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Apostila - Direito Previdenciário - 2020-2

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2 
 
Professora: Ana Júlia Brasi Pires Kachan 
apires@kachan.adv.br 
@profanajuliakachan 
 
 
 
CONCEITO 
 
 Conceito de seguridade social (artigo 194 CF): um 
conjunto de princípios, de regras e de instituições 
destinado a estabelecer um sistema de proteção social aos 
indivíduos contra contingências que os impeçam de prover as 
suas necessidades pessoais básicas e de suas famílias, 
integrado por ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da 
sociedade, visando assegurar os direitos relativos à saúde, 
à previdência e à assistência social. 
 
 Na forma de como dispõe o artigo 194, a Seguridade Social 
compreende um conjunto integrado de ações, de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, objetivando assegurar 
os direitos relativos à saúde, à previdência e à 
assistência social. 
 
 A Saúde é direito de todos e dever do Estado, mediante a 
implementação de políticas que visem diminuição dos riscos 
de doenças e agravos (prevenção) e que garantam tratamento 
igualitário (acesso a todos os tipos de tratamento), 
conforme determina o artigo 196 da Constituição Federal. 
 
 A Assistência Social é um sistema não contributivo e é 
prestada pelo Estado a quem dela necessitar. 
 
 Dentre os objetivos previstos no artigo 203 da 
Constituição Federal, que versam sobre a Assistência 
Social, podemos destacar o do inciso V, que garante 
benefício de um salário mínimo à pessoa portadora de 
deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de 
prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua 
família. 
 
 Este benefício está regulamentado pela Lei Orgânica da 
Assistência Social e, apesar de ser gerenciado pelo INSS, 
não é benefício previdenciário. 
 
mailto:apires@kachan.adv.br
 
3 
 
 A Previdência Social é um sistema organizado sob a forma 
de regime geral, de caráter contributivo e filiação 
obrigatória, com a observância de critérios que garantam 
equilíbrio financeiro e atuarial. 
 
 
 
EVOLUÇÃO HISTÓRIA MUNDIAL – BREVES CONSIDERAÇÕES 
 
 A doutrina majoritária entende como marco mundial da 
previdência social a Lei dos Seguros Sociais de 1883, na 
Alemanha, criada por Otto Von Bismarck. 
 
 Bismarck criou o seguro-doença e, posteriormente, o 
seguro de acidentes de trabalho, de invalidez e de velhice. 
 
 Segundo Frederico Amado, “era um sistema equilibrado, de 
capitalização, compulsório e bastante restrito, pois se 
tratava de um seguro celebrado entre patrões e empregados, 
por imposição do Estado, com contribuições de ambos, mas 
limitado a estes trabalhadores”. 
 
 Em 1942 foi instituído, na Inglaterra, o Plano Beveridge, 
que incluía toda a população e era custeado com recursos 
dos tributos em geral. Era universal e solidário, mas de 
difícil equilíbrio atuarial. 
 
 
EVOLUÇÃO LEGISLATIVA BRASILEIRA – principais elementos 
 
 Em 1543 foi criado o plano de pensão para os funcionários 
da Santa Casa de Santos. As primeiras formas de proteção no 
Brasil deram-se por meio das Santas Casas. A de Santos é a 
mais antiga. 
 
 Em 1835 foi criado o Montepio Geral dos Servidores do 
Estado – MONGERAL. 
 
 Em 1919, foi publicada a Lei 3.724/19 – Lei de Acidentes 
do Trabalho – que previa a responsabilidade objetiva do 
empregador. 
 
 A doutrina considera o marco inicial da previdência 
social a edição da Lei Eloy Chaves – Decreto Legislativo 
 
4 
 
4.682, de 24.1.23 – por essa razão no dia 24.01 é 
comemorado o dia da Previdência Social (OBS: É o marco, mas 
não a primeira legislação sobre Previdência). 
 
 A Lei Eloy Chaves criou as Caixas de Aposentadoria e 
Pensões nas empresas de estrada de ferro existentes 
(ferroviários). As CAPs eram administradas pelos 
empregadores, o Estado apenas estabelecia as regras de 
funcionamento. 
 
 Assegurava os benefícios de aposentadoria por invalidez, 
aposentadoria ordinária (equivalente a tempo de 
contribuição), pensão por morte e assistência médica. 
 
 Eram organizadas por empresas, de natureza privada, com 
filiação facultativa. 
 
 Na década de 30 começaram a ser criados os Institutos de 
Aposentadorias e pensões – os interessados se organizavam 
por categorias, e não mais por empresas – o setor ficou 
segmentado, vez que as categorias mais fortes, tinham mais 
direitos e geravam prestações melhores. 
 
 Eram subordinadas à União, com controle do Estado, 
portanto passa a ser pública. 
 
 Diferenciação entre CAIXAS DE APOSENTADORIAS E PENSÕES – 
por empresa e INSTITUTOS DE APOSENTADORIAS E PENSÕES – por 
categoria profissional. 
 
 Os principais Institutos de Aposentadorias e Pensões 
foram: 
 
- A) dos Marítimos (IAPM) – Decreto 22.827, de 
29.06.1933; 
 
- B) dos Bancários (IAPB) – Decreto 24.614, de 
09.06.1934; 
 
- C) dos Comerciários (IAPC) – Decreto 24273, de 
22.05.1934; 
 
- D) dos Industriários (IAPI) – Lei 367, de 31.12.1936; 
 
5 
 
 
- E) dos Servidores dos Estados (IPASE – Instituto de 
Previdência e Assistência dos Servidores do Estado) – 
Decreto-Lei 288, de 23.02.1938 – congregava os funcionários 
públicos da União e foi extinto pela reforma do sistema em 
1977, que criou o SINPAS; 
 
- F) dos Empregados em Transportes e Cargas (IAPTEC) – 
Decreto-Lei 651, de 26.08.1938; 
 
 O sistema de institutos de aposentadorias e pensões se 
encerra com a criação do INPS em 1966 (legislação em vigor 
em 1967) 
 
 A Constituição Federal de 1934 traz a primeira menção 
expressa aos direitos previdenciários, com custeio 
TRIPARTITE entre trabalhadores, empregadores e Estado, com 
gestão estatal. 
 
 
 A Lei 3.807, de 26.08.1960 – LOPS – Lei Orgânica da 
Previdência Social – unificou a legislação previdenciária 
entre todos os Institutos previdenciários. Lastreou-se na: 
 
A) unificação dos benefícios e serviços previdenciários, 
eliminando legislativamente as diferenças históricas de 
tratamento entre os trabalhadores; 
 
B) igualdade no sistema de custeio com a unificação das 
alíquotas de contribuição incidentes sobre a remuneração do 
trabalhador (entre 6% e 8%); 
 
C) ampliação dos riscos e contingências sociais cobertas. 
Na época, é importante frisar, o Brasil foi considerado 
como o país que mais proteção previdenciária concedia, com 
17 benefícios de caráter obrigatório; 
 
 Importante salientar, também, que a unificação 
legislativa precedeu a unificação administrativa. 
 
 E isso porque o INPS – Instituto Nacional de Previdência 
Social – somente foi criado pelo Decreto-Lei 72, de 
21.11.1966 – entra em vigor em 01.01.1967. 
 
 
6 
 
 Em 1977 foi instituído o SINPAS – Sistema Nacional de 
Previdência e Assistência Social. Abrangendo: DATAPREV 
(empresa de processamento de dados), INPS, FUNABEM 
(Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor), IAPAS (órgão 
arrecadador); CEME (Central de distribuição de 
Medicamentos); INAMPS (saúde) e LBA (Legião Brasileira de 
Assistência) – para memorização usamos a expressão DIFICIL 
 
 Em 1990 (Lei 8.029/90) é criado o Instituto Nacional do 
Seguro Social que concentra todas as ações, é resultado da 
fusão do IAPAS com o INPS. 
 
 A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 – instituiu a Seguridade 
Social no Brasil, prevendo custeio tripartite entre União, 
Estados, Municípios e Distrito Federal; Trabalhadores e 
Empregados. Três áreas de atuação: assistência social, 
assistência à saúde e previdência social. MODELO PROTETIVO. 
 
 Em 1991 – Leis 8.212/91 e 8.213/91 – plano de custeio da 
seguridade social e plano de benefícios da Previdência 
Social 
 
 Destaque para as alterações introduzidas no sistema pela 
Emenda Constitucional nº 20/98, dentre as quais podem ser 
citadas a idade de 16 anos para filiação como segurado 
facultativo e a extinção da aposentadoria por tempo de 
serviço. 
 
 Lei 11.457/2007 extingue a Secretaria da Receita 
Previdenciária. A partir desta lei, as contribuições 
passaram a ser arrecadas e fiscalizadas pela Secretaria da 
Receita Federal do Brasil (SRFB). 
 
FONTES DO DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
 
 
1- Fontes materiaissão fatores que interferem na produção 
de suas normas jurídicas (variáveis sociais, econômicas e 
políticas). 
 
2- Fontes formais são as normas que regem a relação. No 
Direito Previdenciário são as regras decorrentes da 
atividade legiferante: constitucional, legal ou 
regulamentar. 
 
7 
 
 
 Incluem-se: Constituição Federal e seus princípios, 
Emendas Constitucionais, leis complementares, ordinárias e 
delegadas, Medidas Provisórias, tratados, convenções e 
outros acordos internacionais que versem sobre a matéria 
(destaque para a Convenção nº 102 da OIT ratificada pelo 
Decreto-Legislativo 269/2008) – primárias - decretos, 
portarias, instruções normativas e ordens de serviço do 
Ministério da Previdência Social, resoluções do Conselho 
Nacional da Previdência Social, instruções normativas, 
ordens de serviço e resoluções expedidas pelo INSS - 
secundárias. 
 
 No Direito Previdenciário temos duas relações: a de 
custeio, que deve ser interpretada como norma tributária e 
a de seguro social (benefícios), direito fundamental de 
largo espectro que deve ser interpretada buscando-se o fim 
social da norma. 
 
 
AUTONOMIA 
 
 O direito previdenciário, por possuir princípios 
previstos em capítulo específico da Constituição, além de 
institutos, legislação e objeto, que lhe são próprios, 
possui total independência em relação aos demais ramos do 
direito. 
 
