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ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL E FUNCIONAL DO HOSPITAL - LIVRO 06

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ORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL E 
FUNCIONAL DO HOSPITAL 
AULA 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Cristiano Caveião 
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CONVERSA INICIAL 
O hospital é uma empresa que fornece atendimento direto às pessoas, as 
quais procuram o serviço para comprá-lo, em vez de adquirirem de distribuidores 
ou representantes, e ainda podem permanecer no espaço enquanto adquirem o 
serviço. Dessa forma, suas características procuram apresentar as melhores 
formas de acolhimento, e, por ser um espaço onde transitam colaboradores e 
pacientes, é necessário que não ocorra o cruzamento desse fluxo. 
A força de trabalho da enfermagem é a principal propulsora dos serviços 
hospitalares, por meio da promoção/proteção, recuperação/reabilitação aos 
indivíduos pelas ações de cuidados de enfermagem. Para que o cuidado possa 
ser prestado, é necessário o espaço em que o paciente possa permanecer, 
denominado unidade de internação. 
Uma unidade de internação é definida por alas hospitalares onde o 
paciente fica internado por um período superior a 12 horas, além de : 
• uma área de controle, na qual os profissionais assistenciais realizam 
atividades de retaguarda – tradicionalmente chamada de posto de 
enfermagem, apesar de ser utilizada por diversos tipos de profissionais 
(médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas etc.); 
• quartos, onde ficam os leitos dos pacientes; 
• local de acesso à ala (por onde transitam os profissionais assistenciais, 
pacientes e acompanhantes). 
Aliados ao serviço de enfermagem e de modo complementar, tem-se os 
serviços de nutrição, responsável por preparar e distribuir as dietas; farmácia, 
para a dispensação de materiais/insumos e medicamentos; e, por último e não 
menos importante, higiene e limpeza, que atua na manutenção do ambiente para 
reduzir a carga microbiana, por meio da limpeza concorrente e terminal. 
O serviço hospitalar possui vários setores em sua organização estrutural 
e funcional. Os principais serviços que estão diretamente ligados à assistência 
do paciente e que necessitam de gestão são: serviço de enfermagem; unidades 
de internação; serviço de nutrição e dietética; farmácia hospitalar; e lavanderia, 
higiene e limpeza, temas desta aula. 
 
 
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TEMA 1 – SERVIÇO DE ENFERMAGEM 
Na organização dos serviços de enfermagem, vários fatores são levados 
em consideração, como o volume e a complexidade das atividades a serem 
realizadas. Comumente, esta classe realiza a divisão de suas atividades e possui 
um setor ou departamento específico para a gestão. Os serviços de enfermagem 
de um hospital, dependendo do porte e serviço prestado, são organizados em 
estruturas conforme o organograma a seguir: 
 
A estrutura hierárquica desse serviço é composta pela categoria 
profissional de enfermagem, organizada em três níveis, cada qual com suas 
atribuições específicas conforme a legislação: 
• enfermeiro; 
• técnico em enfermagem; 
• auxiliar de enfermagem. 
É importante conhecermos o que cada um desses profissionais de 
enfermagem pode realizar. O enfermeiro é responsável distribuição das 
atividades no turno de trabalho, preparação e organização da escala de plantões, 
avaliação dos pacientes e definição do plano de cuidados, planejamento, 
consulta de enfermagem, supervisão/liderança da equipe e realização de 
procedimentos de maior complexidade (por exemplo: punção de acesso venoso 
em grandes vasos sanguíneos, curativos de maior complexidade). Ainda, é o 
responsável por cuidado direto aos pacientes com maior gravidade ou que 
exijam maior complexidade técnica. 
Aos técnicos de enfermagem cabe assistir ao enfermeiro realizando 
atividades de nível médio, que envolvem orientação e acompanhamento do 
trabalho de enfermagem, execução das ações assistenciais prescritas pelo 
enfermeiro e administração de medicamentos. Já os auxiliares realizam 
procedimentos simples, como higiene e conforto, preparo do paciente para 
exames e consultas, coleta de material para exames e auxílio para a alimentação 
do paciente. 
