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2 ROTEIRO DE AULA - ADMINISTRACAO DA HERANCA E ACEITACAO E RENUNCIA DA HERANCA_20220812-1346

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Direito Civil – Direito das Sucessões
Prof. Rogerio Soares de Souza
rogerio.souza@projecao.br
@soaresdesouza.rogerio
	
DA ADMINISTRAÇÃO DA HERANÇA – ARTIGOS 1791/1797
Com o falecimento do autor da herança forma-se uma massa patrimonial indivisa, em abstrato, cuja titularidade, por decorrência do princípio da saisine, é dos herdeiros, ainda que inicialmente desconhecidos. É o que dispõe o artigo 1.791, do CC:
Art. 1.791. A herança defere-se como um todo unitário, ainda que vários sejam os herdeiros.
Parágrafo único. Até a partilha, o direito dos co-herdeiros, quanto à propriedade e posse da herança, será indivisível, e regular-se-á pelas normas relativas ao condomínio.
ABERTA A SUCESSÃO, A QUEM CABE ADMINISTRÁ-LA?
Ainda que o conjunto de bens deixado, que forma uma massa indivisa, pertença a todos os herdeiros, deve ser atribuída a responsabilidade pela direção desse patrimônio a determinada pessoa, até final partilha.
Assim, cabe ao juiz, com apoio no artigo 1.796 e 1.797, designar o responsável pela administração da sucessão.
Art. 1.796. No prazo de trinta dias, a contar da abertura da sucessão, instaurar-se-á inventário do patrimônio hereditário, perante o juízo competente no lugar da sucessão, para fins de liquidação e, quando for o caso, de partilha da herança.
Art. 1.797. Até o compromisso do inventariante, a administração da herança caberá, sucessivamente:
I - ao cônjuge ou companheiro, se com o outro convivia ao tempo da abertura da sucessão;
II - ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens, e, se houver mais de um nessas condições, ao mais velho;
III - ao testamenteiro;
IV - a pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das indicadas nos incisos antecedentes, ou quando tiverem de ser afastadas por motivo grave levado ao conhecimento do juiz.
Em relação ao prazo para instauração do inventário, ver e se atentar para o artigo 611, do CPC, que estabelece prazo diverso (2 meses). 
OBSERVAÇÃO: OS ARTIGOS 610 A 625 DO CPC TAMBÉM REGULAMENTAM O PROCESSAMENTO DO INVENTÁRIO. 
E QUAL É A NATUREZA DA RESPONSABILIDADE DO ADMINISTRADOR DA HERANÇA E DO INVENTARIANTE?
Para doutrinadores como Tartuce e Stolze, seria hipótese de responsabilidade civil de natureza subjetiva, ou seja, a responsabilidade do administrador ou inventariante depende de demonstração de culpa pelos danos ou prejuízos causados ao espólio. Uma vez comprovada, estará ele sujeito, além da remoção do cargo, ao pagamento de indenização, bem como possível condenação penal (artigo 168, §1º, II, CP).
DA ACEITAÇÃO E RENÚNCIA DA HERANÇA (artigos 1.804 a 1.813, CC)
A origem da aceitação ou renúncia da herança deixa raízes no princípio, ou regra romana, da ultra vires hereditatis. Nos primórdios, os herdeiros não tinham a faculdade de renunciar à herança, a qual, muitas vezes, resultaria em prejuízos financeiros.
Antes do Código Civil de 1916, como visto, passou a ser prevista a opção pela cláusula “sob benefício do inventário”, de modo que os herdeiros poderiam recusar a herança ou aceitá-la, conforme fosse o resultado financeiro (negativo ou positivo). Com o advento do CC/16, a cláusula passou a ser implícita no sistema, de modo que a aceitação da herança presumia resultado positivo.
A) ACEITAÇÃO DA HERANÇA (ADITIO)
É o ato pelo qual o herdeiro manifesta, de forma expressa, tácita ou presumida, sua intenção de receber a herança, sendo expressão do princípio da autonomia privada.
É regulada nos artigos 1.804 e 1.805, do Código Civil:
Art. 1.804. Aceita a herança, torna-se definitiva a sua transmissão ao herdeiro, desde a abertura da sucessão.
