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Questões Literatura – ENEM: 
1 – ENEM 2010: 
Resta saber o que ficou nas línguas indígenas no Português do Brasil. Serafim da Silva 
Neto afirma: "No Brasil não há, positivamente, influência das línguas africanas ou 
ameríndias”. Todavia, é difícil de aceitar que um longo período de bilinguismo de dois séculos 
não deixasse marcas no português do Brasil. 
(ELIA, S. Fundamentos Histórico-Linguísticos do Português do Brasil. Rio de Janeiro: Lucerna, 03 adp) 
No final do século XVIII, no norte do Egito, foi descoberta a Pedra de Roseta, que continha 
um texto escrito em egípcio antigo, uma versão desse texto chamada “demótico”, e o mesmo 
texto escrito em grego. Até então, a antiga escrita egípcia não estava decifrada. O inglês 
Thomas Young estudou o objeto e fez algumas descobertas como, por exemplo, a direção em 
que a leitura deveria ser feita. Mais tarde, o francês Jean-François Champollion voltou a estudá-
la e conseguiu decifrar a antiga escrita egípcia a partir do grego, provando que, na verdade, o 
grego era a língua original do texto e que o egípcio era uma tradução. Com base na leitura dos 
textos conclui-se, sobre as línguas, que: 
A) cada língua é única e intraduzível. 
B) elementos de uma língua são preservados, ainda que não haja mais falantes dessa língua. 
C) a língua escrita de determinado grupo desaparece quando a sociedade que a produzia é 
extinta. 
D) o egípcio antigo e o grego apresentam a mesma estrutura gramatical, assim como as línguas 
indígenas brasileiras e o português do Brasil. 
E) o egípcio e o grego apresentavam letras e palavras similares, o que possibilitou a comparação 
linguística, o mesmo que aconteceu com as línguas indígenas brasileiras e o português do 
Brasil. 
 
2 – ENEM 2013: 
O bit na galáxia de Gutenberg Neste século, a escrita divide terreno com diversos meios 
de comunicação. Essa questão nos faz pensar na necessidade da “imbricação, na coexistência 
e interpretação recíproca dos diversos circuitos de produção e difusão do saber...”. É necessário 
relativizar nossa postura frente às modernas tecnologias, principalmente à informática. Ela é 
um campo novidativo, sem dúvida, mas suas bases estão nos modelos informativos anteriores, 
inclusive, na tradição oral e na capacidade natural de simular mentalmente os acontecimentos 
do mundo e antecipar as consequências de nossos atos. A impressão é a matriz que deflagrou 
todo esse processo comunicacional eletrônico. Enfatizo, assim, o parentesco que há entre o 
computador e os outros meios de comunicação, principalmente a escrita, uma visão da 
informática como um “desdobramento daquilo que a produção literária impressa e, 
anteriormente, a tradição oral já traziam consigo”. 
(NEITZEL. L.C.) 
Ao tecer considerações sobre as tecnologias da contemporaneidade e os meios de comunicação 
do passado, esse texto concebe que a escrita contribui para uma evolução das novas tecnologias 
por: 
A) se desenvolver paralelamente nos meios tradicionais de comunicação e informação. 
B) cumprir função essencial na contemporaneidade por meio das impressões em papel. 
C) realizar transição relevante da tradição oral para o progresso das sociedades humanas. 
D) oferecer melhoria sistemática do padrão de vida e do desenvolvimento social humano 
E) fornecer base essencial para o progresso das tecnologias de comunicação e informação. 
 
3 – ENEM 2015: 
Carta ao Tom 74 Rua Nascimento Silva, cento e sete 
Você ensinando pra Elizete 
As canções de canção do amor demais 
Lembra que tempo feliz 
Ah, que saudade, 
Ipanema era só felicidade 
Era como se o amor doesse em paz 
Nossa famosa garota nem sabia 
A que ponto a cidade turvaria 
Esse Rio de amor que se perdeu 
Mesmo a tristeza da gente era mais bela 
E além disso se via da janela 
Um cantinho de céu e o Redentor 
É, meu amigo, só resta uma certeza, 
É preciso acabar com essa tristeza 
É preciso inventar de novo o amor 
(MORAES, V; TOQUINHO. Bossa Nova, sua história, sua gente. São Paulo: Universal: Philp s, 1975) 
O trecho da canção de Toquinho e Vinicius de Moraes apresenta marcas do gênero textual 
carta, possibilitando que o eu poético e o interlocutor: 
A) compartilhem uma visão realista sobre o amor em sintonia com o meio urbano. 
B) troquem notícias em tom nostálgico sobre as mudanças ocorridas na cidade. 
C) façam confidências, uma vez que não se encontram mais no Rio de Janeiro. 
D) tratem pragmaticamente sobre os destinos do amor e da vida citadina. 
E) aceitem as transformações ocorridas em pontos turísticos específicos. 
 
