Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
METODOLOGIA CIENTÍFICA AULA 4 Prof.ª Ana Paula Weinfurter Lima Coimbra de Oliveira A luno: JE F F E R S O N G O N Ç A LV E S LO P E S E m ail: jefferson.g.lopes@ gm ail.com 2 CONVERSA INICIAL Olá! Nesta aula trataremos de alguns elementos que compõem a estrutura de um artigo científico. Conversaremos a respeito da construção de algumas partes fundamentais do projeto e do artigo, em tópicos separados da seguinte maneira: Estrutura de artigos científicos; Construção da justificativa do estudo; Determinação dos objetivos de pesquisa; Elaboração da introdução; Revisão de literatura. CONTEXTUALIZANDO É importante salientar que há algumas diferenças importantes entre trabalhos de revisão de literatura e aqueles que envolvem trabalho prático ou de campo. Relembrando algumas diferenças básicas e do ponto de vista ético: Trabalhos de campo ou com parte prática: o aluno deve lembrar que precisará da aprovação do projeto por um comitê de ética em pesquisa com seres humanos caso vá trabalhar: diretamente com pessoas: acompanhamento de pressão arterial, avaliação de interações medicamentosas, acompanhamento de tratamentos de qualquer tipo etc.; com material biológico de pessoas (mesmo que o pesquisador não realize a coleta): sangue, líquor, urina, entre outros; com dados de pessoas: informações de prontuários médicos, informações de receituário etc. Como vimos anteriormente, a aprovação pelo comitê de ética é obtida cadastrando-se como pesquisador na Plataforma Brasil (<http://plataformabrasil.saude.gov.br/login.jsf>). Após fazer seu cadastro como pesquisador, é só seguir o passo a passo fornecido pela página e postar seu projeto para apreciação. Trabalhos de revisão de literatura não precisam passar por aprovação do comitê de ética. Basta fazer a redação do artigo baseando-se na literatura consultada e construir as considerações finais. Um erro comum é pensar que trabalhos de revisão não precisam de metodologia. É necessário sempre acrescentar a metodologia, assim como ocorre nas pesquisas de campo, pois A luno: JE F F E R S O N G O N Ç A LV E S LO P E S E m ail: jefferson.g.lopes@ gm ail.com 3 nesse momento explicita-se como vai ser desenvolvida a revisão de modo muito específico, indicando critérios de inclusão e exclusão de textos-base de pesquisa e justificando, por exemplo, uma revisão apenas com o uso de publicações de um único ano ou de um único autor sobre o assunto. Resumindo, um projeto bem redigido deve ser capaz de apresentar uma explicação do problema de pesquisa, uma revisão teórica do assunto relacionado ao tema, uma explicação de qual será o método utilizado, uma indicação de como ocorrerá a obtenção dos dados, como esses dados serão trabalhados e expostos, como também uma prévia dos resultados que se pretende obter com o estudo. TEMA 1 – ESTRUTURA DE ARTIGOS CIENTÍFICOS Conhecer bem a estrutura a ser empregada na elaboração é a base para compreender a lógica do artigo científico (Pereira, 2012b). A estrutura de artigos de revisão é ligeiramente diferente daquela adotada para pesquisas que envolvem pesquisa prática ou de campo. Em pesquisas de revisão de literatura, o “esqueleto” básico vem a ser: resumo seguido de palavras-chave (pelo menos três); introdução; metodologia; desenvolvimento (corresponde à revisão propriamente dita e deve ser dividida conforme os subtítulos escolhidos para o texto, não usando diretamente a palavra “desenvolvimento”); considerações finais; lista de referências. Já em pesquisas que envolvem experimentos, levantamentos etc., o “esqueleto” vem a ser: resumo seguido de palavras-chave (pelo menos três); introdução; material e métodos ou metodologia (em trabalhos do tipo estudos de caso, indicar como “casuística”); resultados e discussão; conclusão; lista de referências. Como vimos nas estruturas básicas apresentadas, o primeiro elemento A luno: JE F F E R S O N G O N Ç A LV E S LO P E S E m ail: jefferson.g.lopes@ gm ail.com 4 que aparece em um artigo científico é o resumo. No entanto, apesar de ser colocado à frente dos demais, é o último elemento a ser elaborado. Isso porque, como o próprio nome sugere, é uma versão resumida do trabalho. Tendo isso em vista, é necessário mencionar todos os itens presentes no artigo, isto é, introdução, desenvolvimento e conclusão, mas tudo de forma muito resumida. O texto do