 
ORGANIZAÇÃO DA SEGURIDADE SOCIAL: 
 
 
 O Conselho Nacional de Previdência Social é formado por 
15 membros (6 representantes do governo, 3 representantes 
dos aposentados, 3 dos empresários e 3 dos trabalhadores). 
 
Atribuições: apreciar e aprovar políticas públicas e a 
gestão da previdência e também aprovar o orçamento da 
previdência social antes de sua inclusão no orçamento da 
seguridade social. 
 
Estabilidade: Os membros que sejam empregados terão 
estabilidade desde a nomeação até um ano após o término do 
mandato (mandato de 2 anos, sendo possível uma recondução). 
 
8 
 
 
 Conselho de Recursos da Previdência Social: 29 Juntas de 
Recursos (primeira instância) e quatro Câmaras de 
Julgamento (segunda instância): julgam benefícios. 
 
 
 
 
Vigência temporal 
 
 A regra geral é que a lei entra em vigor quando de sua 
publicação no Diário Oficial. Porém, caso não seja expressa 
neste sentido, começará a ter eficácia temporal a partir de 
quarenta e cinco dias de sua publicação - no território 
nacional - ou três meses - no estrangeiro. As leis de 
custeio da previdência, normas sobre criação ou majoração 
de contribuições previdenciárias, podem ser exigidas 
noventa dias depois de publicadas. 
 
Direto adquirido e previdência social 
 
 Antes de implementadas todas as condições para a obtenção 
de um benefício o segurado ou dependente só possui 
expectativa de direito e não direito adquirido. 
 
 
 
Competência legislativa:- 
 
 Compete exclusivamente à União legislar sobre seguridade 
social (artigo 22, XXIII, da CF/88). 
 
 Todavia, compete à União, aos Estados e ao Distrito 
Federal legislar concorrentemente sobre previdência social, 
proteção e defesa da saúde, proteção e integração das 
pessoas portadoras de deficiência e proteção à infância e à 
juventude (artigo 24 CF/88). 
 
 Isto significa que a União tem competência exclusiva para 
legislar a respeito das matérias de interesse da 
previdência social, exceto no que diz respeito aos regimes 
de previdência dos Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
 
9 
 
 É importante ressaltar que a Emenda Constitucional nº 
103/19, atribuiu à União a competência exclusiva para 
legislar sobre regras gerais de inatividade remunerada de 
policiais militares e bombeiros dos estados e Distrito 
Federal (alteração no artigo 22, XXI, da CF/88). 
 
 
 
PRINCÍPIOS/OBJETIVOS DA SEGURIDADE SOCIAL (ARTIGO 194, 
PARÁGRAFO ÚNICO DA CF/88) 
 
 Segundo a métrica traçada pelo constituinte, o sistema de 
seguridade social brasileiro obedece a um conjunto de 
princípios (apropriadamente denominados objetivos) que 
possuem, entre si, uma hierarquia além de, claro, 
sobreporem-se às demais normas do ordenamento protetivo 
 
1- Universalidade da cobertura e do atendimento 
 
 A seguridade social deve garantir cobertura a todo e 
qualquer evento que possa conduzir a uma situação de 
necessidade (universalidade de cobertura); 
 
 É universal pois de acesso de todos (mesmo no caso da 
previdência, pois qualquer um pode ser filiado); 
 
 O princípio tem um caráter objetivo, que é a 
universalidade da cobertura; e um caráter subjetivo, que é 
a universalidade do atendimento. 
 
 O primeiro, objetivo, diz respeito aos eventos cobertos, 
e não é absoluto, o Estado dá proteção na medida de sua 
capacidade econômica e de acordo com a necessidade dos 
protegidos. 
 
 o caráter subjetivo diz respeito aos titulares do direito 
à proteção social. 
 
2- uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às 
populações urbanas e rurais; 
 
 A uniformidade vai dizer respeito aos aspectos objetivos, 
às contingências que irão ser cobertas. Já a equivalência 
vai tomar por base o aspecto pecuniário ou do atendimento 
 
10 
 
dos serviços, que não serão necessariamente iguais, mas 
equivalentes, na medida do possível, dependendo do tempo de 
contribuição, coeficiente de cálculo, idade, sexo, etc. 
 
3- Seletividade e distributividade na prestação dos 
benefícios e serviços; 
 
 
 O legislador escolhe e seleciona os riscos que serão 
protegidos através da legislação ordinária, de acordo com a 
capacidade econômica do Estado. 
 
 A seletividade e a distributividade devem ser pautadas 
sempre que possível pelo princípio da universalidade 
(caráter programático, ou seja, é criada – o Estado diz que 
o sistema é universal, mas essa universalidade é dada por 
ele, que seleciona o que proteger); 
 
 A seletividade consiste na eleição dos riscos e 
contingências sociais a serem cobertos. Já a 
distributividade implica na criação dos 
critérios/requisitos para acesso aos riscos objeto de 
proteção, de forma a atingir o maior número de pessoas, 
proporcionando assim uma cobertura mais ampla; 
 
 
4- Irredutibilidade do valor dos benefícios 
 
 
 Visa manter o PODER REAL DE COMPRA, protegendo os 
benefícios dos efeitos maléficos da inflação. Esse 
princípio se aplica apenas aos benefícios e não aos 
serviços. 
 
 Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), 
esse princípio assegura a manutenção do valor nominal do 
benefício (RE 263.252). 
 
 É importante ressaltar que não há vinculação dos 
benefícios a número de salários mínimos. 
 
 
5- Equidade na forma de participação no custeio 
 
 
11 
 
 Assegura a participação no custeio do sistema de 
seguridade social, na medida da capacidade contributiva da 
cada um. 
 
 Por exemplo, suporta progressividade, como se verifica 
nas alíquotas de 7,5, 9, 12 e 14% (EC 103/19) incidentes 
sobre a remuneração do empregado, empregado doméstico e 
trabalhador avulso (art. 20 da Lei 8.212/91). 
 
 O ônus do empregador é maior por força de sua capacidade 
econômica em relação ao empregado. 
 
 O teto de R$6.101,06 (vigência 2020) só se aplica às 
contribuições do empregado. Se o salário for maior a 
contribuição do empregador será maior. 
 
 
6- Diversidade da base de financiamento, identificando-se, 
em rubricas contábeis específicas para cada área, as 
receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, 
previdência e assistência social, preservado o caráter 
contributivo da previdência social (redação da EC 103/19) 
 
 A constituição federal prevê diversas bases de 
sustentação do sistema previdenciário, visando dar-lhe 
segurança e estabilidade. Podemos chamar de CUSTEIO DIRETO 
E CUSTEIO INDIRETO. 
 
 A diversidade de base de financiamento está expressa no 
art. 195, da Constituição Federal. 
 
 Diversidade subjetiva: mais de um sujeito. Diversidade 
objetiva: vários fatos dão ensejo à incidência de 
contribuição. 
 
7- Gestão democrática e descentralizada do sistema 
 
 
 A gestão do sistema équadripartite, ou seja, o sistema é 
gerido com participação de representantes dos 
trabalhadores, empregadores, aposentados e Estado; 
 
 
12 
 
 Foram criados diversos conselhos de estrutura colegiada, 
o mais importante deles é o CNPS – CONSELHO NACIONAL DA 
PREVIDÊNCIA SOCIAL. 
 
FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL – ARTIGO 195 CF 
 
 
Princípios Implícitos:- 
 
1. princípio da contrapartida: nenhum benefício poderá ser 
criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de 
custeio total. 
 
 Isso explica o fato de que, não obstante a Emenda 
Constitucional nº 72/2013, tenha estendido aos domésticos o 
direito ao salário família e aos benefícios por acidente do 
trabalho, os mesmos só passaram a ser exigíveis depois da 
regulamentação da contribuição, com o Simples Doméstico. 
 
 Não se aplica às entidades privadas. (RE 583.567). 
 
2. princípio da anterioridade nonagesimal: as contribuições 
sociais só podem ser exigidas após decorridos 90 (noventa) 
dias da data da publicação da lei que as houver instituído 
ou modificado – única limitação temporal – afastada a regra 
do exercício financeiro seguinte (artigo 150, III, b). 
 
 Súmula 669/STF – não se aplica à norma que altera prazo 
de recolhimento. 
 
3. princípio da solidariedade: Aqueles que têm melhores 
condições financeiras, devem contribuir com uma parcela 
maior, os que têm menores condições financeiras contribuem 
com uma parcela menor; os que ainda estão trabalhando 
contribuem para o sustento dos que já se aposentaram ou 
estejam incapacitados para o trabalho (artigo 3º CF/88). É 
o chamado pacto intergeracional. 
 
 
 
 
Diretamente ligado ao principio da solidariedade 
 
 
13 
 
 Aqueles que têm melhor condição financeira devem 
contribuir com uma parcela maior, os que têm menores 
condições financeiras, com uma parcela menor; os que ainda 
estão trabalhando contribuem para o sustento dos que já se 
aposentaram ou estejam incapacitados para o trabalho, 
enfim, vários setores da sociedade participam do esforço 
arrecadatório em benefício das pessoas mais carentes. 
 
 A Previdência Social adota o sistema de repartição 
simples: todas as contribuições são revertidas para um 
único fundo, atendendo a um universo de beneficiários 
(maior proteção social); 
 
 Na previdência complementar vale o sistema de 
capitalização, os recolhimentos são revertidos para um 
fundo individual (ou capitalizado) que responderá para o 
pagamento dos próprios benefícios e despesas de 
administração. 
 
 A competência é privativa da União para legislar, podendo 
os outros entes legislarem no que diz respeito aos Regimes 
Próprios. 
 
 A seguridade social será financiada por toda a sociedade, 
de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante 
recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios e das seguintes 
contribuições sociais (TRIPARTITE):- 
 
1 – do empregador, da empresa e da entidade a ela 
equiparada na forma da lei, incidentes sobre:- 
 
a)a folha de salários e demais rendimentos do trabalho 
pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que 
lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; 
 
b) a receita ou o faturamento; 
 
c) o lucro; 
 
2- do trabalhador e dos demais segurados da previdência 
social, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de 
acordo com o valor do salário de contribuição, não 
incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão 
 
14 
 
concedidas pelo regime geral da previdência social (redação 
da EC 103/19); 
 
Obs: Essa imunidade não existe no regime próprio de 
previdência social, apenas no regime geral. 
 
 A imunidade não é do aposentado ou do pensionista, e sim 
da aposentadoria ou pensão. 
 
