A alteração, introduzida pelos Decretos nº 10.410/2020 e nº 10.491/2020 no Regulamento da Previdência Social (Decreto nº 3.048/99), estabelece que a quantidade de Jun- tas e Câmarasde Julgamento será estabelecida no decre- to que aprovar a estrutura do Ministério da Economia, o que gerará alteração na atual previsão do Conselho de Recursos. Conforme prevê o art. 126 da Lei nº 8.213/91, compete ao Conselho de Recursos da Previdência Social julgar, entre outras demandas, na forma do regulamento: I - recursos das decisões do INSS nos processos de interesse dos beneciários; II - contestações e recursos relativos à atribuição, pelo Ministério da Economia, do Fator Acidentário de Prevenção aos estabelecimentos das empresas; III - recursos das decisões do INSS relacionados à comprovação de atividade rural de segurado espe- cial de que tratam os arts. 38-A e 38-B, ou demais informações relacionadas ao CNIS de que trata o art. 29-A desta Lei. IV - recursos de processos relacionados à compen- sação nanceira de que trata a Lei nº 9.796, de 5 de maio de 1999, e à supervisão e à scalização dos regimes próprios de previdência social de que trata a Lei nº 9.717, de 27 de novembro de 1998. Os recursos das decisões proferidas pelo INSS devem ser interpostos no prazo de 30 (trinta) dias e dirigidos às Juntas de Recursos do CRPS (recurso ordinário). Das decisões proferidas pelas juntas, caberá, em determi- nadas hipóteses, recurso especial, dirigido às Câmaras de Julgamento do CRPS também no prazo de 30 (trinta) dias. Esse prazo é computado da seguinte forma: z nos casos de contestação do FAP, a partir da data da publicação na Imprensa das informações para consulta; z nos casos de recursos, a partir da ciência da decisão; z nas contrarrazões, a partir da interposição do recurso. Os prazos de contrarrazões são de 30 (trinta) dias, sendo certo que, as razões de indeferimento e demais elementos que compõem o processo administrativo previdenciário substituirão as contrarrazões apresen- tadas pelo INSS, hipótese em que o processo previden- ciário poderá ser remetido ao CRPS imediatamente após a interposição de recurso pelo interessado. O INSS poderá deixar de encaminhar o recurso nas hipóteses em que reconhecer o direito do segurado e reformar a sua decisão, inclusive na fase de instrução do recurso interposto pelo segurado. A competência do Conselho Pleno é de unifor- mizar a jurisprudência administrativa, por meio de enunciados com efeito vinculante dentro do Conselho de Recursos da Previdência Social. Importante! A propositura de ação que tenha, por objeto idên- tico, pedido sobre o qual versa o processo admi- nistrativo importa renúncia ao direito de recorrer na esfera administrativa e desistência do recurso interposto (art. 307 do Decreto 3.048/99) Os recursos interpostos, tempestivamente, contra decisões das Juntas de Recursos e das Câmaras de Julgamento serão recebidos nos efeitos devolutivo e suspensivo. O INSS deverá cumprir todas as diligências deter- minadas pelo Conselho de Recursos da Previdência Social, bem como ca submetido a cumprir integral- mente todas as decisões pelo Conselho proferidas. As contestações do FAP – Fator Acidentário de Pre- venção, apenas podem abranger divergências relati- vas aos elementos de composição do cálculo (índices de custo, frequência, gravidade, massa salarial etc.) EXERCÍCIOS COMENTADOS 1. (NOVA CONCURSOS — 2021 - Adaptada) Compete à Secretaria da Receita Federal do Brasil julgar as con- testações administrativas de FAP (Fator Acidentário de Prevenção), por tratar-se de verba de natureza tri- butária, portanto, ligada ao custeio do sistema de Pre- vidência Social. ( ) CERTO ( ) ERRADO Ainda que o FAP esteja, de fato, associado ao custeio, pois é aplicado no seguro de acidentes do trabalho, na forma do art. 126 da Lei nº 8.213/91, a competência para julgar as contestações é do Conselho de Recursos da Previdência Social. Resposta: Errado. 