Serviço de 
enfermagem
Clínica médica Clínica cirúrgica Pediatria Obstetricia Terapia intensiva Urgência e emergência Centro cirúrgico
Central de 
material e 
esterilização
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Diariamente, o enfermeiro realiza ao menos uma avaliação em cada um 
dos pacientes hospitalizados para que possa elaborar o plano de cuidados, 
sendo executado pela equipe de enfermagem. O plano contém cada uma das 
ações de cuidados que serão executadas nas 24 horas, baseando-se nas 
necessidades de cada paciente. 
Conforme a região do país e o porte do hospital, as funções do enfermeiro 
apresentam variação em sua nomenclatura, podendo ser chamado de: 
enfermeiro-chefe de unidade, supervisor, enfermeiro assistencial, supervisor de 
setor ou unidade, líder de equipe etc., porém todos eles relacionados à função 
assistencial. Dentro da categoria, os serviços hospitalares possuem enfermeiros 
para a realização das atividades assistenciais diretas ao paciente e liderança de 
equipe, e também enfermeiros para atividades administrativas, coordenação, 
gerência, direção ou superintendência de enfermagem. 
Para a realização da assistência, os serviços de enfermagem possuem 
alguns instrumentos para fundamentar e padronizar suas atividades, sendo 
comum a todos os serviços. São eles: 
 
 
 
• Transmitem informações para o desenvolvimento 
das atividades de forma sistematizada às normas, 
rotinas e os procedimentos.
Manuais
• Conjunto de regras ou intruções para fixar os 
procedimentos, a organização e os métodos 
utilizados no desenvolvimento das atividades.
Normas
• Descrição sistematizada dos passos necessários
para a realização das ações de uma atividade, na
sequência de sua execução. Ex.: rotina de
desinfecção do leito.
Rotinas
• Descrição detalhada e sequencial de como uma 
atividade técnica precisa ser executada. Ex.: 
sondagem vesical de demora.
Procedimentos
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Os serviços de enfermagem nas diferentes regiões do país apresentam 
particularidades, de acordo com as características dos modelos de atenção à 
saúde ou de prestação de serviços de saúde; sistemas de qualidade e seus 
princípios orientadores, atributos, modelos de medição de avaliação, coleta e 
processamento das informações e tomada de decisões; intencionalidade da 
legislação existente e regulamentações que regem essas aspirações; 
regulamentação específica do exercício profissional, suas possibilidades reais 
de aplicação e o conhecimento que os profissionais de enfermagem e a 
sociedade em geral têm sobre ela; conceituação de saúde e enfermagem; 
pressão econômica para gerar nas instituições não apenas sustentabilidade, 
mas também rentabilidade econômica, entre outros fatores. 
Como a equipe encontra-se em constante contato com o paciente, 
executando ações de cuidados, existem alguns aspectos que determinam suas 
necessidades e dinâmica organizacional, sendo eles: tipo de unidade hospitalar, 
características da planta física, materiais e equipamentos disponíveis, políticas 
de trabalho da instituição, características do paciente, dimensão do 
relacionamento interpessoal entre equipe e equipe com paciente. 
1.1 Objetivos dos serviços de enfermagem 
• Proporcionar atendimento integral ao paciente em todos os aspectos 
biopsicossociais, independentemente de sua patologia. 
• Promover e manter o bem-estar do paciente. 
• Diminuir a evolução da patologia e as incapacidades que ela provoca. 
• Manter o paciente ativo em suas capacidades. 
• No caso de morte, proporcionarao paciente uma hora digna, com respeito 
e humanidade, e poupá-lo da dor. 
1.2 Principais rotinas realizadas pela enfermagem 
• Admissão do paciente. 
• Preparo para exames clínicos. 
• Orientação sobre alimentação, juntamente com o serviço de nutrição e 
dietética. 
• Orientação sobre horário de visitas e rotina da unidade;. 
• Seguir a prescrição de enfermagem feita pelo enfermeiro responsável. 
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TEMA 2 – UNIDADES DE INTERNAÇÃO HOSPITALAR 
As unidades de internação hospitalar são os espaços onde efetivamente 
ocorre a assistência de enfermagem, de forma contínua e sequencial, de modo 
que os intervalos de tempos sejam adequados e pautados nas necessidades de 
cuidado de cada paciente. No ambiente hospitalar, as unidades de trabalho da 
enfermagem são as unidades de internação. 