4 – ENEM 2015: 
Ao se apossarem do novo território, os europeus ignoraram um universo de antiga sabedoria, 
povoado por homens e bens unidos por um sistema integrado. A recusa em se inteirar dos 
valores culturais dos primeiros habitantes levou-os a uma descrição simplista desses grupos e 
à sua sucessiva destruição. Na verdade, não existe uma distinção entre a nossa arte e aquela 
produzida por povos tecnicamente menos desenvolvidos. As duas manifestações devem ser 
encaradas como expressões diferentes dos modos de sentir e pensar das várias sociedades, mas 
também como equivalentes, por resultarem de impulsos humanos comuns. 
(SCATAMACHIA, M. C. M. In: AGUILAR, N. (Org.). Mostra do redescobrimento: arqueologia. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo 
– Associação Brasil 500 anos artes visuais, 2000) 
De acordo com o texto, inexiste distinção entre as artes produzidas pelos colonizadores e pelos 
colonizados, pois ambas compartilham o(a): 
A) suporte artístico. 
B) nível tecnológico. 
C) base antropológica. 
D) concepção estética. 
E) referencial temático 
 
5 – ENEM 2017: 
TEXTO I: 
A língua ticuna é o idioma mais falado entre os indígenas brasileiros. De acordo com o 
pesquisador Aryon Rodrigues, há 40 mil índios que falam o idioma. A maioria mora ao longo 
do Rio Solimões, no Alto Amazonas. É a maior nação indígena do Brasil, sendo também 
encontrada no Peru e na Colômbia. Os ticunas falam uma língua considerada isolada, que não 
mantém semelhança com nenhuma outra língua indígena e apresenta complexidades em sua 
fonologia e sintaxe. Sua característica principal é o uso de diferentes alturas na voz. O uso 
intensivo da língua não chega a ser ameaçado pela proximidade de cidades ou mesmo pela 
convivência com falantes de outras línguas no interior da própria área ticuna: nas aldeias, esses 
outros falantes são minoritários e acabam por se submeter à realidade ticuna, razão pela qual, 
talvez, não representem uma ameaça linguística. 
(Língua Portuguesa, n. 52, fev. 2010 – adaptado) 
TEXTO II: 
Riqueza da língua “O inglês está destinado a ser uma língua mundial em sentido mais amplo 
do que o latim foi na era passada e o francês é na presente”, dizia o presidente americano John 
Adams no século XVIII. A profecia se cumpriu: o inglês é hoje a língua franca da globalização. 
No extremo oposto da economia linguística mundial, estão as línguas de pequenas 
comunidades declinantes. Calcula-se que hoje se falem de 6 000 a 7 000 línguas no mundo 
todo. Quase metade delas deve desaparecer nos próximos 100 anos. A última edição do 
Ethnologue — o mais abrangente estudo sobre as línguas mundiais —, de 2005, listava 516 
línguas em risco de extinção. 
(Veja, n. 36, set. 2007 - adaptado) 
Os textos tratam de línguas de culturas completamente diferentes, cujas realidades se 
aproximam em função do(a): 
A) semelhança no modo de expansão. 
B) preferência de uso na modalidade falada. 
C) modo de organização das regras sintáticas. 
D) predomínio em relação às outras línguas de contato. 
E) fato de motivarem o desaparecimento de línguas minoritárias 
 
6 – ENEM 2017: 
TEXTO I: 
Fundamentam-se as regras da Gramática Normativa nas obras dos grandes escritores, em cuja 
linguagem as classes ilustradas põem o seu ideal de perfeição, porque nela é que se espelha o 
que o uso idiomático estabilizou e consagrou.(LIMA, C. H. R. Gramática normativa da língua portuguesa, Rio de Janeiro José Olympio, 1989) 
TEXTO II: 
Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, 
sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para 
mim interesse de nenhuma espécie – nem sequer mental ou de sonho -, transmudou-se-me o 
desejo para aquilo que em mim Cria ritmos Verbais, ou os escuta de Outros. Estremeço se 
dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de Chateaubriand, fazem formigar toda a minha 
vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingível que 
estou tendo. Tal página, até, de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintáctica, me faz 
tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa movida. 
(PESSOA, F. O livro do desassossego São Paulo Brasiliense, 1986) 
A linguagem cumpre diferentes funções no processo de comunicação. A função que predomina 
nos textos I e II: 
A) destaca o “como” se elabora a mensagem, considerando-se a seleção, combinação e 
sonoridade do texto. 
B) Coloca o foco no “com o quê” se constrói a mensagem, sendo o código utilizado o seu 
próprio objeto. 
C) focaliza o “quem” produz a mensagem, mostrando seu posicionamento e suas impressões 
pessoais. 
D) O orienta-se no “para quem” se dirige a mensagem, estimulando a mudança de seu 
comportamento. 
E) enfatiza sobre “o quê” versa a mensagem, apresentada com palavras precisas e objetivas 
 
7 - ENEM 2018: 
O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa era a imagem de um vidro mole que fazia uma 
volta atrás de casa. Passou um homem e disse: Essa volta que o rio faz por trás de sua casa se 
chama enseada. Não era mais a imagem de uma cobra de vidro que fazia uma volta atrás de 
casa. Era uma enseada. Acho que o nome empobreceu a imagem. 
(BARROS, M. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Best Seller, 2008) 
O sujeito poético questiona o uso do vocábulo “enseada” porque a: 
A) terminologia mencionada é incorreta. 
B) nomeação minimiza a percepção subjetiva. 
C) palavra é aplicada a outro espaço geográfico. 
D) designação atribuída ao termo é desconhecida. 
E) definição modifica o significado do termo no dicionário. 
 