 Desta forma, resta evidente a obrigação de recolhimento 
sobre eventual verba remuneratória. 
 
 Como exemplo podemos citar o aposentado que permanece ou 
retorna ao mercado de trabalho e, neste caso, é segurado 
obrigatório da Previdência Social, não fazendo jus a 
revisão de seu benefício ou a qualquer prestação, exceto 
salário-família e reabilitação profissional, quando 
empregado. 
 
3- sobre a receita de concursos de prognósticos; 
 
4- do importador de bens ou serviços do exterior ou de quem 
a lei a ele equiparar; 
 
Características:- 
 
1. As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios destinadas à seguridade social constarão dos 
respectivos orçamentos, não integrando o orçamento da 
União. 
 
2. A proposta de orçamento da seguridade social será 
elaborada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela 
saúde, previdência social e assistência social, tendo em 
vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de 
diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área gestão de 
seus recursos. 
 
3. A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade 
social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com 
o Poder Público, nem dele receber benefícios ou incentivos 
fiscais ou creditícios (suspenso pela EC 106/20 enquanto 
durar a pandemia); 
 
 
15 
 
4. A lei pode criar outras fontes destinadas a garantir a 
manutenção ou expansão da seguridade social, observado o 
disposto no art 154, I (competência da União para criar 
contribuições residuais, por lei complementar – não 
cumulativos e que não tenham a mesma base de cálculo e o 
mesmo fato gerador); 
 
5. O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais 
e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, 
que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, 
em empregados permanentes, contribuirão para a seguridade 
social mediante a aplicação de uma alíquota sobre o 
resultado da comercialização da produção e farão jus aos 
benefícios nos termos da lei; 
 
6. As contribuições sociais dos empregadores, empresas e 
equiparados poderão ter alíquotas ou base de cálculo 
diferenciadas, em razão da atividade econômica, da 
utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou 
da condição estrutural do mercado de trabalho, sendo também 
autorizada a adoção de bases de cálculo diferenciadas 
apenas no caso das alíneas “b” e “c” do inciso I do caput 
(Redação da EC 103/19 – regra de transição no artigo 30 – 
preservadas as contribuições substitutivas instituídas 
antes da reforma – fim da desoneração da folha) 
 
7. Regra do artigo 167, XI, da CF/88 – É vedada a 
utilização dos recursos provenientes das contribuições 
sociais exigidas das empresas, empregadores e equiparados 
sobre a folha salarial e dos trabalhadores e demais 
segurados, para realização de despesas distintas do 
pagamento de benefício do regime geral de Previdência 
social. 
 
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
 CONCEITO: SISTEMA ORGANIZADO SOB A FORMA DE REGIME GERAL, 
DE CARÁTER CONTRIBUTIVO E DE FILIAÇÃO OBRIGATÓRIA, COM A 
OBSERVÂNCIA DE CRITÉRIOS QUE GARANTAM EQUILIBRIO FINANCEIRO 
E ATUARIAL. 
 
 Ou SEJA, precisa primeiro obter antecipadamente os 
recursos para depois selecionar e quantificar os 
benefícios. Sistema contributivo/retributivo. 
 
16 
 
 
 FINALIDADE: ASSEGURAR AOS SEUS BENEFICIÁRIOS, MEDIANTE 
CONTRIBUIÇÃO, A MANUTENÇÃO POR MOTIVO DE INCAPACIDADE, 
DESEMPREGO INVOLUNTÁRIO, IDADE AVANÇADA, TEMPO DE SERVIÇO, 
ENCARGOS FAMILIARES E PRISÃO OU MORTE DAQUELES DE QUEM 
DEPENDIAM ECONOMICAMENTE. 
 
 
PRINCÍPIOS e REGRAS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL:- 
 
1- Caráter contributivo e Filiação Obrigatória; 
 Não há benefício sem contribuição e basta exercer 
atividade remunerada para ser considerada obrigatória sua 
filiação. É possível, ainda, a filiação facultativa. 
 
2- Equilíbrio atuarial e financeiro; 
 As receitas devem ser suficientes para bancar os 
pagamentos de benefícios. 
 
3- Universalidade de participação nos planos 
previdenciários; 
 
4- Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às 
populações urbanas e rurais; 
 
5- seletividade e distributividade na prestação dos 
benefícios; 
 
6- cálculos dos benefícios considerando-se os salários de 
contribuições corrigidos monetariamente; 
 
 Artigo 201, § 3º - todos os saláriosde contribuição 
considerados para cálculo do benefício serão atualizados na 
forma da lei. 
 
 Isso significa que todos os salários de contribuição 
(base de incidência da contribuição previdenciária) serão 
corrigidos para efeito de cálculo do salário de benefício 
(média aritmética simples dos cem por cento maiores 
salários de contribuição, de julho/94 em diante ou data de 
ingresso no sistema, se posterior, conforme EC 103/19). 
 
 
 
17 
 
7- irredutibilidade do valor dos benefícios de forma a 
preservar-lhes o poder aquisitivo; 
 
8- valor da renda mensal dos benefícios substitutos do 
salário de contribuição ou do rendimento do segurado não 
inferior a um salário mínimo. Exceção: auxílio-acidente e 
salário-família. 
 
 Esses benefícios, na verdade, não têm a característica de 
substituir o salário de contribuição ou o rendimento do 
segurado. 
 
9- previdência complementar facultativa, custeada por 
contribuição adicional; 
 
10- caráter democrático e descentralizado da administração 
(quadripartite). 
 
11 - No regime geral de previdência social não podem ser 
estabelecidos critérios diferenciados para efeito de 
concessão de aposentadoria, exceto no caso de trabalho 
desempenhado em condições especiais que prejudiquem a saúde 
ou a integridade física ou nos casos de deficiência. 
 
 Essa regra constitucional, diz respeito à aposentadoria 
especial, devida ao segurado empregado, trabalhador avulso 
e contribuinte individual filiado à cooperativa de trabalho 
ou de produção, que trabalhe, durante quinze, vinte ou 
vinte cinco anos, sujeito a condições que prejudiquem sua 
saúde ou integridade física. 
 
 Diz respeito, ainda, a aposentadoria diferenciada do 
portador de deficiência, que aposenta por tempo de 
contribuição com redução proporcional ao grau de 
deficiência ou, por idade, com redução de cinco anos, 
mantida a carência de cento e oitenta contribuições. 
 
NOVA REDAÇÃO – EC 103/19 
 
 §1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios 
diferenciados para concessão de benefícios, ressalvada, nos 
termos de lei complementar, a possibilidade de previsão de 
idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art201%C2%A71.0
 
18 
 
concessão de aposentadoria exclusivamente em favor dos 
segurados: 
I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação 
biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e 
interdisciplinar; 
II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição 
a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à 
saúde, ou associação desses agentes, vedada a 
caracterização por categoria profissional ou ocupação. 
 
 
 
12. É ASSEGURADO O REAJUSTAMENTO DOS BENEFÍCIOS PARA O FIM 
DE SE PRESERVAR, EM CARÁTER PERMANENTE, O SEU VALOR REAL, 
CONFORME CRITÉRIOS DEFINIDOS EM LEI. 
 
 O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, 
anualmente, na mesma data base do reajuste do salário 
mínimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de 
início ou do último reajustamento, com base no INPC (Índice 
Nacional de Preços ao Consumidor/IBGE). 
 
13. É ASSEGURADA A CONTAGEM RECÍPROCA DE TEMPO DE 
CONTRIBUIÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E NA ATIVIDADE 
PRIVADA, RURAL E URBANA, HIPÓESE EM QUE OS DIVERSOS REGIMES 
DE PREVIDÊNCIA SOCIAL SE COMPENSARÃO FINANCEIRAMENTE, 
SEGUNDO CRITÉRIOS ESTABELECIDOS EM LEI (ART. 201, § 9º). 
 
 Isso significa que, a qualquer tempo, é possível levar 
tempo de contribuição de um regime para outro, desde que os 
sistemas se compensem financeiramente. 
 
 
14. A Lei instituirá sistema especial de inclusão 
previdenciária, com alíquotas diferenciadas, para atender 
aos trabalhadores de baixa renda, inclusive os que se 
encontram em situação de informalidade, e àqueles sem renda 
própria que se dediquem exclusivamente ao trabalho 
doméstico no âmbito de sua residência, desde que 
pertencentes a famílias de baixa renda. 
 
 
19 
 
 O Plano Simplificado de Previdência, permite que os 
segurados contribuinte individual, desde que não preste 
serviços a empresas, e facultativo optem por excluir o 
direito à aposentadoria por tempo de contribuição e 
contribuam com alíquota de 11% (onze por cento) sobre o 
salário mínimo. 
 
 Em caso de MEI (microempreendedor individual) e dona de 
casa de baixa renda que se dedique exclusivamente ao 
trabalho doméstico, esta alíquota será de 5% (cinco por 
cento). 
 
- BENEFÍCIOS DE 1 SALÁRIO MÍNIMO (EC 103/19) 
 
15. Aquele que exerce concomitantemente mais de uma 
atividade remunerada sujeita ao RGPS é obrigatoriamente 
filiado em relação a cada uma delas. 
 
 
BENEFICIÁRIOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - RGPS 
 
- Beneficiários da Previdência Social – beneficiário é 
toda pessoa protegida pelo sistema previdenciário, seja na 
qualidade de segurado ou dependente. Já dissemos, são o 
sujeito ativo das prestações previdenciárias; 
 
- Segurados são as pessoas que mantém vínculo com a 
Previdência Social, decorrendo deste vínculo direitos e 
deveres. Os direitos são representados pela entrega da 
prestação previdenciária sempre que constatada a ocorrência 
do risco/contingência social protegida. Os deveres 
representados pela obrigação de pagamento das prestações 
previdenciárias; 
 
- Os segurados são classificados em obrigatórios e 
facultativos. A qualidade de segurado do obrigatório surge 
em razão do exercício de atividade profissional ligada à 
previdência social. A do facultativo surge da manifestação 
de vontade da criação do vínculo previdenciário; 
 
- Segurados são pessoas físicas, com mais de 16 anos 
(exceção ao aprendiz – mais de 14 anos) 
 
 
20 
 
- Os dependentes previdenciários são aqueles que mantém 
vínculo de dependência jurídico e/ou econômico com os 
segurados da previdência social. 
 