A estrutura física dessas unidades é composta por quartos, sendo 
privativos quando se destinam a somente um paciente; semiprivativos quando 
acomodam dois pacientes; ou enfermarias, quando abrigam três ou, no máximo, 
seis leitos. Cada quarto ou enfermaria necessita ter acesso direto a um sanitário, 
lavatório e chuveiro, e, em todos eles, é necessário seguir a legislação vigente 
respeitando a distância mínima entre cada leito, para facilitar a circulação entre 
leitos e a realização do atendimento. Cabe ressaltar que ambas as laterais dos 
leitos precisam ficar livres, sendo somente a cabeceira encostada na parede. 
Cada estabelecimento hospitalar possui a organização pautada nas 
características de seu serviço, porém alguns espaços são comuns a todos. A 
tabela a seguir representa os principais espaços que fazem parte da composição 
das unidades de internação. 
Tabela 1 – Estrutura mínima das unidades de internação 
Posto de 
enfermagem 
Local destinado à realização de diluição de medicamentos, prescrição de 
enfermagem, avalição e evolução de enfermagem. Nesse espaço, a 
equipe de enfermagem planeja a realização da assistência, e nele 
ocorrem também as ações administrativas e a guarda de documentos 
relacionados à assistência. 
Prescrição 
médica 
Local em conjunto com o posto de enfermagem para que a equipe médica 
possa realizar a prescrição de medicamentos, solicitação de exame e 
evoluções no prontuário do paciente. 
Expurgo Local destinado à descontaminação, limpeza e desinfecção do material 
utilizado na assistência. Também neste espaço ocorrem as medições do 
volume das secreções drenas. Ainda serve como a guarda de roupa suja. 
Rouparia Local para a guarda de roupa limpa da unidade. 
Copa Local destinado à distribuição geral das refeições aos pacientes. 
Depósito Local onde são guardados suportes de soro, equipamentos médicos, 
macas, cadeiras de rodas etc. 
 
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Além das unidades de internação convencionais, o hospital pode 
apresentar unidades específicas conforme a complexidade da assistência 
prestada, denominadas unidades de internação não convencionais. São elas: 
Unidade de Terapia Intensiva (UTI), centro cirúrgico, pronto socorro e central de 
material e esterilização, para que se possa suprir todas as necessidades do 
hospital e pacientes. 
2.1 Unidade de Terapia Intensiva 
A Unidade de Terapia Intensiva – UTI é uma área para o tratamento dos 
pacientes críticos (clínicos e cirúrgicos), que requerem cuidados complexos, 
controles rigorosos e a coordenação de atividades. Esta unidade divide-se por 
especialidades, podendo ser geral (tratamento clínico e pós-cirúrgico), 
coronariana (situações cardiológicas), pediátrica e neonatal. 
2.2 Centro cirúrgico 
O centro cirúrgico é uma área física destinada a procedimentos invasivos, 
ou seja, realização de intervenções cirúrgicas. Possui salas, equipamentos, 
materiais específicos e pessoal altamente treinado. Ainda apresenta serviços 
auxiliares: sala de recuperação pós-anestésica (local destinado ao pós-
operatório imediato), agência transfusional e farmácia. 
2.3 Pronto socorro ou pronto atendimento 
Unidade para atendimento de urgência e emergência, podendo ser de 
uma especialidade ou geral. Essa unidade presta assistência a pacientes com 
ou sem risco de vida. Já as unidades de pronto atendimento não 
necessariamente estão vinculadas ao hospital, e o atendimento ocorre para 
doenças agudas. 
2.4 Central de material e esterilização 
Unidade de apoio técnico a todos os serviços ou área do hospital, sendo 
destinada ao processamento de artigos como instrumental, roupas, entre outros. 
É um setor específico e independente do centro cirúrgico para cuidar de todo o 
material da instituição. 
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TEMA 3 – SERVIÇO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA 
O Serviço de Nutrição e Dietética (SND) fornece a alimentação adequada 
para todos os pacientes hospitalizados, conforme a dieta prescrita. Além da 
alimentação ao paciente, também fornece ao acompanhante, conforme os casos 
previstos na legislação ou contratos das operadoras de saúde. Ainda possui 
refeitório para os colaboradores do hospital. 