2. (CESPE-CEBRASPE — 2016) Mateus requereu ao órgão regional do INSS a conversão de auxílio-doen- ça em aposentadoria por invalidez. O INSS indeferiu o pedido de Mateus por considerar que a doença que o acometera era curável, e que, por isso, ele era suscetí- vel de reabilitação. Acerca dessa situação hipotética e dos recursos nos processos administrativos de competência do INSS, julgue o item que se segue. Caso seja interposto recurso contra a decisão que indeferiu o pedido de Mateus, o órgão regional do INSS que proferiu a decisão não poderá reformá-la, devendo encaminhar o recurso à instância competente. ( ) CERTO ( ) ERRADO O INSS poderá reformar sua decisão, favoravelmen- te ao segurado, e deixar de encaminhar o recurso. Resposta: Errado. DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO Do capítulo da Lei 8.213/91 destinado às dispo- sições gerais e especícas, vamos destacar alguns dos dispositivos, em razão da relevância dos temas abordados. Iniciamos tratando das regras dos arts. 103, 103-A e 104, que tratam de prescrição e decadência. A decadência é um prazo que atinge o próprio direito, de modo que quando se verica, não há a pos- sibilidade de propor demanda. Já a prescrição atinge parcelas e não o direito em si. Impresso por Lan House Didi, E-mail lanhousedidi104@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 17/06/2022 12:07:56 350 A lei prescreve, para o segurado, no prazo de 10 anos de decadência de todo e qualquer direito ou ação para a revisão do ato de concessão do benefício (art. 103 da Lei 8.213/91). A Lei 13.846/19, alterando este dispositivo, intro- duziu outras hipóteses de incidência da decadência, “a revisão do ato de concessão, indeferimento, can- celamento ou cessação de benefício, do ato de deferi- mento, indeferimento ou não concessão de revisão de benefício”. Todavia, o STF, no julgamento da ADI 6.096, reco- nheceu a inconstitucionalidade do art. 24 da Lei 13.846/19, de modo que volta a valer a redação ante- rior do art. 103: “É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do segurado ou bene- ciário para a revisão do ato de concessão de benefício, a contar do dia primeiro do mês seguinte ao do recebi- mento da primeira prestação ou, quando for o caso, do dia em que tomar conhecimento da decisão indeferitó- ria denitiva no âmbito administrativo”. O prazo tem início: I - do dia primeiro do mês subsequente ao do rece- bimento da primeira prestação ou da data em que a prestação deveria ter sido paga com o valor revis- to; ou II - do dia em que o segurado tomar conhecimento da decisão de indeferimento, cancelamento ou ces- sação do seu pedido de benefício ou da decisão de deferimento ou indeferimento de revisão de benefí- cio, no âmbito administrativo. Para a é de 10 anos o prazo de deca- Previdência dência para revisar ou anular atos administrativos, salvo nos casos de má-fé do segurado. A prescrição ocorre no período de 5 (cinco anos), a contar da data em que deveriam ter sido pagas, toda e qualquer ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Pre- vidência Social, salvo direito de menores, incapazes e ausentes, na forma do Código Civil. LEI Nº 8.212/1991 E ALTERAÇÕES A Lei 8.212/91 trata da organização da Seguridade Social e da instituição do plano de custeio da Seguri- dade Social à luz das regras xadas pela Constituição Federal de 1.988. Boa parte dos dispositivos dessa legislação já foi abordada ao longo deste material, de modo que tratare- mos, aqui, apenas de alguns artigos, os mais relevantes e ainda não estudados, sendo recomendada, de qual- quer modo, a leitura integral da legislação atualizada. Art. 1º A Seguridade Social compreende um con- junto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à previdência e à assistên- cia social. Parágrafo único. A Seguridade Social obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: a) universalidade da cobertura e do atendimento; b) uniformidade e equivalência dos benefícios eser- viços às populações urbanas e rurais; c) seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços; d) irredutibilidade do valor dos benefícios; e) eqüidade na forma de participação no custeio; f) diversidade da base de nanciamento; g) caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa com a participação da comunida- de, em especial de trabalhadores, empresários e aposentados. Art. 2º A Saúde é direito de todos e dever do Esta- do, garantido mediante políticas sociais e econômi- cas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Parágrafo único. As atividades de saúde são de rele- vância pública e sua organização obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: a) acesso universal e igualitário; b) provimento das ações e serviços através de rede regionalizada e hierarquizada, integrados em sis- tema único; c) descentralização, com direção única em cada esfera de governo; d) atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas; e) participação da comunidade na gestão, scali- zação e acompanhamento das ações e serviços de saúde; f) participação da iniciativa privada na assistência à