- Segurados obrigatórios são aqueles que exercem 
qualquer tipo de atividade remunerada, de natureza urbana 
ou rural, abrangida pelo Regime Geral, de forma efetiva ou 
eventual, com ou sem vínculo empregatício; 
 
- São eles: os empregados, os empregados domésticos, os 
contribuintes individuais, os trabalhadores avulsos e os 
segurados especiais. 
 
 
 
- O artigo 11 da Lei 8213/91 (E ARTIGO 12 DA LEI 
8.212/91 E ARTIGO 9º DECRETO 3048/99) determina como 
segurados obrigatórios as seguintes pessoas físicas: 
 
- 1 - Empregado – PESSOAS QUE POSSUEM UMA RELAÇÃO DE 
EMPREGO. CONCEITO MAIS AMPLO QUE O DO DIREITO DO TRABALHO. 
 
- A) aquele que presta serviço de natureza urbana ou 
rural à empresa, em caráter não eventual, sob sua 
subordinação e mediante remuneração, inclusive como diretor 
empregado. Exemplos: URBANO: Office-boy, secretária, 
professor, administrador etc. RURAL: bóia-fria, tirador de 
leite, vaqueiro, operador de agroindústria e agropecuária 
que atua no setor agrário etc.; 
 
- B) aquele que, contratado por empresa de trabalho 
temporário, definida em legislação específica, presta 
serviço para atender a necessidade transitória de 
substituição de pessoal regular e permanente ou a acréscimo 
extraordinário de serviços de outras empresas. Exemplo: 
balconista contratado por loja no período de festas 
natalinas; 
 
- C) brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado 
no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou 
agência de empresa nacional no exterior. Exemplo: empregado 
de banco com agência no exterior; 
 
 
21 
 
- D) aquele que presta serviço no Brasil a missão 
diplomática ou a repartição consular de carreira 
estrangeira e a órgãos a ela subordinados, ou a membros 
dessas missões e repartições, excluídos o não-brasileiro 
sem residência permanente no Brasil e o brasileiro amparado 
pela legislação previdenciária do país da respectiva missão 
diplomática ou repartição consular; 
 
- E)O brasileiro civil que trabalha para a União, no 
exterior, em organismos oficiais brasileiros ou 
internacionais dos quais o Brasil seja membro efetivo, 
ainda que lá domiciliado e contratado, salvo de segurado na 
forma da legislação vigente no país do domicílio. São 
exemplosempregados da OIT e da ONU; 
 
- F) brasileiro ou estrangeiro domiciliado e contratado 
no Brasil para trabalhar como empregado em empresa 
domiciliada no exterior, cuja maioria do capital votante 
pertença a empresa brasileira de capital nacional; 
 
- G) o servidor público ocupante de cargo em comissão, 
sem vínculo efetivo com a União, Autarquias, inclusive em 
regime especial, e Fundações Públicas Federais. O § 13 do 
art. 40 da Constituição Federal, acrescentado pelo art. 1º 
da EC 20/98, vincula ao Regime Geral de Previdência Social 
o servidor público ocupante, exclusivamente, de cargo em 
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração da 
União, Estados, DF e Municípios e suas respectivas 
autarquias e fundações púbicas, bem como de outro cargo 
temporário ou de emprego público. 
 
- H) o exercente de mandato eletivo federal, estadual ou 
municipal, desde que não vinculado a regime próprio de 
previdência social; Ex vereador 
 
(vide RE 626.837 – Incide contribuição previdenciária sobre 
os rendimentos pagos aos exercentes de mandato eletivo, 
decorrentes da prestação de serviços à União, a Estados e 
ao Distrito Federal ou a municípios, após o advento da Lei 
nº 10.887/2004, desde que não vinculados a regime próprio 
de previdência) 
 
 
22 
 
- I) o empregado de organismo oficial internacional ou 
estrangeiro em funcionamento no Brasil, salvo quando 
coberto por regime próprio de previdência social; 
 
 
2 – empregado doméstico: 
 
- Aquele que presta serviço de natureza contínua a 
pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em 
atividades sem fins lucrativos; 
 
- Na forma da Lei Complementar nº 150/2015, “aquele que 
presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e 
pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à 
família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) 
dias por semana”. 
 
- Consideram-se também domésticos: o motorista 
particular; a enfermeira particular; o caseiro, inclusive 
aquele que trabalha em área rural; o piloto ou comandante 
de aeronave particular; o vigia particular; o jardineiro; a 
governanta; o mordomo, etc.; 
 
- A diarista é contribuinte individual, a não ser quando 
exerce atividade que a enquadre como empregada doméstica. 
 
3 – contribuinte individual (Lei 9876/99): pessoas que 
trabalham sem vínculo empregatício. 
 
- A) a pessoa física, proprietária ou não, que explora 
atividade agropecuária a qualquer título, em caráter 
permanente ou temporário, em área superior a 4 módulos 
fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 módulos 
fiscais ou pesqueira, com auxílio de empregados ou por 
intermédio de prepostos; (PREVISAO RESIDUAL DO SEGURADO 
ESPECIAL) 
 
- B) pessoa física, proprietária ou não, que explora 
atividade de extração mineral – garimpo, em caráter 
permanente ou temporário, diretamente ou por intermédio de 
prepostos, com ou sem o auxílio de empregados, utilizados a 
qualquer título, ainda que de forma não contínua; 
 
23 
 
OBSERVAÇÃO: O GARIMPEIRO JÁ FOI SEGURADO ESPECIAL, MAS HOJE 
É CONTRIBUINTE INDIVIDUAL; 
 
- C) o ministro de confissão religiosa e o membro de 
instituto de vida consagrada, de congregação ou de ordem 
religiosa. 
 
- D) o brasileiro civil que trabalha no exterior para 
organismo oficial internacional do qual o Brasil é membro 
efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo 
quando coberto por regime próprio; 
 
- E) o titular de firma individual urbana ou rural, o 
diretor não empregado e o membro de conselho de 
administração de sociedade anônima, o sócio solidário, o 
sócio de indústria, o sócio gerente e o sócio cotista que 
recebam remuneração decorrente de seu trabalho em empresa 
urbana ou rural, e o associado eleito para cargo de direção 
em cooperativa, associação ou entidade de qualquer natureza 
ou finalidade, bem como o síndico ou administrador eleito 
para exercer atividade de direção condominial, desde que 
recebam remuneração; 
 
- F) Quem presta serviço de natureza urbana ou rural, em 
caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de 
emprego; 
 
- G) A pessoa física que exerce, por conta própria, 
atividade econômica de natureza urbana, com fins lucrativos 
ou não; 
 
4 – trabalhador avulso: 
 
- Quem presta, a diversas empresas, sem vínculo 
empregatício, serviço de natureza urbana ou rural definidos 
no regulamento; 
 
- Aquele que, sindicalizado ou não, presta serviço de 
natureza urbana ou rural a diversas empresas, sem vínculo 
empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão 
gestor de mão-de-obra (OGMO), nos termos da Lei 6.830, de 
25.02.93, ou do sindicato da categoria, assim considerados: 
 
 
24 
 
- A) o estivador, inclusive o trabalhador de estiva em 
carvão e minério; 
 
- B) o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e 
descarga de navios); 
 
- C) conferente de carga e descarga; 
 
- D) consertador de carga e descarga; 
 
- E) vigia de embarcações; 
 
- F) amarrador de embarcações; 
 
- G) trabalhador em serviço de bloco, assim entendido o 
que exerce atividade de limpeza e conservação de 
embarcações; 
 
- H) trabalhador de capatazia, assim entendido o que 
exerce atividade de movimentação de mercadorias nas 
instalações de uso público, compreendendo o recebimento, 
conferência, transporte interno, abertura de volumes para 
conferência aduaneira, manipulação, arrumação, entrega, bem 
como o carregamento e descarga de embarcações quando 
efetuados por aparelhamento portuário; 
 
- I) arrumador; 
 
- J) ensacador de café; 
 
- K) trabalhador na indústria de extração de sal; 
 
- L) carregador de bagagem em portos; 
 
- M) prático de barra em portos (pessoa que conhece os 
acidentes hidrográficos de determinada área e conduzem as 
embarcações através destas áreas); 
 
- N) guindasteiro; 
 
- O) classificador, movimentador e empacotador de 
mercdorias; 
 
25 
 
 
- P) outros como tal classificados pelo Ministério do 
Trabalho e Emprego; 
 
5 – segurado especial: 
 
- O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário 
rurais, o pescador artesanal, bem como os respectivos 
cônjuges, que exerçam suas atividades em regime de economia 
familiar, sem empregados permanentes, contribuirão para a 
seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota 
sobre o resultado da comercialização da produção e farão 
jus aos benefícios nos termos da lei; 
 
- A idade de 16 anos é a mínima estabelecida pela 
Constituição Federal para o trabalho do menor (art. 7º, 
XXXIII) 
 
- Lei 11.718/2008 – definiu segurado especial como a 
pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado 
urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em 
regime de economia familiar, ainda que com o eventual 
auxílio de terceiros a título de mútua colaboração, na 
condição de: 
 
a) Produtor, seja proprietário, usufrutuário, 
possuidor, assentado, parceiro ou meeiros outorgados, 
comodatário ou arrendatário rurais, que explore 
atividade: 
 
1- Agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos 
fiscais; ou 
 
2- De seringueiro ou extrativista vegetal que exerça 
suas atividades nos termos do inciso XII do caput 
do art. 2 da Lei 9985/2000 e faca destas atividades 
o principal meio de vida; 
 
 
b) Pescador artesanal ou a este assemelhado, que 
faça da pesca profissão habitual ou principal meio de 
vida; e 
 
 
26 
 
c) Cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 
16 anos de idade ou a este equiparados, do segurado de 
que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, 
comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar 
respectivo. 
 
 
REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR É AQUELE EM QUE O TRABALHO DOS 
MEMBROS DA FAMÍLIA É INDISPENSÁVEL À SUBSISTÊNCIA DA MESMA. 
 
- Lei 12.873/2013 – O grupo familiar poderá utilizar-se de 
empregados contratados por prazo determinado ou eventual à 
razão de no máximo 120 (cento e vinte) pessoas por dia no 
ano civil, em períodos corridos ou intercalados ou ainda, 
por tempo equivalente em horas de trabalho, não sendo 
computado neste prazo o período de afastamento em 
decorrência da percepçãode auxílio-doença. 
 