Sua estrutura é composta pelos profissionais: nutricionista com 
responsabilidade técnica, cozinheiros, auxiliares de cozinha, copeiros, auxiliar 
administrativo, e comumente está organizada em: 
• Recepção: onde encontra-se a administração da unidade; ocorre o 
recebimento de material limpo e insumos; expedição de material limpo. 
• Estoque de perecíveis: neste espaço ficam os estoques de gêneros 
alimentícios que requerem climatização, além de gêneros e insumos a 
serem utilizados nos próximos processamentos. 
• Estoque de processados: acondicionados em geladeiras, freezers e nos 
próprios carros de dispensa. 
• Resgate: recebimento de material utilizado. 
• Área de processamento: espaço para preparo das refeições (higienização 
e preparação dos gêneros e cozinha). 
• Refeitório: espaço onde as refeições são servidas para os colaboradores. 
Pode haver nas unidades de internação unidades de dispensação, as 
quais dependem da logística de preparação e como é realizada a distribuição 
pelo hospital. Esse setor também é considerado um centro de receita, visto que 
as refeições de acompanhantes podem ser cobradas à parte das diárias de 
internação. Em síntese, as atividades dizem respeito à distribuição de refeições. 
Para a elaboração das dietas, sempre é levado em consideração o estado 
nutricional e fisiológico dos pacientes nas diferentes situações hospitalares, e 
ainda necessitam estar adequadas ao seu estado clínico, para proporcionar 
melhor qualidade de vida. As dietas hospitalares são padronizadas em cada 
serviço, seguindo a consistência, temperatura, volume, valor calórico total, 
alterações de macronutrientes e restrições de nutrientes. Sua padronização visa 
um atendimento nutricional seguro, e são divididas em: dietas de rotina, dietas 
modificadas e dietas especiais, havendo flexibilidade para as adequações 
individuais. 
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Em relação às dietas preparadas nos hospitais, temos as principais para 
atender às necessidades de cada indivíduo: 
 
 
Os horários em que as refeições são servidas durante o período de 
funcionamento do serviço de nutrição hospitalar são, geralmente: 
• desjejum: 6 horas; 
• lanche: 9 horas; 
• almoço: 12 horas; 
• lanche: 15 horas; 
• jantar: 17 horas; 
• ceia: 20 horas. 
Dieta livre ou geral
• Objetivo: manter 
estado nutricional 
• Indicação: sem 
restrições específicas
• Características: dieta 
suficiente, harmônica, 
consistência normal
Dieta branda
• Objetivo: fornecer 
calorias e nutrientes 
para manutenção do 
estado nutricional
• Indicação: 
perturbações 
orgânicase funcionais 
do trato 
gastrointestinal
• Características: pobre 
em resíduos 
celulósicos e tecido 
conjuntivo
Dieta pastosa
• Objetivo: dieta que 
pode ser mastigada 
ou deglutida com 
pouco ou nenhum 
esforço
• Indicação: casos que 
necessitam facilitar 
mastigação, ingestão 
ou deglutição
• Características: 
consistência pastosa 
ou abrandada pela 
cocção e processos 
mecânicos
Dieta líquida-pastosa
•Objetivo: permitir 
minimizar o trabalho do 
trato gastrointestinal e a 
presença de resíduos no 
cólon
•Indicação: problemas de 
mastigação, deglutição e 
digestão. Utilizadas em 
pós-operatório de 
cirurgias do trato 
gastrointestinal
•Características: 
consistência semi-líquida
Dieta líquida completa
•Objetivo: hidratar e 
nutrir os tecidos; 
repousar o trato 
gastrointestinal
•Indicação: alterações na 
mastigação, deglutição, 
digestão ou disfagia; 
preparo para exames ou 
pós-operatório
•Características: 
hipocalórica, 
normoglicidica, 
normoproteíca e 
normolipídica
Dieta líquida restrita
•Objetivo: saciar a sede, 
hidratação dos tecidos, 
evitar a acidose, manter 
a função renal e 
repousar o trato gastro 
intestinal
•Indicação: preparo para 
exames, pré e pós-
operatório
•Características: 
hipocalórica, 
hiperglicídica, 
hipoproteica e 
hipolipídica
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Um cuidado nutricional adequado, envolvendo também a qualidade da 
alimentação, apresenta efeitos benéficos para a recuperação do paciente e para 
sua qualidade de vida. Esse setor, por estar envolvido no serviço hospitalar, 
requer atenção especial do gestor. 