Parágrafo único. A transmissão tem-se por não verificada quando o herdeiro renuncia à herança.
Art. 1.805. A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração escrita; quando tácita, há de resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro.
§ 1o Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória.
§ 2o Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos demais co-herdeiros.
Como se vê, a aceitação produz efeitos ex tunc, retroagindo à data da abertura da sucessão. Por sua vez, por se tratar de ato com conteúdo benéfico, pode ser manifestado de mais de uma forma (expressa, tácita ou presumida).
A.1) DIFERENÇA ENTRE DELAÇÃO E ACEITAÇÃO DA HERANÇA
DELAÇÃO: é a situação em que, após a morte, a herança é colocada à disposição dos herdeiros, que poderão aceita-la ou não. 
ACEITAÇÃO: como visto, é o ato pelo qual o herdeiro manifesta sua intenção de receber a herança.
O QUE OCORRE PRIMEIRO? DELAÇÃO OU ACEITAÇÃO?
A delação se dá no momento da morte, abertura da sucessão, com a colocação da herança à disposição dos herdeiros, que, num momento seguinte, dirão se a aceitam ou não.
A.2) CLASSIFICAÇÃO DA ACEITAÇÃO DA HERANÇA (FORMAS):
	
	I) Expressa
	Se opera por meio de uma explícita declaração do sucessor, reduzida a termo nos autos do inventário ou por meio de escrito público ou particular.
(artigo 1.805, 1ª parte)
	
ACEITAÇÃO
	II) Tácita
	Decorre da atitude do próprio herdeiro, que, embora não declare expressamente, comporta-se no sentido da aceitação da herança (ex. habilitando-se como herdeiro nos autos do inventário). É a forma mais usual de aceitação, pois a concordância é extraída do ato praticado.
(artigo 1.805, 2ª parte)
	
	III) Presumida
	Resulta de uma situação fática de omissão e deriva do reconhecimento legal da eficácia jurídica do silêncio. (artigo 1.807)
OBSERVAÇÃO: OS §§ 1º e 2º do artigo 1.805 tratam de ATOS QUE NÃO EXPRIMEM ACEITAÇÃO DA HERANÇA (NÃO CONFUNDIR)
Art. 1.805. A aceitação da herança, quando expressa, faz-se por declaração escrita; quando tácita, há de resultar tão-somente de atos próprios da qualidade de herdeiro.
§ 1o Não exprimem aceitação de herança os atos oficiosos, como o funeral do finado, os meramente conservatórios, ou os de administração e guarda provisória.
§ 2o Não importa igualmente aceitação a cessão gratuita, pura e simples, da herança, aos demais co-herdeiros.
A.3) REVOGAÇÃO DA ACEITAÇÃO
De acordo com o artigo 1.812, são irrevogáveis os atos de aceitação ou renúncia da herança, o que não impede o herdeiro de renunciar à quota que aceitou (não havendo prejuízo a eventuais credores).
Art. 1.812. São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.
Art. 1.813. Quando o herdeiro prejudicar os seus credores, renunciando à herança, poderão eles, com autorização do juiz, aceitá-la em nome do renunciante.
§ 1o A habilitação dos credores se fará no prazo de trinta dias seguintes ao conhecimento do fato.
§ 2o Pagas as dívidas do renunciante, prevalece a renúncia quanto ao remanescente, que será devolvido aos demais herdeiros.
A.4) EFEITOS DA ACEITAÇÃO
Uma vez manifestada, a aceitação retroage à data da abertura da sucessão, confirmando a transmissão operada pela saisine.
A aceitação não admite condição ou termo, conforme regra do artigo 1.808.
Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo.
Também não se admite aceitação parcial da herança (ex. aceito a casa e renuncio ao carro), sendo admitida, contudo, aceitação parcial da herança quando o sucessor recebe-la a títulos diferentes (legítima e testamentária), podendo aceitar uma delas e renunciar à outra (ex. renuncio à sucessão legítima e aceito a disposição testamentária). Referidas regras estão contempladas nos §§ 1º e 2º do artigo 1.808:
§ 1o O herdeiro, a quem se testarem legados, pode aceitá-los, renunciando a herança; ou, aceitando-a, repudiá-los.