saúde, obedecidos os preceitos constitucionais. Art. 3º A Previdência Social tem por m assegu- rar aos seus beneciários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, ida- de avançada, tempo de serviço, desemprego invo- luntário, encargos de família e reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente. Parágrafo único. A organização da Previdên- cia Social obedecerá aos seguintes princípios e diretrizes: a) universalidade de participação nos planos previ- denciários, mediante contribuição; b) valor da renda mensal dos benefícios, substitu- tos do salário-de-contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado, não inferior ao do salário mínimo; c) cálculo dos benefícios considerando-se os salá- rios-de-contribuição, corrigidos monetariamente; d) preservação do valor real dos benefícios; e) previdência complementar facultativa, custeada por contribuição adicional. Art. 4º A Assistência Social é a política social que provê o atendimento das necessidades básicas, tra- duzidas em proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência, à velhice e à pessoa porta- dora de deciência, independentemente de contri- buição à Seguridade Social. Parágrafo único. A organização da Assistência Social obedecerá às seguintes diretrizes: a) descentralização político-administrativa; b) participação da população na formulação e con- trole das ações em todos os níveis. Art. 5º As ações nas áreas de Saúde, Previdência Social e Assistência Social, conforme o disposto no Capítulo II do Título VIII da Constituição Federal, serão organizadas em Sistema Nacional de Seguri- dade Social, na forma desta Lei. Art. 8º As propostas orçamentárias anuais ou plu- rianuais da Seguridade Social serão elaboradas por Comissão integrada por 3 (três) representantes, sendo 1 (um) da área da saúde, 1 (um) da área da previdência social e 1 (um) da área de assistência social. Impresso por Lan House Didi, E-mail lanhousedidi104@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 17/06/2022 12:07:56 C O N H E C IM E N T O S E S P E C ÍF IC O S : S E G U R ID A D E S O C IA L 351 Art. 9º As áreas de Saúde, Previdência Social e Assis- tência Social são objeto de leis especícas, que regu- lamentarão sua organização e funcionamento. Os primeiros dispositivos tratam dos princípios, da organização e da composição da Seguridade Social, que, à luz do disposto no art. 194 da Constituição Fede- ral, engloba a saúde (sistema não contributivo e uni- versal), a assistência social (sistema não contributivo/ prestação do Estado a quem, efetivamente, necessita) e previdência social (sistema contributivo de liação obrigatória). Art. 10 A Seguridade Social será nanciada por toda sociedade, de forma direta e indireta, nos termos do art. 195 da Constituição Federal e desta Lei, mediante recursos provenientes da União, dos Estados, do Dis- trito Federal, dos Municípios e de contribuições sociais O nanciamento da Seguridade Social é feito, con- forme previsto no art. 195 da Constituição Federal, por toda a sociedade em razão do seu caráter solidário. Art. 14 É segurado facultativo o maior de 14 (qua- torze) anos de idade que se liar ao Regime Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 21, desde que não incluído nas dispo- sições do art. 12. Importante! Esta regra não foi recepcionada pela Emenda 20/98, de modo que a idade mínima de liação como segurado facultativo, por conta da hierar- quia legislativa, é de 16 (dezesseis) anos. Art. 16 A contribuição da União é constituída de recursos adicionais do Orçamento Fiscal, xados obrigatoriamente na lei orçamentária anual. Parágrafo único. A União é responsável pela cober- tura de eventuais insuciências nanceiras da Segu- ridade Social, quando decorrentes do pagamento de benefícios de prestação continuada da Previdência Social, na forma da Lei Orçamentária Anual. Art. 17 Para pagamento dos encargos previdenciá- rios da União, poderão contribuir os recursos da Seguridade Social referidos na alínea “d” do pará- grafo único do art. 11 desta Lei, na forma da Lei Orçamentária anual, assegurada a destinação de recursos para as ações desta Lei de Saúde e Assis- tência Social A União, na forma da regra constitucional, deve inserir, em seu orçamento anual, os recursos que serão destinados ao custeio da Seguridade Social. Importante previsão é a que diz respeito à cober- tura de eventuais insuciências de recursos nas áreas de saúde, assistência e previdência social. Art. 22 § 13. Não se considera como remunera- ção direta