 
Art. 18,§ 5º, Regulamento, admite a inscrição post mortem 
do segurado especial. 
 
 
Não descaracteriza a condição de segurado especial: 
 
a) receber benefício assistencial. 
 
b) ser vereador. 
 
c) ser dirigente de cooperativa ou sindicato. 
 
d) utilizar o imóvel para turismo por até 120 dias por ano. 
 
e) trabalhar na entressafra ou no defeso. 
 
f) associar-se a cooperativa agropecuária. 
 
g) receber auxílio-acidente, pensão por morte e auxílio-
reclusão no valor de um salário mínimo. 
 
 
*MODIFICAÇÕES DA LEI 13.846/2019 PARA O SEGURADO ESPECIAL:- 
 
 
27 
 
"Art. 38-A. O Ministério da Economia manterá sistema de 
cadastro dos segurados especiais no Cadastro Nacional de 
Informações Sociais - CNIS, observado o disposto nos § 4º e 
§ 5º do art. 17, e poderá firmar acordo de cooperação com o 
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e com 
outros órgãos da administração pública federal, estadual, 
distrital e municipal para a manutenção e a gestão do 
sistema de cadastro. 
§ 1º O sistema de que trata o caput preverá a manutenção e 
a atualização anual do cadastro e conterá as informações 
necessárias à caracterização da condição de segurado 
especial, nos termos do disposto no Regulamento. 
§ 2º Da aplicação do disposto neste artigo não poderá 
resultar nenhum ônus para os segurados, sem prejuízo do 
disposto no § 4º deste artigo. 
§ 4º A atualização anual de que trata o § 1º será feita até 
30 de junho do ano subsequente. 
§ 5º É vedada a atualização de que trata o § 1º deste 
artigo após o prazo de cinco anos, contado da data 
estabelecida no § 4º” 
§ 6º Decorrido o prazo de 5 (cinco) anos de que trata o § 
5º deste artigo, o segurado especial só poderá computar o 
período de trabalho rural se efetuados em época própria a 
comercialização da produção e o recolhimento da 
contribuição prevista no art. 25 da Lei nº 8.212, de 24 de 
julho de 1991." 
"Art.38-B. 
...........................................................
..................................................... 
§ 1º A partir de 1º de janeiro de 2023, a comprovação da 
condição e do exercício da atividade rural do segurado 
especial ocorrerá exclusivamente pelas informações 
constantes do cadastro a que se refere o art. 38-A desta 
Lei. 
§ 2º Para o período anterior a 1º de janeiro de 2023, o 
segurado especial comprovará o tempo de exercício da 
atividade rural por meio de autodeclaração ratificada por 
entidades públicas credenciadas, nos termos do art. 13 da 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art38a.0
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art38a%C2%A71.0
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art38a%C2%A71.0
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art38a%C2%A74
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art38b%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12188.htm#art13
 
28 
 
Lei nº 12.188, de 11 de janeiro de 2010, e por outros 
órgãos públicos, na forma prevista no Regulamento. 
§ 3º Até 1º de janeiro de 2025, o cadastro de que trata o 
art. 38-A poderá ser realizado, atualizado e corrigido, sem 
prejuízo do prazo de que trata o § 1º deste artigo e da 
regra permanente prevista nos §§ 4º e 5º do art. 38-A desta 
Lei. 
§ 4º Na hipótese de divergência de informações entre o 
cadastro e outras bases de dados, para fins de 
reconhecimento do direito ao benefício, o INSS poderá 
exigir a apresentação dos documentos referidos no art. 106 
desta Lei. 
§ 5º O cadastro e os prazos de que tratam este artigo e o 
art. 38-A desta Lei deverão ser amplamente divulgados por 
todos os meios de comunicação cabíveis para que todos os 
cidadãos tenham acesso à informação sobre a existência do 
referido cadastro e a obrigatoriedade de registro." 
 
"Art. 39. Para os segurados especiais, referidos no inciso 
VII do caput do art. 11 desta Lei, fica garantida a 
concessão: 
I - de aposentadoria por idade ou por invalidez, de 
auxílio-doença, de auxílio-reclusão ou de pensão, no valor 
de 1 (um) salário mínimo, e de auxílio-acidente, conforme 
disposto no art. 86 desta Lei, desde que comprovem o 
exercício de atividade rural, ainda que de forma 
descontínua, no período imediatamente anterior ao 
requerimento do benefício, igual ao número de meses 
correspondentes à carência do benefício requerido, 
observado o disposto nos arts. 38-A e 38-B desta Lei; 
 
Art. 106. A comprovação do exercício de atividade rural 
será feita, complementarmente à autodeclaração de que trata 
o § 2º e ao cadastro de que trata o § 1º, ambos do art. 38-
B desta Lei, por meio de, entre outros: 
IV - Declaração de Aptidão ao Programa Nacional de 
Fortalecimento da Agricultura Familiar, de que trata o 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12188.htm#art13
 
29 
 
inciso II docaputdo art. 2º da Lei nº 12.188, de 11 de 
janeiro de 2010, ou por documento que a substitua; 
 
 
 
6 - Segurados facultativos 
 
- Por meio da figura dos facultativos se cumpre o 
princípio da universalidade do atendimento; 
 
- Facultativos são toda e qualquer pessoa maior de 16 
anos de idade que não exerça atividade remunerada que as 
enquadrem como obrigatórios, por força do inciso XXXIII do 
art. 7º da CF, com a redação dada pelo art. 1º da EC 20/98 
(estabeleceu 16 anos para o trabalho do menor); 
 
- Exemplos: a dona de casa; o síndico de condomínio, 
quando não remunerado; 
 
- O bolsista e estagiário, inclusive o de advocacia, que 
prestem serviços à empresa, de acordo com a Lei; 
 
- O estudante; 
 
- O brasileiro que acompanha cônjuge que presta serviço 
no exterior; 
 
- Aquele que deixou de ser segurado obrigatório da 
previdência social; 
 
- O membro de conselho tutelar de que trata o artigo 132 
da Lei 8.069/90, quando não estiver vinculado a qualquer 
regime de previdência social; 
 
- O presidiário que não exerce atividade remunerada nem 
esteja vinculado a qualquer regime de previdência social; 
 
- O brasileiro residente ou domiciliado no exterior, 
salvo se filiado a regime previdenciário de país com o qual 
o Brasil mantenha acordo internacional; 
 
 
30 
 
- Segurado recolhido à prisão sob regime fechado ou 
semi-aberto, que preste serviços dentro ou fora da prisão 
 
- OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: NÃO PODE SER FILIADO 
FACULTATIVO AQUELE QUE ESTÁ VINCULADO A REGIME PRÓPRIO DE 
PREVIDÊNCIA. SALVO SE AFASTADO DESTE SEM VENCIMENTOS. 
 
- Lei 8112/90, artigo 183, § 3º assegura ao servidor 
licenciado ou afastado sem remuneração a manutenção da 
vinculação ao regime do Plano de Seguridade do Servido 
Público, mediante o recolhimento mensal da respectiva 
contribuição (Neste caso não se admite a filiação ao Regime 
Geral como facultativo). 
 
- Aposentados de Regimes Próprios também não podem ser 
filiados facultativos do regime geral. 
 
 
 
DEPENDENTES: 
 
 
- Para o direito previdenciário é relevante a 
dependência jurídica e econômica, sendo dependente 
econômico alguém que viva as expensas do segurado. A 
legislação previdenciária trata de dependentes presumidos e 
comprovados. 
 
- Dependentes presumidos são aqueles que não precisam 
demonstrar a dependência econômica, apenas o liame jurídico 
entre eles e o segurado. 
 
- Dependentes comprovados devem provar que vivem as 
expensas do segurado. 
 
- O art. 16 da lei 8213/91 estabelece três classes de 
dependentes: 
 
- 1) preferencial (1ª classe) – o cônjuge, a 
companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de 
qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou 
inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou 
 
31 
 
deficiência grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 
2015); 
 
 
- 2ª classe – pais; 
 
- 3ª classe – o irmão não emancipado, de qualquer 
condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que 
tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência 
grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015); 
 
- a ordem de vocação é aplicada apenas uma vez, na data 
da ocorrênciado evento gerador da prestação 
previdenciária. Neste momento verifica-se quais são os 
dependentes, aplicando-se a regra legal que determina que 
os da classe superior excluem os da classe inferior. O 
valor da pensão será dividido em partes iguais, computado o 
número de cotas para fins de cálculo da RMI; 
 
- os dependentes da mesma classe concorrem em igualdade 
de condições; 
 
- a dependência econômica da classe I é presumida (tema 
está afetado pela TNU). A dos demais deve ser comprovada; 
 
- UNIÃO ESTÁVEL: convivência pública, continua e duradoura 
estabelecida com o objetivo de constituir família (artigo 
1723 Código Civil). 
 
- artigo 111 do Decreto 3048/99 – o cônjuge divorciado 
ou separado judicialmente ou de fato, que recebia pensão de 
alimentos, receberá a pensão em igualdade de condições com 
os demais dependentes de primeira classe; Parágrafo único. 
Na hipótese de o segurado estar, na data do seu óbito, 
obrigado por determinação judicial a pagar alimentos 
temporários a ex-cônjuge ou a ex-companheiro ou ex-
companheira, a pensão por morte será devida pelo prazo 
remanescente na data do óbito, caso não incida outra 
hipótese de cancelamento anterior do benefício. 
 
- Súmula 336 STJ – A mulher que renunciou alimentos na 
separação tem direito à pensão previdenciária por morte do 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art101
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art101
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art101
 
32 
 
ex-marido, comprovada a necessidade econômica 
superveniente. 
 
- Súmula 37 DA TNU – A pensão por morte devida ao filho 
até 21 anos de idade, não se prorroga pela pendência de 
curso universitário; 
 
- Obs: art 16, § 2º - O enteado e o menor tutelado, 
equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e 
desde que comprovada a dependência econômica na forma do 
regulamento; (Decreto 3048/99 – artigo 16 – deve apresentar 
1 declaração escrita do segurado, 2 comprovar dependência 
econômica e 3 comprovar que não possua bens suficientes 
para o próprio sustento e educação) 
 
- Art. 16 § 3º Considera-se companheiro ou companheira 
a pessoa que, sem ser casada, mantem união estável com o 
segurado ou com a segurada, de acordo com o § 3º do art. 
226 da Constituição Federal. 
 