§ 2o O herdeiro, chamado, na mesma sucessão, a mais de um quinhão hereditário, sob títulos sucessórios diversos, pode livremente deliberar quanto aos quinhões que aceita e aos que renuncia.
A.5) TRANSMISSIBILIDADE DO DIREITO DE ACEITAR A HERANÇA
Pode ocorrer nos casos em que o sucessor falece sem que antes possa declarar se aceita ou não a herança, hipótese em que essa prerrogativa é transmitida aos seus sucessores, salvo em se tratandode vocação adstrita a condição suspensiva ainda não verificada – artigo 1.809:
Art. 1.809. Falecendo o herdeiro antes de declarar se aceita a herança, o poder de aceitar passa-lhe aos herdeiros, a menos que se trate de vocação adstrita a uma condição suspensiva, ainda não verificada.
O exemplo abaixo facilita a compreensão acerca do instituto:
Imagine que José e seu filho Fernando (que, por sua vez, é pai de Bruno), viajam juntos de carro, sendo que ambos se envolvem em acidente automobilístico. José, em razão da gravidade dos ferimentos, falece instantaneamente, enquanto Fernando, gravemente ferido, é hospitalizado, passa cinco dias em estado de coma e falece. 
Além de Fernando, José também era pai de Cláudio e avô de Renato e Aline, filhos de Cláudio.
Diante desse quadro, e em razão do princípio da saisine, a herança de José se transmite automaticamente aos filhos Cláudio e Fernando, sendo que este último não teve a oportunidade de dizer se a aceitava ou a recusava, razão pela qual referido direito se transmite a Bruno, filho de Fernando, que terá a opção de dizer se aceita a herança de seu pai (Fernando) e também de seu avô (José).
Entretanto, Bruno só poderá aceitar a herança do avô se tiver aceito a do pai (pois só assim o direito de aceitação não exercido por Fernando lhe será transmitido (ou seja, o direito de aceitar vem no “pacote” da herança).
Referida regra, exposta no exemplo acima, consta do parágrafo único do artigo 1.809:
Parágrafo único. Os chamados à sucessão do herdeiro falecido antes da aceitação, desde que concordem em receber a segunda herança, poderão aceitar ou renunciar a primeira.
B) RENÚNCIA DA HERANÇA 
(Conceito) Consiste na prática de um ato jurídico abdicativo do direito hereditário conferido, com efeitos retroativos (assim como a aceitação), que excluem seu emissor da cadeia sucessória. Ou seja, há o banimento do sucessor, por vontade própria, da sucessão. 
QUAL É NATUREZA JURÍDICA DA RENÚNCIA À HERANÇA? Para Stolze, o ato de renúncia tem natureza negocial, uma vez que esta não pode ser imposta ao sucessor, ao contrário do que ocorre com a aceitação. 
Art. 1.807. O interessado em que o herdeiro declare se aceita, ou não, a herança, poderá, vinte dias após aberta a sucessão, requerer ao juiz prazo razoável, não maior de trinta dias, para, nele, se pronunciar o herdeiro, sob pena de se haver a herança por aceita.
Por se tratar de ato abdicativo, a renúncia demanda forma prescrita em lei, devendo ser sempre expressa e constar de instrumento público ou termo judicial.
Art. 1.806. A renúncia da herança deve constar expressamente de instrumento público ou termo judicial.
Assim como a aceitação, a renúncia não admite condição, termo e nem eficácia parcial.
Art. 1.808. Não se pode aceitar ou renunciar a herança em parte, sob condição ou a termo.
Art. 1.812. São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança.
POSSO RENUNCIAR À MINHA PARTE DA HERANÇA EM FAVOR DE DETERMINADA PESSOA?
NÃO! Pois a renúncia se opera em favor do monte partilhável, ou seja, que renuncia, renuncia à própria condição de herdeiro, não podendo direcionar sua cota parte a determinada pessoa.
MAS É POSSÍVEL QUE EU DIRECIONE MINHA PARTE DA HERANÇA A UMA DETERMINADA PESSOA? COMO?
SIM, POR MEIO DE CESSÃO DE DIREITO HEREDITÁRIO.