resumo é composto por um bloco único de texto sem o uso de recuos de parágrafo, no qual deve-se evitar fazer citações. Logo abaixo do resumo são colocadas as palavras-chave. Essas palavras ou termos devem representar bem o estudo, dando suporte ao leitor para que compreenda do que se trata aquela pesquisa. Além disso, sempre que possível é importante fazer a escolha dessas palavras-chave entre os descritores existentes nas bases de dados. Assim, ao fazer a publicação do artigo em uma revista científica, essas palavras-chave serão capazes de auxiliar outros pesquisadores a localizar seu trabalho e utilizá-lo como fonte de informação em outras pesquisas. TEMA 2 – CONSTRUÇÃO DA JUSTIFICATIVA DO ESTUDO Em artigos científicos, a justificativa costuma ser unida ao objetivo principal do estudo e colocada em parágrafo único como fechamento da introdução. A finalidade principal da justificativa é indicar e explicitar as razões pelas quais a realização da investigação se justifica, ou seja, indicar a relevância da pesquisa do ponto de vista teórico, prático ou mesmo social. Ao pensar na justificativa pode-se dizer, de maneira simplificada, que ela responde ao “por quê” do estudo. O texto usado para justificativa deve ser breve, mas ao mesmo tempo deve ser capaz de explicar de maneira completa e concreta todos os motivos (de ordem teórica e de ordem prática) que sustentam a importância da realização do estudo. Diferentemente da introdução e revisão de literatura, a justificativa não é composta por citação de outros autores. A justificativa tem grande importância e, muitas vezes, constitui um item que é valorizado por agências ou entidades de financiamento de pesquisas ou mesmo pelos revisores de publicações periódicas (Prodanov; Freitas, 2013). Segundo Prodanov e Freitas (2013, p. 120 -121), para cumprir seu papel, a justificativa deve ser capaz de enfatizar: a) o estágio em que se encontra a teoria que diz respeito ao tema; A luno: JE F F E R S O N G O N Ç A LV E S LO P E S E m ail: jefferson.g.lopes@ gm ail.com 5 b) as contribuições teóricas que a pesquisa pode trazer: confirmação geral, confirmação na sociedade particular em que se insere a pesquisa, especificação para casos particulares, clarificação da teoria, resolução de pontos obscuros; c) a importância do tema do ponto de vista geral; d) a importância do tema para casos particulares em questão; e) possibilidade de sugerir modificações no âmbito da realidade abarcada pelo tema proposto; f) descoberta de soluções para casos gerais e/ou particulares. Pense no seguinte exemplo: um pesquisador pretende fazer uma investigação a respeito de uma doença rara, porém grave, e a respeito da qual existem poucos dados epidemiológicos publicados na literatura científica. Nesse caso, uma boa justificativa para o estudo poderia ser redigida da seguinte forma: [...] tendo em vista a relevância dessa condição patológica para os pacientes e observando o reduzido número de publicações especializadas sobre o tema, entende-se como relevante a contribuição dada pela realização de uma investigação aprofundada sobre o assunto com o objetivo de [...]. TEMA 3 – DETERMINAÇÃO DOS OBJETIVOS DE PESQUISA Toda pesquisa ou investigação deve ser realizada buscando alcançar algum objetivo, isto é, deve ter uma razão para ser realizada.Ao iniciar uma determinada investigação, o pesquisador deve ser capaz de delinear o seguinte: “vou realizar essa investigação para conseguir isso”. Esse “isso” seria o objetivo. Ao se determinar quais seriam os objetivos da investigação, o pesquisador deve ter em mente a pergunta: “para quê?”. Ou seja, ao começar a elaborar os objetivos do artigo, o pesquisador deve indagar a si mesmo para que está fazendo aquela investigação, ou seja, qual seria sua finalidade. Os objetivos de uma pesquisa se dividem em um objetivo geral e alguns objetivos específicos. O objetivo geral está relacionado ao tema de forma mais abrangente, dando um significado à ideia proposta pelo projeto. Enquanto isso, os objetivos específicos têm uma função intermediária, constituindo objetivos secundários que permitem alcançar o objetivo geral, como também aplicá-lo a situações determinadas. Os objetivos devem ser sempre escritos usando verbos que indicam ações. Prodanov e Freitas (2013, p. 124) indicam exemplos de verbos que podem ser usados para redigir objetivos em diferentes