- “§ 5º A prova de união estável e de dependência econômica 
exigem início de prova material contemporânea dos fatos, 
produzido em período não superior a 24 (vinte e quatro) 
meses anterior à data do óbito ou do recolhimento à prisão 
do segurado, não admitida a prova exclusivamente 
testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior 
e ou caso fortuito, conforme disposto no Regulamento” (Lei 
13.846/19) 
 
§ 6º Na hipótese da alíneacdo inciso V do § 2º do art. 77 
desta Lei, a par da exigência do § 5º deste artigo, deverá 
ser apresentado, ainda, início de prova material que 
comprove união estável por pelo menos 2 (dois) anos antes 
do óbito do segurado.(Lei 13.846/19) 
 
§ 7º Será excluído definitivamente da condição de 
dependente quem tiver sido condenado criminalmente por 
sentença com trânsito em julgado, como autor, coautor ou 
partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, 
cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os 
absolutamente incapazes e os inimputáveis"(lei 13.846/19) 
 
 
 
33 
 
Decreto 3018/99 – artigo 16 
§ 6º - Considera-se união estável aquela configurada na 
convivência pública, contínua e duradoura entre pessoas, 
estabelecida com intenção de constituição de família, 
observado o disposto no § 1º do art. 1.723 da Lei nº 
10.406, de 2002 - Código Civil, desde que comprovado o 
vínculo na forma estabelecida no § 3º do art. 
22. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020). 
 
§ 6º-A As provas de união estável e de dependência 
econômica exigem início de prova material contemporânea dos 
fatos, produzido em período não superior aos vinte e quatro 
meses anteriores à data do óbito ou do recolhimento à 
prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente 
testemunhal, exceto na ocorrência de motivo de força maior 
ou caso fortuito, observado o disposto no § 2º do art. 
143. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020) 
 
 
Concubinato (AGRG RESP 1.016.574-SC e Temas 526 e 529 STF) 
 
 
Não é possível cumular mais de uma pensão deixada por 
cônjuge ou companheiro, ressalvada a opção pela mais 
vantajosa. 
 
MENOR SOB GUARDA – EXCLUÍDO PELA EC 103/19 DO ROL DE 
DEPENDENTES PREVIDENCIÁRIOS - §3º, ARTIGO 16, DECRETO 
10.410/20 – ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL FIRMADO EM SENTIDO 
CONTRÁRIO 
 
ART 23, § 6º DA EC 103/19 – “Equiparam-se a filho, para 
fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente o 
enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a 
dependência econômica” 
 
 
DIREITO PREVIDENCIÁRIO E HUMANITÁRIO. RECURSO ESPECIAL 
REPRESENTATIVO DA CONTROVÉRSIA. PROCESSAMENTO NOS TERMOS DO 
ART. 543-C DO CPC E DA RESOLUÇÃO 08/STJ. DIREITO DO MENOR 
SOB GUARDA À PENSÃO POR MORTE DO SEU MANTENEDOR. EMBORA A 
LEI 9.528/97 O TENHA EXCLUÍDO DO ROL DOS DEPENDENTES 
PREVIDENCIÁRIOS NATURAIS OU LEGAIS DOS SEGURADOS DO INSS. 
PROIBIÇÃO DE RETROCESSO. DIRETRIZES CONSTITUCIONAIS DE 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art1723%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm#art1723%C2%A71
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2020/Decreto/D10410.htm#art1
 
34 
 
ISONOMIA, PRIORIDADE ABSOLUTA E PROTEÇÃO INTEGRAL À CRIANÇA 
E AO ADOLESCENTE (ART. 227 DA CF). APLICAÇÃO PRIORITÁRIA OU 
PREFERENCIAL DO ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (LEI 
8.069/90), POR SER ESPECÍFICA, PARA ASSEGURAR A MÁXIMA 
EFETIVIDADE DO PRECEITO CONSTITUCIONAL DE PROTEÇÃO. PARECER 
DO MPF PELO NÃO CONHECIMENTO DO RECURSO, A TEOR DA SÚMULA 
126/STJ. RECURSO ESPECIAL CONHECIDO, PORÉM DESPROVIDO. 
RECURSO ESPECIAL Nº 1.411.258 – RS – julgamento 11.10.2017 
 
 
Casos de emancipação – artigo 5º Código Civil: concessão 
dos pais, pelo casamento, pelo exercício de emprego público 
efetivo, pela colação de grau em curso de ensino superior, 
pelo estabelecimento civil ou comercial ou pela existência 
de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor 
com 16 anos completo tenha economia própria. 
 
 
 
 
Inscrição e Filiação: 
 
Filiação é a relação jurídica estabelecida entre o segurado 
e o órgão previdenciário. É o vínculo jurídico que se 
estabelece entre pessoas que contribuem para o Regime Geral 
da Previdência Social-RGPS, decorrendo deste vínculo 
direitos e obrigações entre o segurado e a entidade gestora 
da previdência social; 
 
Inscrição é o ato material de filiação promovido pelo 
segurado. É o ato pelo qual o segurado é cadastrado no 
Regime Geral de Previdência Social, mediante comprovação 
dos dados pessoais e de outros elementos necessários e 
úteis à sua caracterização; É A FORMALIZACAO DA FILIACAO. 
 
 
ATENÇÃO PARA A ALTERAÇÃO DA LEI 13.846/2019 – “NÃO SERÁ 
ADMITIDA A INSCRIÇÃO POST MORTEM DE SEGURADO CONTRIBUINTE 
INDIVIDUAL E DE SEGURADO FACULTATIVO” – ARTIGO 17, § 7º DA 
LEI 8.213/91) 
 
“Art. 18, § 4º Os benefícios referidos no caput deste 
artigo poderão ser solicitados, pelos interessados, aos 
Oficiais de Registro Civil das Pessoas Naturais, que 
 
35 
 
encaminharão, eletronicamente, requerimento e respectiva 
documentação comprobatória de seu direito para deliberação 
e análise do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 
nos termos do regulamento." (Lei 13.846/19) 
 
 
 
MAUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO 
 
Qualidade de segurado é o requisito para concessão de quase 
todos os benefícios da previdência social. Pela regra, os 
segurados preservam essa condição enquanto estiverem 
vertendo contribuições para a Previdência Social ou 
enquanto estiverem exercendo atividade remunerada. 
 
 
O artigo 15 da Lei 8213/91 prevê o denominado período de 
graça, no qualo segurado mantém a qualidade de segurado 
independentemente de contribuição. O período de graça é uma 
criação que permite a extensão da proteção previdenciária 
em casos taxativamente determinados pela legislação; 
 
- Período de graça não conta como tempo de contribuição; 
 
- Mantém a qualidade de segurado, independentemente de 
contribuições: 
 
- A) sem limite de prazo, quem está em gozo de 
benefício, exceto do auxílio-acidente (Lei 13.846/19); 
 
- B) até 12 meses após a cessação das contribuições, o 
segurado que deixar de exercer atividade remunerada 
abrangida pela Previdência Social ou que estiver suspenso 
ou licenciado sem remuneração (ou deixar de receber 
benefício por incapacidade); 
 
- C) até doze meses após cessar a segregação, o segurado 
acometido de doença de segregação compulsória; 
 
- D) até 12 meses após o livramento, o segurado detido 
ou recluso; 
 
 
36 
 
- E) até 3 meses após o licenciamento, o segurado 
incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; 
 
- F) até seis meses após a cessação das contribuições 
para o segurado facultativo; 
 
- O prazo da letra b será prorrogado para até 24 meses 
se o segurado já tiver pago mais de 120 contribuições 
mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade 
de segurado; 
 
- E por mais 12 meses se comprovar estar desempregado, 
desde que comprovada a situação por registro no órgão 
próprio do Ministério do trabalho e Emprego, estando 
inscrito no SINE (Serviço Nacional de Empregos do 
Ministério do Trabalho e Emprego); TNU 0500946-
65.2014.4.05.8400 – aplica ao contribuinte individual) 
 
- SUMULA 27 DA TNU – A ausência de registro no 
Ministério do Trabalho não impede a comprovação da condição 
de desemprego por outros meios admitidos em direito. 
 
- TEMA 255 DA TNU – A prorrogação do período de graça 
para quem já pagou mais de 120 contribuições pode ocorrer 
mais de uma vez. 
 
- A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia 16 do 
segundo mês seguinte ao término dos prazos fixados no 
artigo 15; Ex: Se o período de graça terminar em maio, o 
segurado teria até 15 de julho para efetuar o pagamento da 
contribuição de junho. Com isso ganha mais 45 dias. 
 
 
Novidade Lei 13.846/2019 - 
 
“Art. 27-A Na hipótese de perda da qualidade de segurado, 
para fins da concessão dos benefícios de auxílio-doença, de 
aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de 
auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da 
data da nova filiação à Previdência Social, com metade dos 
períodos previstos nos incisos I, III e IV do caput do art. 
25." 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art27a.
 