TEMA 4 – FARMÁCIA HOSPITALAR 
A farmácia hospitalar é considerada um serviço indispensável em todos 
os hospitais, pois é o setor responsável pelas atividades relacionadas aos 
medicamentos que serão consumidos pelos pacientes durante sua 
hospitalização, independentemente dos setores. Suas responsabilidades 
envolvem: aquisição, guarda, qualidade, produção e distribuição das doses. Ela 
pode ser definida, segundo a Portaria n. 4.283 do Ministério da Saúde, como: 
Unidade clínico-assistencial, técnica e administrativa onde se 
processam as atividades relacionadas à assistência farmacêutica, 
dirigida exclusivamente por farmacêutico, compondo a estrutura 
organizacional do hospital e integrada funcionalmente com as demais 
unidades administrativas e de assistência ao paciente (Brasil, 2010). 
A farmácia do hospital é um departamento que recebe a prescrição 
médica e realiza a dispensação dos medicamentos e descartáveis que são 
necessários para a utilização do paciente durante a sua hospitalização. 
Conforme a estrutura física do hospital, pode haver uma única farmácia ou 
farmácias auxiliares, denominadas satélites. 
Ela apresenta somente em estoque os insumos necessários para atender 
às prescrições por um período máximo de cinco dias. Já o almoxarifado central 
estoca os insumos em caixas fechadas, que servem para períodos maiores. 
Existe diferença entre a farmácia hospitalar e a farmácia comercial: a 
hospitalar distribui somente a quantidade de medicamente que é prescrita para 
um período de 24 horas, fracionando as doses caso seja necessário, e apresenta 
um farmacêutico responsável técnico, conforme a legislação vigente. Cabe 
ressaltar que mesmo existindo uma farmácia central e farmácia satélite, ambas 
possuem a mesma atribuição e área física organizada conforme suas atividades. 
Em sua estrutura é apresentado um espaço de recepção para o 
recebimento dos medicamentos e posterior armazenamento ou distribuição, 
outro espaço de estoque de medicamentos e materiais não controlados, mas 
que requer condições especiais de armazenamento. Esse espaço comumente é 
composto por prateleiras, organizadas por códigos ou em ordem alfabética. O 
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estoque de controlados para armazenamento de psicotrópicos, anestésicos, 
medicamentos especiais necessita de refrigeração e os materiais são de alto 
custo. Outro espaço importante é o de manipulação, onde ocorre o 
fracionamento de doses e formulação. 
Na área de triagem e separação ocorre a análise de disponibilidade do 
item em estoque; posteriormente ele é expedido e ocorre a liberação, ou seja, a 
dispensação. Esta pode ser organizada conforme apresentado no esquema: 
 
Na área de expedição ocorre a baixa da dispensação e 
consequentemente o registro na conta do paciente para posterior cobrança do 
medicamento ou material. Neste setor, atuam o farmacêutico, o auxiliar de 
farmácia e o auxiliar administrativo. 
Saiba mais 
JULIANI, R. G. M. Organização e funcionamento de farmácia 
hospitalar. 1. ed. São Paulo: Érika, 2014. 
TEMA 5 – LAVANDERIA, HIGIENE E LIMPEZA 
Estes serviços, em conjunto com a hotelaria hospitalar, viabilizam a 
estadia do paciente, pois requerem que a aparência do ambiente esteja 
adequada e sem danos à estrutura física. A hotelaria hospitalar envolve todos os 
serviços, desde a admissão do paciente até a sua alta. 
• Os materiais e medicamentos do paciente 
são agrupados junto com os demais pacietes, 
acondicinados em um carrinho e distribuídos 
conforme horário programado. Ao receber na 
unidade, a equipe de enfermagem realiza a 
conferência e compara com a prescrição.
Rotina
• Nestas situações, um aviso na prescrição 
define que o pacote não pode aguardar a 
rotina, e um colaborador da farmácia realiza 
a entrega imediatamente ou um colaborador 
da unidade de internação busca na farmácia 
e leva o pacote separado.