pesquisas científicas: A luno: JE F F E R S O N G O N Ç A LV E S LO P E S E m ail: jefferson.g.lopes@ gm ail.com 6 a) quando a pesquisa tiver o objetivo de conhecer: apontar, citar, classificar, conhecer, definir, descrever, identificar, reconhecer, relatar; b) quando a pesquisa tiver o objetivo de compreender: compreender, concluir, deduzir, demonstrar, determinar, diferenciar, discutir, interpretar, localizar, reafirmar; c) quando a pesquisa tiver o objetivo de aplicar: desenvolver, empregar, estruturar, operar, organizar, praticar, selecionar, traçar, otimizar, melhorar; d) quando a pesquisa tiver o objetivo de analisar: comparar, criticar, debater, diferenciar, discriminar, examinar, investigar, provar, ensaiar, medir, testar, monitorar, experimentar; e) quando a pesquisa tiver o objetivo de sintetizar: compor, construir, documentar, especificar, esquematizar, formular, produzir, propor, reunir, sintetizar; f) quando a pesquisa tiver o objetivo de avaliar: argumentar, avaliar, contrastar, decidir, escolher, estimar, julgar, medir, selecionar. Deve-se ter muita atenção na construção dos objetivos, pois eles nortearão futuramente as conclusões ou considerações finais do estudo. Ao finalizar a pesquisa, o pesquisador deve ser capaz de dar uma conclusão a cada um dos objetivos propostos. TEMA 4 – ELABORAÇÃO DA INTRODUÇÃO A introdução consiste basicamente em uma descrição geral do tema. Assim como comentamos sobre o resumo, a introdução só pode ser elaborada após algumas providências iniciais. Para elaborar a introdução, o pesquisador já precisa ter bem definido o que quer saber, além de estar de posse de algum embasamento teórico a respeito do tema escolhido. Deve-se, nesse momento, já ter algumas informações relevantes sobre o tema, bem como dados epidemiológicos ou estatísticos já publicados a respeito do assunto e uma justificativa estruturada para a pesquisa. O artigo científico deve ser escrito de forma coerente e com “começo, meio e fim”; sendo assim, é realmente importante construir a introdução em um momento em que vários aspectos do trabalho já estejam consolidados, para que não haja divergências entre a forma como o assunto foi introduzido e a maneira como foi desenvolvido e concluído (Silva et al., 2012). É importante ter em vista que a introdução de um artigo deve ser a parte construída para chamar a atenção do leitor para o assunto e para o trabalho, por constituir a contextualização do trabalho. Em outras palavras, além de situar o leitor sobre o assunto, a introdução A luno: JE F F E R S O N G O N Ç A LV E S LO P E S E m ail: jefferson.g.lopes@ gm ail.com 7 é o momento usado pelo autor para “vender seu peixe”, chamando a atenção para a relevância do seu estudo, informando basicamente o que foi pesquisado e por que foi pesquisado. Pesquisadores com alguma experiência se valem da introdução de seus estudos como artifício para garantir que o leitor vai prosseguir na leitura. De acordo com Pereira (2012a), algumas perguntas podem auxiliar na elaboração da introdução: de que se trata o estudo? Por que foi feito? Por que deve ser publicado? O embasamento teórico dado na introdução deve ser assentado em bases científicas sólidas, indicando a ligação do assunto com a literatura pertinente e mostrando parte do que já era conhecido sobre o tema quando do início da pesquisa. Além disso, também é importante ressaltar alguns aspectos que ainda não eram conhecidos ou não estavam muito bem consolidados sobre o tema, pois isso aponta para a necessidade de realização da investigação e a reforça. Quando o pesquisador se questiona sobre o que já era conhecido e o que ainda não se sabe sobre o tema, as respostas a essas indagações o auxiliam na escolha de quais seriam as informações que devem ser selecionadas e citadas na introdução. Isso de tal forma que, em meio a um grande montante de artigos científicos e outras fontes de consulta, o autor tem maior facilidade de verificar quais seriam as informações que realmente devem ser indicadas no texto. O “fechamento” da introdução é dado em um parágrafo que traz, de modo claro e explícito, o objetivo principal do estudo/investigação associado à justificativa para sua execução. Muito embora seja necessário dar um bom embasamento e situar o leitor, a introdução, sobretudo em artigos originais (aqueles que não são de revisão), não deve ser muito longa. TEMA 5 – REVISÃO DE LITERATURA Com relação à construção desse item, há diferenças entre trabalhos de revisão e artigos originais. A revisão de literatura constitui o “corpo” ou o desenvolvimento do trabalho em pesquisas de revisão. Em trabalhos com pesquisa de campo ou investigações de ordem prática, a revisão de literatura em geral não aparece como um item que compõe de fato o texto, mas ela também tem papel importante, pois dá suporte à consolidação da ideia do tema, bem como aos dados, conceitos e informações que comporão a introdução do estudo. A luno: JE F F E R S O N G O N Ç A LV E S LO P E S E m ail: jefferson.g.lopes@ gm ail.com 8 Além disso, uma boa revisão deve ser elaborada para selecionar publicações que possam ser utilizadas na discussão dos resultados em pesquisas com investigação prática ou de campo. Ou seja, a revisão de literatura fornece o embasamento ou a fundamentação teórica da pesquisa. Em artigos de revisão, deve-se elaborar o item “revisão de literatura” como um texto coerente e que dê fluência de leitura, ou seja, ao ler a revisão, o leitor deve ser capaz de seguir uma linha de raciocínio lógico que o leve a compreender o assunto. Tendo em vista que a revisão de literatura, como o próprio nome sugere, é uma revisão baseada em informações já publicadas por outros autores, é de suma importância atentar-se para as regras de citação. Citações reproduzem ou o texto, ou o pensamento de outra pessoa. No primeiro caso, tem-se uma transcrição, que é chamada de citação direta, e no segundo, faz-se uma paráfrase a partir do texto original, a qual é chamada de citação indireta. As citações podem ainda ser feitas a partir de um autor que citou em seu estudo outro autor de interesse. Isso é feito quando não se teve acesso ao texto do autor original, caracterizando assim a citação de citação. Quanto à colocação no artigo, em se tratando de texto transcrito (citação direta) há duas formas de se redigir (vide NBR 10520 ABNT). O texto deve ser destacado mediante colocação entre aspas (“ ”) no caso de citações diretas curtas com no máximo três linhas. Quando no original transcrito já existirem aspas, as citações são indicadas mediante o uso de aspas simples (‘ ’). As citações longas, com mais de três linhas, devem aparecer em parágrafo isolado, destacado do texto normalpor dois espaços de 1,5 – antes e depois – sem aspas, (salvo o caso de serem colocadas em rodapé) em espaço interlinear simples, com a mesma fonte do texto, mas em tamanho proporcional menor de letra, com recuo de 4 cm a partir da margem esquerda e sem recuo de primeira linha. Nas citações diretas, dos dois tipos, é necessário indicar, além da autoria e do ano, também a página em que o trecho se encontra no documento consultado. A citação indireta feita como paráfrase a partir de um texto original de outro autor é colocada sem nenhum recurso de destaque, indicando apenas a autoria ao final da frase ou parágrafo. Como se pode observar, todas as ideias, os conceitos, as conclusões e os pensamentos que pertencem a outros autores devem ser adequadamente A luno: JE F F E R S O N G O N Ç A LV E S LO P E S E m ail: jefferson.g.lopes@ gm ail.com 9 referenciados ao longo do texto da revisão de literatura. As normas para referências encontram-se na NBR 6023 da ABNT. Com exceção das citações diretas mencionadas anteriormente, em que a transcrição é de fato literal, não se pode reproduzir literalmente textos já publicados por outros autores, mesmo indicando a autoria ao final da frase ou do parágrafo. Esse é um cuidado bastante importante a ser tomado na redação de artigos científicos. A maior parte do texto de uma revisão deve ser construído mediante paráfrase em citações indiretas. Reserva-se o uso de citações diretas apenas para casos de conceitos, indicações, legislações, entre outros, em que quaisquer alterações no texto original poderiam comprometer o sentido, a compreensão ou o estilo final desejado. Outro ponto importante na elaboração de uma boa revisão é a atualização do assunto. Dessa forma, deve-se buscar utilizar referências com até no máximo dez anos de publicação, sendo o ideal usar referências com até cinco anos. A utilização de publicações mais antigas deve ser justificada na metodologia do estudo ou deve ser imprescindível por conta da exposição de um conceito específico ou da descrição de uma técnica, por exemplo, que só