8 – ENEM 2010: 
Texto I: 
Logo depois transferiram para o trapiche o depósito dos objetos que o trabalho do dia lhes 
proporcionava. Estranhas coisas entraram então para o trapiche. Não mais estranhas, porém, 
que aqueles meninos, moleques de todas as cores e de idades as mais variadas, desde os nove 
aos dezesseis anos, que à noite se estendiam pelo assoalho e por debaixo da ponte e dormiam, 
indiferentes ao vento que circundava o casarão uivando, indiferentes à chuva que muitas vezes 
os lavava, mas com os olhos puxados para as luzes dos navios, com os ouvidos presos às 
canções que vinham das embarcações... 
(AMADO, J. Capitães da Areia. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 - fragmento) 
Texto II: 
À margem esquerda do rio Belém, nos fundos do mercado de peixe, ergue-se o velho ingazeiro 
– ali os bêbados são felizes. Curitiba os considera animais sagrados, provê as suas necessidades 
de cachaça e pirão. No trivial contentavam-se com as sobras do mercado. 
(TREVISAN, D. 35 noites de paixão: contos escolhidos. Rio de Janeiro: BestBolso, 2009 - fragmento) 
Sob diferentes perspectivas, os fragmentos citados são exemplos de uma abordagem literária 
recorrente na literatura brasileira do século XX. Em ambos os textos, 
A) a linguagem afetiva aproxima os narradores dos personagens marginalizados. 
B) a ironia marca o distanciamento dos narradores em relação aos personagens. 
C) o detalhamento do cotidiano dos personagens revela a sua origem social. 
D) o espaço onde vivem os personagens é uma das marcas de sua exclusão. 
E) a crítica à indiferença da sociedade pelos marginalizados é direta. 
 
9 – ENEM 2011: 
A dança é um importante componente cultural da humanidade. O folclore brasileiro é rico em 
danças que representam as tradições e a cultura de várias regiões do país. Estão ligadas aos 
aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos, acontecimentos do cotidiano e brincadeiras 
e caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras simples e populares), figurinos e cenários 
representativos. 
(SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Educação Física. São Paulo: 2009) 
A dança, como manifestação e representação da cultural rítmica, envolve a expressão corporal 
própria de um povo. Considerando-a como elemento folclórico, a dança revela: 
A) manifestações afetivas, históricas, ideológicas, intelectuais e espirituais de um povo, 
refletindo seu modo de expressar-se no mundo. 
B) aspectos eminentemente afetivos, espirituais e de entretenimento de um povo, 
desconsiderando fatos históricos. 
C) acontecimentos do cotidiano, sob influência mitológica e religiosa de cada religião, 
sobrepondo aspectos políticos. 
D) tradições culturais de cada região, cujas manifestações rítmicas são classificadas em um 
ranking das mais originais. 
E) lendas, que se sustentam em inverdades históricas, uma vez que são inventadas, e servem 
apenas para a vivência lúdica de um povo. 
 
10 – ENEM 2011: 
Abatidos pelo fadinho harmonioso e nostálgico dos desterrados, iam todos, até mesmo os 
brasileiros, se concentrando e caindo em tristeza; mas, de repente, o cavaquinho de Porfiro, 
acompanhado pelo violão do Firmo, romperam vibrantemente com um chorado baiano. Nada 
mais que os primeiros acordes da música crioula para que o sangue de toda aquela gente 
despertasse logo, como se alguém lhe fustigasse o corpo com urtigas bravas. E seguiram-se 
outras notas, e outras, cada vez mais ardentes e mais delirantes. Já não eram dois instrumentos 
que soavam, eram lúbricos gemidos e suspiros soltos em torrente, a correrem serpenteando, 
como cobras numa floresta incendiada; eram ais convulsos, chorados em frenesi de amor: 
música feita de beijos e soluços gostosos; carícia de fera, carícia de doer, fazendo estalar de 
gozo. 
(AZEVEDO, A. O cortiço. São Paulo: Ática, 1983) 
No romance O Cortiço (1890), de Aluízio Azevedo, as personagens são observadas como 
elementos coletivos caracterizados por condicionantes de origem social, sexo e etnia. Na 
passagem transcrita, o confronto entre brasileiros e portugueses revela prevalência do elemento 
brasileiro, pois: 
A) destaca o nome de personagens brasileiras e omite o de personagens portuguesas. 
B) exalta a força do cenário natural brasileiro e considera o do português inexpressivo. 
C) mostra o poder envolvente da música brasileira, que cala o fado português. 
D) destaca o sentimentalismo brasileiro, contrário à tristeza dos portugueses. 
E) atribui aos brasileiros uma habilidade maior com instrumentos musicais. 
 
 
GABARITO: 
1 – B 
2 – E 
3 – B 
4 – C 
5 – D 
6 – B 
7 – B 
8 – D 
9 – A 
10 – C