ou indireta, para os efeitos desta Lei, os valores despendidos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional com ministro de conssão religiosa, membros de instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem religiosa em face do seu mister religioso ou para sua subsis- tência desde que fornecidos em condições que inde- pendam da natureza e da quantidade do trabalho executado. § 14 Para efeito de interpretação do § 13 deste artigo: I - os critérios informadores dos valores despen- didos pelas entidades religiosas e instituições de ensino vocacional aos ministros de conssão reli- giosa, membros de vida consagrada, de congrega- ção ou de ordem religiosa não são taxativos e sim exemplicativos; II - os valores despendidos, ainda que pagos de forma e montante diferenciados, em pecúnia ou a título de ajuda de custo de moradia, transporte, formação educacional, vinculados exclusivamente à atividade religiosa não conguram remuneração direta ou indireta. § 15 Na contratação de serviços de transporte rodoviário de carga ou de passageiro, de serviços prestados com a utilização de trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e assemelhados, a base de cálculo da contribuição da empresa corres- ponde a 20% (vinte por cento) do valor da nota s- cal, fatura ou recibo, quando esses serviços forem prestados por condutor autônomo de veículo rodo- viário, auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário, bem como por operador de máquinas. Importante previsão a respeito do ministro de con- ssão religiosa e membro de instituto de vida consagra- da é a de que não recolhem contribuições sobre valores que são recebidos apenas para sua subsistência. Há, ainda, a denição de que, no transporte, o salário de contribuição será xado em 20% do frete. Ou seja, a contribuição de 20%, que é a cota do contribuinte indivi- dual, incidirá sobre 20% (vinte por cento) do frete. SOBRE A RECEITA DE CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS Art. 26 Constitui receita da Seguridade Social a contribuição social sobrea receita de concursos de prognósticos a que se refere o inciso III do caput do art. 195 da Constituição Federal. § 4º O produto da arrecadação da contribuição será destinado ao nanciamento da Seguridade Social. § 5º A base de cálculo da contribuição equivale à receita auferida nos concursos de prognósticos, sorteios e loterias. § 6º A alíquota da contribuição corresponde ao percentual vinculado à Seguridade Social em cada modalidade lotérica, conforme previsto em lei. Art. 27 Constituem outras receitas da Seguridade Social: I - as multas, a atualização monetária e os juros moratórios; II - a remuneração recebida por serviços de arre- cadação, scalização e cobrança prestados a terceiros; III - as receitas provenientes de prestação de outros serviços e de fornecimento ou arrendamento de bens; IV - as demais receitas patrimoniais, industriais e nanceiras; V - as doações, legados, subvenções e outras recei- tas eventuais; VI - 50% (cinqüenta por cento) dos valores obtidos e aplicados na forma do parágrafo único do art. 243 da Constituição Federal; VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos lei- lões dos bens apreendidos pelo Departamento da Receita Federal; VIII - outras receitas previstas em legislação especíca. Impresso por Lan House Didi, E-mail lanhousedidi104@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 17/06/2022 12:07:56 352 Parágrafo único. As companhias seguradoras que mantêm o seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terres- tres, de que trata a Lei nº 6.194, de dezembro de 1974, deverão repassar à Seguridade Social 50% (cinqüenta por cento) do valor total do prêmio reco- lhido e destinado ao Sistema Único de Saúde-SUS, para custeio da assistência médico-hospitalar dos segurados vitimados em acidentes de trânsito. § 11 Considera-se remuneração do contribuinte indi- vidual que trabalha como condutor autônomo de veículo rodoviário, como auxiliar de condutor autô- nomo de veículo rodoviário, em automóvel cedido em regime de colaboração, nos termos da Lei nº 6.094, de 30 de agosto de 1974, como operador de trator, máquina de terraplenagem, colheitadeira e asseme- lhados, o montante correspondente a 20% (vinte por cento) do valor bruto do frete, carreto, transporte de passageiros ou do serviço prestado, observado o limi- te máximo a que se refere o § 5º. Art. 30 A arrecadação e o recolhimento das contri- buições ou de outras importâncias devidas à Segu- ridade Social