C) DA CESSÃO DE DIREITO HEREDITÁRIO
Diferentemente da renúncia, que reverte a cota-parte do herdeiro renunciante em favor do monte partilhável, é possível a cessão desse direito em favor de determinada pessoa, seja a título gratuito (que demanda recolhimento de imposto) ou oneroso (que ocorre quando o herdeiro “vende” sua cota-parte na herança.
O QUE SE ENTENDE POR “RENÚNCIA TRANSLATIVA” E QUAL É SUA NATUREZA JURÍDICA?
A renúncia translativa consiste no ato em que um herdeiro direciona sua cota-parte da herança a uma determinada pessoa, tendo natureza jurídica de cessão de direito hereditário, sendo, por isso, chamada por Stolze de cessão de direito hereditário.
Trata-se, portanto, de termo impróprio (uma vez que quem renuncia abre mão da própria condição de herdeiro, não podendo transmitir direitos hereditários), sendo, a rigor, falar em renúncia em favor de terceiro (o correto seria aceitar a herança e cedê-la em favor de outrem).
A cessão de direito hereditário demanda forma negocial, ou seja, deve ser feita por escritura pública (lavrada em Cartório de Notas) ou termo nos autos do inventário, onde o herdeiro (denominado cedente) declarará se transfere gratuita ou onerosamente sua cota da herança a um terceiro (chamado cessionário). Por se tratar de ato negocial, o cessionário assume o risco de nada receber (caso as dívidas do falecido superem o ativo).
Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem como o quinhão de que disponha o co-herdeiro, pode ser objeto de cessão por escritura pública.
§ 1o Os direitos, conferidos ao herdeiro em consequência de substituição ou de direito de acrescer, presumem-se não abrangidos pela cessão feita anteriormente.
§ 2o É ineficaz a cessão, pelo co-herdeiro, de seu direito hereditário sobre qualquer bem da herança considerado singularmente.
§ 3o Ineficaz é a disposição, sem prévia autorização do juiz da sucessão, por qualquer herdeiro, de bem componente do acervo hereditário, pendente a indivisibilidade.
A cessão, contudo, não abrange direito posteriormente incorporado, a título diverso (conforme §1º) tais como a substituição testamentária e o direito de acrescer. Ou seja, não admite interpretação extensiva em favor do cessionário.
Por sua vez, não é possível a cessão de direito a título singular, conforme vedação contida no § 2º (ex. cessão de direito sobre o carro ou a casa que compõem o acervo).
Também não é possível a cessão de cota hereditária a terceiro sem antes dar o direito de preferência aos demais coerdeiros (em se tratando, por óbvio, de cessão a título oneroso). Assim, quando o herdeiro quiser “vender” sua cota parte a terceiro, deverá, antes, oferece-la aos coerdeiros. É o que dispõe o artigo 1.794, do Código Civil.
Art. 1.794. O co-herdeiro não poderá ceder a sua quota hereditária a pessoa estranha à sucessão, se outro co-herdeiro a quiser, tanto por tanto.
E se o direito de preferência não for concedido? O que pode fazer o coerdeiro?
Art. 1.795. O co-herdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão, poderá, depositado o preço, haver para si a quota cedida a estranho, se o requerer até cento e oitenta dias após a transmissão.
E se mais de um coerdeiro tiver interesse na cessão?
Art. 1.795. (...)
Parágrafo único. Sendo vários os co-herdeiros a exercer a preferência, entre eles se distribuirá o quinhão cedido, na proporção das respectivas quotas hereditárias.
É necessária a outorga ou vênia conjugal (art. 1.647) para a cessão de direito hereditário?
Art. 1.647. Ressalvado o disposto no art. 1.648, nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime da separação absoluta:
I - alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis;
SIM, pois a sucessão aberta tem natureza imobiliária (art. 80, II, CC) razão pela qual a cessão de direito hereditário equivaleria a alienação de bem imóvel (Francisco Cahali e Giselda Hironaka).
É necessária outorga ou vênia conjugal para aceitar ou renunciar à herança?
NÃO, pois trata-se de ato personalíssimo com efeito retroativo, por meio do qual o herdeiro renunciante abre mão da condição de herdeiro, ou seja, é como se nunca tivesse existido para fins sucessórios.

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