Emergência ou 
fora da rotina
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O ambiente hospitalar é considerado um espaço com amplo potencial 
para reservatório de agentes multirresistentes, que podem contaminar o 
ambiente. Portanto, o serviço de higiene e limpeza é essencial no ambiente 
hospitalar, pois favorece que o ambiente tenha melhor sensação de bem-estar e 
controla a disseminação da infecção hospitalar relacionada à assistência. As 
tarefas realizadas nesses setores são desenvolvidas pautadas em técnicas 
adequadas e seguem protocolos rígidos, conforme a criticidade de cada área. 
Lembrando que as classificações das áreas ocorrem de acordo com o risco de 
transmissão de infecções, baseado nas atividades desenvolvidas em cada 
espaço. 
5.1 Lavanderia 
A lavanderia hospitalar pode ser no próprio hospital ou contratada por um 
serviço terceirizado. Apresenta relação com o serviço de hotelaria hospitalar e 
tem como foco controlar e manter o enxoval higienizado. Atualmente, esse setor 
é chamado departamento de processamento de serviços de saúde, 
especializado no tratamento de roupas e tecidos utilizados na assistência 
hospitalar, com profissionais capacitados para este fim. 
Sua atribuição é dimensionar e proporcionar em quantidade suficiente o 
enxoval para leitos hospitalares, demais áreas assistenciais e profissionais. 
Nesse serviço, atuam o administrador ou gestor hospitalar, auxiliares de 
lavanderia, auxiliares administrativos, costureira e auxiliar de costura. 
Sua configuração é representada por: 
• área de trânsito limpo: administração do setor, recebimento de material 
limpo e insumos, e dispensação de material limpo; 
• área de trânsito sujo: recebimento do material utilizado; 
• área de processamento: separação do enxoval dos corpos estranhos 
(instrumentais e perfurocortantes que possam ter sido desprezados juntos 
com a roupa), lavagem. 
Portanto, o serviço de lavanderia hospitalar presta apoio no atendimento 
aos pacientes e responsabiliza-se pelo processamento da roupa e a sua 
distribuição em perfeitas condições de higiene e conservação, considerando 
ainda a quantidade adequada e necessária a todas as unidades do hospital. 
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5.2 Serviço de higiene e limpeza 
O serviço de limpeza hospitalar envolve a limpeza e desinfecção das 
superfícies fixas, para manutenção de um espaço adequado para o atendimento, 
além de preservar e conservar os equipamentos permanentes. Nesse sentido, 
ocorre a remoção de sujidades que ficam acumuladas nas superfícies. 
Esse serviço objetiva a manutenção de um ambiente limpo, dentro dos 
padrões técnicos de qualidade necessários. Conta com administrador ou gestor 
hospitalar, auxiliares de limpeza e auxiliares administrativos. 
A administração do serviço recebe ordens de limpeza e controla a rotina 
diária, estoques (equipamentos e insumos), trânsito operacional, processamento 
(preparação dos carros de limpeza) e expurgo (acondicionamento adequado dos 
resíduos). Em vários espaços do hospital encontram-se salas denominadas de 
Depósito de Material de Limpeza (DML), onde é estocada uma pequena 
quantidade de insumos e é abrigado o lixo até a rotina de recolhimento. 
Em sua organização estão três tipos de equipes: 
• fixas: permanecem em unidades que requerem agilidade e prontidão, 
como centro cirúrgico e unidade de terapia intensiva; 
• semifixas: atendem somente às unidades de internação, não ficando fixas 
neste espaço, mas realizam o serviço somente nele; 
• genéricas: atendem a todas as demais áreas do hospital. 
A intensidade da limpeza ocorre conforme as necessidades de cada área, 
por exemplo: áreas críticas (3 vezes ao dia); áreas não críticas (1 vez ao dia); 
áreas semicríticas (2 vezes ao dia); áreas comuns (1 vez ao dia) e áreas externas 
(1 vez ao dia). 
É importante destacar que esse serviço é terceirizado em vários hospitais, 
pois existem empresas especialistas em sua prestação. Ainda é necessário, 
independentemente da forma de contratação do serviço, que haja educação 
permanente, em virtude da rotatividade de mão de obra, para assim poder 
proporcionar a eficácia dos procedimentos de limpeza realizados. 