obedecem às seguintes normas: I - a empresa é obrigada a: a - arrecadar as contribuições dos segurados empre- gados e trabalhadores avulsos a seu serviço, descon- tando-as da respectiva remuneração; b - recolher os valores arrecadados na forma da alí- neaadeste inciso, a contribuição a que se refere o inciso IV do art. 22 desta Lei, assim como as contri- buições a seu cargo incidentes sobre as remunera- ções pagas, devidas ou creditadas, a qualquer título, aos segurados empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais a seu serviço até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da competência; c - recolher as contribuições de que tratam os inci- sos I e II do art. 23, na forma e prazos denidos pela legislação tributária federal vigente; II - os segurados contribuinte individual e facultati- vo estão obrigados a recolher sua contribuição por iniciativa própria, até o dia quinze do mês seguinte ao da competência; III - a empresa adquirente, consumidora ou consig- natária ou a cooperativa são obrigadas a recolher a contribuição de que trata o art. 25 até o dia 20 (vin- te) do mês subsequente ao da operação de venda ou consignação da produção, independentemente de essas operações terem sido realizadas diretamente com o produtor ou com intermediário pessoa física, na forma estabelecida em regulamento; IV - a empresa adquirente, consumidora ou consig- natária ou a cooperativa cam sub-rogadas nas obrigações da pessoa física de que trata a alínea “a” do inciso V do art. 12 e do segurado especial pelo cumprimento das obrigações do art. 25 desta Lei, independentemente de as operações de venda ou consignação terem sido realizadas diretamente com o produtor ou com intermediário pessoa física, exceto no caso do inciso X deste artigo, na forma estabelecida em regulamento; V - o empregador doméstico é obrigado a arrecadar e a recolher a contribuição do segurado empregado a seu serviço, assim como a parcela a seu cargo, até o dia 7 do mês seguinte ao da competência; VI - o proprietário, o incorporador denido na Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, o dono da obra ou condômino da unidade imobiliária, qual- quer que seja a forma de contratação da constru- ção, reforma ou acréscimo, são solidários com o construtor, e estes com a subempreiteira, pelo cum- primento das obrigações para com a Seguridade Social, ressalvado o seu direito regressivo contra o executor ou contratante da obra e admitida a reten- ção de importância a este devida para garantia do cumprimento dessas obrigações, não se aplicando, em qualquer hipótese, o benefício de ordem; VII - exclui-se da responsabilidade solidária peran- te a Seguridade Social o adquirente de prédio ou unidade imobiliária que realizar a operação com empresa de comercialização ou incorporador de imóveis, cando estes solidariamente responsáveis com o construtor; VIII - nenhuma contribuição à Seguridade Social é devida se a construção residencial unifamiliar, des- tinada ao uso próprio, de tipo econômico, for execu- tada sem mão-de-obra assalariada, observadas as exigências do regulamento; IX - as empresas que integram grupo econômico de qualquer natureza respondem entre si, solidaria- mente, pelas obrigações decorrentes desta Lei; X - a pessoa física de que trata a alínea “a” do inciso V do art. 12 e o segurado especial são obrigados a recolher a contribuição de que trata o art. 25 desta Lei no prazo estabelecido no inciso III deste artigo, caso comercializem a sua produção: a - no exterior; b - diretamente, no varejo, ao consumidor pessoa física; c - à pessoa física de que trata a alínea “a” do inciso V do art. 12; d) ao segurado especial; XI - aplica-se o disposto nos incisos III e IV deste artigo à pessoa física não produtor rural que adqui- re produção para venda no varejo a consumidor pessoa física. XII – sem prejuízo do disposto no inciso X docaputdes- te artigo, o produtor rural pessoa física e o segurado especial são obrigados a recolher, diretamente, a con- tribuição incidente sobre a receita bruta proveniente: a - da comercialização de artigos de artesanato ela- borados com matéria-prima produzida pelo respec- tivo grupo familiar; b - de comercialização de artesanato ou do exercí- cio de atividade artística, observado o disposto nos incisos VII e VIII do § 10 do art. 12 desta Lei; e c - de serviços prestados, de equipamentos utiliza- dos e de produtos comercializados no imóvel rural, desde que em atividades turística e de entreteni- mento desenvolvidas no próprio