37 
 
 
Alterações Legislativas 
Até 7.7.2016 – art. 24 Lei 8213/91 – 1/3 da carência 
De 8.7.2016 a 4.11.16 – MP 739/2016 – carência integral 
De 5.11.2016 a 5.01.2017 – art. 24 Lei 8213/91 – 1/3 da 
carência 
De 6.1.2017 a 26.6.2017 – MP 767/2017 – carência integral 
De 27.6.2017 a 17.1.2019 – Lei 13.457/17 – ½ da carência 
De 18.1.2019 a 17.6.2019 – MP 871/19 – carência integral 
De 18.6.2019 em diante – Lei 13.846/19 – ½ da carência 
Tema 176 da TNU – aplicam-se as regras vigentes no início 
da incapacidade do segurado – 5001792-09.2017.4.047129 
 
 
A lei 10.666/203 revoga parcialmente o parágrafo único do 
art. 24 da Lei 8213/91 ao estabelecer no art. 3º que a 
perda da qualidade de segurado não será considerada para a 
concessão das aposentadorias por tempo de contribuição e 
especial, e na hipótese de aposentadoria por idade, a perda 
da qualidade de segurado não será considerada para a 
concessão do benefício, desde que o segurado conte, com no 
mínimo, o tempo de contribuição correspondente ao exigido 
para efeito de carência na data de entrada do requerimento 
do benefício; 
 
Outra hipótese em que a perda da qualidade de segurado não 
gera efeitos se dá quando o segurado já tinha direito 
adquirido ao benefício (artigo 102, § 1º da Lei 8.213/91 – 
a perda da qualidade de segurado não prejudica o direito à 
aposentadoria para cuja concessão tenham sido preenchidos 
os requisitos segundo legislação em vigor à época em que 
estes requisitos foram atendidos); 
 
PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA POR 
INVALIDEZ. PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO NÃO 
CARACTERIZADA. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. 1. Não ocorre a 
perda da qualidade de segurado quando, à época da saída do 
emprego, a parte autora já apresentava sinais de problemas 
que a impediam de exercer atividades laborais e preenchia 
os requisitos necessários à aposentadoria por invalidez. 2. 
Recurso especial provido (STJ – Resp 826.555/SP) 
 
 
Período de carência: 
 
38 
 
 
Artigo 24 da Lei 8213/91 estabelece que o período de 
carência é o número mínimo de contribuições indispensáveis 
para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas 
a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de sua 
competência; 
 
Inicia-se a contagem para o segurado empregado e 
trabalhador avulso a partir da data da filiação ao RGPS; 
 
Para os contribuintes individuais, empregados domésticos, 
segurados especiais (se contribuintes facultativos) e 
segurados facultativos a partir da data do pagamento 
efetivo da primeira contribuição sem atraso, não sendo 
consideradas para este fim as contribuições recolhidas em 
atraso referente a competências anteriores à primeira em 
dia, nem as abaixo do mínimo; 
 
- Diferenciar: período de graça (mantem a qualidade de 
segurado mesmo sem contribuir) – período de carência (está 
contribuindo, mas não tem direito a determinados 
benefícios) – tempo de contribuição (período efetivamente 
contribuído); 
 
O período de carência conta a partir da filiação, pois a 
lei determina que são presumidos os pagamentos regulares 
pelo empregador(art.33, parágrafo 5 – lei 8212/91); 
 
Mesmo raciocínio se aplica aos contribuintes individuais 
que prestarem serviços a pessoa jurídica ou forem filiados 
a cooperativa de trabalho (art. 4 da Lei 10.666/2003 – 
responsabilidade deles pelo recolhimento); 
 
 
O artigo 25 prescreve os períodos de carência das seguintes 
prestações previdenciárias: 
 
- I - auxílio doença e aposentadoria por invalidez comum 
– 12 contribuições mensais; 
 
- II – aposentadoria por idade, tempo de contribuição e 
especial – 180 contribuições; 
 
 
39 
 
 
- Observar regra de transição prevista no artigo 142 da 
Lei 8.213/91 (essa lei aumentou o prazo de 60 para 180 
contribuicoes) 
 
ANO DE IMPLEMENTACAO DAS 
CONDICOES 
MESES DE CONTRIBUICAO 
EXIGIDOS 
1991 60 
1992 60 
1993 66 
1994 72 
1995 78 
1996 90 
1997 96 
1998 102 
1999 108 
2000 114 
2001 120 
2002 126 
2003 132 
2004 138 
2005 144 
2006 150 
2007 156 
2008 162 
2009 168 
2010 
2011 
174 
180 
 
 
 
- III – salário-maternidade para as seguradas de que 
tratam os incisos V e VII do caput do art. 11 e o art. 13: 
dez contribuições mensais, respeitado o disposto no 
parágrafo único do art. 39 (Redação da Lei 13.846/2019) 
 
- Observação: se o parto for antecipado, a carência é 
diminuída na medida da antecipação. Ex: se o parto adiantar 
1 mês, a carência diminui 1 mês.; 
 
- IV – auxílio reclusão: vinte e quatro contribuições 
mensais (Redação da MP 871/2019 – CUIDADO, ANTES DA LEI 
13.846/19 O AUXÍLIO RECLUSÃO NÃO EXIGIA CARÊNCIA) 
 
40 
 
 
 
- o artigo 26 prevê que independem de carência: 
 
- I – pensão por morte, salário família e auxílio-
acidente (REDAÇÃO DA LEI 13.846/2019); 
 
- II – auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos 
casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença 
profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado 
que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das 
doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos 
Ministérios da Saúde e da Previdência Social a cada 3 anos, 
de acordo com os critérios de estigma, deformação, 
mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira 
especificidade e gravidade que mereçam tratamento 
particularizado (redação da Lei 13.135/2015); 
 
- III – os benefícios concedidos na forma do incisoI do 
art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do 
art. 11 (aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-
doença, auxílio-reclusão ou pensão, no valor de 1 salário-
mínimo, desde que comprovado o tempo de atividade rural, 
ainda que de forma descontinua, no período imediatamente 
anterior ao requerimento do benefício, , igual ao numero de 
meses da carência do beneficio requerido; 
 
- IV – serviço social; 
 
- V – reabilitação profissional; 
 
- VI – salário maternidade para as seguradas empregada, 
trabalhadora avulsa e segurada doméstica; 
 
 
Art. 151. Até que seja elaborada a lista de doenças 
mencionada no inciso II do art. 26, independe de carência a 
concessão de auxílio-doença e de aposentadoria por 
invalidez ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, for 
acometido das seguintes doenças: tuberculose ativa, 
hanseníase, alienação mental, esclerose múltipla, 
hepatopatia grave, neoplasia maligna, cegueira, paralisia 
irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de 
 
41 
 
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, 
estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), 
síndrome da deficiência imunológica adquirida (aids) ou 
contaminação por radiação, com base em conclusão da 
medicina especializada. 
 
 
Súmula 73 – TNU – “O tempo de gozo de auxílio-doença ou de 
aposentadoria por invalidez não decorrentes de acidente de 
trabalho só pode ser computado como tempo de contribuição 
ou para fins de carência quando intercalado entre períodos 
nos quais houve recolhimento de contribuições para a 
previdência social”. 
 
 
 
SALÁRIO-DE-BENEFÍCIO E CÁLCULOS DOS BENEFÍCIOS 
PREVIDENCIÁRIOS 
 
Salário de contribuição: base de incidência da contribuição 
previdenciária. 
 
Salário-de-benefício: é a base de cálculo da renda mensal 
inicial da maioria dos benefícios. 
 
RMI – Renda mensal inicial. 
 
SB – salário-de-benefício 
 
 
NOVA REGRA EC 103/19 – 
 
Art. 26. Até que lei discipline o cálculo dos benefícios do 
regime próprio de previdência social da União e do Regime 
Geral de Previdência Social, será utilizada a média 
aritmética simples dos salários de contribuição e das 
remunerações adotados como base para contribuições a regime 
próprio de previdência social e ao Regime Geral de 
Previdência Social, ou como base para contribuições 
decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 
42 e 142 da Constituição Federal, atualizados 
monetariamente, correspondentes a 100% (cem por cento) do 
período contributivo desde a competência julho de 1994 ou 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art42
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art42
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art142
 
42 
 
desde o início da contribuição, se posterior àquela 
competência. 
§ 1º A média a que se refere o caput será limitada ao valor 
máximo do salário de contribuição do Regime Geral de 
Previdência Social para os segurados desse regime e para o 
servidor que ingressou no serviço público em cargo efetivo 
após a implantação do regime de previdência complementar ou 
que tenha exercido a opção correspondente, nos termos do 
disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 da Constituição Federal. 
§ 2º O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 
60% (sessenta por cento) da média aritmética definida na 
forma prevista no caput e no § 1º, com acréscimo de 2 
(dois) pontos percentuais para cada ano de contribuição que 
exceder o tempo de 20 (vinte) anos de contribuição nos 
casos: 
I - do inciso II do § 6º do art. 4º, do § 4º do art. 15, do 
§ 3º do art. 16 e do § 2º do art. 18; 
II - do § 4º do art. 10, ressalvado o disposto no inciso II 
do § 3º e no § 4º deste artigo; 
III - de aposentadoria por incapacidade permanente aos 
segurados do Regime Geral de Previdência Social, ressalvado 
o disposto no inciso II do § 3º deste artigo; e 
IV - do § 2º do art. 19 e do § 2º do art. 21, ressalvado o 
disposto no § 5º deste artigo. 
§ 3º O valor do benefício de aposentadoria corresponderá a 
100% (cem por cento) da média aritmética definida na forma 
prevista no caput e no § 1º: 
I - no caso do inciso II do § 2º do art. 20; 
II - no caso de aposentadoria por incapacidade permanente, 
quando decorrer de acidente de trabalho, de doença 
profissional e de doença do trabalho. 
§ 4º O valor do benefício da aposentadoria de que trata o 
inciso III do § 1º do art. 10 corresponderá ao resultado do 
tempo de contribuição dividido por 20 (vinte) anos, 
limitado a um inteiro, multiplicado pelo valor apurado na 
forma do caput do § 2º deste artigo, ressalvado o caso de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art40%C2%A714.0
 
43 
 
cumprimento de critérios de acesso para aposentadoria 
voluntária que resulte em situação mais favorável. 
§ 5º O acréscimo a que se refere o caput do § 2º será 
aplicado para cada ano que exceder 15 (quinze) anos de 
tempo de contribuição para os segurados de que tratam a 
alínea "a" do inciso I do § 1º do art. 19 e o inciso I do 
art. 21 e para as mulheres filiadas ao Regime Geral de 
Previdência Social. 
§ 6º Poderão ser excluídas da média as contribuições que 
resultem em redução do valor do benefício, desde que 
mantido o tempo mínimo de contribuição exigido, vedada a 
utilização do tempo excluído para qualquer finalidade, 
inclusive para o acréscimo a que se referem os §§ 2º e 5º, 
para a averbação em outro regime previdenciário ou para a 
obtenção dos proventos de inatividade das atividades de que 
tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal. 
§ 7º Os benefícios calculados nos termos do disposto neste 
artigo serão reajustados nos termos estabelecidos para o 
Regime Geral de Previdência Social. 
 
- O valor do salario de benefício não será inferior ao de 
um salário mínimo, nem superior ao do limite máximo do 
salário de contribuição na data de início do benefício. 
 