NA PRÁTICA 
Nesta aula, estudamos os principais serviços que se relacionam com a 
assistência do paciente no ambiente hospitalar. Compreendê-los é fundamental 
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para poder conhecer melhor a estrutura organizacional e funcional desse 
ambiente. Para aprofundar os conhecimentos e relacionar a teoria com a prática, 
converse com profissionais que atuam nos seguintes setores: 
• equipe de enfermagem; 
• serviço de nutrição e dietética; 
• farmácia hospitalar; 
• lavanderia, higiene e limpeza; 
Pergunte a eles sobre o funcionamento, suas atividades diárias e como 
ocorre a gestão. Em seguida, realize uma reflexão do observado na realidade 
com os conteúdos estudados nesta aula. Caso não tenha a oportunidade de 
conversar com profissionais que atuam nesse setor, realize a busca das 
informações nos sites das instituições hospitalares. 
FINALIZANDO 
A organização dos serviços de enfermagem no ambiente hospitalar 
demonstra a importância da estrutura para que o processo de trabalho desses 
profissionais seja realizado adequadamente. Os serviços de enfermagem 
possuem organização própria da categoria (enfermeiro, técnico em enfermagem 
e auxiliar de enfermagem), e, para organizar o serviço, são usados manuais que 
contêm normas, rotinas e procedimentos a serem realizados na assistência. 
As unidades de internação hospitalar são os espaços para atendimento 
ao paciente. Elas são compostos por unidades de internação clínica, cirúrgica, 
pediátrica, obstétrica etc.; unidade de terapia intensiva; centro cirúrgico; pronto 
socorro ou pronto atendimento; e central de material e estilização. Essas 
unidades possuem uma estrutura mínima para o funcionamento, por exemplo: 
posto de enfermagem, prescrição médica, expurgo, rouparia, copa e depósito. 
O serviço de nutrição e dietética é responsável por fornecer a alimentação 
a todos os pacientes hospitalizados, acompanhantes e colaboradores que 
trabalham na instituição. São produzidas as dietas necessárias à recuperação e 
reabilitação do paciente, e distribuídas conforme os horários predefinidos. 
Além dos setores citados, o setor de farmácia é responsável pelas 
atividades relacionadas ao medicamentos e materiais utilizados pelo paciente ao 
longo de sua estadia. 
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O hospital é o entrelaçamento e a união de serviços interdependentes, 
que envolvem o serviço de enfermagem, as unidades de internação, o serviço 
de nutrição e dietética, a farmácia hospitalar, a lavanderia, higiene e limpeza. Os 
serviços assistenciais são fontes de receita e ao mesmo tempo estruturas de 
custos elevados em relação às demais. Todos esses serviços são de apoio 
assistencial e fundamentais para que as atividades ocorram. 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 4.283, de 30 de dezembro de 2010. 
Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 dez. 2010. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4283_30_12_2010.html
>. Acesso em: 28 jul. 2019. 
GONÇALVES, E. L. Gestão hospitalar: administrando o hospital moderno. São 
Paulo: Saraiva, 2006. 
ISOSAKI, M.; CARDOSO, E.; OLIVEIRA, A. Manual de dietoterapia e 
avaliação nutricional: serviço de nutrição e dietética do Instituto do Coração- 
HCFMUSP. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2009. 
JULIANI, R. G. M. Organização e funcionamento de farmácia hospitalar. 1. 
ed. São Paulo: Érika, 2014. 
LISBOA, T. C. Organização estrutural e funcional do hospital. 1. ed. Curitiba: 
InterSaberes, 2016. 
MALAGÓN-LONDOÑO, G.; LAVERDE, G. P.; LONDOÑO, J. R. Gestão 
hospitalar para uma administração eficaz. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2019. 
MALAGÓN-LONDOÑO, G.; MORERA, R. G.; LAVERDE, G. P. Administração 
hospitalar. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 
MARTINS, C. et al. Comissões hospitalares: a produção de indicadores de 
gestão hospitalar. Revista Gestão em Sistemas de Saúde – RGSS, v. 1, n. 1, 
p. 97-107, 2012. 
SALU, E. J. Administração hospitalar no Brasil. São Paulo: Manole, 2013. 
SANTOS, N. C. M. Enfermagem hospitalar: estruturas e condutas para a 
assistência básica. 1. ed. São Paulo: Érika, 2014. 
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