imóvel, inclusive hospedagem, alimentação, recepção, recreação e atividades pedagógicas, bem como taxa de visita- ção e serviços especiais; XIII – o segurado especial é obrigado a arrecadar a contribuição de trabalhadores a seu serviço e a recolhê-la no prazo referido na alínea b do inciso I do caput deste artigo. § 2 Se não houver expediente bancário nas datas indicadas: I - no inciso II docaput, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia útil imediatamente posterior; e II - na alínea b do inciso I e nos incisos III, V, X e XIII do caput, até o dia útil imediatamente anterior. § 3º Aplica-se à entidade sindical e à empresa de origem o disposto nas alíneas «a» e «b» do inciso I, relativamente à remuneração do segurado referido no § 5º do art. 12. § 4º Na hipótese de o contribuinte individual prestar serviço a uma ou mais empresas, poderá deduzir, da sua contribuiçãomensal, quarenta e cinco por cento da contribuição da empresa, efeti- vamente recolhida ou declarada, incidente sobre a remuneração que esta lhe tenha pago ou creditado, limitada a dedução a nove por cento do respectivo salário-de-contribuição. Impresso por Lan House Didi, E-mail lanhousedidi104@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 17/06/2022 12:07:56 C O N H E C IM E N T O S E S P E C ÍF IC O S : S E G U R ID A D E S O C IA L 353 § 5º Aplica-se o disposto no § 4º ao cooperado que prestar serviço a empresa por intermédio de coope- rativa de trabalho. § 7º A empresa ou cooperativa adquirente, consumi- dora ou consignatária da produção ca obrigada a fornecer ao segurado especial cópia do documento scal de entrada da mercadoria, para ns de com- provação da operação e da respectiva contribuição previdenciária. § 8 Quando o grupo familiar a que o segurado espe-o cial estiver vinculado não tiver obtido, no ano, por qualquer motivo, receita proveniente de comerciali- zação de produção deverá comunicar a ocorrência à Previdência Social, na forma do regulamento. § 9º Quando o segurado especial tiver comerciali- zado sua produção do ano anterior exclusivamente com empresa adquirente, consignatária ou coope- rativa, tal fato deverá ser comunicado à Previdên- cia Social pelo respectivo grupo familiar. A contribuição sobre a receita de concursos de prognósticos (jogos, apostas, loterias) está prevista na Constituição Federal, em seu art. 195, inciso III, e é regu- lamentada por legislação especíca (Lei nº 13.756/2018). Art. 31 A empresa contratante de serviços executa- dos mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota scal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva nota scal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, observado o dis- posto no § 5º do art. 33 desta Lei. § 1º O valor retido de que trata ocaputdeste artigo, que deverá ser destacado na nota scal ou fatura de prestação de serviços, poderá ser compensado por qualquer estabelecimento da empresa cedente da mão de obra, por ocasião do recolhimento das con- tribuições destinadas à Seguridade Social devidas sobre a folha de pagamento dos seus segurados. § 2º Na impossibilidade de haver compensação integral na forma do parágrafo anterior, o saldo remanescente será objeto de restituição. § 3º Para os ns desta Lei, entende-se como cessão de mão-de-obra a colocação à disposição do con- tratante, em suas dependências ou nas de tercei- ros, de segurados que realizem serviços contínuos, relacionados ou não com a atividade-m da empre- sa, quaisquer que sejam a natureza e a forma de contratação. § 4º Enquadram-se na situação prevista no pará- grafo anterior, além de outros estabelecidos em regulamento, os seguintes serviços: I - limpeza, conservação e zeladoria; II - vigilância e segurança; III-empreitada de mão-de-obra; IV-contratação de trabalho temporário na forma da Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974. § 5º O cedente da mão-de-obra deverá elaborar folhas de pagamento distintas para cada contratante. § 6º Em se tratando de retenção e recolhimento rea- lizados na forma do caput deste artigo, em nome de consórcio, de que tratam os arts. 278 e 279 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, aplica-se o disposto em todo este artigo, observada a partici- pação de cada uma das empresas consorciadas, na forma do respectivo ato constitutivo A empresa contratante de serviços executados mediante a cessão de mão de obra, inclusive em regi- me de trabalho temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota scal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome da cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 do mês subsequente ao da emissão da nota ou fatura, ou até o dia imediatamente anterior, se não houver expe- diente bancário naquele dia. Esta contribuição será acrescida de 4, 3 ou 2% para os casos em que os serviços permitam a concessão de aposentadoria especial. Importante! z O STF entendeu ser constitucional esta reten- ção na nota scal na contração de empresas de cessão de mão de obra. z Súmula 425 do STJ: “A retenção da contribui- ção para a seguridade social pelo tomador do serviço não se aplica às empresas optantes pelo simples”. É uma arrecadação via substituição previdenciá- ria, o que permite a compensação ou restituição. Art. 43 Nas ações trabalhistas de que resultar o pagamento de direitos sujeitos à incidência de con- tribuição previdenciária, o juiz, sob pena de respon- sabilidade, determinará o imediato recolhimento das importâncias devidas à Seguridade Social. § 1º Nas sentenças judiciais ou nos acordos homo- logados em que não gurarem, discriminadamen- te, as parcelas legais relativas às contribuições sociais, estas incidirão sobre o valor total apurado em liquidação de sentença ou sobre o valor do acor- do homologado. § 2º Considera-se ocorrido o fato gerador das con- tribuições sociais na data da prestação do serviço. § 3º As contribuições sociais serão apuradas mês a mês, com referência ao período da prestação de serviços, mediante a aplicação de alíquotas, limi- tes máximos do salário-de-contribuição e acrés- cimos legais moratórios vigentes relativamente a cada uma das competências abrangidas, devendo o recolhimento ser efetuado no mesmo prazo em que devam ser pagos os créditos encontrados em liqui- dação de sentença ou em acordo homologado, sen- do que nesse último caso o recolhimento será feito em tantas parcelas quantas as previstas no acordo, nas mesmas datas em que sejam exigíveis e propor- cionalmente a cada uma delas. § 4º No caso de reconhecimento judicial da presta- ção de serviços em condições que permitam a apo- sentadoria especial após 15 (quinze), 20 (vinte) ou 25 (vinte e cinco) anos de contribuição, serão devi- dos os acréscimos de contribuição de que trata o § 6ºdo art. 57 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991. § 5º Na hipótese de acordo celebrado após ter sido proferida decisão de mérito, a contribuição será calculada com base no valor do acordo. § 6º Aplica-se o disposto neste artigo aos valores devidos ou pagos nas Comissões de Conciliação Prévia de que trata a Lei nº 9.958, de 12 de janeiro de 2000. Impresso por Lan House Didi, E-mail lanhousedidi104@gmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 17/06/2022 12:07:56 354 A Justiça do trabalho tem competência para execu- tar as contribuições previdenciárias decorrentes das sentenças que proferir. Art. 47 É exigida Certidão Negativa de Débito-CND, fornecida pelo órgão competente, nos seguintes casos: I - da empresa: a) na contratação com o Poder Público e no recebi- mento de benefícios ou incentivo scal ou creditício concedido por ele; b) na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem imóvel ou direito a ele relativo; c) na alienação ou oneração, a qualquer título, de bem móvel de valor superior a Cr$ 2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil cruzeiros) incorpo- rado ao ativo permanente da empresa; d) no registro ou arquivamento, no órgão próprio, de ato relativo a baixa ou redução de capital de r- ma individual, redução de capital social, cisão total ou parcial, transformação ou extinção de entidade ou sociedade comercial ou civil e transferência de controle de cotas de sociedades de responsabilida- de limitada; II - do proprietário, pessoa física ou jurídica, de obra de construção civil, quando de sua averbação no registro de imóveis, salvo no caso do inciso VIII do art. 30.