- Se no período básico de cálculo o segurado tiver recebido 
benefícios por incapacidade, sua duração será contada, 
considerando-se como salário de contribuição, no período, o 
salário de benefício que serviu de base para o cálculo da 
renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e bases dos 
benefícios em geral, não podendo ser inferior a 1 salário 
mínimo; 
BENEFÍCIOS PREVIDENCIARIOS RMI 
Aposentadoria por idade, com 
tempo mínimo de contribuição – 
EC 103/19 
60% + 2% para cada ano que 
supere 20 para o homem e 15 
para a mulher aplicado sobre o 
SB 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art42
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao.htm#art142
 
44 
 
Regras de Transição Cálculo próprio para cada 
regra 
Aposentadoria especial 60% + 2% para cada ano que 
supere 20 para o homem e 15 
para a mulher (exceto para 
atividades que geram direito 
com 15 anos de exposição) 
aplicado sobre o SB 
Aposentadoria por incapacidade 
permanente 
 60% + 2% para cada ano que 
supere 20 para o homem e 15 
para a mulher aplicado sobre o 
SB ou 100% se for acidente de 
trabalho 
Auxílio-doença 91% do SB (limite média dos 
últimos 12 meses – regra 
superada pela EC 103/19?) 
 
 
 
BENEFÍCIOS PREVIDENCIARIOS 
(são 10 benefícios) 
RMI 
Auxílio-acidente 50% do salário de benefício 
 
Auxílio-reclusão Mesmo cálculo da pensão por 
morte, porém não pode ultrapassar 
1 sala mínimo (art 27, § 1º EC 
103) 
Salário-maternidade Não é calculado pelo SB – varia 
de acordo com a categoria de 
segurado 
Salário-família Não é calculado pelo SB 
 
45 
 
Pensão por morte Cota 50% + 10% (limite 100%)/ 
100% em caso de depend invalido, 
incidente sobre aposentadoria que 
recebia ou aposentadoria por 
incapacidade na data do óbito 
 
ATENÇÃO – LEI 13.135/2015 INTRODUZIU NO ARTIGO 29 DA LEI 
8.213/91 O § 10:- 
 
“§ 10. O auxílio-doença não poderá exceder a média 
aritmética simples dos últimos doze salários-de-
contribuição, inclusive no caso de remuneração variável, 
ou, se não alcançado o númerode doze, a média aritmética 
simples dos salários-de-contribuição existentes.” 
 
REGRA MANTIDA PELO DECRETO 10.410/20, MAS QUE NÃO FOI 
RECEPCIONADA PELA EC 103/19 (TEMA PARA DISCUSSÃO JUDICIAL) 
 
 
 Ao segurado empregado e ao trabalhador avulso que tenham 
cumprido todas as condições para a concessão do benefício 
pleiteado mas não possam comprovar o valor dos seus 
salários de contribuição no período básico de cálculo, será 
concedido o benefício de valor mínimo, devendo esta renda 
ser recalculada, quando da apresentação de prova dos 
salários de contribuição. 
 
 
NOVIDADE LEI 13.846/19: - ATIVIDADES CONCOMITANTES 
 
"Art. 32. O salário de benefício do segurado que contribuir 
em razão de atividades concomitantes será calculado com 
base na soma dos salários de contribuição das atividades 
exercidas na data do requerimento ou do óbito, ou no 
período básico de cálculo, observado o disposto no art. 29 
desta Lei. 
 
§ 1º O disposto neste artigo não se aplica ao segurado que, 
em obediência ao limite máximo do salário de contribuição, 
contribuiu apenas por uma das atividades concomitantes. 
 
§ 2º Não se aplica o disposto neste artigo ao segurado que 
tenha sofrido redução do salário de contribuição das 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8213cons.htm#art29%C2%A710
 
46 
 
atividades concomitantes em respeito ao limite máximo desse 
salário” 
 
 
ATENÇÃO – TEMA 1.070 – AFETADO PELO STJ – possibilidade de 
sempre somar os salários de contribuição nas atividades 
concomitantes 
 
TNU 5003449-95.2016.4.04.7201 
 
 
REAJUSTAMENTO DO VALOR DOS BENEFÍCIOS:- 
 
O valor dos benefícios em manutenção será reajustado, 
anualmente, na mesma data do reajuste do salário mínimo, 
pro rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou 
do último reajustamento, com base no Índice Nacional de 
Preços ao Consumidor - INPC, apurado pela Fundação 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE 
 
CNIS – CADASTRO NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOCIAIS:- 
 
 
 O INSS utilizará as informações constantes no Cadastro 
Nacional de Informações Sociais – CNIS sobre os vínculos e 
as remunerações dos segurados, para fins de cálculo do 
salário-de-benefício, comprovação de filiação ao Regime 
Geral de Previdência Social, tempo de contribuição e 
relação de emprego. 
 
Decreto 3048/99 - Art. 19 
§ 1º O segurado poderá solicitar, a qualquer tempo, a 
inclusão, a exclusão, a ratificação ou a retificação de 
suas informações constantes do CNIS, com a apresentação de 
documentos comprobatórios dos dados divergentes, conforme 
critérios definidos pelo INSS, independentemente de 
requerimento de benefício, exceto na hipótese prevista no 
art. 142, observado o disposto nos art. 19-B e art. 19-C. 
§ 2º Informações inseridas extemporaneamente no CNIS, 
independentemente de serem inéditas ou retificadoras de 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3048.htm#art19%C2%A71.0
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3048.htm#art19%C2%A72.0
 
47 
 
dados anteriormente informados, somente serão aceitas se 
corroboradas por documentos que comprovem a sua 
regularidade, na forma prevista no art. 19-B. 
 
 O segurado poderá solicitar, a qualquer momento, a 
inclusão, exclusão ou retificação de informações constantes 
do CNIS, com a apresentação de documentos comprobatórios 
dos dados divergentes, conforme critérios definidos pelo 
INSS. 
 
 Considera-se extemporânea a inserção de dados decorrentes 
de documento inicial ou de retificação de dados 
anteriormente informados, quando o documento ou a 
retificação, ou a informação retificadora, forem 
apresentados após os prazos estabelecidos em regulamento. 
 Havendo dúvida sobre a regularidade do vínculo incluído 
no CNIS e inexistência de informações sobre remunerações e 
contribuições, o INSS exigirá a apresentação dos documentos 
que serviram de base à anotação, sob pena de exclusão do 
período. 
 
Acidentes do Trabalho: Beneficiários das Prestações. 
Conceito. Acidente típico, doença profissional, doença do 
trabalho. Excludentes. 
 
 
 O tema está inserido na legislação previdenciária, mais 
especificamente nas Leis 8.212/91 (custeio do RAT/SAT) e 
8.213/91 (definições e benefícios – artigos 19 a 23), com 
as alterações posteriores, ambas regulamentadas pelo 
Decreto 3048/99. 
 
 O custeio específico, pelas empresas, dos benefícios 
decorrentes do risco ambiental do trabalho RAT/SAT (1%, 2% 
ou 3%, majorados ou reduzidos pelo FAP – Fator Acidentário 
de Proteção), justificam a exclusão dos segurados 
facultativo e contribuinte individual do âmbito de proteção 
da legislação. 
 
 Assim, apenas têm direito aos benefícios acidentários os 
segurados empregado, trabalhador avulso, segurado especial 
 
48 
 
e empregado doméstico por força da Emenda Constitucional nº 
72/2013 e Lei Complementar 150/2015. 
 
 Conforme dispõe o artigo 19 da Lei 8.213/91, o acidente 
de trabalho é conceituado como: aquele que ocorre pelo 
exercício do trabalho a serviço da empresa ou de empregador 
doméstico, ou pelo exercício do trabalho do segurado 
especial, provocando lesão corporal ou perturbação 
funcional, que cause a morte ou perda ou redução, 
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 
 
 Tem como consequência lesão corporal (que deixa sintomas 
externos – exemplo: amputação traumática em máquina) ou 
perturbação funcional (desordem orgânica que é 
imperceptível – exemplo: lombalgia de quem trabalha 
carregando e descarregando caminhão) 
 
 Consideram-se acidente do trabalho a doença profissional 
e a doença do trabalho. 
 
 As doenças profissionais, também denominadas TECNOPATIAS, 
estão conceituadas no art. 20, I, da Lei 8.213/91; (listas 
A e B do Anexo II do Dec 3048/99) e são aquelas produzidas 
ou desencadeadas pelo exercício do trabalho peculiar a 
determinada atividade (e não pelo ambiente de trabalho), 
hipóteses em que há nexo presumido (presunção legal). 
Exemplo: LER/DORT (montadores) e FARINGITE (professores). 
 
 Já as doenças do trabalho, mesopatias, são aquelas 
adquiridas ou desencadeadas em função de condições 
especiais em que o trabalho é realizado e como ele se 
relacione diretamente (art. 20, II, da Lei 8.213/91 e 
Decreto 3.048/99 (Listas A e B)). Exemplo:- SILICOSE, 
ASBESTOSE. 
 
 Em caso excepcional, constatando-se que a doença não 
incluída na citada relação resultou das condições especiais 
em que o trabalho é executado e com ele se relaciona 
diretamente, a Previdência Social deve considera-la 
acidente do trabalho (art. 20, § 2º). 
 
 Não são consideradas acidente de trabalho: doenças 
degenerativas, inerentes ao grupo etário, que não produzam 
incapacidade e doenças endêmicas adquiridas por segurado 
 
49 
 
habitante de região em que ela se desenvolva, salvo 
comprovação de que é resultante de exposição ou contato 
direto determinado pela natureza do trabalho. 
 
 
 DIA DO ACIDENTE 
 
 Considera-se como dia do acidente, no caso de doença 
profissional ou do trabalho, a data do início da 
incapacidade laborativa para o exercício da atividade 
habitual, ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em 
que for realizado o diagnóstico, valendo para este efeito o 
que ocorrer primeiro. 
 
 CARÊNCIA/BENEFÍCIOS 
 
 Para os benefícios devidos em razão do acidente de 
trabalho (auxílio acidente, auxílio-doença, aposentadoria 
por invalidez e pensão por morte) a lei não exige o 
cumprimento do requisito carência (número mínimo de 
contribuições). 
 
 Os benefícios são calculados pelo mesmo critério, 
independentemente de serem da espécie acidentária. 
 
 Todavia, os benefícios por incapacidade decorrentes de 
acidentes de trabalho sempre serão computados como tempo de 
contribuição, independentemente de períodos intercalados de 
atividades. 
 
- Equiparam-se ao acidente do trabalho (artigo 21 – 
8.213/91/ ampla proteção): 
 
 
I- Acidente que embora não tenha sido causa única tenha 
contribuído diretamente para a morte, redução ou perda da 
capacidade de trabalho ou produzido lesão que exija atenção

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