seja citado em referências antigas. Quando se elabora artigos de revisão, os textos podem ser construídos de três formas diferentes: revisão narrativa, revisão sistemática e revisão integrativa. As revisões narrativas são mais despretensiosas. Não há perspectiva de esgotar as informações disponíveis sobre o assunto e, com isso, a busca por referências nas bases de dados é realizada com menor sistematização e usando estratégias menos sofisticadas. Desse modo, a seleção dos estudos que serão de fato utilizados como base na revisão pode estar sujeita à certa subjetividade, por estar totalmente a critério do autor. Devido a essa possível subjetividade, esse tipo de revisão costuma ser mais adequado para construção de fundamentações teóricas em pesquisas (Unesp, 2015). As revisões sistemáticas são consideradas um tipo de investigação científica e podem ser classificadas como estudos: observacionais retrospectivos; experimentais de recuperação; experimentais de análise crítica da literatura. A luno: JE F F E R S O N G O N Ç A LV E S LO P E S E m ail: jefferson.g.lopes@ gm ail.com 10 Nesse tipo de revisão, é possível testar hipóteses; em geral, são realizadas com o intuito de analisar diversos estudos ou publicações científicas. Na análise desses estudos, faz-se a avaliação crítica das metodologias empregadas e a síntese dos resultados alcançados pelos diferentes pesquisadores. Essa análise é realizada com o objetivo de responder a uma pergunta de pesquisa especificamente formulada. A busca pelos estudos que serão de fato utilizados é realizada com base em critérios de inclusão e exclusão bem delimitados e por meio de métodos bastante sistematizados. Os dados e resultados apresentados nos estudos escolhidos durante a busca são reunidos e analisados. Essas revisões são consideradas importantíssimas evidências científicas e seus resultados costumam ser usados em tomadas de decisão em setores da gestão pública e na prática clínica (Unesp, 2015). As revisões integrativas constituem uma opção de revisão rigorosa e combinação de resultados de estudos com metodologias diversas. Ou seja, é feita a integração de resultados de pesquisas tanto de caráter experimental quanto não experimental. Nesse tipo de revisão, mantém-se o rigor da metodologia de revisões sistemáticas. Por meio de revisões integrativas é possível combinar dados e achados de publicações experimentais e teóricas com o objetivo de: definir conceitos, identificar lacunas a serem preenchidas com novos estudos, elaborar revisões de teorias ou mesmo analisar do ponto de vista metodológico as publicações sobre determinado assunto. Essa combinação de diferentes metodologias amplia as possibilidades de análise a partir da literatura (Unesp, 2015). FINALIZANDO Como foi possível perceber, tanto os estudos que geram artigos originais quanto as revisões de literatura têm sua relevância no campo da pesquisa científica. O importante é que o pesquisador se preocupe em elaborar uma pesquisa bem estruturada e que traga alguma novidade ou pelo menos um novo olhar sobre determinado assunto. Nesse contexto, a estruturação do artigo e a dedicação na construção de cada um dos itens essenciais à investigação são essenciais. E, para que sejam alcançados com sucesso os objetivos propostos e seja elaborada uma discussão pertinente, o embasamento teórico dado pela revisão de literatura é de vital A luno: JE F F E R S O N G O N Ç A LV E S LO P E S E m ail: jefferson.g.lopes@ gm ail.com 11 importância. REFERÊNCIAS PEREIRA, M. G. A introdução de um artigo científico. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 21, n. 4, p. 675-676, 2012a. . Estrutura do artigo científico. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 21, n. 2, p. 351-352, 2012b. PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. de. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. 2. ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. SILVA, E. R. et al. Como escrever um artigo científico: orientações. Encontro Regional de Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, Ciência e Gestão da Informação, Juazeiro do Norte, 2012. UNESP – Universidade Estadual de São Paulo. Faculdade de Ciências Agronômicas. Campus Botucatu. Tipos de revisão de literatura. Botucatu, 2015. 8 p. A luno: JE F F E R S O N G O N Ç A LV E S LO P E S E m ail: jefferson.g.lopes@ gm ail.com
Compartilhar