§ 1º A prova de inexistência de débito deve ser exigida da empresa em relação a todas as suas dependências, estabelecimentos e obras de cons- trução civil, independentemente do local onde se encontrem, ressalvado aos órgãos competentes o direito de cobrança de qualquer débito apurado posteriormente. § 2º A prova de inexistência de débito, quando exi- gível ao incorporador, independe da apresentada no registro de imóveis por ocasião da inscrição do memorial de incorporação. § 3º Fica dispensada a transcrição, em instrumento público ou particular, do inteiro teor do documento comprobatório de inexistência de débito, bastando a referência ao seu número de série e data da emis- são, bem como a guarda do documento comproba- tório à disposição dos órgãos competentes. § 4º O documento comprobatório de inexistência de débito poderá ser apresentado por cópia autentica- da, dispensada a indicação de sua nalidade, exce- to no caso do inciso II deste artigo. § 5º O prazo de validade da Certidão Negativa de Débito - CND é de sessenta dias, contados da sua emissão, podendo ser ampliado por regulamento para até cento e oitenta dias. § 6º Independe de prova de inexistência de débito: a) a lavratura ou assinatura de instrumento, ato ou contrato que constitua reticação, raticação ou efetivação de outro anterior para o qual já foi feita a prova; b) a constituição de garantia para concessão de crédito rural, em qualquer de suas modalidades, por instituição de crédito pública ou privada, desde que o contribuinte referido no art. 25, não seja res- ponsável direto pelo recolhimento de contribuições sobre a sua produção para a Seguridade Social; c) a averbação prevista no inciso II deste artigo, relativa a imóvel cuja construção tenha sido con- cluída antes de 22 de novembro de 1966. d) o recebimento pelos Municípios de transferên- cia de recursos destinados a ações de assistência social, educação, saúde e em caso de calamidade pública. e) a verbação da construção civil localizada em área objeto de regularização fundiária de interesse social, na forma da Lei nº 11.977, de 7 de julho de 2009. § 7º O condômino adquirente de unidades imobiliá- rias de obra de construção civil não incorporada na forma da Lei nº 4.591, de 16 de dezembro de 1964, poderá obter documento comprobatório de inexis- tência de débito, desde que comprove o pagamento das contribuições relativas à sua unidade, confor- me dispuser o regulamento. Art. 48 A prática de ato com inobservância do dis- posto no artigo anterior, ou o seu registro, acarre- tará a responsabilidade solidária dos contratantes e do ocial que lavrar ou registrar o instrumento, sendo o ato nulo para todos os efeitos. § 1º Os órgãos competentes podem intervir em ins- trumento que depender de prova de inexistência de débito, a m de autorizar sua lavratura, desde que o débito seja pago no ato ou o seu pagamento que assegurado mediante conssão de dívida scal com o oferecimento de garantias reais sucientes, na forma estabelecida em regulamento. § 2º Em se tratando de alienação de bens do ativo de empresa em regime de liquidação extrajudicial, visando à obtenção de recursos necessários ao pagamento dos credores, independentemente do pagamento ou da conssão de dívida scal, o Ins- tituto Nacional do Seguro Social-INSS poderá auto- rizar a lavratura do respectivo instrumento, desde que o valor do crédito previdenciário conste, regu- larmente, do quadro geral de credores, observada a ordem de preferência legal. § 3º O servidor, o serventuário da Justiça, o titular de serventia extrajudicial e a autoridade ou órgão que infringirem o disposto no artigo anterior incor- rerão em multa aplicada na forma estabelecida no art. 92, sem prejuízo da responsabilidade adminis- trativa e penal cabível. A CND (Certidão Negativa de Débito) é documento essencial para que a empresa aliene ou onere bens, especialmente, para que possa contratar com o poder público, participar de licitações e receber ou bene- ciar-se de incentivos scais. Durante o período de pandemia, a exigência da CND foi exibilizada. Art. 68 O Titular do Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais remeterá ao INSS, em até 1 (um) dia útil, pelo Sistema Nacional de Informações de Registro Civil (Sirc) ou por outro meio que venha a substituí-lo, a relação dos nascimentos, dos nati- mortos, dos casamentos, dos óbitos, das averba- ções, das anotações e das reticações registradas na serventia. § 1º Para os Municípios que não dispõem de pro- vedor de conexão à internet ou de qualquer meio de acesso à internet, ca autorizada a remessa da relação em até 5 (cinco) dias úteis. § 2º Para os registros de nascimento e de natimor- to, constarão das informações, obrigatoriamente, a inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), o sexo, a data e o local de nascimento do registrado, bem como o nome completo, o sexo, a data e o local de nascimento e a inscrição no CPF da liação. § 3º Para os registros de casamento e de óbito, constarão das informações, obrigatoriamente, a inscrição no CPF, o sexo, a data e o local de nasci- mento do registrado, bem como, acaso disponíveis, os seguintes dados: